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Hélio Mariano, baterista do Blow Up, morre em Santos

Baterista do Blow Up, uma das maiores bandas da história do rock santista, Hélio Mariano Ferreira, o Helinho, morreu aos 73 anos, nesta quinta-feira (2), em Santos.

O músico estava internado na Santa Casa de Santos desde o dia 16 de outubro, quando precisou passar por uma cirurgia cardíaca. Desde então diversas campanhas por doação de sangue ocorreram nas redes sociais. A confirmação da morte veio através de postagem de Sérgio Dias, ex-colunista do Blog n’ Roll e amigo de Hélio.

O velório do baterista terá início nesta quinta-feira (2), às 18h, no Salão Nobre A da Santa Casa. A despedida se mantém até 10h de sexta-feira (3), quando o corpo do músico será levado ao Cemitério Memorial de Santos.

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Desde os anos 1960 embalando os bailes da região, Hélio Mariano, do Blow Up, sempre foi conhecido por um estilo próprio de tocar bateria.

“O fundamental para a minha longevidade na carreira foi a disciplina profissional e o amor à música. Sou muito feliz com a profissão. Com ela formei minha família, criei e formei meus filhos”, declarou ao Blog n’ Roll, em uma entrevista há oito anos.

Blow Up, a banda do Hélio Mariano

Quinta maior banda da história do rock santista, segundo lista feita por diversas personalidades do rock santista, em 2016, o Blow Up foi o primeiro grupo da região a emplacar uma música em trilha sonora de novela da Globo, foi com Rainbow, em Anjo Mau, em 1976.

O Blow Up surgiu em 1965, no bairro do Macuco, como The Black Cats, formado pelos amigos Robson, Hélio, Tivo, Zé Luís, Nelson e Adalberto, como lembrado pelo site Cidade e Cultura. Sempre muito fiéis ao som que escutavam, principalmente os Beatles, os músicos covers dos discos que chegavam do exterior ao Porto de Santos.

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Na onda da Jovem Guarda, começaram a tocar em bares e clubes da região. A fama local levou os rapazes a se apresentarem no programa Almoço Musicado, de Hugo Santana, na extinta tevê Excelsior.

Logo em seguida, conheceram o cantor e compositor mineiro Zegê (mais tarde conhecido por Zé Geraldo), que os convidou a acompanhá-lo em seus shows e gravaram dois compactos pelo selo Mocambo. Três anos depois, por já existir outro grupo com o nome Black Cats, mudaram para Blow Up, baseado em um filme homônimo do cineasta italiano Antonioni.

Em 1969, assinaram contrato com a gravadora Caravelle, e gravaram o seu primeiro disco, chamado Blow Up. O álbum mesclava composições cantadas em português, com versões em inglês, como Time Of The Season, da banda Zombies, Let Me, de Paul Revere & The Raiders, My Special Angel da Vogues, entre outras.

No ano seguinte foram convidados a participar do filme Se Meu Dólar Falasse, estrelado por Grande Otelo e Dercy Gonçalves.

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O segundo álbum veio em 1971, conhecido por Expresso 21. Lobão assume o vocal, em substituição a Zé Luís. Estes dois álbuns, hoje em dia, integram as listas dos mais procurados por colecionadores, inclusive internacionais, sendo que o segundo tem sua capa publicada no livro 1001 Records Collector Dreams, do pesquisador austríaco Hans Pokora.

Em 1972, a banda lançou um compacto simples, chamado Quem Manda Nesse Mundo É o Dinheiro.

O sucesso comercial veio quando o grupo assinou contrato com a Philips. A canção Rainbow, lançada em compacto pela nova gravadora, alcançou as paradas de sucesso, entrou na trilha sonora da novela Anjo Mau da Rede Globo e, com ela, o grupo obteve a primeira colocação no “Globo de Ouro”. A faixa também foi apresentada especialmente no programa Fantástico.

Em 1977, gravaram mais um compacto, Pamela Poon Tang. A faixa desse single também faria parte da compilação Sua Paz Mundial — Volume 4. Com um público fiel, que lota todas as suas apresentações, a banda hoje executa — com perfeição — sucessos dos Beatles (sua especialidade) e de outros grandes artistas dos anos 1970, como Creedence Clearwater Revival, Elton John, America, Deep Purple, Bee Gees, e até de grupos mais recentes, como o R.E.M.

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Nas últimas três décadas e meia, o Blow Up voltou às origens, deixando o repertório autoral de lado e prestando homenagens aos grandes ídolos dos anos 1960 e 1970.

Aliás, durante esse período, mas precisamente na segunda metade dos anos 1990, chegou a ter o seu próprio espaço, o Blow Up Club, na Rua Luís Suplicy, no Gonzaga, em Santos.

Por lá, além de se apresentar semanalmente, o Blow Up também abriu a casa para bandas de punk rock, hardcore e metal, incluindo nessa lista nomes como White Frogs, Dread Full, Figment, The Bombers, Zenicodemus, Beach Lizards, Sonic Sex Panic, entre outros.

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