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Crédito: Levindo Carneiro

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Jully lança álbum SOS; ouça!

Depois de chamar a atenção para os problemas do planeta através de nove canções lançadas entre o final de 2020 e 2023, a cantora e compositora Jully apresenta o álbum SOS em sua versão final: além dos singles, sete novas faixas trazem temas que só uma ativista como ela conseguiria colocar em pauta no mercado da música.

A própria faixa-título já começa dando um recado e, com a parceria da cantora franco-brasileira Virginie Boutaud (mais conhecida pelo início da carreira junto à banda oitentista Metrô), deixa claro em duas línguas que é preciso cuidar do mundo todo: O planeta pede paz, recita Jully já na introdução.

“O álbum SOS é um pedido de socorro do planeta e dos outros animais que aqui habitam, os quais estão sendo dizimados por nós, seres humanos. Está na hora de entendermos que somos todos animais moradores deste planeta, e todos merecemos ter nossos direitos básicos respeitados, independente da espécie ou qualquer outra classificação que nos defina. Fazemos parte da Terra, e precisamos entender que, sem a natureza, não somos nada”, afirma Jully, recém-premiada na categoria Música Eletrônica do Prêmio Profissionais da Música 2023, realizado entre os dias 2 e 3 de junho.

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A cantora e compositora já trouxe a questão dos animais à tona em Somos Todos Um, cantou a morte e a apatia vivenciada no Brasil da pandemia em Distopia, convidou o ouvinte para uma mudança individual em Tears of Fireflies e chamou a atenção para a covardia de humanos com os animais em Milk e em Stolen Babies.

Humanizar deu um feedback sobre o impacto do que tem sido feito com o planeta e The Begining falou sobre cuidar da Terra e buscar outras formas de interação com o planeta.

Em Libertação, Jully enfatizou que todos os seres deveriam ter seus direitos básicos respeitados. Em Out of Time, avisou que o tempo para impedirmos maiores catástrofes na Terra está acabando. Músicas lançadas em português, em inglês e agora em francês, para o mundo ouvir e refletir, já estão disponíveis nas plataformas formando uma narrativa completa em plena Semana Mundial do Meio Ambiente (5 a 9 de junho).

“Durante a pandemia senti um forte chamado para trazer, através da música, mensagens de consciência e transformação, em prol de um mundo mais ético e justo para todos os seres. Quando produzi Somos Todos Um0, primeiro single que lancei deste álbum, senti um chamado a elevar a voz dos animais e dar visibilidade para eles. A sexta extinção em massa está em andamento e continuamos nos ocupando com valores superficiais e ultrapassados.”

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Com as novas faixas – Atualidade, Alma, Temptation, Veneno, Guardian, Prelúdio e SOS – o álbum poliglota SOS também veio acompanhado de diversos clipes, todos tocantes.

Das novas, a faixa-título chega com clipe dirigido por Levindo Carneiro no qual pode-se ver Virginie Boutaud, ativista como Jully, cantando em francês: “Un cataclysme, un brouillard, un tremblement de terre, une balle dans la poitrine”, versão em francês do refrão cantado pela parceira (Um cataclisma, um nevoeiro, um terremoto, um tiro no peito).

Além dessa participação e da do paranaense Marano – na já divulgada faixa Out of Time – Jully divide Temptation com o cantor norte-americano Johnny O.

O álbum tem produção musical e arranjos do sul-africano radicado no Brasil Grenville Ries: todas as músicas do álbum, com exceção de SOS – que é parceria com Virginie Boutaud – são assinadas por Jully, que compõe ao piano e violão. Carlos Trilha assina a mixagem e a masterização. A imagem da capa foi feita pelo filho da cantora Marcus Beretta.

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O assunto é tão potente e tem tão poucas vozes no mundo artístico levando essa mensagem à frente que o resultado do trabalho da artista vem alcançando outros países, como a Rússia.

“Não cabe mais nos dias de hoje, com tanta riqueza de informação e tecnologia, vivermos às custas da exploração alheia. A Terra nos dá fartura de alimento e todo tipo de matéria-prima para que possamos desenvolver um mundo pacífico sem dominação do mais fraco e vulnerável, e sem poluirmos o solo, a água e o ar com os restos de seus corpos violentados”, resume a cantora e compositora, cuja estética é muito particular e a torna, sem dúvida, a primeira e maior representante dos direitos do planeta Terra no mundo da música.

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