O The Self-Escape lançou nas plataformas de streaming o disco de estreia, Save My Name, com 12 músicas conectadas por uma narrativa e que mesclam, de forma moderna, riffs de guitarra e sintetizadores junto à voz marcante e melódica do recifense Felipe Buarque.
Two Feet, alt-J, The Weeknd e Polyphia são algumas referências da sonoridade desafiadora proposta neste álbum, uma peça única da música contemporânea feita no Brasil.
A música como forma máxima de escape, a livre e passional expressão e impressão do indivíduo diante de tudo que o rodeia por meio de sons e palavras. É assim que o cantor, compositor, guitarrista e produtor de Recife, Felipe Buarque, explica The Self-Escape, que une pop, rock, elementos eletrônicos e groove em Save My Name.
Suas músicas levam os ouvintes a uma viagem por cenários sonoros cinematográficos e não à toa já lançou videoclipes que materializam o conceito por trás das algumas canções do álbum.
Save My Name é sobre a vida nos 20 tantos anos. As letras refletem sobre os romances avassaladores, ora inconsequentes, ora inocentes, entre altos e baixos, entre glórias e derrotas. Mas o disco é também sobre maturidade, traz a reflexão a partir de novas perspectivas de mundo.
The Self Escape carrega a narrativa de tudo isso por meio de temas como lidar com traumas/ansiedade, lutos e despedidas definitivas, do que é a busca mais madura, ainda que romântica, de uma parceira, de amor e de sexo.
Um dos destaques de Save My Name é a faixa Try Again, que tem participação de Pupillo, integrante fundador da Nação Zumbi, banda que fez parte até 2018. É uma música gênese do álbum, que evidencia sonoridades orgânicas com beats/programações.
“Ele ouviu, escutou bastante e se dispôs a gravar. Quem é pernambucano, qualquer brasileiro, sabe a tamanha satisfação e importância que é ter um membro fundador da Nação Zumbi ao seu lado. Pupillo é um produtor e baterista de renome e sua participação abrilhantou ainda mais essa música tão especial”, comenta Buarque.
O fio condutor de Save My Name
A sétima faixa do disco, Coming for Us, é importante para entender a trajetória do The Self-Escape. Buarque revela que a ideia de um álbum com um enredo de fio condutor, isto é, contar tudo numa só linha do tempo, surgiu a partir desta música. Diversos videoclipes no seu canal de Youtube ajudam a figurar esta história.
“Foi escrita quase como um roteiro de filme, contando até com diálogos. Encarando-a junto às outras músicas do álbum, acabou me surgindo uma história bem coesa sobre os personagens dela, mesmo que as outras músicas originalmente falam sobre pessoas diferentes em situações bem diferentes”, ele conta.
The Self-Escape, a gênese e primeiros passos
A jornada artística de Buarque enquanto The Self-Escape começou em 2018, ano em que iniciou produções de música alternativa com riffs de guitarra, sintetizadores pesados e uma voz barítona marcante.
Sua música leva os ouvintes a uma jornada por paisagens sonoras cinematográficas, que vão desde grooves sensuais até harmonias melancólicas e ritmos enérgicos.
Com mais de 3 milhões de streams em seus dois EPs e Mixtape, The Self-Escape já se apresentou em alguns estados brasileiros, tanto como atração de abertura quanto como curador de seu próprio evento, o Escape Sounds.
“Sempre fui mais do lado introspectivo e, assim como muitos outros de nós, a música sempre foi meu meio de expressão e companhia. Dos primeiros corações partidos no colégio à traumas e luto nos 20 e tantos. Enxergo como minha principal missão artística criar músicas que sejam companhias para as pessoas, sejam suas trilhas sonoras nos altos e baixos, poder expressar minhas ideias. Artisticamente esse é meu maior desejo”, ele fala sobre o que o envolve na música, que agora compartilha com o mundo por meio do The Self-Escape.