Sensação do pop britânico, a cantora Beren Olivia, de 22 anos, lançou recentemente o seu EP de estreia, Early Hours of The AM. Com cinco canções, incluindo duas novidades que não foram reveladas anteriormente, Beren viu as outras três faixas desse trabalho alcançarem 5 milhões de streams em um ano. Aliás, tal fato chamou a atenção da BBC Radio 1, MTV e outros veículos especializados no Reino Unido.
Antes mesmo de iniciar a carreira profissional, Beren Olivia chegou a ser nadadora profissional. Hoje, deixou o esporte de lado, mas assumiu mais uma paixão além da música: quer ser atriz.
Em entrevista ao Blog n’ Roll, Beren Olivia comentou sobre o EP de estreia, início da carreira e os futuros planos. Confira abaixo.
Como e quando você iniciou sua carreira na música? Quais artistas que você gosta de ouvir e te inspiram nos seus trabalhos?
Sempre tinha música tocando na minha casa. Era uma casa muito barulhenta. Todo mundo cantando o tempo todo. Eu fui criada com artistas como P!nk, Christina Aguilera, Avril Lavigne, Alanis Morissette, Dave Matthews Band. Aliás, meu pai amava Dave Matthews Band. Eu estava constantemente cercada pela música e comecei a compor.
Compor foi o que veio antes para mim. Cantar veio depois com um ponto de vista mais confiante. A partir do momento que eu comecei a ganhar mais confiança, cantando na frente das pessoas, poemas começaram a virar canções, peguei uma guitarra para mim e tudo aconteceu. Assim, lancei o meu primeiro álbum.
O EP Early Hours of The AM teve um grande impacto no mundo. Como foi para você ter suas músicas com números tão expressivos de streams?
É uma loucura! Os fãs estão entrando em contato, me mandando mensagens online… É realmente muito louco como uma música que escrevi no meu quarto com os meus amigos está sendo tocada agora e as pessoas do outro lado do mundo sabem a letra… Isso é a coisa mais maluca.
Você era nadadora profissional antes de lançar o teu primeiro EP. O que motivou essa mudança?
Eu assisti as Olimpíadas, eu sempre assisto natação… É algo que eu amo. Eu era uma daquelas crianças que falava sim para tudo. Tipo, eu não tinha na minha cabeça fazer apenas uma única coisa pelo resto da minha vida. Então comecei a nadar e uma vez que senti que conquistei tudo o que queria, segui em frente. Amei cada minuto disso…
Beren Olivia, sua carreira também teve um momento como atriz, certo? É algo que você pretende explorar mais?
Na verdade, o que eu queria era atuar, eu não cantava. Entrei para o musical da escola depois da natação. Após os treinos, eu tinha todo esse tempo livre e não sabia o que fazer porque não tinha que treinar ou fazer qualquer coisa.
Então entrei no musical da escola para desenvolver minha carreira de atriz e peguei um papel que me exigia cantar. Aliás, essa foi a primeira vez que cantei na frente de outras pessoas e isso se tornou alguma coisa.
Para ser honesta, eu não sabia que podia cantar assim. Então tudo meio que fez sentido e aconteceu naturalmente… Atuar é algo que ainda quero muito. Adoraria estar em filmes.
A faixa-título do seu EP fala sobre a sensação de pós término de uma relação. É algo que você vivenciou?
É sim.. Tem algo incrível em estar em uma sessão de escrita… encontrei pessoas que agora se tornaram meus amigos mais próximos. Compus essa canção com dois grandes amigos. São pessoas que trabalhei tão de perto e toda vez era como estar em uma sessão de terapia. São pessoas que me entendem completamente.
Às vezes, se eu não sei como me expressar com alguma especificamente, eles terminam a frase para mim. E falam perfeitamente. Foi uma experiência incrível. Nem todas as músicas são minhas experiências…
Acho fácil escrever sobre as experiências dos outros. Eu não tenho certeza do motivo. Se o meu irmão mais novo me conta algo que ele está passando, meus amigos pelo telefone comigo, eu vou escrever sobre essas experiências também. Meio que vou por todas essas direções.
O Reino Unido sempre teve um cenário musical pulsante. Onde você se encaixa nesse mix de gêneros?
Essa é uma ótima pergunta. E para ser sincera, sinto que não tem mais gêneros, ou pelo menos como costumava ser. Agora tudo é tão misturado, e eu adoro. Acho que se eu tivesse que colocar um selo nele, seria guitar-pop, pop-punk-guitar-pop.
Você aprendeu a tocar guitarra muito nova, aos 13 anos, pretende explorar isso nos seus trabalhos? Ou o objetivo é focar mais nas composições e vocal?
Acho que mais tarde… porque me expresso mais facilmente escrevendo e cantando. Acho que a guitarra, eu aprendi a base, então consigo me apoiar quando toco fora, em um café ou outro lugar. Então foi por isso que aprendi a tocar.
Queria que você me falasse um pouco sobre como foi trabalhar com a produção do Dylan Bauld.
Eu sou uma das maiores fãs da Halsey. Ela é uma das minhas maiores inspirações. E o Dylan trabalhou bastante com a Halsey, fez bastante pela música dela. Então meu empresário conseguiu um horário pelo Zoom para que pudesse falar sobre música com ele, e no fim do papo, implorei para ele produzir meu próximo single. Graças a Deus ele disse sim.
Mas deve ter pensando que era uma esquisitona. Aliás, na verdade, eu não o conheci pessoalmente. Foi tudo pelo Facetime e pelo Zoom. Isso é muito louco. Eu, na verdade, vou em novembro para Los Angeles para conhecê-lo pessoalmente. Mas foi ótimo trabalhar com ele. Acho muito raro encontrar pessoas que te entendam musicalmente tão cedo na sua carreira. Eu fui muito sortuda de tê-lo.
*Entrevista e tradução por Isabela Amorim e Christina Amorim