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Entrevista | Helloween – “Estamos dando nosso melhor”

No próximo sábado (8) e domingo (9), as bandas Helloween e Hammerfall promovem uma dobradinha histórica no Espaço Unimed, em São Paulo. Sucesso na Europa, a United Forces Tour 2022 ainda conta com ingressos para a segunda data. Além disso, o Blog n’ Roll sorteia dois pares de ingressos na nossa página no Instagram.

Andi Deris (vocal), Michael Kiske (vocal), Michael Weikath (guitarra), Kai Hansen (vocal e guitarra), Markus Grosskopf (baixo), Sascha Gerstner (guitarra) e Dani Löble (bateria) chegam trazendo na bagagem o aclamado e poderoso álbum Helloween, lançado em 2021, que tem conquistado as paradas do mundo.

No repertório dos shows, o Helloween irá apresentar seus grandes sucessos, como Halloween, I Want You, Future World e How Many Tears, além de músicas do novo álbum como Skyfall, Fear of the Fallen e Best Time.

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O baterista do Helloween, Dani Löble, conversou com o Blog n’ Roll, via Zoom, sobre a turnê, expectativa pelos shows no Brasil e os futuros projetos da banda. Confira abaixo como foi a conversa.

Como está sendo o retorno do Helloween aos palcos após ficar longe em virtude da pandemia?

No começo da turnê foi difícil de voltar ao ritmo, demoramos um pouco, mas não podíamos esperar mais para voltar aos palcos. No começo estávamos meio ansiosos, nervosos, pois depois de estar fora dos palcos por tanto tempo, foram dois anos e meio, gerou uma expectativa do que poderia acontecer, e como poderia acontecer. Mas logo quando tocamos a primeira música, o primeiro som, estávamos prontos.

Como disse em outra entrevista, ainda estamos trabalhando, pois costumamos ter antes da turnê, duas semanas de ensaio e pré-produção, desta vez iniciamos a turnê meio que repentinamente, então não houve tempo suficiente para essa preparação.

Então preparamos nossa turnês enquanto estamos em turnê. Por um lado é difícil, mas por outro é legal para os fãs, pois mudamos detalhes de show para show. Nenhum show será igual ao outro. Na minha opinião é algo interessante para o fã.

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Tem notado alguma diferença significativa no comportamento dos fãs? O que mais tem chamado sua atenção nos shows na Europa?

Para ser sincero, nada. Os fãs estão muito felizes por estarem de volta a um show, mas não posso dizer que estão mais felizes do que antes. A diferença é que entre os fãs nós vemos alguns com máscara, mas no geral, nada mudou de maneira drástica. Mas pode-se ver nos olhos deles, um olhar mais brilhante, mas não sei, nenhuma mudança tão significante.

Falando sobre o Brasil, como está a expectativa para os shows? O que o público pode esperar dessas apresentações do Helloween?

Eles podem esperar por NADA e TUDO. Obrigado! Eles podem esperar o melhor, estamos ansiosos para voltar à América do Sul, pois o último show que tocamos foi no Rock in Rio 2019.

Estamos sempre ansiosos para tocar em qualquer continente, uma banda como o Helloween, conhecida no mundo todo, temos diferentes tipos de fãs ao redor do mundo, e todos formam uma diversidade de costumes, que eu gosto.

Seria muito chato se todos os fãs tivessem o mesmo comportamento, se todo fã fosse tão doido, barulhento e animado quanto os brasileiros e estadunidenses, seria entediante.

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Estamos dando nosso melhor, mudamos nosso setlist em relação ao da Europa, e estamos muito ansiosos para tocar.

Você guarda boas lembranças dos shows no Brasil? Recorda de alguma história curiosa no País? Qual?

Muitas, especialmente no Rock in Rio. Me lembro que os cantores, por exemplo, quase não conseguiram chegar no palco no horário programado, pois estavam presos no trânsito. Faltavam 20 minutos para o show e nenhum cantor por perto, 15 minutos, nenhum cantor por perto. Faltando cinco minutos, eles conseguiram chegar no backstage, colocaram suas roupas de alguma forma, e chegaram no palco bem em cima do horário.

Todos estávamos nervosos, ansiosos, pensando o que fazer enquanto eles não chegassem, tocar algumas músicas talvez. Mas não seria o que os fãs de Helloween gostariam de ver. Eles iriam querer nós sete no palco, com os dois cantores, e no Rock in Rio para milhares de pessoas, com transmissão ao vivo na TV.

Ficamos imaginando como seria se nós entrássemos no palco sem cantores, e durante o show eles entrassem. Mas, graças a Deus, eles chegaram no horário. Agora é uma história divertida, mas no momento não foi.

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Realmente não deve ter sido divertido no dia. Risos.

Mas lembrei de algo engraçado que rolou em algum lugar do Brasil. Estava sentado em meu quarto de hotel e queria alguns cubos de gelo que conseguimos encontrar em máquinas de gelo no corredor. Então saí de cueca e pensei: onde está essa máquina? E abri uma porta gigante de metal e sai procurando pela máquina. De repente, ouço a porta se fechando. E fiquei preso fora do hotel, nessa área de saída de emergência, nas escadarias.

Então comecei a descer as escadas e cheguei em uma área atrás do hotel, na rua, e implorei ao Senhor para não ter que ir até a porta da frente, mas tive que ir.

Entrei no lobby e os seguranças estavam rindo muito alto, pois eles estavam me acompanhando o tempo todo pelo sistema de câmeras. Bem no momento que entrei, eles foram até mim rindo. E eu, de camiseta e cueca, sem graça, perguntei se poderiam me arranjar um pouco de gelo. Toda vez que volto ao hotel e encontro um deles, eles falam: não entre na escadaria.

Vocês estarão acompanhados do Hammerfall. Como é a relação de vocês? O que acredita terem em comum e que ajuda a manter essa sinergia nas turnês?

Conheço esses caras há mais de 20 anos, mesmo antes de entrar no Helloween, somos bons amigos. Nossa equipe veio com essa ideia, depois de ver quais bandas estavam disponíveis. É uma equipe criativa, vieram com essa proposta de trazer Hammerfall conosco.

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Acho uma ótima ideia, pois apesar de serem uma banda de heavy metal também, eles tocam um heavy metal diferente de nós. Tocamos mais rápido, e o Hammerfall é mais devagar, mais groovado, juntos fazemos uma turnê mais diversa para os fãs. Com dois tipos de heavy metal, ao invés de ter o mesmo tipo de música por três ou quatro horas, seria chato.

O último álbum do Helloween, lançado em 2021, teve grande repercussão. Foi o primeiro com a formação Pumpkins United (com três vocalistas). Vocês pretendem gravar mais álbuns com essa formação?

Espero que sim. Mas deixemos isso para o futuro, acabamos de iniciar a turnê, e veremos o que a turnê dirá para nós, esperamos trabalhar nela até 2024, e aí sim veremos como as coisas estarão, como o mercado estará. Mas espero que aconteça. Um novo álbum deve vir em um futuro não tão próximo, mas, talvez, quem sabe.

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