O Royal Blood lançou, nesta sexta-feira (30), o terceiro álbum da carreira, Typhoons. Os quatro singles do projeto, Trouble’s Coming, Typhoons, Limbo e Boilermarker, apresentados anteriormente dão a sustentação para essa produção de alto nível.
Quando Mike Kerr e Ben Thatcher se sentaram para conversar sobre como fazer um novo álbum, eles sabiam o que queriam alcançar. Em resumo, envolveu um retorno consciente às raízes deles, para quando fizeram música influenciada por Daft Punk, Justice e Philippe Zdar of Cassius.
Ademais, também exigia uma abordagem de volta ao básico, semelhante ao que havia tornado o álbum da estreia auto-intitulado tão emocionante, visceral e original.
Fora dos singles, o álbum explode em um estilo de tirar o fôlego e não os deixa prisioneiros quando as fortes batidas metálicas de Who Needs Friends atingem um pico visceral de maneira precoce.
O Royal Blood ainda faz referência à nova gama de influências ao implantar vocais ferozes em Million & One e evocando o som de um hiperagressivo Prince em Mad Visions.
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Posteriormente, termina com um surpresa final na forma de uma balada austera de piano All We Have Is Now, um lembrete vulnerável e revelador de viver o momento.
Aliás, os sentimentos desprotegidos dessa música dão ao álbum um final redentor. Seja direta ou alusivamente, o projeto se concentra em explorar o outro lado do sucesso que eles experimentaram.
Vem da compreensão de que o sucesso é muito mais complicado do que parece e de que ter tempo para recuperar a perspectiva de vida é uma mercadoria preciosa que se torna cada vez mais difícil.
Mudanças na vida pessoal
A situação exigia reflexão e mudança, que Kerr encontrou em Las Vegas. Ele engoliou um espresso martini e declarou ser o último drink. Logo depois, descobriu que a recém-descoberta sobriedade teria um impacto positivo na própria criatividade e na vida como um todo.
Contudo, essa nova abordagem se manifestou na decisão da dupla de produzir a maior parte de Typhoons por conta própria.
Posteriormente, já estabelecido como favorito dos fãs durante os shows de 2019, a versão de Boilermaker foi produzida pelo vocalista do QOTSA, Josh Homme. Logo depois das duas bandas terem se conectado pela primeira vez quando Royal Blood os apoiou em uma grande turnê norte-americana.
Enquanto isso, o vencedor de vários prêmios Grammy, Paul Epworth, produziu Whoo Needs Friends e contribuiu com a produção adicional de Trouble’s Coming.