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07 – Planocohen

Tal como São Paulo tem Guarulhos, Mogi das Cruzes e o Grande ABCD, Santos também tem uma região metropolitana forte musicalmente. Cubatão, uma das cidades vizinhas, por exemplo, viu o surgimento do Planocohen em meados de 1998. “Uma galera da nossa cidade se reunia e ia aos fins de semana pra Santos assistir aos shows no Banana Grogue / Biroska. Lá a gente tinha contato com a cena da baixada e conhecia muita gente”, diz Alexandre Souza, baixista e vocalista da Planocohen.

O que começou como uma curtição, o simples fato de estar compondo a cena santista, virou coisa séria. “Juntamos alguns amigos e na época praticamente ninguém sabia tocar nada. Começamos nossos primeiros ensaios na laje da casa do baterista, tirando algumas músicas de bandas de punk e hardcore nacionais, foi aí que a história começou”.

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No final dos anos 1990, Cubatão já contava com uma fama de berço de bandas punks, mas o cenário não estava sendo muito bem conduzido pelos representantes. “A gente começou a fazer nosso som e ficamos amigos de algumas bandas da cidade, entre elas o No Way Out, o que ajudou a esquentar a cena naquele momento. A primeira formação da banda foi: Thiago Tortuga (voz), eu Alexandre (baixo), Marcus (guitarra) e Thiago (bateria)”.

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Planocohen durante apresentação no Hangar 110, em São Paulo

Se em Santos a influência mais gritante vinha da Califórnia, os cubatenses tinham referências mais próximas. “Quando a gente começou, estávamos escutando muito punk e hardcore nacional. Gostava muito de Sociedade Armada. Esses caras influenciaram muito nosso som no começo. Era uma som mais seco, com letras mais politizadas”, conta Alexandre.

Mas a influência internacional chegou ao Planocohen com o tempo. “Fomos absorvendo mais de outras bandas e misturando mais o som que passou para uma coisa mais Strung Out, com duas guitarras, solos, arranjos mais complexos, músicas mais melódicas e longas com letras mais sentimentais, subjetivas”.

As mudanças no som da Planocohen também afetaram a formação. Rodrigo (guitarra) e Diogo (baixo), ambos No Way Out, foram convidados. Alexandre ficou apenas como vocal. Depois, Marcus (guitarra) saiu para a entrada de Marquinhos (guitarra).

Engana-se quem pensa que a Planocohen estava satisfeita apenas por tocar em Santos, cenário que inspirou os integrantes. A banda foi para São Paulo algumas vezes, com destaque para uma apresentação no CBGB brasileiro, o Hangar 110, com Blind Pigs e Nitrominds. “Pelo lugar, pela história, esse show foi emblemático. Fomos para o show com um ônibus alugado com todos nossos amigos, foi sensacional. Mas fizemos shows melhores, mais tranquilos que também entraram para nossa história. Tocar na final do Enseada Rock, concurso de bandas de uma rádio de Santos, foi bem marcante também. Além de um show em Itaim Paulista que talvez tenha sido nosso melhor show”, relembra Alexandre.

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Na medida que a Planocohen tocava mais, os registros também ganhavam espaço. Entre 1998 e 2006, foram três trabalhos lançados: S/T (demo tape com 12 faixas), MMI (EP com 5 músicas) e Diário de Alguns Dias (CD demo com 12 canções). Enquanto o Mundo, Direção, Já Não Te Espero Mais, Caminhos Opostos e Tentar Viver eram as faixas mais conhecidas.

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Integrantes durante gravação no Studio G, em Santos

Em Cubatão, terra natal da banda, a Planocohen conseguiu alguns pontos para suas apresentações. “O Bar do Gordo por ter reunido tanta gente e ter fortalecido demais a cena na cidade. Foi provavelmente o lugar que a gente mais tocou e chamou bandas da Baixada para tocar. O Pier também teve alguns shows históricos na beira do rio. Era literalmente um pier, com a galera pulando no rio, churrasco e cerveja à vontade”.

Alexandre e companhia vendiam bem Cubatão para os shows. E as coisas parecem não ter mudado. Hoje, ele, Diogo e Rodrigo trabalham com publicidade em São Paulo. Thiago foi para a área elétrica e mora no Rio Grande do Sul. “O Marcus trabalha com táxis, o Marquinhos na refinaria e o Tortuga é jornalista”, completa Alexandre.

Mesmo com a correria no dia a dia, Alexandre garante ser possível um revival da Planocohen. “A gente chegou a fazer uns dois ensaios e um show para reunir os amigos há meses atrás. Parece que se a gente dedicar um pouco pode ser que saia alguma coisa. Não estamos tão ruins assim, só mais cansados e velhos”.

Ouça Diário de Alguns Dias

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Ouça MMI

1 Comment

1 Comment

  1. Juliana Gerim

    24 de julho de 2014 at 10:57

    Eu adorava .
    Oii Rodrigo rs !!!

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