Retornar ao Brasil com a mesma turnê em um curto espaço de tempo não é algo muito comum entre as bandas de estádios, como Rolling Stones, U2, Pearl Jam e Coldplay, só para citar alguns exemplos de cada geração. A banda de Chris Martin, no entanto, burlou essa regra e voltou cerca de um ano e meio após a última passagem para encerrar a A Head Full of Dreams Tour, que teve início na América do Sul em 2016.
O primeiro show dessa nova sequência foi na última terça-feira, no Allianz Parque, em São Paulo. A excursão dos ingleses ainda teve uma segunda data, ontem, no mesmo local, além de um concerto derradeiro, no sábado, na Arena do Grêmio, em Porto Alegre. Todos com ingressos esgotados.
Os shows dessa passagem pelo Brasil trazem um componente extra: as apresentações estão sendo gravadas pelo diretor Mat Whitecross, responsável pelos clipes de A Sky Full Of Stars e Paradise. Isso, talvez, explique a sensação que os efeitos visuais estão ainda mais fortes do que na última passagem. Muitos dos fãs presentes no estádio, que compareceram ao mesmo local, em 2016, comentavam esse possível aumento nos efeitos visuais.
Coincidência ou não, o Coldplay foi o responsável pelo maior atraso entre os shows internacionais da temporada, venceu até o Guns n’ Roses, que veio comportado nesse quesito. Ao todo, o público teve que esperar 1h15 até a introdução com O Mio Babbino Caro, da ópera Gianni Schichi. O atraso na parafernália dos efeitos foi a causa.
Chris Martin sabe que não precisa fazer muito para conquistar os fãs. O Coldplay, mesmo já consagrado, foi conquistando o público brasileiro com muito carinho desde o início da carreira. Esta é a sexta turnê por aqui (incluindo o show único no Rock in Rio, de 2011), cada uma com suas memórias.
Em 2003, trouxe o segundo disco da carreira, A Rush of Blood to the Head, na bagagem. Apenas um show na extinta Via Funchal. O sucesso de público garantiu o retorno em 2007, na mesma casa, mas dividido em três datas, para divulgar a turnê Twisted Logic.
[ngg_images source=”galleries” container_ids=”28″ display_type=”photocrati-nextgen_basic_slideshow” gallery_width=”600″ gallery_height=”400″ cycle_effect=”fade” cycle_interval=”10″ show_thumbnail_link=”1″ thumbnail_link_text=”COLDPLAY EM SP – 2017″ order_by=”sortorder” order_direction=”ASC” returns=”included” maximum_entity_count=”500″]Não teve jeito, o Coldplay estava, finalmente, deixando de ser uma banda amada apenas pelos indies. Em 2010, com a badalada Viva La Vida Tour, teve desempenho excepcional em uma data única no Estádio do Morumbi. Ninguém tinha dúvida que o título de banda de estádio já havia sido conquistado.
Seis anos depois, eles retornaram para apenas uma apresentação no Allianz Parque. Ingressos esgotados em pouco tempo. A atual passagem, com dois shows no estádio do Palmeiras, não foi diferente. O que virá na próxima?
Pouco mudou de um ano para cá, mas mesmo as alterações no repertório são muito bem aceitas pelo público. Ao todo, foram seis e uma canção inédita adicionada. Se 2016 teve o hit Trouble, 2017 contou com In my Place.
Se Martin dominou todas as ações no ano passado, agora ele libera o vocal até para o baterista, Will Champion, cantar In my Place. Algumas mudanças apenas, mas o suficiente para garantir outra lembrança especial aos fãs brasileiros.