Atração principal do Main Stage, o Kings of Leon viveu um momento parecido com o do Arctic Monkeys, banda inglesa que fechou uma das noites do Lollapalooza em março, no mesmo local. A semelhança está no fato das duas bandas terem passado por festivais anteriores no Brasil e terem sido escaladas para fechar dois dos principais festivais do País.
O Kings of Leon, tal como os ingleses do Arctic Monkeys, conseguiu segurar o público até o final. Se parecia travada e apática nas duas primeiras vezes no País (2005 e 2010, no SWU), a banda mudou.
Comandada por Caleb Followill, a banda abriu o show com o seu primeiro grande hit: Molly’s Chambers, do álbum de estreia Youth & Young Manhood, de 2003. A histeria das fãs só aumentou dali em diante. ‘Casa comigo?’ (em português e inglês), ‘lindo!’ ‘maravilhoso!’ ‘gostoso!’ foram alguns dos gritos mais disparados pelas meninas. Além de pedidos por várias músicas durante todo o show.
Dentro do possível, a família Followill (a banda é composta por irmãos e primo) atendeu seu público. Durante uma hora e meia tocou diversos singles como Four Kicks, On Call, Crawl e Radioactive, só para citar alguns.
Os integrantes nunca tiveram uma grande presença de palco, mas parecem estar melhorando nesse quesito. O vocalista até arriscou uma reboladinha em uma das músicas, fato que ‘mexeu com os sentimentos’ de algumas meninas próximas ao palco.
Antes de fazer a primeira pausa da noite, o Kings of Leon tocou um de seus maiores hits: Sex on Fire, que seguiu com The Bucket, do álbum Aha Shake Heartbreak. Parecia um final bom. Mas o principal hit ainda não havia sido tocado.
Enferrujados por conta do longo tempo afastado dos palcos (no ano passado o grupo cancelou a turnê pelos EUA por conta dos problemas de exaustão e álcool de Caleb Followill), os integrantes fizeram uma pequena pausa. O suficiente, no entanto, para tirar uma pequena parte do público da frente do palco e migrar para o show do Gossip, no Indie Stage.
Mas era impossível imaginar que o grupo iria embora sem tocar o seu maior hit. Após tocar Manhattan, a família Followill puxou o coro mais aguardado da noite em Use Somebody. Um dos momentos mais emocionantes da noite, muito em função do apoio do público que cantou a música do início ao fim.
Para a minha surpresa, uma debandada grande tomou conto do cenário após o principal hit do grupo. Muitas pessoas, principalmente as localizadas ao fundo da pista, pareciam estar esperando apenas o principal som dos caras para irem embora. Motivo? Poderia ser o horário do metrô ou o show do Gossip, que naquele momento tocaria mais umas quatro músicas.
Os fãs mais apaixonados, entretanto, fincaram os pés na frente do palco principal, cantaram Black Thumbail e foram brindados com palhetas, baquetas e tudo mais que tinha pela frente dos integrantes. Foi uma forma de agradecer aquele carinho depois de uma temporada complicada, que gerou rumores de um possível fim do grupo.
Set
Molly´s Chambers
Taper Jean Girl
Four Kicks
The Immortals
Fans
Southbound
Crawl
No Money
Radioactive
Notion
Be Somebody
Closer
Pyro
On Call
Knocked Up
Sex on Fire
The Bucket
Manhattan
Use Somebody
Black Thumbail