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Mesmo sem novidades, Aerosmith faz um grande show em São Paulo

Fotos: Lauro Capellari / Divulgação

Em 2010, o Aerosmith fez o show de encerramento do antigo estádio do Palmeiras, em São Paulo. Seis anos depois, eles voltaram ao local – agora Allianz Parque – para o que pode ser o último show da banda na capital paulista. Sem muitas novidades, como o Blog N’ Roll antecipou no sábado, a banda de Boston fez um ótimo show, mas com um roteiro que quem já viu a banda nas últimas passagens pelo Brasil já conhecia.

Passava das 20h, quando o palco foi invadido pela banda de abertura, que já lançou um “Sao Paoolooo”, com sotaque gringo – que se manteve durante os 30 minutos de apresentação da banda. Muito competente, o Sioux 66 mostrou um hard rock bem feito, cantado em português (mas com aquele sotaque). Além disso, as referências ao Guns n’ Roses são fortes demais para serem ignoradas – o guitarrista Mika Jaxx usa Les Paul e chapéu como Slash, o baixista Fabio Bonnies ostenta um Fender branco como Duff McKagan e Igor Godoi tem trejeitos de Axl e o mesmo vocal rasgado.

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Um dos pontos altos do show foi quando o guitarrista Bento Mello, filho do Titãs Branco Mello, começou o riff de Black & White, e ganhou o público com um trecho do hit de Michal Jackson. Os quatro músicos da linha de frente se movimentaram bastante durante o show, ocupando todo o enorme palco. Rolou também um cover de O Calibre dos Paralamas do Sucesso.

Mas a grande atração da noite era mesmo o Aerosmith. Com quase 70 anos de idade, o vocalista Steven Tyler subiu ao palco com as palavras AMAR (em português mesmo) e ROCK N` ROLL pintadas nos braços. Só mesmo amando muito rock and roll para fazer isso há quase 50 anos com todo esse pique.

Em quase duas horas de apresentação, eles fizeram uma lista de hits focada na discografia da banda até meados dos anos 1990, sem tanta ênfase nas baladas dos últimos anos. O show começou com Draw the Line que deu espaço para Love In An Elevator (que ganhou ajuda das mais de 40 mil pessoas fazendo os backing vocals).

Em seguida, eles emendaram três faixas do disco Get a Grip (1993): Crying, com um grande coro e celulares substituindo os clássicos isqueiros, Eat the Rich e a balada Crazy, em que Tyler cantou com fãs que assistiam o show na lateral do palco.

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A lenta e obscura Kings and Queens não animou tanto o público, que preferiu fazer selfies. Joey Kramer puxou a introdução de  Living on the Edge, mas Steven Tyler pediu para recomeçar (“too slow”, reclamou). Na sequência, o vocalista falou que iam reduzir um pouco a velocidade e mandaram a acelerada Rats in the Cellar. Também vieram Dude Looks Like A Lady e Monkey On My Back, que precederam Pink, do disco Nine Lives (1997), uma das mais novas do set. Como de costume, o palco foi dominado por uma iluminação rosada.

A grande surpresa foi o apagão (acompanhado por uma pausa da banda) na frase “Pink when i turn out the lights”. Muito simpático, Steven Tyler ainda se filmou com o celular de um fã.

Rag Doll, com toda a habilidade de Joe Perry na guitarra slide e Stop Messing Around, com o guitarrista assumindo o vocal, mostraram toda a base blueseira do Aerosmith. Nesta última, o telão mostrou imagens da cidade de São Paulo – inclusive com Perry tocando guitarra no Monumento às Bandeiras, em frente ao Parque do Ibirapuera – e deu abertura para todos os integrantes mostrarem seus dotes, até o tecladista de apoio Buck Johnson teve direito a um solo.

Depois de Chip Away The Stone, Steve Tyler brincou: “Tem um cara aqui na frente me pedindo para cantar Hole In My Soul”. O que se seguiu foi um grande coro a capella no refrão da música. “Eu sei a letra dela, mas precisamos praticar mais”. Antes de chamar a balada I Don’t Wanna Miss A Thing que fez vários casais dançarem e cantarem juntos, enquanto outros preferiram filmar o palco com celulares.

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A primeira parte do show terminou com a já clássica versão de Come Together, dos Beatles, e Walk This Way, que já levantou o público logo nas primeiras notas do lendário riff de guitarra.

Durante o breve intervalo, foi montado um piano branco no final da passarela que leva Tyler até o meio da multidão. Lá, o vocalista cantarolou uma canção antes de dar os primeiros acordes de Dream On. No último refrão, Tyler e Perry foram cobertos por uma nuvem de fumaça e balões brancos, deixando tudo ainda mais emocionante. Para fechar a noite, Sweet Emotion, ressaltou as habilidades do baixista Tom Hamilton.

Nada muito diferente do que o Aerosmith mostrou nos shows brasileiros em 2010, 2011 ou 2013, mas tudo muito afiado e com a vontade de uma banda que ainda quer mostrar seu valor em cima do palco.

Set list
Draw the Line
Love in an Elevator
Cryin’
Eat the Rich
Crazy
Kings and Queens
Livin’ on the Edge
Rats in the Cellar
Dude (Looks Like a Lady)
Monkey on My Back
Pink
Rag Doll
Stop Messin’ Around (Fleetwood Mac cover)
Chip Away the Stone
I Don’t Want to Miss a Thing (com coro inicial de Hole In My Soul)
Come Together (The Beatles cover)
Walk This Way

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Bis:
Dream On
Sweet Emotion

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