MÁRIO JORGE
Foto: Edi Fortini
Desde que Tony Araya anunciou o fim do Slayer após uma última turnê, Dave Mustaine (Megadeth) não perdeu tempo e falou de seu desejo de ainda realizar mais um encontro, daqueles grandes, o chamado Big Four. Grande notícia. Melhor ainda se o Slayer continuasse na ativa, mas os caras acham que é necessário dar uma pausa após quase 40 anos. Fazer o quê?!!
Bom, voltando ao Big Four. Tomara que Mustaine, uma vez concretizada a ideia, convença seus pares a ampliar esse reencontro, tipo, além-mar ou continentes. Não ficar restrito ao circuito de sempre, EUA e Europa. Por aqui, seria lotação certa. Afinal qual metalhead não gostaria de ver, juntos, Slayer, Megadeth, Metallica e Anthrax? O Big Four estaria, assim, prestando uma boa homenagem à turma de Araya e Kerry King. E o público seria eternamente grato.
O rock’n roll (e suas variantes, hard, metal, thrash, death, speed) pode oscilar no gosto popular, e até virar modinha (quando surge um Rock In Rio da vida). Na maior parte das vezes, não está na mídia de massa – foi-se o tempo em que havia programas a exibir bandas novas e antigas, concertos etc. Porém, mantém sua força, como sempre, e sua existência é eterna. Manteve-se firme em meio aos fenômenos disco, new wave, ska e coisas que o valham.
No Brasil, essa resistência teve quer ser maior. Com a massificação de coisas como o pagode, axé, breganejo, funk e quetais, os roqueiros voltaram à categoria de ET’s, povoando o submundo musical em meio à enxurrada de estilos radicalmente opostos. Porém, viva! nem tudo está perdido. Há trincheiras heroicas, como bares e espaços específicos, que persistem em manter o rock como atração principal. O Big Four, caso realmente volte aos palcos, vai coroar esse poder que só o som pesado tem. Então, que se faça o rock!