Em clima de Copa, uma banda para cada classificado às oitavas de final (PARTE 2/2)

Em clima de Copa, uma banda para cada classificado às oitavas de final (PARTE 2/2)

Na última quinta-feira, vocês conferiram a primeira parte desse post especial sobre a Copa do Mundo que mostra bandas de rock alternatico de cada país classificado às oitavas de final. Caso não tenha lido ainda, clique aqui e conheça oito bandas países que se classificaram nos grupos A, B, C e D.

Já sabemos que algumas seleções ficaram pelo caminho nessa fase eliminatória, mas agora é hora de falar de países que ainda não jogaram e continuam firmes na luta pelo título (pelo menos até esta segunda e terça).

GRUPO E

– Brasil

Para falar da nossa seleção, que está em busca do hexa, resolvi ser bairrista ao extremo. Já que estamos falando de bandas de rock alternativo, nada melhor do que falar de quem já é da casa. De Guarujá para o mundo, a Los Volks tem dois colunistas do Blog n’Roll em sua formação: Pablo Mello e Vinicius Souza.

Sucesso até na Austrália com a canção Fire, o grupo da Baixada Santista se destaca por mesclar rock, folk e MPB em suas faixas. Outra música de destaque do grupo é Tarde de Domingo, lançada em 2017 e que recomendo para quem quer ouvir algo good vibes e positivo. Atualmente, Los Volks trabalha para lançar o single Transmutar, que deve sair em agosto.

– Suíça

Dentro de campo, a Suíça conta com poucos jogadores de destaque, mas o conjunto do grupo foi suficiente para segurar um empate contra o Brasil e garantir a classificação do país para as oitavas de final. Fora das quatro linhas, a nação europeia é conhecida pelos seus relógios e chocolates de extrema qualidade, mas quando se fala de música, não há muitas referências.

Contudo, a 69 Chambers é um certo destaque que se encontra no país. Formada em Zurique, em 2001, a banda se define como um grupo de post-grunge, além de ter influências da música pop. Ao todo, o quarteto suíço tem dois álbuns de estúdio, um lançado em 2009 e outro em 2012. Confira um pouco do som de 69 Chambers:


GRUPO F

– Suécia

Em um grupo onde praticamente todo mundo apostava em uma Alemanha classificada com facilidade, a Suécia foi responsável por derrubar o bolão da galera e passar na primeira colocação. A seleção azul e amarela surpreendeu e, mesmo sem seu astro Ibrahimovic, conseguiu mostrar bom futebol e vencer duas das três partidas da fase de grupos.

Para representar a Suécia nesta lista, escolhi uma banda de rock psicodélico de quase duas décadas de estrada: Dungen. O grupo foi formado em Vastergotland, em 1999, e tem letras 100% em sueco nos seus oito álbuns de estúdio. Mesmo com a barreira linguística, Dungen conseguiu um certo sucesso nos EUA e no Reino Unido ao longo dos anos.


– México

Prometo que vou parar de ser “clubista”, mas não tem como falar de rock anternativo no México e não mencionar o Arctic Monkeys mexicano, que já passou duas vezes por esta coluna. Duck Fizz é uma banda ainda pouco conhecida, mas que possui extrema semelhança com o grupo britânico.

Se dentro de campo o México teve dificuldades para se classificar às oitavas do Mundial, fora dele a “base vem forte” se depender da música. Nos EPs lançados pela banda de La Paz, cidade da Baixa Califórnia, é possível notar bastante talento para o indie rock. Certamente esse nome ainda será muito ouvido no futuro. Já o futuro da seleção mexicana pode não ser o dos melhores, já que eles enfrentam o Brasil nesta segunda…

GRUPO G

– Bélgica

Quem ainda não ouviu falar da “geração belga”? Formada por nomes como Lukaku, Hazard e Mertens, a seleção da Bélgica chega como uma das principais favoritas a conquistar o título da Copa do Mundo na Rússia. Se nessa geração os grandes jogadores costumavam ouvir indie rock na infância e adolescência, certamente eles já escutaram algum trabalho de Zita Swoon, banda escolhida para representar o país.

Formado em Antwerp, em 1993, o grupo belga já viajou o mundo e é presença em festivais de música até os dias de hoje. Em sua história, a banda tem muitas “danças das cadeiras”, com mudança de nome e de membros, mas com a atual nomenclatura, foram cinco álbuns de estúdio, sendo o último lançado em 2008.

– Inglaterra

País do rock e país que inventou o futebol, a Inglaterra é um sonho de destino para todos que são apaixonados por essas duas vertentes do entretenimento. Na Copa do Mundo, a seleção inglesa vive um bom momento. Se classificou em segundo no grupo G e caiu em uma chave teoricamente fácil para avançar ainda mais e reviver dias de glória.

Já no rock, a cada dia surgem novas e ótimas bandas indies por lá. Claro que pensei em falar de Arctic Monkeys, mas como já faço isso demais, vou mudar um pouco e pedir licença para invocar a banda que, para mim, é a mais importante da história: The Beatles.

Não tem como falar de Inglaterra e não se lembrar dos quatro jovens de Liverpool e seu sucesso meteórico e revolucionário no mundo da música. Apesar do fim conturbado da banda e do pouco tempo de duração, todo o legado deixado pelos Beatles é mais do que o suficiente para fazê-los entrarem nesta lista.

GRUPO H

– Colômbia

A seleção colombiana sempre dá trabalho, mas ainda não conseguiu conquistar um título mundial. Classificada em primeiro no Grupo H, a equipe de Falcão Garcia e James Rodríguez encara a Inglaterra nesta terça para mostrar que pode ir longe este ano.

No lado musical do país, é difícil pensar em rock quando se lembra dos ritmos mais “calientes” da música latina. No entanto, a Colômbia tem sim seus representantes e a banda escolhida de hoje é especialista em mesclar o agito do rock com a sensualidade colombiana.

A Superlitio começou em 1996 e segue firme como uma das principais bandas da Colômbia. O grupo foi formado em Cali e se tornou famoso por ter influências de música caribenha e tons de eletrônico.

– Japão

Presente em todas as recentes edições da Copa do Mundo, o Japão vive dando aulas de cidadania com seus torcedores nos estádios, mas dentro de campo o futebol é limitado. Neste ano, a seleção japonesa se classificou, mas encara a forte Bélgica, logo de cara.

Apesar do forte musical por lá ser o J-Pop, o rock também tem uma considerável popularidade. A banda Fujifabric é uma das que se destacam na vertente alternativa do gênero. Formado em Yamanashi, em 2000, o grupo tem cinco álbuns de estúdio e possui fortes características pop e eletrônicas em suas composições.