Se estivesse vivo, Freddie Mercury, um dos melhores vocalistas da história do rock, completaria 71 anos de idade, na última terça-feira. Um dos grandes segredos do mestre, que nunca estudou técnica vocal, era ter um ouvido bem treinado, e por isso, capaz de identificar tons e através disso desenvolver suas técnicas.

Muito do que Freddie desenvolveu pode ter sido fruto do período em que esteve em um internato na Índia, onde participou de um coral. Esse contato com a música, ainda na infância, criou, muito provavelmente, suas primeiras percepções daquilo que ele entendia como boas vocalizações e timbres.

Há uma importante divisão vocal na vida do líder do Queen. Ela se organiza dessa forma:

Entre 1972 e 1974, Freddie abusava dos falsetes e na sua voz de cabeça – Falei um pouquinho sobre o que é a voz de cabeça e voz mista neste link. Acesse para entender melhor, okay?

Já entre 1975 e 1980, as vozes mais predominantes nas gravações e shows do Queen eram as vozes mistas e de cabeça, que posteriormente foram substituídas, entre 1980 e 1991, pela voz de peito e pela voz mista.

Muitas das mudanças na voz de Freddie foram causadas pelo uso abusivo de cigarros e álcool, o que promoveu certas dificuldades e desconfortos para usar timbres que ele usava no início da sua carreira. Talvez por isso, ele tenha escolhido mudar a predominância da voz que usaria entre a década de 1980 e 1990.

Extensão vocal de Freddie Mercury
Segundo especialistas, a voz natural do ícone do rock era entre F1 e D5. É como se você percorresse, em um piano, três oitavas e meia de extensão vocal. Uma das notas mais significativas da sua carreira está nestas canções:

Get Down Make Love – Live Hammersmith 79 (F6)

Hang on in There” (1989) (E5)

Spread Your Wings (B4)

Curiosidades vocal sobre o “Innuendo”
Esse foi um disco que castigou Mercury. Ele precisou fazer um baita esforço vocal, porque esse álbum contém todas as fases vocálicas do artista. O incrível é que ele conseguiu e o disco foi bem recebido pela crítica apesar de receber o título de “álbum mais triste da banda”, por consequência também da sua fragilidade física devido a aids.