O cantor e compositor Moraes Moreira morreu na manhã desta segunda-feira (13), no Rio de Janeiro, aos 72 anos. A causa da morte foi um infarto agudo do miocárdio.
Um dos nomes mais importantes da música brasileira, Moraes Moreira é autor de clássicos como Sintonia e Pombo Correio. O artista marcou época como integrante do Novos Baianos.
Nascido Antônio Carlos Moreira Pires na cidade de Ituaçu, Moraes começou a carreira tocando sanfona em festas de São João. Na adolescência, aprendeu a tocar violão enquanto estudava em Caculé.
Posteriormente, se mudou para Salvador. Formou com Baby Consuelo, Pepeu Gomes, Paulinho Boca de Cantor e Luiz Galvão os Novos Baianos, ficando com o grupo de 1969 até 1975.
Em 2007, a Revista Rolling Stone colocou Acabou Chorare, o segundo álbum de estúdio do grupo, no topo da lista dos 100 maiores discos da música brasileira.
Enquanto seguia em carreira solo, o baiano também excursionava com o filho, Davi Moraes. Juntos, eles viajaram o Brasil com uma turnê comemorando os 40 anos do disco Acabou Chorare. A princípio seria apenas um show, mas devido ao grande sucesso a turnê foi criada e fez uma série de shows.
Ao longo de sua carreira artística, Moraes Moreira lançou mais de 30 álbuns, incluindo um Acústico MTV.
Histórico de problemas
Nos últimos anos, Moraes foi internado duas vezes. Em 2017, o músico enfrentou problemas digestivos e precisou passar por exames ao descobrir uma úlcera gástrica. Recentemente, durante o Carnaval, o músico aparentou muito cansaço em suas apresentações.
Moraes tinha uma relação estreita com o Instituto Arte no Dique, em Santos. Compadre do presidente da instituição, José Virgílio Leal de Figueiredo, o artista veio diversas vezes ao Dique da Vila Gilda para apresentações. Um dos estúdios da ONG leva o seu nome.