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Rock Classic Inc #1 – Black Sabbath

NICOLA TANESI

Entre o final de novembro e início de dezembro, o Black Sabbath vai fazer três shows no Brasil, com a sua turnê de despedida The End. A banda toca em Curitiba (30), Rio (2) e São Paulo (4). Ainda há ingressos disponíveis no site da Tickets for Fun.

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E é justamente o Black Sabbath que inaugura a coluna Rock Classic Inc, do radialista e roqueiro de carteirinha Nicola Tanesi, o novo colunista do Blog n’ Roll. Tanesi vai contar histórias de bandas nacionais, gringas e da Baixada Santista, cenário que acompanhou bem de perto.

Com vocês, as histórias do Príncipe das Trevas e seus amigos por Tanesi…

Tudo começou em Birmingham, cidade industrial do centro-oeste da Inglaterra, com o guitarrista Anthony Frank Tony Iommi, que montou o grupo Mythology, em 1966, ao lado de William Thomas Ward e John Michael ‘Ozzy’ Osbourne, fazendo um som calcado em rock dos anos 1950.

Mais tarde, eles mudaram o nome para Polka Tulk Blues, após as entradas dos guitarrista Terence Geezer Butler e o baixista Jimmy Philips e do saxofonista Alan Aker Clark. Os dois últimos saíram e Geezer assumiu o baixo. O Polka Tulk vira Earth.

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Ao assistir ao filme italiano As 3 Máscaras do Terror (Black Sabbath, em inglês), do diretor Maria Bava, Geezer sugeriu que mudasse o nome da banda. Iommi, que já tinha perdido as falanges do dedo, fazia um som pesado também calcado no som da Coven, e assim nascia o Black Sabbath, em 13 de fevereiro de 1970.

Do primeiro álbum (homônimo, de 1970) até Never Say Die! (oitavo de estúdio, 1978), a banda definiu clássicos do chamado heavy metal, baseado em letras de ocultismo, atraindo seguidores e inimigos. Esses clássicos, como os álbuns Paranoid (1970), Master of Reallity (1971), Sabbath Bloody Sabbath (1973) e Vol. 4 (1972), são considerados influentes para bandas distintas como Metallica e Cardigans.

https://www.youtube.com/watch?v=6yZA4TC_pt4

O auge da carreira, em 1972, com o grupo Yes abrindo os shows dos caras, Ozzy perguntava aos fãs: “Vocês querem ver o Papa na corda? Quase foi excomungado.

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Outra história pitoresca refere a canção Changes, musica que não tinha Rick Wakeman do Yes em sua gravação, como sempre se falou. Na verdade, Tony e Geezer estão nos teclados.

Em 1976, eles recrutaram Geoof Woodroff, substituído por Geoff Nichols, do grupo Quartz.

Antes do lançamento de Never Say Die!, Ozzy é demitido por conta do seu comportamento, reflexo do uso abusivo de drogas. Para o lugar dele, os integrantes convidaram David Walker (Savoy Brown e Fleetwood Mac), que nunca chegou a ver ou escutar seu trabalho. Ele ficou poucos meses na banda. Em 1979, entra o ex-Rainbow Ronnie James Dio (Ronald Padovana).

Dio já era um veterano à época, tendo gravado seu primeiro LP em 1967, com o grupo Ronnie and the Prophets, passando ainda por Elf e Rainbow.

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O primeiro trabalho foi Heaven and Hell, de 1980. No mesmo ano, Ozzy lançava Blizzard of Ozz. Ali ficava claro, na minha opinião, um erro histórico deles. O grupo deveria se chamar Heaven and Hell. Sabbath é com Ozzy, Bill, Tony e Geezer. Mas a verdade é que o disco ficou demais.

https://www.youtube.com/watch?v=JWZOlk-I1gY

Bill, com problemas cardíacos, foi substituído por Viniie Appice, irmão mais novo de Camine (Cactus e Vanilla Fudge), que além da tour gravou o excelente Mob Rules, de 1981, além da trilha do desenho Heavy Metal.

Em 1983, Live Evil, álbum ao vivo, gerou a demissão de Dio, pois este mexeu nas mixagens para deixar sua voz em primeiro plano. Junto com ele, leva Vinnie Appice, formando sua própria banda. Assim, mais uma vez o trio foi à procura de um vocalista.

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Numa noite, em um pub londrino, eles encontram o incrível Ian Gillan, ex-Deep Purple, que na bebedeira assina com a banda, gravando Born Again, adorado por muitos e odiado também. A guitarra foi gravada com um amplificador cheio de problemas. Durante a tour, Bill é substituído por Bev Bevan (Eletric Light Orchestra). Gillan ali só durou até a volta do Depp Purple ,em 1984.

Dai pra frente, a banda enfrenta problemas e vai ladeira a baixo.Tony Iommi ficou sozinho com o nome da banda. Assim, contrata Eric Singer (bateria), Dave Spitz (baixo), Geoff Nichols (teclados) e o incrível Glen Hughes (ex-Deep Purple e Trapeze).

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A sina do Sabbath com vocalistas seguiu. Após Hughes sair após algumas semanas, vários cantores foram testados, como Ray Gillen, David Donato, Ron Keel e George Criston. Quem assumiu o posto, no entanto, foi Tony Martin.

https://www.youtube.com/watch?v=VaQ6go3H8oY

Em outras posições,  o Sabbath também mexeu. Teve o batera original do The Clash, Terry Chimes, e Cozy Powell (falecido) na mesma função. Neil Murray também passou pelo baixo. O período, entretanto, foi de altos e baixos. Álbuns fracos como Eternal Idol (1987) e excelente como Tyr (1990).

Dio e Butler retornam para o álbum Dehumanizer (1992) e finalmente vem ao Brasil, promovendo um showzaço histórico. Ozzy convida o Sabbath para o Ozzfest e, mais uma vez, Dio se retira do grupo. Ele se recusou a abrir o show de Ozzy, que promovia o encerramento da turnê solo No More Tears, em novembro de 1992. Resultado: Rob Halford (Judas Priest) segura a bronca.

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Em 2004, Ralford assumiria o posto novamente para quebrar o galho. Em agosto daquele ano, Ozzy foi forçado a cancelar sua performance com o Black Sabbath, no Ozzfest em Camden, New Jersey, devido a um ataque de bronquite. Partiu de Sharon Osbourne o pedido para o vocal do Judas, Rob Halford, substituir o marido dela.

https://www.youtube.com/watch?v=P7ClkQVNSJY

Após anos sem reparar o erro, Iommi e Butler decidem que Black Sabbath será apenas com Ward e Ozzy. Com Dio e Appice seria Heaven and Hell.

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Infelizmente, o Heaven and Hell teve uma vida muito curta. Começou em 2006, lançando o excelente The Devil You Know, que rendeu uma bela tour. Porém, em 2010, Dio veio a falecer.

https://www.youtube.com/watch?v=P4gRBaWhosI

Dezoito anos após o último álbum de estúdio do Black Sabbath, Forbidden (1995), a banda retornou com Ozzy e o álbum 13 (2013). O que veio de lá para cá, vocês sabem. Iommi superando um câncer linfático, Ozzy expulso de casa por Sharon e uma turnê de despedida anunciada. Portanto, corra para garantir o seu ingresso. O show no estádio do Morumbi, em São Paulo, no dia 4 de dezembro, será antológico.

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