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Two Old Men, uma estreia de peso

LUCAS KREMPEL
Foto: Sabrina Cavicchia / Divulgação

O nome não é uma mera coincidência. Two Old Men é bem representativo quando se trata de dois músicos com vasta experiência no cenário roqueiro. Cláudio Cardoso (guitarra e voz) e Paulo Ferramenta (bateria e voz) são os responsáveis por esse duo que tem dado o que falar nos bares. Headbangers de plantão podem até desconhecer esse projeto, mas certamente já viu os músicos em dezenas de outras bandas de heavy, death e até rock.

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Fortemente influenciados pelo death metal e outras vertentes de peso, os músicos acabaram de lançar o seu primeiro disco cheio. Homônimo, o álbum traz 13 músicas autorais em 43 minutos de evil rock (rock do mal), como eles gostam de falar.

“Isso é até engraçado, porque nós nos vemos em todo lugar, com todo mundo, por não nos limitarmos a estilo algum. Entre as pessoas que tenho contato e que gostam do nosso som está o pessoal da música extrema, gente que gosta de rock and roll, galera do thrash, grind… E é justamente isso que queremos. Não queremos limitar a música e nem a que ouvidos ela chegará”, argumenta Cardoso.

Para o guitarrista e vocalista, a única dificuldade que ele percebe está em quem gosta de rotular o som do Two Old Men. “Tem gente que precisa ou tem necessidade de colocar rótulos, aí eles travam quando escutam a gente, porque o nosso som não é limitado a um estilo ou vertente. Ele é limitado no peso, no rock, no metal, no gosto pessoal. Se o riff de guitarra ou bateria soar bem aos nossos ouvidos, vai virar música, senão a gente descarta”, explica.

É curioso notar, ainda, que apesar das mais de duas décadas no cenário roqueiro, Cardoso e Ferramenta demoraram a tirar o duo do estúdio. O Two Old Men iniciou sua trajetória em 2012, mas somente em 2014 foi gravar o seu primeiro registro, o disco de 7”, com capa dupla vazada e vinil transparente. Segundo o músico, uma forma de fixar ainda mais a ideia de fazer algo diferente.

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E nos últimos quatro anos, a espera por algo novo seguiu. Foram alguns shows nesse período, além de muitas críticas positivas ao primeiro registro.

Na última lista de “artistas novos para acompanhar”, lançada anualmente em A Tribuna, o Two Old Men esteve presente, junto com nomes de folk, rock and roll, death metal, emo, punk, sad pop e outros.

Hoje, mais difundido entre os roqueiros, o duo não era algo muito comum nesse cenário. Claro que se voltarmos uns 15 ou 17 anos, chegaremos no badalado White Stripes, mas eram poucas referências.

“Em 2012, quando começamos, duos não eram comuns. Daquela época só lembro do Inquisition, que é black metal, e depois conheci o Bolzer. Como não havia pretensão de ser uma banda, o duo era natural, porque estávamos só brincando no estúdio. Depois de gravarmos o compacto, começamos a pensar em ser banda”.

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A conclusão de firmar como duo veio depois do primeiro show dos músicos. “Vimos que tinha que ser assim. Tinha mais a ver com gente. Hoje tem bastante duos, alguns deles preferem ter músicos de apoio pra shows, outros não. E desde que vi o Inquisition pela primeira vez, apostei que era possível fazer um bom som somente em dois”, continua o músico, citando o Royal Blood, que já tocou no Rock in Rio e Lollapalooza, com forte apoio dos fãs durante o show.

Quem quiser curtir o disco de estreia do Two Old Men, pode procurar nas plataformas de streaming ou no formato físico através de pedido pelo Facebook do duo.

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