O #SomNaVitrola dessa semana se joga nas ideias e influências de Rodrigo Tavares.
O projeto Esteban teve início em 2012, com o lançamento do álbum ¡Adios Esteban!. Ou seja, é o marco da despedida de seu “antigo eu”, seguido de Smokers In Airplanes e Liquid Love Reality. O projeto conta apenas com Rodrigo, onde toca todos os instrumentos.
Atualmente, o músico está lançando um single por mês. O último desta leva foi Rima Rica, Frase Feita, composta pelo músico gaúcho Nei Lisboa. Por outro lado, o que é algo sensacional já que Esteban, sendo uma das vozes da atualidade, possa abrir as portas para a geração conhecer o trabalho de Nei.
Como resultado, Esteban ganha o espaço e a batuta para mostrar quais foram os discos que fizeram a sua cabeça.
Para Esteban, “são discos pontuais na minha vida. Um me levou ao outro. São cinco álbuns que mudaram meu caráter musical”.
Cidadão Quem – A Lente Azul (1995)
Em 1995, o Cidadão Quem lançava o segundo álbum de estúdio. Dessa forma, tendo como música de trabalho Os Segundos, entraram na trilha sonora de Malhação, da Rede Globo. Como resultado, ainda rolou o clipe de Balanço.
“Foi o primeiro disco que me fez querer ter banda, compor e cantar. Afinal, eu tocava guitarra, mas não tinha coragem de fazer uma música. E este disco é super importante na minha linha do tempo, e como pessoa. Foi a trilha sonora da minha vida por muito tempo”.Esteban Tavares
Engenheiros do Hawaii – Várias Variáveis (1991)
O quinto álbum dos Engenheiros marca uma sonoridade mais pesada. Deixando de lado a influência eletrônica, eles trouxeram canções como Herdeiro da Pampa Pobre, Piano Bar, Sampa no Walkman.
“Mesmo sendo de 1991, eu só fui conhecer esse disco com 18 anos. Ele foi muito atemporal. Esse disco conversava comigo. Foi importante pois era atemporal na época, por tudo que eu passava na época. Foi o álbum que me levou pra frente sobre compor”. Esteban Tavares
Fito Paéz – Giro (1985)
Eleito como um dos melhores álbuns de rock argentino, Giro se tornou um dos maiores trabalhos de Fito Paéz. Pela crítica, é considerado como o verdadeiro pontapé inicial do músico. Em contrapartida, comparado com seu trabalho de estreia, tem som e arranjos melhores e temáticas líricas mais aprofundadas.
“Foi uma mudança brusca na minha quando me apresentaram o rock argentino. Eu fui conhecer o Fito quando eu era ainda rock e distorção. Logo, esse álbum influenciou como a minha música ia ser, me abriu um horizonte. Dessa forma, percebi que as canções conversavam com a musicalidade da minha infância”.Esteban Tavares
Songs In The Key Of Life – Stevie Wonder (1976)
Em primeiro lugar, com o lançamento de Songs In The Key Of Life, Stevie Wonder alcançou um novo nível de estima. O 18º trabalho acabou rendendo dois Grammys de melhor álbum e performance vocal.
Além da doce Isn’t She Lovely, o álbum trazia a poderosa Sir Duke e As. Acima de tudo, chega a ser pecado falar do álbum e citar apenas de três músicas.
“Desde criança sou fã do Stevie Wonder. Logo depois, quando fiquei mais velho, me joguei na discografia. Cheguei a ficar dez meses ouvindo a discografia no shuffle. E ele influenciou a minha harmonia musical. Tudo que mudou, veio dele. Entretanto, falar dele tem que comentar a discografia inteira. Mas esse disco é completo.Esteban Tavares
Copland – Ixora (2014)
Ixora é o quinto álbum lançado pelo grupo de indie rock da Flórida Copland. Para os fãs e críticos, o grupo adota um assunto mais maduro, comparado aos seus primeiros álbuns.
Entretanto, com uma abordagem sombria e pensativa, é completo. Sem tirar e nem pôr.
“Sou apaixonado pelo Aaron Marsh. Ele chegou a produzir um EP meu. O trabalho é ótimo. Abandonou a guitarra como instrumento principal e dá muito valor pro piano. Entretanto, é interessante como ele enxerga a canção, conseguindo levar o trabalho dele para outros níveis.Esteban Tavares
