Álbum de estreia da venezuelana Joaquina chega ao streaming; ouça “al romper la burbuja”

O álbum de estreia da cantora venezuelana Joaquina, al romper la burbuja, apresenta um mundo de emoções à flor da pele e, no centro disso, está seu novo single, capricho. Esse hino pop de alta energia captura o caos emocional de um amor que é, ao mesmo tempo, tóxico e irresistível. Joaquina, de 20 anos, canta sobre a luta de se apegar a alguém que já não está mais presente, mesmo sabendo que isso não faz bem. “Odeio ser caprichosa”, ela confessa, enquanto continua sonhando com um pedido de desculpas que nunca virá. Capricho mistura desilusão com empoderamento, transformando a vulnerabilidade em força. É a música perfeita para quem já amou e perdeu, preparando o terreno para um álbum que explora as complexidades do coração. A faixa é a introdução ideal para al romper la burbuja, um conjunto de canções tão fortalecedoras quanto catárticas.
Após adiar por causa dos incêndios em Los Angeles, The Weeknd lança Hurry Up Tomorrow

The Weeknd lançou o álbum Hurry Up Tomorrow, via XO/Republic Records. O novo álbum segue um 2024 de discos, ano em que The Weeknd se tornou o primeiro artista da história a ter 27 músicas com mais de 1 bilhão de streams no Spotify. Hurry Up Tomorrow é o capítulo final e mais pessoal da aclamada trilogia do artista, iniciada com After Hours (2020) e Dawn FM (2022). O novo álbum conta com vários feats, como Justice, Anitta, Travis Scott, Florence + The Machine, Future, Playboi Carti, Lana Del Rey, entre outros. Originalmente programado para ser lançado em 24 de janeiro, seguido de um show de uma noite no Rose Bowl, Hurry Up Tomorrow foi adiado devido aos efeitos devastadores dos incêndios de Palisades e Eaton. Em relação às pessoas afetadas pela tragédia, The Weeknd optou por cancelar o show de lançamento do álbum marcado para o Rose Bowl de Pasadena e doou US$ 1 milhão para a LAFD Foundation, o Wildfire Relief Fund do GoFundMe e o LA Regional Food Bank. The Weeknd começou a criar expectativa para o projeto revelando a capa do álbum e anunciando um show especial de uma noite no Estádio MorumBis, em São Paulo. A apresentação, transmitida exclusivamente pelo YouTube, atraiu milhões de espectadores em todo o mundo e contou com participações surpresa de Playboi Carti e Anitta. O evento, com ingressos esgotados, tornou-se a apresentação musical mais comentada nos Estados Unidos e em outros 24 países, consolidando ainda mais o status de The Weeknd como ícone musical global. Mais tarde neste ano, The Weeknd também vai estrelar, ao lado de Jenna Ortega e Barry Keoghan, um longa-metragem inspirado em seu novo álbum. Hurry Up Tomorrow foi escrito e dirigido por Trey Edward Schults para a Lionsgate e será lançado em 16 de maio de 2025, exclusivamente nos cinemas. O thriller psicológico é inspirado e apresenta novas músicas de The Weeknd, que fez a trilha sonora do filme com Daniel Lopatin.
Tátio estreia disco solo Contrabandeado com participações de Zeca Baleiro e Juliana Linhares

O que acontece na fusão da contradição? Qual o resultado do encontro entre o proibido e o desejado? Como expressar a dualidade das abstrações humanas? A ânsia pela liberdade sexual em meio a solidão nas metrópoles e o papel da utopia e da fé em contraponto ao desencanto da realidade moderna são algumas das questões que o cantor e compositor Tátio observou em viagens e transformou em seu primeiro álbum-solo, intitulado Contrabandeado. Com a participação de Zeca Baleiro e Juliana Linhares, e produção de Chico Neves, o disco já está disponível nas plataformas de streaming de áudio. Tátio é um artista mineiro que atua na música há mais de dez anos. Cantor do Carnaval de Belo Horizonte com o bloco Circuladô e com a Orquestra da Percussão Circular, ele foi o fundador da banda Caldêra e sua composição Longe de mim foi premiada, em 2020, com o primeiro lugar no Festival Nacional da Canção. Agora, a faixa integra seu novo álbum e se tornou um feat com Zeca Baleiro. Essa e outras letras foram construídas ao longo de três anos e meio, viajando de caminhão pelo Brasil e América Latina. “Muitas das canções foram feitas na estrada, com ideias erguidas nas vivências das andanças. A escolha do nome do álbum veio da vontade de expressar um contra fluxo de ideias que muitas vezes se esconde nos confrontos psicológicos e sociais que nos cerceiam”, explica o cantor. “O ‘contrabando’ está menos no sentido mercadológico e mais na transmissão de pensamentos e sensações que desejamos passar na poética e na musicalidade das canções”, complementa. Para além das composições, a sonoridade do disco, construída junto de Chico Neves, produtor conhecido por trabalhos com nomes como Los Hermanos, O Rappa e Os Paralamas do Sucesso, no Estúdio 304, traz um movimento antropofágico de unir arranjos de indie rock com uma “linguagem rítmica bem brasileira”. “Estamos fazendo uma experimentação estética, com canções muito brasileiras, mas com a utilização de sintetizadores e programações que dão essa cara mais ‘gringa’, mais associada ao indie rock”, descreve Tátio. “Contrabandeado é, com certeza, um dos melhores álbuns que já produzi e o Tátio é um artista nato, de uma voz potente, única, de fato. Foi lindo essa parceria ter acontecido e é um lindo disco, que todos merecem ouvir”, afirma Chico. Contrabandeado conta com nove músicas e começa com a canção Será que Eu Sou Louco, lançada como single em novembro de 2024. A letra, descrita pelo compositor como “um hino bissexual”, é também um registro utópico, onde todos têm acesso à terra e aos direitos fundamentais. Com uma sonoridade eletrônica, a faixa também reivindica uma reflexão irônica sobre as fronteiras entre o sonhar e a fantasia. Lançada em agosto do ano passado, Radar fala sobre a vivência em Belo Horizonte. Tátio faz uso de percussões programadas para criar um ritmo envolvente enquanto versa sobre vigilância e controle em uma cidade que tem olhos em todos os lugares, onde quase todos se conhecem. Longe de Mim, com Zeca Baleiro, vem na sequência. A música aborda o processo de desencanto com a pessoa amada e a vontade de se libertar de uma relação abusiva. Tátio e Zeca cantam sobre o desejo pelo fim e pelo distanciamento com uma abordagem melancólica, executada por um violão cadenciado e sintetizadores bem presentes no arranjo. Divulgada em setembro de 2024, Reza Milagreira, com participação de Juliana Linhares, foi escrita na divisa entre Paraguai e Bolívia. Tátio compôs sobre uma entidade que aparece no horizonte para anunciar o fim da tirania e da exploração sistêmica. “É como uma voz messiânica para anunciar o fim do terror naquela região”, segundo ele. Em seguida, Anhangabaú aborda de forma bem irônica e crítica a necessidade de estar sempre em evidência em um mundo teleguiado, de relações cada vez mais voláteis. Numa reflexão sobre a mercadorização do indivíduo na corrida pelo sucesso, a canção é construída em cima de linhas de flautas e sintetizadores. A atmosfera mística segue na faixa Seres Distantes, inspirada na relação do cantor com o esoterismo e com os estudos mediúnicos. “Fala sobre o lugar do invisível e espiritual, mas também sobre o medo de amar, se entregar, de reconhecer que o amor também está no ato de compartilhar as falhas”, afirma. Como Um Jogador é uma composição política sobre o poder de superação das adversidades da vida através da “ginga de um jogador”, reforçando a capacidade de se reinventar em ambientes hostis, preservando a utopia de um mundo justo, sem desigualdades. Sonho Antigo, a oitava canção, é autobiográfica. Tátio escreveu quando trabalhava como garçom em Belo Horizonte e sonhava trabalhar exclusivamente na sua própria música pelas estradas do país. A nona e última faixa leva o mesmo nome do disco e traz uma síntese estética do trabalho. Contrabandeado foi lançada em dezembro. A letra aborda a história de um jovem que, ao lado de seu melhor amigo, parte em busca de oportunidades, mas acaba confrontando a realidade brutal da marginalização e da exploração. Em um desabafo emocionante, a música é apresentada como uma carta do protagonista para sua mãe, expondo a solidão, o desespero e as memórias de um laço fraterno interrompido pela violência. “Contrabandeado é um disco irreverente, que prega uma revolução comportamental e questiona as relações líquidas na metrópole. O contrabandear, no sentido poético, é a reivindicação do risco, de entregar algo que não está tão disponível nas prateleiras da grande indústria. Na contra corrente, o disco é um experimento ousado, mas que não abandona a veia sensível e popular da canção”, conclui Tátio.
Entrevista | Rô Araújo – “Acho muito importante que a gente se una”

Unindo influências da MPB, do jongo, do funk, da bossa nova e da cumbia, o álbum de estreia da cantora carioca Rô Araujo, Afruturo, é um destaque no cenário musical. O disco aborda temas importantes como liberdade de expressão, ancestralidade e empoderamento feminino. Com 12 faixas que narram histórias marcantes, o álbum conta com as participações especiais das artistas Ananda Jacques, Aiane e Ju Santana, agregando vivências e perspectivas de uma mulher preta suburbana, nascida em Nova Iguaçu. A faixa de abertura, Nesse Som, ganha destaque com um clipe gravado na cidade natal da cantora. O vídeo inclui uma transcrição inédita em Libras e a participação de artistas independentes da Baixada Fluminense, reforçando o compromisso de Rô com a inclusão e a valorização de talentos locais. Em entrevista ao Blog n’ Roll, Rô Araujo falou sobre o processo de criação do álbum, suas inspirações pessoais, os desafios de ser mulher em uma sociedade desigual e a mensagem por trás do trabalho. Primeiro, queria que você falasse sobre o seu álbum como conceito, o nome Afruturo é bastante simbólico. Qual é o significado por trás dele e como ele reflete as mensagens que você quer transmitir? Esse álbum, na verdade, foi surgindo muito aos poucos. Cheguei a esse conceito quando comecei a juntar as peças do que queria transmitir através das músicas. Acho que é uma visão afrofuturista, tenho trazido esses conceitos, mas no sentido de que a gente poder se permitir projetar um futuro. Claro, que sem rejeitar o nosso passado, entendendo a nossa história. Acho que quando a gente está bem enraizado conseguimos nos posicionar e enxergar novas possibilidades. Então… por isso Afruturo. Que acho que se comunica bem com as músicas que já estava compondo. E aí depois fiz outras que acredito que complementam bem o álbum. Você já tinha mencionado que a ideia de fazer o álbum surgiu de um momento muito difícil da sua vida. Queria saber o que aconteceu, mas, acima de tudo, saber como isso impactou na sua vida pessoal e profissional. Há quatro meses, mais ou menos, tive uma gravidez ectópica, uma gravidez fora do útero. Então, foi um momento de muitas reflexões. Claro que foi um momento também pesado emocionalmente, mas acho que foi uma virada de chave para perceber outras coisas. Porque corri risco de vida também, por causa da gravidez. Acho que quando a gente está de frente para um momento tão difícil, começamos a nos questionar, né? Se eu morresse hoje, eu já fiz tudo o que queria? Me deu um estalo, assim, também, de pensar o que quero criar, o que quero trazer ao mundo, para além de uma gravidez e um bebê. Então, pensei, ‘nossa, quero criar músicas, quero colocar no mundo, dar luz às minhas ideias também’. E acho que foi o momento-chave, assim, de pensar em sair desse lugar de ficar o tempo inteiro pensando que sou uma artista independente e que não tenho dinheiro. Vou fazer do jeito que dá para fazer. E coloquei as ideias para frente, então, foi isso que aconteceu, que me deu uma virada de chave. Na verdade, a gente só tem uma chance na vida. Quando a gente leva um susto, acho que as coisas ficam mais claras. É realmente importante, vou levar à frente apesar dos medos, das inseguranças. Já tocando nesse assunto, duas músicas que me chamaram mais atenção foram Todo Mundo Vai Julgar e Egocêntrica, principalmente por abordarem temas como autocuidado e amor próprio. Como você define esses conceitos na sua vida? Na minha vida? É interessante você falar dessas músicas porque estava conversando com a minha mãe sobre elas. Ela disse: “Egocêntrica? Eu poderia ter feito essa música”. Acho que comecei a observar muito. Foi uma música que pensei bastante antes, no conceito, na ideia, no tema. E pensei: “poxa, eu queria tanto uma música que fosse como um mantra para me lembrar de me cuidar, sabe?”. Observo muito isso nas mulheres da minha família e nas minhas amigas, essa queixa e essa sobrecarga, sabe? De estarem sempre de olho nas necessidades dos outros, cuidando dos outros, mas pouco de si mesmas. Então acho que essa música me lembra de me cuidar, de me centrar em mim mesma, sem me sentir culpada por isso. Todo Mundo Vai Julgar reflete um incômodo que tenho. Não é porque escrevi essa música que estou isenta de preocupações estéticas. Acho que ser mulher e viver nesse momento é muito sobre isso: lidar com essas questões. Mas também é sobre o incômodo com as redes sociais, sabe? O fato de todo mundo estar o tempo inteiro usando filtro e o medo de se expor naturalmente. A comparação excessiva, os retoques, as cirurgias… E o quanto tudo isso demanda tempo, energia e dinheiro. Às vezes, vejo amigas jovens, de vinte e poucos anos, preocupadas em gastar dinheiro com essas coisas. Então penso: por quê? Como isso suga a nossa energia, assim como a demanda de cuidar das pessoas. Tudo isso me faz refletir muito. Queria expressar de alguma maneira essas minhas preocupações, questionamentos e incômodos. É isso. Bom, você fez algo totalmente voltado tanto para as mulheres negras quanto para as mulheres em geral. A parceria com outras mulheres no disco é algo muito marcante. Como foi construir esse “porto seguro” com elas? Com essas parceiras, especialmente, foi muito fácil e fluido, apesar de elas estarem envolvidas em outros projetos e, às vezes, não termos tempo para nos encontrar. A maior dificuldade foi mesmo parar e fazer acontecer, sabe? Acho que estamos em um ritmo de muitas demandas e pouco tempo para criar. Mas, quando decidimos tentar e criar, foi muito interessante. Com a Ju Santana, foi super natural. Ela é minha amiga há muitos anos, e há muito tempo queríamos compor juntas. A Yane conheci através do programa Mares, que foi uma residência artística só para mulheres, promovida pelo Movimento das Mulheres Sambistas, e desde então temos composto juntas. A Nanda Jacques conheci em um sarau só de mulheres,
Lady Gaga anuncia sétimo álbum, “Mayhem”

A cantora Lady Gaga anunciou seu sétimo álbum de estúdio, Mayhem, que será lançado em 7 de março pela Interscope Records. O anúncio foi feito após uma semana de teasers em seu site, que foi relançado hoje, juntamente com uma nova loja que apresenta o primeiro de vários lançamentos de produtos para comemorar o aguardadíssimo projeto. Misturando a energia eclética que conquistou os fãs desde o começo com uma visão artística ousada e destemida, Mayhem marca um retorno triunfante às raízes pop de Gaga. O álbum explora temas de caos e transformação, celebrando o poder da música de unir, provocar e curar. Mayhem está disponível para pré-venda. “O álbum começou quando eu enfrentei meu medo de voltar à música pop que meus primeiros fãs adoravam”, disse Gaga. Longe de ser um retrocesso nostálgico, Mayhem reinventa o som de sua carreira com uma abordagem caleidoscópica que se baseia na extensa biblioteca de referências musicais da cantora e que ao mesmo tempo adota uma perspectiva artística nova e destemida. Gaga descreveu o processo criativo como “remover um espelho quebrado: mesmo que você não consiga juntar as peças perfeitamente, você pode criar algo bonito e completo de uma nova maneira”. O projeto de 14 faixas — que inclui as músicas Disease e Die With a Smile, lançadas anteriormente — teve produção executiva de Gaga, Michael Polansky e Andrew Watt. Os produtores do álbum incluem Gaga, Andrew Watt, Cirkut e Gesaffelstein. Gaga lança o terceiro single e o videoclipe de Mayhem para os fãs no próximo domingo (2), durante um intervalo comercial da estreia de entrega do Grammy Awards.
Mogwai revela álbum “The Bad Fire”; ouça!

O Mogwai lançou seu 11º álbum de estúdio, The Bad Fire, produzido por John Congleton (St Vincent) nos estúdios Chem19 em Blantyre, na Escócia. O álbum está disponível para compra em vários formatos, incluindo box set de vinil, box set de CDs, LP preto, LP de vinil transparente, CD e cassete. O lançamento foi precedido por Lion Rumpus, God Gets You Back e Fanzine Made Of Flesh. The Bad Fire foi gravado em Lanarkshire, com o produtor John Congleton, ganhador do prêmio Grammy, juntando-se à banda no estúdio. Um coloquialismo escocês para Inferno, The Bad Fire se inspira em uma série de momentos pessoais difíceis que a banda enfrentou após seu décimo álbum, As The Love Continues, de 2021, que alcançou o topo das paradas. A banda continuou a trabalhar para superar isso, o que levou à criação de The Bad Fire: uma coleção de músicas que renuncia à nostalgia e às vitórias fáceis, mais uma vez encontrando o Mogwai avançando com algumas das músicas mais bonitas e explosivas de sua carreira. “Depois do sucesso do lançamento de As The Love Continues, os anos seguintes foram pessoalmente difíceis para nós. Lidamos com muitas perdas e, no caso de Barry, com uma doença grave na família de uma de suas filhas. Voltar a nos reunir para escrever e gravar esse disco foi como um refúgio e, com John Congleton, sentimos que criamos algo especial. Muitas vezes ouvimos de pessoas que nossa música as ajudou a superar momentos difíceis em suas vidas e, pela primeira vez, acho que isso se aplica a nós também.” The Bad Fire é um retorno ousado do Mogwai, um disco que mantém o poder do Mogwai e, ao mesmo tempo, mergulha em um novo território para a banda.
Disco póstumo de Riachão chega ao streaming; ouça!

Quinto título da discografia de Riachão, Onde eu cheguei, está chegado está no mundo, disponível nas plataformas de streaming. A obra se tornou póstuma após o mestre do samba falecer aos 98 anos, em 30 de março de 2020, apenas quatro meses depois do festejado anúncio da seleção do seu projeto de produção de um novo álbum solo no edital Natura Musical. O conteúdo permanece o mesmo, com dez canções inéditas escritas pelo artista, que já tinha gravado algumas vozes, recuperadas e agora utilizadas em quatro feats com nomes de peso: Criolo e Martinho da Vila cantam com ele, Beto Barreto se junta com sua guitarra elétrica e o neto Taian traz a carga afetiva familiar. Completando o time de ouro da música brasileira na interpretação das demais faixas, estão Teresa Cristina, Pedro Miranda Roberto Mendes, Josyara, Enio Bernardes, Juliana Ribeiro, Fred Dantas, Nega Duda e Clarindo Silva, tudo sob a produção musical de Caê Rolfsen e Paulinho Timor. As músicas Sou da Bahia, Tintin, Uma vez na janela, Sua vaidade vai ter fim, Saudade, Sonho do mar, Samba quente, Oh, Lua, Morro do Garcia e Homenagem a Claudete Macedo também reúnem outros 20 musicistas que tocam instrumentos de cordas, percussão e sopro, além do coro presente em quase todas as faixas. Animado com a vida como sempre, Riachão havia escolhido o título do álbum, que seria Se Deus Quiser Eu Vou Chegar aos 100 – o que infelizmente não aconteceu. A morte do autor de clássicos como Cada Macaco no Seu Galho e Vá Morar com o Diabo parecia impedir o seguimento do trabalho que tanto o mobilizou e alegrou até o fim. Seria possível dar novo sentido ao que ele tinha planejado? Uma reviravolta se deu, a reformulação aconteceu, os trâmites técnico-jurídicos procederam longamente e a Giro Planejamento Cultural, empresa realizadora do projeto desde sua inscrição, tornou tudo uma justa homenagem à eternidade do pioneiro e mais longevo sambista da Bahia, com patrocínio de Natura Musical e do Governo da Bahia, através do Fazcultura, Secretaria de Cultura e Secretaria da Fazenda. Junto com o disco, entra no ar um site, em www.riachaosambista.com.br, que abrigará um amplo acervo de fotografias, reportagens, discos, fonogramas e documentos audiovisuais que apresentam a vida e a obra de Riachão ao longo de mais de seis décadas, com pesquisa e textos do jornalista André Carvalho. Lá, ainda serão disponibilizados três minidocumentários, dirigidos por Claudia Chávez, da Apus Produtora de Conteúdo, sobre o processo de realização deste projeto peculiar.
Bloom, novo álbum do Larkin Poe, já está entre nós

Vencedoras do Grammy de Melhor Álbum de Blues Contemporâneo com Blood Harmony, as irmãs Rebecca e Megan Lovell, do duo Larkin Poe, lançaram o álbum Bloom. Em entrevista recente ao Blog n’ Roll, a dupla compartilhou um pouco sobre o novo álbum. De acordo com Rebecca, o tema de autoaceitação do disco foi espontâneo. “Foi engraçado ouvir o álbum completo, depois que escrevemos e gravamos todas as músicas e percebemos que havia um tema de autoaceitação. Porque não tínhamos a intenção original de criar esse tema. Ele definitivamente surgiu. Mas sinto que isso provavelmente é uma função de estarmos na casa dos 30 anos. Essas são as conversas que temos o tempo todo sobre como fazer as pazes com nossa experiência, como nos sentir mais autênticos, como fazer com que nossa arte, nossos relacionamentos e nossa maneira de estar no mundo representem quem sentimos que somos no fundo, o que acho que é realmente uma coisa muito desafiadora de se fazer como humano”. Para Megan, o grande diferencial de Bloom para os outros discos está na evolução sonora da dupla. “Acho que sempre queremos nos editar. E cada vez mais, tentamos deixar as coisas mais cruas. Acho que me senti mais confortável tocando neste disco do que no processo de gravação. Acho que meus solos acabaram sendo algo mais improvisado, menos planejado e sem edição também. E tenho orgulho disso”. >> Confira a entrevista com Larkin Poe na íntegra
Fim do Mundo, do menores atos, chega ao streaming

Um álbum especial, Fim do Mundo (Deck) é certamente o trabalho mais conceitual da banda menores atos, (a grafia é assim mesmo, em letras minúsculas). Eles partiram da ideia de contar uma história, construindo uma narrativa traçando uma analogia com um hipotético fim do mundo. “Esse é um disco construído no meio de um cenário onde tudo em volta estava desmoronando. É sobre viver esse fim do mundo, mas também sobre enxergar um mundo novo a partir disso. Depois de chegar no limite de tudo, ver o sol se abrindo, seguir em frente e recomeçar”, comentou o vocalista Cyro Sampaio. “Colocamos o nome de Fim do Mundo porque a gente sempre optou pelo exagero. Nos momentos pesados e nos mais leves, levamos no limite, explorando o que cada um sente no seu íntimo quando as coisas não saem exatamente como o desejado. Lidar com esse Fim do Mundo particular”. Assim, o disco traz 12 faixas divididas em três atos; Vazio, Em Demolição e Depois do Sol e da Chuva. Desde que surgiu, em 2002, o power trio carioca vai um pouco além do hardcore, incluindo elementos de outros estilos, mas neste disco foram ainda mais ousados. “Esse foi o disco que mais colocamos a mão na massa na produção, adicionando mais elementos, alguns até inéditos na nossa trajetória, como beats eletrônicos, por exemplo, em nem choro, nem festa e furacão, explica Cyro. Eles também usaram o violão em várias faixas, seja com um certo protagonismo, como em não tem mais verão, seja assumindo um papel mais complementar, como em quase todo o primeiro ato. A ideia de dividir o disco em 3 atos foi essencial para a construção do clima desse trabalho. Vazio apresenta muito bem o que está por vir no decorrer do Fim do Mundo, tanto lírica quanto musicalmente. Em Demolição traz a parte mais pesada do álbum. Depois do Sol e da Chuva é um desfecho, com uma certa dose de calmaria e alívio depois de músicas muito intensas. Nesse último ato estão as participações de Ale Sater (Terno Rei) em gravidade e Suricato (Barão Vermelho) em não tem mais verão, lançada anteriormente como single. Cyro conta como surgiram as ideias dos convidados. “O Ale é um dos artistas e compositores contemporâneos que mais admiro e já vínhamos conversando sobre fazermos algo juntos. Com as músicas já gravadas, consegui visualizar bem a voz dele em “gravidade” e ele conseguiu ainda superar as nossas expectativas, não só cantando lindamente, mas colocando a sua identidade em todas as partes”, comentou. “Já o Suricato nos foi apresentado pelo nosso amigo e responsável pela direção executiva do projeto, Mateus Simões. E foi amor à primeira vista. Um artista extremamente talentoso, generoso, que também contribuiu demais para deixar a música ainda mais bonita. Saí de São Paulo e fui pro Rio pra acompanhar a gravação no Betta Estúdio, no Humaitá, e foi muito legal”. Menores Atos é formato por Cyro Sampaio (guitarra e voz), Celso Lehnemann (baixo) e Gustavo Marquardt (bateria).