Michael Bublé lança Higher, primeiro álbum em três anos

O cantor Michael Bublé lançou o álbum Higher, na última sexta-feira. A produção veio acompanhada do videoclipe da faixa homônima. Aliás, para celebrar a chegada do projeto, o lançamento aconteceu diretamente do espaço, por meio de uma pequena aeronave personalizada “MB” criada pela empresa britânica Sent Into Space, e enviada ao canal oficial do artista no Youtube. “Este é um sonho realizado. Sempre fui fascinado pelo espaço. Derek Hough dirigiu o clipe e é um dos seres humanos mais talentosos da América nesse momento. Eu sinto que fiz o melhor disco da minha carreira, e pareceu certo exibir esse clipe do lugar mais alto possível”, comenta Bublé. Mesclando faixas inéditas, releituras e parcerias com grandes nomes, o álbum Higher é o primeiro trabalho de estúdio do artista nos últimos três anos. Com produção de Greg Wells e Bob Rock e colaboração de Alen Chand, Jason ‘Spicy G’ Goldman e Paul McCartney, que produziu com Bublé a releitura da música My Valentine, o álbum conta ainda com um dueto com Willie Nelson, uma versão do clássico de Bob Dylan, Make You Fell My Love, três músicas inéditas e uma versão de tirar o fôlego de Smile, acompanhada por um coral gospel. Sobre o novo projeto, Bublé revela um pouco mais sobre como foi o processo de criação: “Desta vez eu me abri totalmente para tentar coisas novas. Eu mergulhei fundo durante o trabalho e me cerquei dos melhores e mais imaginativos profissionais da música do planeta. Quando eu estava compondo com Ryan Tedder e Greg Wells, gravando três músicas num único dia acompanhado do meu parceiro Bob Rok e mais 40 músicos incríveis no estúdio em que eu não pisei por 15 meses, dançando, rindo e chorando quando uma música saía simplesmente perfeita, foi mágico. E parecia que o universo estava conspirando para me oferecer esse momento depois de 20 anos de carreira. Eu nunca fiquei tão empolgado em finalizar um álbum”.

Placebo lança álbum Never Let Me Go; ouça!

O Placebo lançou na última sexta (25) o álbum Never Let Me Go. A espera de quase uma década por um novo álbum completo da banda acabou. A empolgação com Never Let Me Go atingiu um ápice nos últimos meses, quando a banda provocava curiosidade com Beautiful James e Surrounded By Spies. Try Better Next Time e Happy Birthday In The Sky vieram na sequência. Cada single ofereceu um vislumbre único do que vem pesando nas mentes da banda desde seu último lançamento. Considerando temas de responsabilidade pessoal, saturação de tecnologia, mortalidade e o verdadeiro lugar da humanidade no mundo, Brian Molko e Stefan Olsdal evocam um mundo que encara duras realidades de frente.

Apto Vulgar mostra caminho paralelo de propagandas no álbum Sabotagem

No segundo disco da carreira, Sabotagem, o quarteto Apto Vulgar, de Jacareí (SP), carrega as dez faixas com mensagens de alerta e questionamentos sobre o duro cotidiano em que todos querem ao menos dignidade para seguir em frente. Gravado ao longo de 2021 no 1100 Estúdio, em Diadema (SP), Sabotagem soa propositalmente cru e orgânico. Escancara o punch dos acordes e realça a quebrada da bateria graças à cuidadosa mixagem e masterização do produtor Vinicius Buchecha. O álbum mostra o amadurecimento do Apto Vulgar, tanto na sonoridade, colocando o HC old school em diálogo com variáveis contemporâneas do gênero ou misturando com hip-hop e heavy metal, como também nas mensagens das letras, que trazem urgentes críticas sociais, questões da conduta humana e sobre a vida cotidiana. “Sabotagem é um disco sólido, onde conseguimos nos expressar de várias formas através da música, contar várias histórias, cada uma delas fala de alguma coisa real, um problema social ou interno. E um disco político de várias formas, é sobre amor, sobre raiva, e todo tipo de sentimento que podemos ter”, comenta o vocalista Bonzo. Dorgs (guitarra), Luciano Leres (bateria) e Rafael “Mortão” (baixo) completam a banda, na ativa desde 2012. Aliás, recentemente, no pré-lançamento de Sabotagem, fez shows ao lado de Ratos de Porão, Bayside Kings, Surra, Garage Fuzz, entre outras. E por falar em Bayside Kings, o vocalista Milton Aguiar canta ao lado de Bonzo em uma das faixas, Tempo e Espaço. A música é uma das mais impactantes de Sabotagem, com uma dinâmica que vai crescendo e repleta de referências ao hip hop.

Weezer celebra a primavera com SZNZ: Spring; ouça o álbum

Quase nenhuma banda no mundo consegue ter um volume de lançamentos tão grande quanto ao Weezer. Talvez o King Gizzard chegue perto, mas o céu parece o limite para River Cuomos em companhia. Se em 2021 foram dois álbuns (Van Weezer e OK Human), 2022 terá quatro lançamentos!!! O primeiro deles saiu no domingo (20), SZNZ: Spring. Em resumo, a série SZNZ terá um álbum para cada estação do ano, seguindo o calendário do hemisfério norte, claro. É uma homenagem ao The Four Seasons de Vivaldi. O álbum do equinócio da primavera conta com sete canções. E tal como em outros discos temáticos do Weezer, as homenagens são bem claras, mas o DNA do Weezer também. No início de maio, o Weezer retoma a Hella Mega Tour, com Green Day e Fall Out Boy. Serão quatro apresentações nos Estados Unidos antes de embarcar para a Europa, onde passará por Alemanha, Noruega, Suécia, Suíça, Itália, República Tcheca, Áustria, Bélgica, Holanda, Inglaterra, Escócia, Irlanda, França e Espanha.

Charli XCX lança o disco Crash com os pés nos anos 1980

A cantora Charli XCX lançou Crash, seu aguardado álbum, na última sexta-feira (18). Esse é o quinto e último álbum de seu contrato com a gravadora. Aliás, ela também lança New Shapes, apresentando Caroline Polachek e Christine and the Queens, e anunciou sua turnê europeia e pela América do Norte, com ingressos disponíveis para pré-venda para 10 de novembro. Sobre o disco, Charlie declara que conseguiu possuir e persuadir um incrível grupo de produtores e colaboradores para participara da obra. “Alguns dos participantes são A. G. Cook, George Daniel, Deaton Chris Anthony, Lotus IV, Caroline Polachek, Christine and the Queens, Oscar Holter, Digital Farm Animals, Rina Sawayama, Ian Kirkpatrik, Jason Evigan, Justin Raisen, Ariel Rechtshaid, Ilya, Oneohtrix Point Never, Jon Shave and Mike Wise. Eles vão ficar presos no meu porão para sempre”, comenta.

Rosalía lança o aguardado Motomami; ouça!

A cantora Rosalía lançou seu aguardado álbum Motomami. Após um processo criativo intensivo de três anos repleto de incrível atenção aos detalhes artísticos, Rosalía oferece um álbum expansivo e fora da caixa. Em resumo, procura apagar linhas conventuais anteriores que definem diferentes culturas, gêneros, papéis de gênero e muito mais – proporcionando um musical moderno profundamente pessoal, autorretrato de uma jovem forte, inovadora e orgulhosamente feminina que nos leva numa viagem musical sedutora e multifacetada. “Nestes últimos três anos, eu quis focar minha energia em dar a este álbum uma sensação de risco e emoção… tudo neste álbum foi feito do zero… Conceitualmente, liricamente, é o álbum mais pessoal e confessional que eu já fiz até agora. Sempre me considerei uma contadora de histórias e Motomami é a história mais pessoal que já contei. Na minha cabeça, Motomami faz sentido como… um autorretrato, de uma figura feminina se construindo… [e] há uma dualidade. O disco está estruturado em binários, dois tipos de energia contrastantes… Moto significa ‘forte’ e relaciona-se com ‘agressão’. enquanto Mami se refere à “fragilidade… Há também senso de humor e ironia”. Para comemorar a chegada do álbum completo, Rosalía também presenteia os fãs com outro visual de arregalar os olhos com o videoclipe de Candy. O vídeo mostra Rosalía participando de seu passatempo favorito de karaokê.

Johnny Monster reúne artistas convidados em álbum de versões

O cantor e compositor paulista Johnny Monster lançou o álbum Futuro Reflexo. O projeto juntou 11 artistas diferentes de diversos gêneros, variando do rock, indie e até sertanejo: cada artista ficou encarregado de reimaginar uma das faixas do disco Futuro Perplexo, trabalho mais recente do compositor que foi lançado no começo do ano, trazendo seu próprio estilo e sonoridade para as composições de Johnny. Entre os artistas envolvidos, estão nomes que têm trajetória extensa na música, como por exemplo Chuck Hipolitho (ex-Forgotten Boys), Rod Krieger (ex-Cachorro Grande), Marcio Mello (compositor de Nobre Vagabundo, hit de Daniela Mercury), Perí (ex-9 Mil Anjos) e Os Roucos, banda de Noel Rouco (ex-Rock Rocket). Também participam do projeto a cantora Maria Mariana, Raphael Belchior, Thiago Juliani e Davi Rodriguez Lima, além da banda Teorias do Amor Moderno e a dupla sertaneja Neto e Felipe. “As versões estão incríveis, lindíssimas, cada uma com seu estilo. E é surreal ouvir o álbum na sequência, parece que já foi pensado assim, as versões conversam muito bem umas com as outras”, conta Johnny Monster. “Dica, escute os dois álbuns, o meu Futuro Perplexo e o tributo Futuro Reflexo. É interessante ver as diferenças entre as versões, o que mostra como cada um dos artista tem a sua personalidade” O disco foi inspirado por projetos similares de artistas internacionais – mais especificamente o McCartney III Imagined, de Paul McCartney, e Epic Ten, da Sharon Van Etten, que também reuniram diferentes artistas para reimaginar um álbum. Johnny conta que espera que a ideia se espalhe no Brasil. “O único meio de ultrapassarmos as barreiras digitais de algoritmos e encontrarmos novos fãs, é nos unindo, um divulgando o outro. Esse projeto é muito provavelmente o momento ápice da minha carreira até agora, uma honra cada um desses grandes artistas terem topado essa loucura e feito com tanto carinho as versões”.

Casaprima mescla folk, indie e MPB em álbum “Norte”

Depois de sua estreia bem recebida com o álbum Andarilho, em 2015, Casaprima se consolida como duo no maduro novo disco, Norte. O folk, presente desde o início, ganha novos tons, indo da música brasileira ao indie, passando pelo uso de elementos eletrônicos pela primeira vez. Do agreste pernambucano de Caruaru, Casaprima canta os anseios e desejos, medos e inseguranças universais em doze canções que atestam sua evolução estética, musical e poética. A nova fase de Casaprima vem sendo preparada desde 2017, quando se iniciou o processo de gravação desse disco. A partir do final de 2021, Heitor Alves (violão e voz) e Maria Juliana (piano e voz) anunciaram o retorno de seu projeto musical com um clipe que se despedia do álbum anterior e acenava para o próximo trabalho. A partir daí, vieram os singles Maduro e Real, Eu Canto e Grão, canções que exemplificam a temática das letras. Heitor e Juliana agora dão um novo passo como Casaprima desde que a banda passou por reformulações. O disco de estreia, Andarilho, teve repercussão nacional com o single Devagar marcando presença em playlists de grande alcance. O formato de duo já surgiu em 2016, com o single Sala de Estar, e com o qual o projeto fez seus primeiros shows pelo nordeste e sudeste do Brasil, além de ter realizado uma turnê européia. Norte fala sobre ter coragem de fazer mudanças na vida, fala sobre amor e perseverança, mas também, mostra inseguranças, receios e ansiedades vividas ao longo da jornada. Dialoga com a nossa condição de seres humanos, que convivem com uma mistura de sensações e sentimentos e que, bem lá no fundo, são apenas um pequeno grão em um imenso universo. “O disco Norte significa para nós um recomeço. Um reencontro com a nossa musicalidade após seis anos de hiato. Ele simboliza para nós a busca pelo Norte, por aquilo que norteia o nosso caminho. Marca a continuação da jornada do Andarilho, que em nosso primeiro disco, deu seus primeiros passos e agora, com nosso segundo álbum, segue adiante em busca de realizar seus objetivos”, resume o duo. Ao longo de suas 12 canções, Norte faz um chamado a vislumbrar as paisagens em busca do que nos faz feliz, celebra os encontros e o Senhor do Tempo, procura direção diante das incertezas e canta nossa pequenez diante do universo. É nas dualidades, nas contradições, nos contrastes e nas similaridades das vozes de Maria e Heitor que Casaprima ganha força para traduzir em música sentimentos tão íntimos quanto universais.

LAZÚLI esmiúça suas diferentes fases para apresentar De Lua, seu primeiro disco-solo

Ao longo de um mês, a lua passa por mudanças e transita pelas fases Nova, Crescente, Cheia e Minguante e, tal como esse astro, LAZÚLI encarou e reconheceu diversas de suas facetas para culminar em seu primeiro disco-solo, intitulado De Lua. O trabalho é fruto de diferentes processos em que a artista pôde resgatar vivências e estudos realizados no campo da espiritualidade, externalizando um conjunto de canções que reúnem momentos de auto-investigação ao mesmo tempo em que projetam a realidade que a cantora busca manifestar. Com 14 faixas, o debute da também vocalista da banda Francisco, el Hombre chega hoje, 17 de março, nas plataformas digitais e conta com visualizers em seu canal de YouTube. “Senti um chamado de que minha arte e a minha voz são minha medicina, meu serviço ao mundo”, afirma LAZÚLI. Entender a música como ferramenta de cura foi algo que a guiou na criação deste álbum, num desejo de ajudar a si mesma e outras pessoas. O pontapé inicial para alcançar este propósito se deu ao lado da instrumentista ÀIYÉ, no single Pomba Gira, que dita a sonoridade da obra, contando também com o baixo de Helena Papini, sua companheira de banda na Francisco, el Hombre, e a guitarra de Cris Botarelli, integrante do grupo Far From Alaska. Embora Pomba Gira tenha sido a primeira composição produzida por LAZÚLI nesta leva de músicas do projeto, ela ocupa a segunda posição na tracklist, dando lugar para Exú abrir o disco. A música homenageia uma das entidades mais conhecidas e cultuadas das religiões de matriz africana. “Quis fazer uma saudação a esse grande Orixá. Na música, humildemente, falo um pouco sobre o que sinto que entendo de seus mistérios e domínios, como uma oferenda, para a chegada de De Lua”, revela. Dando continuidade a referências espiritualistas, em Sopro do Espírito e Chamo Minhas Ancestrais, quarta e quinta faixas, a cantora caminha em direção ao xamanismo e suas cosmo percepções sobre conexões ancestrais. Este movimento de resgate se estende quando LAZÚLI passa a vasculhar composições antigas, encontrando a letra de Arbolito. A obra, já familiar ao público por meio do disco Casa Francisco – o mais recente da Francisco, el Hombre – foi a primeira escrita em castelhano da multi-instrumentista e que, agora, ganha novos arranjos e sintetizadores comandados pela musicista norte-americana Amy Reid. Experimentações com o idioma espanhol marcam o disco também em Mama Baktun, uma poesia feita pela mexicana Marité Urrutia HunKan Káan que tomou forma de interlúdio, e Condor, inspirada na ave que vive na Cordilheira dos Andes e é considerada sagrada pelo povos locais. Canções como Sonho Ritual; Duas Águas; Me Aconteci; Outono, que traz a voz de Luê; e, mais recentemente, O Que É, com a participação de MC Tha, marcaram o movimento que antecedeu a chegada do disco. “Esses singles foram casas por onde passei para entender essa nova persona e sonoridade de LAZÚLI. Foram experimentações muito necessárias para preparar o terreno do que veio em seguida”, explica ela. Já Intuição, como o nome sugere, teve início com LAZÚLI se aventurando em produzir sozinha, somando parceiros ao longo do caminho. Por fim, com Vela Acesa, última da obra, a artista celebra todos os aprendizados extraídos de cada processo. “Essa música é um chamado para o reencontro comigo mesma e sinto que achei esse lugar. Estou infinitamente grata e realizada pelos ensinamentos que De Lua me trouxe. Eu me reconectei com a minha autonomia”, finaliza. Acompanhando a chegada de De Lua, LAZÚLI já confirma duas datas para apresentar o trabalho ao vivo. Nesta sexta-feira (18), em São Paulo, a estreia do disco nos palcos acontece no Museu da Imagem e do Som (MIS), que posteriormente, disponibilizará o show na íntegra, junto com um depoimento da artista, no acervo do museu (ingressos aqui). Enquanto no final do mês, no dia 31, ela se apresenta na cidade em que cresceu, no Sesc Sorocaba.