St. Vincent lança Todos Nacen Gritando, versão em espanhol do All Born Screaming

Todos Nacen Gritando é o resultado da decisão ambiciosa de Annie Clark, também conhecida como St. Vincent, de regravar todas as faixas de seu álbum indicado ao Grammy All Born Screaming, que foram traduzidas para o espanhol. Os ecos de dezenas de milhares de fãs cantando suas letras por toda a América Latina e Espanha inspiraram a cantora a homenagear seus fãs falantes do idioma espanhol, que ela tanto ama. “Foi realmente inspirador”, diz ela, relembrando experiências como a reação do público durante sua apresentação no Primavera Sound 2023. “No final, perguntei a mim mesma: ‘Se eles conseguem cantar em um segundo ou terceiro idioma, por que eu não posso fazer o mesmo?’”. Assim nasceu Todos Nacen Gritando, que St Vincent define como uma meticulosa reinterpretação como um dos maiores desafios de sua carreira musical. “Foi um processo muito mais complicado do que qualquer coisa que já fiz antes”. Não é uma declaração pequena para uma artista cujas conquistas e elogios incluem três prêmios Grammy (Melhor Canção de Rock, em 2019, e Melhor Álbum de Música Alternativa, em 2015 e 2022) – um número que pode dobrar (ou mais) com seu recorde de indicações deste ano, concorrendo em quatro categorias no Grammy 2025. Aliás, a artista se prepara para acompanhar Olivia Rodrigo como abertura na América Latina, na Cidade do México e em Curitiba. Será que vai incluir outras cidades do Brasil?

Jimmy London prepara lançamento do Matanza Ritual

Um dos maiores artistas do rock pesado nacional, Jimmy London começa uma nova fase à frente do Matanza Ritual, banda que lança seu primeiro álbum em 2025. Formada em 2019, o Matanza Ritual traz nova intensidade ao cenário musical pesado. A banda é composta por Jimmy London (vocal), Felipe Andreoli (baixo), Antônio Araújo (guitarra) e Amílcar Christófaro (bateria), e carrega o legado do Matanza original, porém com um peso e uma maturidade artística singulares. Depois de três singles lançados, a banda assinou contrato com a gravadora Deck e entrou no Estúdio Tambor para gravar o primeiro álbum, previsto para 2025. Antes disso, no próximo dia 29, eles revelam o primeiro single, O Paciente Secreto, que expande as fronteiras entre a lucidez e a loucura em uma narrativa obscura. Com sua fusão característica de thrash metal, hardcore e country, a música aborda uma visão apocalíptica de um paciente isolado, portador de uma “verdade” perturbadora sobre o destino humano.

Songs of a Lost World e a “dança cansada com a idade e a resignação”

Mesmo com o reconhecimento midiático e com uma forte inclinação a produzir, sob encomenda, hits radiofônicos e singles cantarolantes para serem tocados à exaustão em shows de porte mundial, nunca faltou para o The Cure, enquanto banda, e para Robert Smith, enquanto artista, o elemento principal para atingir o ápice de uma condição de melancolia: a angústia. Não é diferente em Songs of a Lost World, o novo álbum da banda (leia mais abaixo). Os rapazes britânicos, que começaram como um trio de amigos de acordes tímidos no final dos anos 70, nunca foram muito de se acomodar, tanto no som quanto na forma dos integrantes. Quase sempre maquiados, com cabelos desgrenhados, subiam nos palcos com uma variedade de estilos que sempre se sobressaiu, alternando entre o post-punk frio e calculista de álbuns como Seventeen Seconds, Faith e, principalmente, Pornography, com a sonoridade diametralmente oposta de quem queria abraçar todos os sentimentos do mundo, ao invés de se livrar deles, e escalar o topo mais alto da montanha, um sentimento que prevalece por parte de Kiss Me Kiss Me Kiss Me e Wish. A convivência direta desses dois estados de espírito destoantes não demoraria a ditar o ritmo e compor a energia dos sons da banda. Apesar de ter tido inúmeras variações de formação, a mais icônica e mais lembrada entre os fãs de longa data pode ser conferida no filme-concerto chamado The Cure in Orange, dirigido por um colaborador da banda, Tim Pope, em 1987, em um raro registro com Smith e seus cabelos curtos (ele entra com peruca no palco, não poderia ser diferente) e as presenças agregadoras de Lou Tolhurst no teclado e Pearl Thompson tocando uma série de instrumentos. Simon Gallup, baixista quase totalmente fiel, e Boris Williams, na bateria, completavam os sonhos mais perfeitos de fãs, antigos e novos. Aos poucos, mais precisamente em 1989, com o lançamento do álbum Disintegration, o vocal foi sendo suprimido pela longa duração e a atenção dada à manifestação instrumental, que compunha quase um registro de cinema, em que Smith mesclava poesia com falas sussurradas, em um mundo de fantasia e abstração povoado por emoções dolorosamente reais, de uma banda de música. A banda possuía, agora, Roger O’ Donnell, um membro que passou a integrar constantemente as formações bagunçadas e desorientadas do Cure, no teclado. Nesse álbum, Smith se expressava com tanto pesar que era possível deduzir que o vocalista não queria incomodar o ouvinte com suas lamentações. O som de cada instrumento passou, então, a oferecer um tipo de abrigo ao ouvinte que o líder da banda se sentia frágil demais para cultivar. A faixa de abertura desse álbum se chama Plainsong, e inaugurou uma “onda” (que está presente no mais último lançamento deles) de canções expansivas, densas e exigentes com nome genérico. Talvez seja difícil mesmo descrever de um jeito eloquente algo que mexe tanto conosco. Songs of a Lost World e a “dança cansada com a idade e a resignação” Dezesseis anos de espera podem fazer você desistir por completo de uma pessoa, um objeto ou uma lembrança que você quer manter por perto. O tempo não é muito gentil com as nossas expectativas, mas, às vezes, não importa os quão pessimistas nós sejamos, alguém está se movendo invisivelmente e tornando um sonho possível, mesmo que publicamente essa pessoa faça joguinho e negue veementemente tudo o que é perguntado, ou, quando se cansa de negar, mente, fala coisas sem a menor noção de se comprometer, ou então sem sentido algum. Desde que lançou seu esquecível 4:13 Dream, em 2008, Smith vinha brincando e, claramente, se divertido (ainda que tenha sentido culpa em ter sido relativamente desonesto, segundo ele mesmo) em aproveitar aparições públicas para criar um grande mistério em torno da concepção de um álbum que, independentemente de suas falas, já estava sendo formado ao vivo, sob os olhos do público, em shows, com seis canções novas que foram sendo concebidas para todos verem e ouvirem, por diversas vezes, entre 2018 e 2022. Era uma situação curiosa, porque todos queriam se apegar ao momento, mas o momento era negado ou constantemente adiado. O que era o momento, nesse caso? Se o tempo foi uma constante na concepção de Songs of a Lost World, que inicialmente parecia ser uma continuação do disco de 2008, parecia um pouco óbvio que, tematicamente, o disco poderia falar sobre a passagem das estações, da resiliência e sabedoria que vem com a espera. Sua gestação foi fruto da contemplação do trabalho de Smith e companhia, que demorou a ser feito e teve tempo o suficiente para ser modelado exatamente como seus integrantes queriam, o que talvez seja um grande privilégio, um alento aos fãs que viram os shows e se mobilizaram para a conclusão do disco e o consequente trabalho de divulgação como nos velhos tempos pré-Spotify, e também foi um reflexo de tempos pandêmicos, conforme Smith disse em entrevista às mídias oficiais da banda. O vocalista perdeu o pai, a mãe e o irmão em um curto espaço de tempo. O luto e o pesar, apesar de existirem em Disintegration, Pornography e até no relativamente subestimado Bloodflowers, de 2000, nunca foram a razão de ser de um disco. O sofrimento não era palpável apenas no jeito de cantar ou no sentido de vestir a roupa do que você está sentindo. Na verdade, aqui, o sofrimento é um componente de algo muito maior. Para a faixa de abertura, a já ensaiada, tocada e premeditada Alone, Smith disse que, assim que eles tocaram ao vivo e gravaram em estúdio, soube que seria a primeira música e o single principal do disco. Segundo ele, se você sabe como começa e termina um álbum, o restante do trabalho está basicamente encaminhado, porque achar o que preencher dali em diante é meramente instintivo. Os primeiros versos da letra (“This is the end of every song we sing”) foram diretamente tirados de um poema do poeta inglês Ernest Dowson, Dregs. Apesar das referências e individualidades do

Antiprisma lança álbum “feito à mão”; ouça “Coisas de Verdade”

Antiprisma

Em um primeiro momento, Coisas de Verdade pode ser encarado como um álbum que celebra o retorno do Antiprisma ao caminho dos lançamentos, mas acima de tudo, é uma síntese madura e muito bem construída de tudo o que esse projeto liderado por Elisa Moos e Victor José vem fazendo desde 2014, quando lançaram o EP de estreia. Apontados inicialmente como um duo que transitava entre o folk e o rock carregando nuances da MPB, o Antiprisma sempre fez questão de experimentar os limites do formato da canção. Deu seus primeiros passos nesse terreno de sons acústicos, abraçou definitivamente o universo da viola caipira em seu primeiro álbum Planos Para Esta Encarnação (2016), flertou com a psicodelia e instrumentos elétricos no segundo disco, Hemisférios (2019), e agora chega com um álbum orgânico e com os pés fincados no chão. Em tempos de ascensão da inteligência artificial, Coisas de Verdade foi pensado para ser o mais humano possível e enaltecer esse aspecto em cada detalhe, subvertendo de leve o atual contexto. Segundo Elisa, que divide com Victor a produção e direção artística, “as músicas são exatamente como deveriam ser, não há concessões estéticas de qualquer tipo e mesmo assim elas soam abertas, de certa forma convidativas para qualquer pessoa que curta canções, o que é algo difícil de se conseguir, e isso nos alegra muito enquanto artistas independentes”. Isso pode ser percebido nas temáticas, nas estruturas das faixas e na roupagem de todo o álbum. Desde a fase inicial de composição até a gravação final, a busca pela autenticidade e por uma conexão verdadeiramente emocional foi um norte constante, moldando cada acorde, cada nota e cada arranjo. Para isso, contaram com a sólida cozinha de Ana Zumpano e Beeau Gomez – bateria e contrabaixo, respectivamente – para gravar ao vivo boa parte do novo trabalho e mergulhar a fundo nesse processo. Em momentos como Que Seja e Um Rosto Desconhecido na Esquina, todos estão em uma mesma sala, celebrando o momento de criarem algo juntos e em total sintonia. Parte dessa busca por algo “feito à mão” também está na escolha do que tocar. Em Coisas De Verdade não há emuladores, sintetizadores e nenhum instrumento que não tenha sido tocado por uma pessoa de fato. A própria faixa-título, por exemplo, traz uma base rítmica feita com sons de objetos domésticos, enfatizando essa busca pelo orgânico em todos os detalhes. Como sempre em seus trabalhos, Antiprisma cuidou tão bem da poesia quanto do som. Ao contrário dos outros lançamentos, em Coisas De Verdade ficam um pouco de fora as letras de temas subjetivos repletas de paisagens e imagens contemplativas. Com isso, entram em cena assuntos muito mais pessoais, quase como pequenas crônicas sob o ponto de vista de uma experiência mais urbana, como em Saturnino, São Duas Horas e Está Tudo Bem e Euforia, o que enfatiza essa busca por um trabalho mais tangível. Além disso, a viola caipira permanece como um elemento essencial em diversas composições, reforçando o DNA inventivo do Antiprisma, ao mesmo tempo em que mantém a conexão com suas influências, que vão do rock sessentista e o Clube da Esquina ao indie da década de 1990 e o folk brasileiro mais raiz. Ao longo de 2024, parte do novo trabalho foi antecipado ao público com o lançamento dos singles São Duas Horas e Está Tudo Bem, Vampiros e Tente Não Esquecer, sendo esta última com a participação especial de Bemti nos vocais, na viola caipira e no videoclipe. Além de Bemti, o álbum também conta com participações de Fábio Tagliaferri (Grupo Rumo, Black Tie), Mário Manga (Premeditando o Breque, Black Tie), Zé Antonio Algodoal (Pin Ups), Zé Mazzei (Forgotten Boys) e Fábio Cardelli. Este novo lançamento não só consolida essa trajetória cheia de nuances, mas também evidencia um amadurecimento musical e emocional. Coisas de Verdade é mais do que um conjunto de canções, é um testemunho da maturidade artística e do compromisso contínuo do Antiprisma em desbravar novos desafios musicais, sempre com honestidade e uma sonoridade que ecoa o que de fato interessa: a emoção e a troca por trás de cada música. Coisas de Verdade já está disponível em todas as plataformas digitais e é uma parceria com a Orangeira Music. O trabalho também será disponibilizado em vinil no primeiro trimestre de 2025, em uma parceria com o selo Midsummer Madness. Ouça Coisas de Verdade, de Antiprisma

Fuck The Fucking Fuckers lança EP “Em Nome de Quem?”; ouça!

Com os pés fincados no hardcore/punk desde 2007, a banda paulista Fuck The Fucking Fuckers incorpora em sua sonoridade elementos do ska, reggae e metal. O EP Em Nome de Quem?, lançado nesta quinta-feira (7), explicita essa característica da banda, ao apresentar quatro músicas de estilos diversos. Gravado e produzido por Rodrigo Pereira Couto no estúdio Casa39, em Campinas, Em Nome de Quem? nos convida a refletir sobre temas cotidianos espinhosos. “A faixa-título Em nome de quem? traz o contexto de intolerância religiosa e preconceito; ‘Ilusão Idiótica’ fala sobre vício e a luta de enfrentá-lo dia após dia. Já U.F.O Strikes Again versa sobre aliens invadindo a Terra por não aguentarem mais a ganância e a destruição; e Covil dos Imbecis retrata abusos, assédio, entre tantos casos graves nos quais os culpados não pagam por seus crimes, e ainda contam com uma legião de fãs”, revela o baixista e vocalista do Fuck The Fucking Fuckers, Everton Lourenço. Em agosto a banda lançou um videoclipe do single que leva o nome do disco, com a participação de Henrike Baliú (Blind Pigs / Armada). Desta vez, a música de trabalho escolhida para a divulgação do EP, é Ilusão Idiótica. Composta por Leandro Telles, o ska punk, de acordo com o autor, trata dos vários tipos de dependências químicas e emocionais. “Sabe aquele lance de ir se entregando e quando menos percebe já está envolvido até o pescoço? Você se vê viciado ou dependente e, na maioria das vezes, é foda de sair, e quando sai deixa sequelas. A música é animada, mas a letra faz pensar um pouco nessas paradas”, diz Telles. Lançado de forma independente, Em Nome de Quem? é o quarto trabalho da banda, que carrega na bagagem Parasitas e Monstros (2014), Bolsa Farinha (2018), Muita Cachaça e Pouca Oração (2022).

Metrô Hi-Fi, de Abril Belga, é retrato cotidiano do jovem adulto; ouça!

Depois de apresentar o duplo Superadultos/Velhos Amigos, Abril Belga, projeto musical do artista carioca Gabriel Franco, chega com o disco Metrô Hi-Fi. Dotada de uma ironia sincera e envolvente, a obra foi construída a partir de um incidente: a ponte do violão de Gabriel, que manuseia o instrumento desde a infância, quebrou; desde então o músico compõe tocando com suas guitarras. O álbum, “um disco de guitarra”, chega acompanhado por clipe da faixa Sempre Lotado, uma crítica à vida atribulada do trabalhador brasileiro em meio ao capitalismo tardio. Metrô Hi-Fi é um álbum de indie rock com letras bem-humoradas sobre a crise dos 30 anos, mas com a proposta de não se levar tão a sério, tampouco ao que aflige a geração em questão. Influência digital, monogamia, a decadente classe média e a digitalização da vida estão entre os temas abordados por Abril Belga ao longo das 11 faixas do trabalho. “Não tentei fazer nada muito conceitual, acima de tudo quis me divertir no processo de compor e ter algo simples e honesto – a intenção era fazer uma coisa divertida, com foco na ironia das letras. A guitarra, nesse sentido, caiu como uma luva, por ser um instrumento ótimo para esse tipo de letra”, conta. “Sobre o nome do álbum, era o título de uma playlist que eu usava pra ir e voltar do trabalho, justamente pegando o metrô. Com a passagem do violão para a guitarra, essa playlist só tinha músicas de guitarra, incluindo discos do Blur e de Courtney Barnett, que me influenciaram bastante na composição da obra”. O resultado do disco Metrô Hi-Fi é completamente diferente dos lançamentos anteriores com o nome Abril Belga. As letras adaptam o bom-humor e a angústia das composições das bandas antigas nas quais Gabriel tocou quando mais novo, iluminando um caminho já percorrido para chegar em algo novo. “Como boa parte das pessoas da minha idade, eu sinto que falhei em diversos aspectos. Mas o que esse álbum tenta propor é que, de repente, por 32 minutos, a gente não deva levar isso tão à cabo e apenas curtir, com velhos amigos e canções divertidas. E é isso que convido vocês a fazer”, comenta Gabriel, revelando também que “detestava o trabalho corporativo em escritório de advocacia e quis fazer algo leve pra balancear, sem a cobrança de ser exatamente maduro musicalmente, mas tratar dos temas que permeiam esse período da vida com algum bom humor”.

Zeca Baleiro e Wado lançam álbum com composições feitas na pandemia

Zeca Baleiro e Wado liberaram hoje (1) o álbum de parcerias inéditas Coração Sangrento. Produzido pelos artistas com Sérgio Fouad, o álbum reúne uma nova safra de canções, todas compostas por Wado e Baleiro a partir do período da pandemia, quando a parada dos shows deu espaço para novas criações. “Muito animado em apresentar Coração Sangrento, novo álbum em parceria com Zeca Baleiro. É um disco que morro de orgulho. Nele, reunimos dois punhados de canções inéditas, resultado de um encontro verdadeiro, canções feitas muito no bate bola dos áudios e vídeos trocados por WhatsApp. Essa amizade e a admiração mútuas colocam esse disco num lugar único; paira no ar uma vontade de praticar a canção bonita”, comenta Wado. Zeca Baleiro falou sobre a preferência de compor em parceria com músicos talentosos, como Wado. “Apesar de no início da minha discografia assinar quase todas as canções sozinho – letra e música -, sempre amei compor em parceria. Fiz música com parceiros os mais diversos, de Hyldon a Fagner, de Arrigo Barnabé a Frejat, de Vicente Barreto a Lô Borges. E falo isso com descarada vaidade, porque me orgulho da diversidade musical com que ergui meu trabalho ao longo dos anos. Agora é chegada a hora de lançar um disco inteiro ao lado de um querido parceiro, um dos maiores compositores da geração que sucedeu a minha, Wado”.