Criolo lança música manifesto em homenagem à irmã, em nova parceria com Tropkillaz

O cantor Criolo lançou nesta quinta-feira (23), Cleane, parceria com Tropkillaz e uma homenagem à irmã, que faleceu em decorrência da covid-19 esse ano. Com direção de Helder Fruteira, o clipe foi concebido em forma de manifesto, com alguns importantes e representativos signos para as sequências. Em resumo, as críticas, menções e homenagens estão muito contidas no elenco, nas performances, na cenografia e na fotografia. Toda a equipe estava alinhada no propósito comum desse projeto: construir um filme que fosse potente e trouxesse a revolta e indignação pelo momento caótico que o Brasil passa, mas que também trouxesse poesia e esperança, uma das formas que temos para atravessar esse momento tão denso. Todas as gravações seguiram os protocolos de segurança para o combate à covid-19. As performances dos bailarinos entram como representações dos sentimentos e imaginário de Criolo. Os movimentos se conectam com a ideia de abordar expressividades diversas, mas no final há uma busca de equilíbrio entre tudo que sentimos. A junção de diferentes e excepcionais vertentes de dança, como por exemplo o Krump, que dentre outras coisas, traz muita intensidade aos sentimentos pois são movimentos mais indignados foram a liga de movimento do visual. Criolo comenta lançamento Criolo comentou o significante lançamento: “Um diretor cheio de sensibilidade e amor pela arte e meus pais comigo nesse processo (sozinho não conseguiria). O desejo de levar ao mundo toda a nossa indignação, mas com respeito e amor a todas as pessoas no Brasil. Não acabou e nunca vai acabar a pandemia, sobretudo pra quem perdeu um ente querido. A arte, mais uma vez, ajuda a ressignificar e emanar boa energia, mesmo no meio de um caos tão complexo e profundo, que vai pra além dos últimos anos, mas que agora reencontra num limite nunca visitado. Que o amor possa de algum jeito, forma e milagre visitar o coração de todos sem estrutura, por escolha de um país que decide quem vive e quem morre.” Em mais uma parceria, Tropkillaz falou sobre a parceria. “Trabalhar com o Criolo é sempre um privilégio sem igual, sempre fomos amigos e parceiros. Agora depois que começamos a compor e produzir juntos, nossa conexão musical ficou muito forte. Ele incorpora e interpreta as músicas e as letras como ninguém. Esperamos que nossa sintonia renda muitos frutos ainda”. Diretor exalta responsabilidade Helder Fruteira, diretor do clipe, explicou sobre a concepção: “O tema exige muita responsabilidade, todo o processo foi pensado com muito respeito e carinho pelo nosso time. A música por si só já tem uma força incrível e perpassa por muitos assuntos que precisam receber nossa atenção. Cada assunto trazido por Criolo nessa composição é urgente e necessário, por isso, de forma cuidadosa, fomos construindo esse elo entre os sentimentos cantados por ele e o visual. Esse projeto faz parte de uma engrenagem maior, de uma articulação de pessoas que estão lutando para colocar nosso país de volta no caminho certo. Tudo vibra sobre sentimentos! Gratidão a todes que tornaram isso possível. CLEANE, PRESENTE!” Aliás, neste sábado (25), Criolo participa do evento mundial Global Citizen Live, uma live beneficente de 24h alertando sobre mudanças climáticas e vulnerabilidade social. Transmitida de diversas cidades, contará com nomes como Billie Eilish, BTS, The Weeknd, Doja Cat, Elton John, entre outros. Por fim, vale destacar que ao lado do Tropkillaz, o cantor apresentará Cleane pela primeira vez ao vivo. Assista aqui.
Entrevista | Hollow Coves: “As pessoas perceberam o quanto são abençoadas com o que tínhamos”

A dupla de indie folk australiana Hollow Coves sempre explora uma temática mais bucólica e minimalista em seus projetos. Foi assim com o primeiro EP, Wanderlust (2017), o álbum Moments (2019) e o último EP, Blessings, lançado em junho. As capas trazem lindas imagens de vilarejos, enquanto as canções do Hollow Coves parecem extraídas de filmes mais introspectivos. Apesar dessa personalidade mais tranquila, Ryan Henderson e Matt Carins querem conhecer o “público maluco e apaixonado do Brasil”. Em entrevista ao Blog n’ Roll, o Hollow Coves falou sobre o processo de criação de Blessings, o impacto das suas canções no público, entre outros assuntos. Confira abaixo. Como foi preparar um estúdio caseiro para dar vida ao EP Blessings? Matt: Uma grande tarefa, tínhamos que fazer, pois íamos fazer uma tour pelo mundo. Eu era carpinteiro e o Ryan engenheiro, e fazíamos musica. Por que não juntar estas habilidades para fazer um pequeno estúdio, um local bem simples? Não sabíamos como produzir música, mas já estivemos em estúdios, trabalhando com produtores, pegamos dicas. Gravar músicas é um longo processo, estamos muito orgulhosos, talvez não seja tão bom como se fosse num estúdio mais profissional, mas aprendemos e ficamos felizes. O período de isolamento social rendeu muita inspiração para vocês, vide esse trabalho. Como foi o processo de criação dele? Ryan: Eu estava morando sozinho e nós decidimos trabalhar juntos com um pessoal muito criativo. Fizemos muitas músicas com esse grupo. E procuramos uma músicas que havíamos escrito em Berlim há cerca de dois anos atrás. Hello foi uma das primeiras músicas que o Matt escreveu. Ele reescreveu os versos durante o lockdown para refletir o sentimento de estar preso dentro de si. Tínhamos uma nuvem de armazenamento, Matt escreveu uma música e deletou, mas consegui resgatar, gostei muito e aproveitamos. Matt: É uma música que escrevi quando minha irmã casou. Eu decidi lançar como single. Depois vem Blessings, faixa-título do EP. Teve um impacto positivo no publico. Apresentamos a música em diferentes formas, lives e EPs. A música e o tema são fortes, por isso é a musica-título. As canções passam uma mensagem para quem está enfrentando esse momento complicado ou é algo mais a ver com temas que vocês já pensavam antes? Ryan: Sabemos que muitas pessoas estão passando por momentos difíceis, e no passado recebemos mensagens que nossa música ajudou pessoas. Queremos usar essa plataforma para levantar as pessoas, e ajudá-las a ver a beleza da vida, como na letra de Blessings, mostrando às pessoas que há muito o que agradecer da vida. Se você tirar um momento e sair, sentirá a gratidão e perceber que tudo é uma questão de mudança de perspectiva. Se você pensar em covid e outras coisas, pode entrar numa espiral de pensamentos negativos. A Austrália parece ter enfrentado a pandemia de forma mais tranquila, pelo menos para quem olha de fora. Foi assim mesmo? Matt: A gente mora em Queensland. Aqui, começou com um pequeno lockdown. Mas rolaram grandes lockdowns em outros estados. A gente não se sente isolado, vivemos no litoral, um lugar turístico. Sabemos que foi diferente em outras partes do mundo, mas aqui não teve o mesmo impacto. Vai ser interessante quando tudo abrir de novo. Ryan: Nós não tivemos muita exposição ao covid na Austrália porque as fronteiras foram logo fechadas. Qualquer um que chegasse teria que ficar de quarentena por duas semanas, sendo testado. O governo da Austrália é muito severo, garantiu que a doença não se espalhasse de jeito nenhum. Foram registrados poucos casos, e feitas algumas restrições. Mas parece que o duro é que não conheço ninguém que teve covid. O governo quer que todo mundo tome a vacina, não veem muito risco de contágio. No resto do mundo, muitos foram vacinados, o que fez com que as coisas começassem a voltar ao normal. Na Austrália, quase ninguém quer tomar a vacina. Aqui temos as coisas no controle, acontecem poucos casos, fazem lockdown de novo, se necessário. A gente não sabe quanto tempo isso vai durar. É frustrante. Mas somos afortunados pela maneira como está a situação aqui, enquanto o resto do mundo parece estar numa situação ruim. Qual é o grande ensinamento que a pandemia trouxe para o Hollow Coves? Ryan: A gente valoriza as coisas depois de perdê-las. Existe uma música sobre isso, Don’t Know What You Got (Till It’s Gone, do Cinderella). O coronavírus ajudou as pessoas a perceberem o quanto são abençoadas com o que tínhamos, estar com os amigos, viajar pelo mundo, isso são luxos. Não posso viajar pelo mundo, mas muita gente não tem eletricidade, ajuda a colocar em perspectiva. Falando em viajar pelo mundo, existe uma expectativa de vocês para uma tour no Brasil? Matt: A gente quer muito ir ao Brasil, tínhamos planejado, mas foi cancelado. Vamos tentar assim que a pandemia esteja controlada. Temos planos de ir a diferentes países, mas tudo depende da covid. Mas queremos muito ir ao Brasil Nunca estivemos no Brasil. Ryan: Temos muitos fãs no Brasil, recebemos muitos comentários para visitar o Brasil. Dizem que o público brasileiro é crazy. Gostaria de saber como é tocar no Brasil, é interessante dizem que as pessoas são apaixonadas. Como reagem a musica, é diferente em cada país. Tocar em lugares diferentes para culturas diferentes. Não sei quando iremos ao Brasil, mas estamos ansiosos para isso.
Maria Sil canta o medo dos tempos sombrios em Medo Azul

A cantora Maria Sil lançou o single Medo Azul, canção que compôs em parceria com a cantora e compositora Socorro Lira. A música foi feita pelas artistas em junho do ano passado, sendo um blues de letra cortante que narra o cotidiano das pessoas durante a pandemia da covid-19 e indaga em seus versos ‘’quantos a mais?”. O título da música é inspirado na expressão francesa ”une peur bleue”, que significa um medo paralisante. A expressão surgiu na França no século 19, em decorrência da epidemia de cólera que assombrou a Europa nesta época. Medo Azul foi produzida por Amanda Gasparetto e conta com a participação de Juliana Souza nos vocais, Simone Sou na bateria e Stephanie Borgani no piano. Em cenário de vacinação lenta e a marca assustadora de mais de 500 mil mortes em decorrência da covid-19, além de um presidente que não usa máscaras e incentiva aglomerações, as artistas transformam em canção o medo paralisante desses tempos tristes e sombrios. O vídeo manifesto é dirigido por Eduardo Ferreira e produzido pela Orvalho Filmes. Para Maria Sil, é uma homenagem em memória de todas as vítimas da covid-19 no Brasil, em especial para sua mãe, a poeta Vani dos Santos, morta pela covid-19, em maio.
Fábio Figueiredo, ex-vocal do John Wayne, morre aos 34, vítima da covid-19

Fábio Figueiredo, ex-vocalista da banda paulistana John Wayne, morreu neste domingo, aos 34 anos, vítima de complicações da covid-19. Em suma, o músico, que sofria de diabetes, foi infectado pelo vírus recentemente. Posteriormente, a situação evoluiu para um quadro de pneumonia e tuberculose. No entanto, apesar do momento delicado, o ex-integrante do John Wayne, um das bandas mais festejadas do underground nacional, chegou a ter alta do hospital, após uma forte melhora. Logo em seguida, de volta ao trabalho, ele voltou a sentir sintomas e não resistiu. Nas redes sociais, o perfil da banda John Wayne colocou uma linda nota de despedida. Nota oficial: é com imensa tristeza e dor que comunicamos, que o Fah, nosso amigo, primeiro vocalista e eterno irmão… Publicado por JohnWayne em Domingo, 31 de janeiro de 2021
Lendário apresentador Larry King morre aos 84 anos, vítima da covid-19

Glastonbury cancela mais uma edição por conta da pandemia do novo coronavírus

O festival Glastonbury, um dos maiores eventos musicais a céu aberto do mundo, que acontece no Reino Unido, não será realizado em 2021. Este será o segundo ano seguido que não teremos a festa. Em resumo, o festival é o primeiro grande evento de música a cancelar sua edição anual neste ano por conta da covid-19. Em publicação nas redes sociais, a organização do Glastonbury lamentou o ocorrido. “Será mais um ano de descanso forçado para nós”. Ainda na nota, a staff do evento garante que os ingressos já adquiridos serão válidos para a edição de 2022.
Iggy Pop fala sobre a Covid-19 no single Dirty Little Virus

O músico Iggy Pop divulgou nesta segunda-feira (21), o single Dirty Little Virus. Em resumo, a canção é uma reflexão do artista sobre a Covid-19. Em vídeo, explicando os detalhes da composição, Iggy conta todo o sentimento por trás da faixa. “Fiquei emocionado ao escrever essa letra, é algo muito emocional ou profundo”. Ademais, a música é bastante parecida com as faixas do disco Post Pop Depression, álbum lançado em 2016, onde Pop teve a colaboração de Josh Homme, do QOTSA. Dirty Little Virus by Iggy Pop
Paulinho, vocalista do Roupa Nova, morre no Rio aos 68 anos

Morre Tommy DeVito, fundador do Four Seasons
