All Time Low vai além das brincadeiras para entregar show repleto de hits

Uma das bandas mais aguardadas do I Wanna Be Tour, a norte-americana All Time Low entregou tudo que se esperava deles. Canções poderosas, refrões cantados em uníssono, além de muitas piadinhas, quase todas capitaneadas pelo guitarrista Jack Barakat, que lambeu o rosto e axila do vocalista Alex Gaskarth, foi para cima do público, beijou os integrantes e até ameaçou filmar o próprio pênis durante o show. Mas deixando as piadas de lado, o All Time Low mostrou muita consistência ao vivo. Não fugiu da responsabilidade e entregou um repertório repleto de hits. Lost in Stereo, Damned If I Do Ya (Damned If I Don’t), Six Feet Under The Stars e Poppin’ Champagne, dobradinhas dos terceiros e quarto discos, Nothing Personal (2009) e So Wrong, It’s Right (2007), respectivamente, abriram o show. Com o público na mão, Alex e companhia optaram por testar algumas canções do disco mais recente, Tell Me I’m Alive (2023). As escolhidas em sequência foram Modern Love e a faixa-título. Sleepwalking entrou na reta final do show. O single Fake As Hell, gravado com Avril Lavigne, também foi lembrado pela banda, garantindo um bom retorno do público, que curtiu a escolha para o set. Um dos maiores sucessos do All Time Low, Monsters, gravada com Blackbear e presente no álbum Wake Up, Sunshine, entrou já na parte conclusiva do show. O fim não poderia ser outro: Dear Maria, Count Me In, hit absoluto da banda. Essa foi a quarta vez do All Time Low no Brasil, sendo que a última havia sido em 2015. Antes disso, a banda tocou em várias cidades brasileiras, inclusive em Guarujá, com um show no Sofitel Jequitimar, em 2011. Naquela ocasião, Lost in Stereo também abriu a apresentação.

Com vocalista doido, The Used faz um dos melhores shows do Wanna Be Tour

Sem deixar a energia cair após o show pesado do Asking Alexandria, o The Used entregou uma das melhores apresentações do I Wanna Be Tour. Muito disso é mérito do vocalista Bert McCracken, que é completamente maluco no palco, lembrando um pouco o Mike Patton, do Faith no More e outras mil bandas. Apesar de ser uma banda ativa desde 2002, tendo lançado nove álbuns nesse período, o The Used fez um show calcado em cima dos três primeiros álbuns, The Used (2002), In Love and Death (2004) e Lies for the Liars (2007), que foram responsáveis por nove das 12 canções do set. Funcionou muito bem, o apoio do público foi incondicional do início ao fim. Com Bert distribuindo ‘fuck you’ a cada término de música, o The Used iniciou o show com Pretty Handsome Awkward, faixa que tem um refrão chiclete e melódico.O The Used anda sempre muito bem acompanhado em seus álbuns. Nos mais recentes contou com participações de Mark Hoppus e Travis Barker (blink-182), Jason Aalon Butler (Fever 333), além de John Feldmann (Goldfinger), que vem produzindo os discos mais recentes. É nítido que isso vem contribuindo demais para o amadurecimento sonoro do grupo. Uma das novidades do repertório foi Giving Up, faixa que encerra o último álbum da banda, Toxic Positivity (2023). Senti falta de um pouco do Heartwork (2020), que foi totalmente ignorado no show. The Taste of Ink, maior sucesso comercial da banda, veio já na reta final. Contagiou o público, que cantou o som na íntegra, garantindo um bonito sing-along. Mas Bert ainda guardou uma surpresa para o fim. Encerrou o show com A Box Full of Sharp Objects, que teve a participação de Lucas Silveira, vocalista da Fresno. O mais bacana foi ter o gaúcho no palco para um público maior, já que quase ninguém conseguiu ver o show da Fresno por conta da má logística na abertura dos portões. O medley deles contou ainda com um trecho de Smell Like Teen Spirit, do Nirvana.

Asking Alexandria mostra força ao vivo após saída de Ben Bruce

O Asking Alexandria, banda mais pesada do lineup, veio logo após o Boys Like Girls. Abriu com Closure, que já mostrou uma grande transformação sonora para o que vinha rolando até o momento. Desfalcado do guitarrista e fundador, Ben Bruce, que deixou a banda em janeiro, o Asking Alexandria enfrentou um pouco de problemas com os microfones no início do show. A partir de Down to Hell, terceira faixa do set, felizmente, as coisas melhoraram e se estabilizaram até o fim. Aliás, a ausência de Ben Bruce foi muito bem preenchida com a entrada de Paul Bartolome na base, enquanto Cameron Liddell assumiu o posto de líder das cordas. Foi apenas o terceiro show com essa formação. O repertório priorizou os álbuns Reckless & Relentless (2011) e Asking Alexandria (2017), o que promoveu uma maior interação do público com a banda, vide que esses dois são os discos mais populares dos ingleses. Para quem não conhecia o Asking Alexandria, o vocalista Danny Worsnop surpreendeu com a versatilidade. Faz o gutural por boa parte da apresentação, mas também mostra sutileza, como na versão acústica de Someone, Somewhere. Não que isso seja algo raro, vide que bandas como Bring Me The Horizon e A Day To Remember também possuem essa chave com seus vocalistas. Mas sempre surpreende os desavisados, conforme comentários que ouvi na pista premium. A poderosa Alone In A Room, que tem uma veia mais melódica e é considerada a mais conhecida da banda, encerrou o set, que cumpriu com maestria o passeio pela discografia. A baixa mais sentida foi Not The American Average, muito pedida pelos fãs.

Após show histórico em Santos, Pitty encanta com caminhão de hits no I Wanna Be Tour

Na reta final das celebrações dos 20 anos do álbum Admirável Chip Novo, a cantora baiana Pitty vive um dos momentos mais especiais da carreira. Em dois dias, ela cantou para 100 mil pessoas (50 mil no I Wanna Be Tour, no Allianz Parque, 50 mil na Praia do Gonzaga, em Santos, na noite anterior). Pitty, com o passar dos anos, se transformou naquela artista unanimidade que combina com tudo que é festival e público. Se analisarmos a proposta musical, ela destoa bastante do lineup. Nomes nacionais como Hateen e Dance of Days cairiam muito melhor, ainda mais pelo peso histórico no emo verde e amarelo. Mas isso não foi empecilho para Pitty, que apostou em um setlist repleto de hits. Teto de Vidro, logo de cara, foi o suficiente para ter a noção que o público apoiaria do início ao fim. Sem perder tempo, Pitty, que estava elegantemente vestida de roxo, distribuiu hits em sequência: Admirável Chip Novo, Máscara e Equalize. Sempre comunicativa com os fãs, Pitty pediu para o público abrir uma roda de pogo. Foi atendida prontamente. Antes de um dos seus sons mais conhecidos, Pitty brincou que há 20 anos lançou uma música com o nome do festival. I Wanna Be caiu muito bem no repertório. Mesmo com o tempo escasso, Pitty conseguiu fazer uma reta final tão forte como a do início. Semana Que Vem, Memórias, Na Sua Estante e Me Adora. Apesar do clima nostálgico, o show de Pitty não soa antigo ou ultrapassado. As faixas de Admirável Chip Novo são bem atemporais e casam realmente com qualquer ambiente com música. Por esse motivo, ela soube cativar tão bem o público no Allianz. Recentemente, Ney Matogrosso, Sandy, Planet Hemp, Emicida, entre outros, recriaram Admirável Chip Novo. A pluralidade dos artistas define bem o peso dessa obra, que serviu como base no I Wanna Be Tour.  Ainda não se sabe o que Pitty fará após o encerramento da turnê, mas fica nossa torcida por um álbum de inéditas. 

Mayday Parade entrega show mais emotivo do I Wanna Be Tour

Se alguém ainda tinha dúvida de que se tratava de um festival emotivo, o Mayday Parade afastou qualquer desconfiança com a apresentação. Foi provavelmente um dos shows mais emotivos da tarde, no Allianz Parque. O Mayday Parade, da Flórida (EUA), que já foi presença constante naquelas coletâneas de covers (Punk Goes Pop e Punk Goes 90’s), priorizou seu álbum de estreia, A Lesson in Romantics (2007), com quase metade do set de 12 faixas dedicado a ele. Era tudo que os fãs queriam mesmo. A primeira e última vez que esteve no Brasil, em 2012, o Mayday Parade estrelou o lineup do extinto Next Generation. Agora, estava longe de ser uma atração principal, mas mesmo assim entregou uma apresentação cativante. O vocalista Derek Sanders, descalço, entregou uma presença de palco empolgante. Não parou por nenhum momento, mesmo com um set repleto de baladas. E agiu corretamente ao não incluir as canções das coletâneas Punk Goes. Afinal, precisa mostrar o trabalho autoral que é muito rico. Get Up, Jersey e Jamie All Over, que vieram na trinca final, garantiram o restinho que faltava para conquistar de vez o público que desconhecia a banda. As duas últimas, aliás, são as mais populares da carreira do Mayday Parade.

Plain White T’s faz show honesto com feat de Day Limns

O Allianz Parque ainda estava no início de sua ocupação, muito em função da péssima logística de abrir os portões em cima da hora da primeira banda, quando o Plain White T’s iniciou sua apresentação.  Tom Higgenson, vocalista e único membro da formação original, sabia que não teria muito tempo para conquistar o público em sua primeira visita ao Brasil, logo abriu com Our Time Now, faixa que ficou marcada por sua presença nas séries iCarly e Greek. Com um palco simples e fazendo menção à capa do novo disco, homônimo, lançado no ano passado, a banda aproveitou que chamou a atenção dos fãs com Our Time Now para soltar duas canções do registro mais recente: Young Tonight e Fired Up, que tem uma sonoridade bem diferente do restante da carreira, lembrando mais um Foster the People. Take Me Away, uma viagem ao auge da banda, em 2005, serviu para manter a conexão com os fãs, que não se empolgaram com as novidades. Mas o show do Plain White T’s é mais introspectivo, mesmo com Tom Higgenson demonstrando muito carisma e carinho pelo público que chegou cedo. The Giving Tree, que veio na sequência, foi exatamente dessa forma: uma faixa para receber o público que enfrentava um forte sol e com pouco acesso à água (um dos pontos falhos do festival). Para uma banda que nunca havia tocado no Brasil, a estratégia de Tom e companhia foi louvável. Passou por todos os álbuns. Natural Disaster e 1,2,3,4, do Big Bad World (2008), vieram em sequência, numa dobradinha que representa bem a característica da banda, vezes beirando o pop punk, vezes abraçado no folk com influências do emo. Mas o álbum mais recente foi o mais presente no set, com quatro canções, o dobro do restante dos outros trabalhos. Dessa forma, Would You Even e Feeling (More Like) Myself vieram na sequência.  Na reta final, os dois maiores sucessos do Plain White T’s foram tocados. Hit absoluto, Hey There Delilah contou com a participação da cantora brasileira Day Limns, que não escondeu a emoção de cantar a canção. Uma pena ter uma meia dúzia de babacas reclamando que queria ouvir a faixa apenas na voz de Tom. Felizmente, a maior parte do público abraçou a ideia e valorizou a presença de Day. Rhythm of Love deu números finais ao show. E não deu nem tempo de sair do lugar, apenas virar a cabeça para o outro lado e curtir o Mayday Parade.

Twice inflama ‘vozes calorosas’ em primeiro show no Brasil

De forma apoteótica, o grupo de k-pop Twice realizou, na última terça-feira (6), seu primeiro show no Brasil. A apresentação da turnê Ready To Be lotou o Allianz Parque, em São Paulo. Como não podia ser diferente, o público cantou estridentemente todas as 27 músicas da setlist, surpreendendo Nayeon, Jeongyeon, Momo, Sana, Jihyo, Mina, Dahyun, Chaeyoung e Tzuyu, com uma recepção, segundo as próprias integrantes, muito calorosa.  O primeiro ato do espetáculo teve a versão inglesa de Set Me Free, faixa-título do último mini-álbum do grupo, que dá nome a tour. Ainda na primeira apresentação, Jihyo teve problemas com o microfone de rosto. No entanto, a líder logo o substituiu por um microfone casual, mostrando seu poderoso vocal. Logo após, veio as dançantes Can’t Stop Me, Go Hard e Moonlight Sunrise. Entre as performances, as membros se apresentaram em português. Dahyun ainda se arriscou em mais palavras. “Oi, eu sou Dahyun. Brasil, tudo bem? Bom! Te amo”, se comunicou a simpática coreana, em meio aos gritos brasileiros.  Enquanto as outras integrantes se preparavam para suas apresentações solo, Jihyo, Chaeyoung e Nayeon ficaram no palco conversando com o público. Aliás, Jihyo disse que essa foi a primeira vez que a voz dos fãs ultrapassam o som do retorno dos microfones. Em meio a conversa, a ‘Juliana Paes coreana’, como é carinhosamente apelidada, precisou pedir silêncio para elas explicaram a dinâmica do show. Primeiras apresentações solo Passada a conversa com o trio, chegou a hora dis covers de Dahyun, com Try, de Colbie Caillat; Tzuyu, com Done For Me, de Charlie Puth; Sana, com New Rules, de Dua Lipa; Momo, com Move, de Beyoncé; e Mina, com 7 Rings, de Ariana Grande.  Como bem explicado por Dahyun, a Ready To Be Tour permite que as integrantes estejam prontas para serem elas mesmas e as partes solo ressaltam a singularidade de cada uma. Inclusive, Dahyun emocionou com sua performance calma, acompanhada de seu piano, que contrastou com o lado irreverente e agitado de sua personalidade. Já as quatro estrangeiras do grupo protagonizaram um combo dançante. Tzuyu, como de costume, distribuiu elegância ao lado de dançarinos. Enquanto as japonesas entregaram sensualidade, seja com Sana dançando no chão e encarando o público, com a Momo subindo no pole dance ou com a Mina rebolando como se fosse uma verdadeira latina. Momento especial do Twice Na abertura do segundo ato, os fãs que aguardaram quase nove anos para assistir o Twice presencialmente receberam o melhor que o grupo pode oferecer, uma performance ao vivo de Feel Special. Em um raro momento, o estádio se calou, permitindo que Jihyo cantasse o pré-refrão da canção, que é como um hino para os onces, à capella. Com banda ao fundo, a música contagiou os fãs até o tradicional fanchant no dance brake. A sequência de hits seguiu com Cry For Me. Fancy, com um arranjo diferenciado, e The Feels, com direito a explosão de fogos, levantaram não só o público, mas também as membros com uma grande estrutura móvel na passarela.  Após a catarse, as integrantes que haviam se apresentado solo anteriormente conversaram com o público, voltando a elogiar a energia brasileira. Dahyun adicionou uma nova palavra no vocabulário. “Nossa”, disse ela enquanto mandava um sinal de positivo para os brasileiros. “Eu amo todos vocês”, completou Tzuyu meigamente.  Em coreano, o trio japonês agradeceu o apoio dos onces, cantando e dançando nos covers. Sana revelou que o público de São Paulo foi o mais energético entre os mais de 40 shows do tour. “Quando a gente pensa no Brasil, a primeira imagem que vem na cabeça é que vocês são muito calorosos. Fiquei pensando quanto os brasileiros seriam calorosos se a gente estivesse aqui de verdade. E agora, percebi que realmente as vozes são muito, muito calorosas. Me diverti muito no palco”.  Solos autorais A segunda parte de solos contou com as músicas autorais de Chaeyoung, com My Guitar; Jihyo, com Closer; e Nayeon, com Pop!. Além do cover da Jeongyeon de Can´t Stop The Feeling, de Justin Timberlake. A música sentimental da rapper do grupo, sobre “Meu primeiro violão”, como ela descreveu em português, contrastou com as outras apresentações vibrantes. Jihyo optou por não apresentar sua faixa título de estreia, Killin Me Good. Pode se dizer que a escolha foi um acerto. Closer é dançante, com batidas tipicamente latinas, casando perfeitamente com a artista. Já a despojada Jeongyeon viu o público cantando junto a música que a mesma escolheu no lugar de Juice, da Lizzo, que costumava cantar no início da turnê. A integrante ainda deixou a entender que sua aguardada estreia solo está por vir. Por fim, a contagem regressiva de Pop!, icônico debut de Nayeon, antecedeu o coro ‘seollemi’ e a explosão de papel picado.  Viagem pela carreira do Twice A emoção tomou conta do terceiro ato com a performance da recém-lançada I Got You. Se a música é como uma viagem pela carreira das artistas, as lanternas dos fãs atuaram como sinalizadores no mar, enquanto todos cantavam trechos da música como “Nós nunca vamos nos separar. Mesmo a um milhão de quilômetros de distância”.  As fanbases também entregaram barbantes na cor vermelho para os onces amarrarem no dedo mínimo, sinalizando a união incondicional entre o grupo e os fãs. Logo após, Queen of Hearts precedeu o medley das nostálgicas Yes or Yes, What is Love?, Cheer Up, Likey, Knock Knock, Scientist e Heart Shaker. Com excessão de Scientist, as músicas são do início da trajetória do grupo, quando o conceito era fortemente marcado pelas coreografias e por músicas fofas. Mesmo já na fase adulta, as membros reservaram esse momento como uma espécie de fan service, resgatando memórias dos onces.  No ato, ainda havia espaço para mais duas faixas título. “Once, tenho sede. Acho que vou tomar uma tequila. Levantem seus copos”, brincou Jihyo antes de Alcohol-free e Talk That Talk. Fim de festa do Twice Quem pensou que não teria Like OOH-AHH e TT no show estava enganado. Os flagrados pela dance cam exibiram

The Cure vai do culto à festa de hits em show histórico em São Paulo

Foram necessários dez anos até o The Cure retornar ao Brasil. A quarta passagem de uma das bandas mais importantes da história do rock britânico pelo país foi no encerramento do Primavera Sound, no domingo (3), em São Paulo. Durante 2h30, Robert Smith comandou uma apresentação mesclada de culto e festa com os hits. Songs of a lost world, álbum anunciado em 2019, teve três faixas tocadas pela banda, inclusive Alone, que abriu o show. Enquanto a banda apresentava o instrumental, Smith caminhou de ponta a ponta para contemplar o público. Pictures of You, presente no clássico Disintegration (1989), disco mais lembrado pela banda no show, veio logo na sequência. Aqui já era possível ver muitos fãs chorando na frente do palco. Passeando por álbuns clássicos como Wish, The Head on the Door e Disintegration, o The Cure promoveu uma verdadeira viagem no tempo. Impossível não recordar de lembranças afetivas ouvindo essas canções. In Between Days e Just Like Heaven, em sequência, renderam os primeiros sing along mais fortes do público. Ao término de cada canção, Smith com sua cabeleira desgrenhada era saudado pelos fãs aos gritos de “Robertinho”. Sem entender, o músico perguntou o que os fãs estavam gritando, recebendo como resposta a tradução para “Little Robert”. Endsong, a terceira e última do álbum inédito do The Cure, fechou a primeira parte do show. O intervalo foi bem curto. Na plateia, os mais novos gritavam por mais, enquanto os mais velhos apenas choravam e demonstravam a alegria de estar próximo dos ídolos. É preciso destacar que muitos ali eram crianças na última vez que o grupo veio ao Brasil, em 2013. Outros estavam ali pela quarta vez, após as apresentações de 1987 e 1996, quando tocou no Hollywood Rock. O primeiro bis veio com mais cinco canções: It Can Never Be the Same, Want, Charlotte Sometimes, Plainsong e Disintegration. Mas a comoção maior veio na sequência, com o segundo bis. Aqui, o clima sombrio com trilha gótica deu espaço para os maiores hits do The Cure. Lullaby, Friday I’m in Love, Close to Me e Boys Don’t Cry vieram quase em sequência. Da contemplação para a euforia. O clima de culto gótico deu espaço para uma festa insana na pista. Em 2h30, Robert Smith SetlistAlonePictures of YouHighA Night Like ThisLovesongAnd Nothing Is ForeverBurnFascination StreetPushIn Between DaysJust Like HeavenAt NightPlay for TodayA ForestShake Dog ShakeFrom the Edge of the Deep Green SeaEndsong Bis 1It Can Never Be the SameWantCharlotte SometimesPlainsongDisintegration Bis 2LullabyHot Hot Hot!!!The WalkFriday I’m in LoveClose to MeWhy Can’t I Be You?Boys Don’t Cry