The Kooks confirma show em São Paulo para maio

Boa notícia para os fãs do The Kooks. A banda inglesa fará uma apresentação em São Paulo no dia 20 de maio, no Espaço das Américas. O show está dentro do calendário oficial do festival MITA, que terá sua primeira edição no país em 2022. O grupo de indie rock comemora no próximo ano o 15º aniversário de seu primeiro álbum de estúdio, Inside In / Inside Out, sucesso que acompanhou toda uma geração de jovens. A partir de janeiro de 2022, o The Kooks dá início a uma turnê com dez datas em todo só no Reino Unido, incluindo duas apresentações na O2 Brixton Academy de Londres em fevereiro. Reconhecidos como um dos pilares do mundo indie inglês, o The Kooks conquistou fãs no mundo inteiro. O fenômeno do streaming garantiu que Inside In / Inside Out alcançasse novas gerações com sucessos como She Moves in Her Own Way e You Don’t Love Me. “Depois de um longo período parados, estamos animados para comemorar os 15 anos de nosso primeiro álbum e sair em turnê. Vamos tocar músicas desse álbum e também muitas composições de diferentes fases de nossa carreira, como um agradecimento a nossos fãs”, indica o vocalista Luke Pritchard. O show dos ingleses em São Paulo tem o selo MITA Day, parte da programação oficial do festival MITA. O MITA é o primeiro festival produzido em parceria pelas empresas Bonus Track e 30E – Thirty Entertainment, e vai acontecer anualmente. A pré-venda do show do The Kooks em São Paulo rola até o próximo dia 15, exclusiva para clientes do app Ame. A venda geral ao público tem início também no dia 15. Ingressos para o show do The Kooks Pré-venda – De 10h do dia 08 de novembro, quarta-feira, até 9h59 de 15 de dezembro, quarta-feira. Pré-venda exclusiva para clientes do super app Ame pelo site da Eventim. O super app pode ser baixado nos sistemas iOS e Android. LOCAL – VALORES – MEIA ENTRADAPISTA PREMIUM – R$ 600,00 / R$ 300,00PISTA – R$ 300,00 / R$ 150,00MEZANINO – R$ 800,00 / R$ 400,00 Data do show: Dias 20 de maio de 2022Abertura do espaço: 19hHorário do show: 21h30Local: Espaço das Américas – R. Tagipuru, 795 – Barra Funda, São Paulo (SP)Ingressos: A partir de R$ 300.Venda de ingressos online: Eventim
Crítica | Dug Up….Diabolical Reincarnations – Nervochaos

Com 25 anos de estrada, inúmeras turnês e oito álbuns de estúdio lançados, dá para afirmar sem medo de errar que os paulistanos do Nervochaos formam uma das mais tradicionais, fortes e barulhentas bandas do metal extremo brasileiro e mundial. Quantas bandas podem ostentar tal título? Para celebrar esses números, o grupo regravou três músicas de cada um dos quatro primeiros álbuns, Pay Back Time (1998), Legion of Spirits Infernal (2002), Quarrel In Hell (2006) e Battalions of Hate (2010). De quebra, mais um número do álbum The Art of Vengeance (2014). A formação atual conta com Brian Stone (voz), Edu Lane (bateria), Quinho e Woesley Joahann (guitarras) e Pedro Lemes (baixo). O álbum foi gravado no Abracadaver Studio (SP) e a produção ficou a cargo de Adassi Addasi. Você que acompanha a banda desde aquela época, terá um ataque epilético com as novas versões de I Hate Your God, Envy, Putrid Pleasures, Pure Hemp, Pazuzu is Here, Mighty Justice, Dark Chaotic Destruction, Perish Slowly e Scavengers of The Underworld. Todas perfeitamente executadas, com todo o peso e fúria que o Nervochaos vem despejando em nossos ouvidos desde o longínquo ano de 1996. E aqueles que nunca ouviram a banda têm aqui uma excelente oportunidade de dar um “rolê” pelo seu catálogo. Tarefa quase impossível vai ser NÃO se atirar de cabeça (e ouvidos) em toda a discografia do Nervochaos. Está esperando o que? Dug Up….Diabolical ReincarnationsAno de Lançamento: 2021Gravadora: XenokorpGênero: Thrash/Death Metal Faixas:1-I Hate Your God2-Envy3-Putrid Pleasures4-Pazuzu is Here5-Mighty Justice6-Upside Down Cross7-The Urge to Feel Pain8-Dark Chaotic Destruction9-Nervochaos10-Pure Hemp11-Scavengers of The Underworld12-Perish Slowly13-The Devil´s Work
Crítica | Existence is Futile – Cradle of Filth

Com certeza ainda estão vivos na mente dos bangers os incríveis anos 1990, em que o black metal explodiu no mundo todo (inclusive no Brasil) com nomes como Burzum, Mayhem, Dimmu Borgir e tantos outros. Inicialmente atrelado a crimes na Noruega, o estilo logo provou que tinha vindo para ficar, pois suas qualidades musicais falavam por si só. Entre tantos grupos, um dos mais espetaculares era o Cradle of Filth, vindo da velha Inglaterra. Clássicos como Dusk in her Embrace (1996) e Cruelty And The Beast (1998) são marcos na história da música extrema, dada sua originalidade e eficácia. Sem nunca ter deixado a desejar em termos musicais, os ingleses seguiram sua carreira, lançaram outros clássicos e chegam em 2021 com seu décimo terceiro trabalho de estúdio, Existence is Futile. Seguindo outra tradição do Cradle, a capa é simplesmente de tirar o fôlego de tão bonita, com certeza entre as mais belas do ano corrente. Aliás, mais uma vez um trabalho do Cradle é embalado em um conceito de gelar a espinha. Dessa vez, a história gira em torno do existencialismo e o medo do desconhecido. Se todos sabemos que iremos morrer, podemos saciar a vida enquanto existimos, segundo Aleister Crowley. Ouvindo o álbum várias vezes, o ouvinte vai associando esse tema com a parte musical, formando um pacote realmente atrativo. Black metal vulcânico do Cradle of Filth E sobre a parte musical? Só ouvindo para crer. Estreando na formação Anabelle Iratni, que encaixa sua voz operística em diversos momentos do álbum, temos em Existence is Futile um black metal vulcânico, veloz, pesado e enriquecido com podersosos arranjos orquestrais e os vocais pra lá de agressivos do eterno Dani Filth, a mente criativa por trás dessa loucura toda. Superando seus dois antecessores em termos de peso, Existence arranca a cabeça e a alma do pobre ouvinte em sons mortais como Existencial Terror, Crawling Into Chaos, The Dying of The Members, Suffer Our Dominion e Here Comes a Candle (Infernal Lullaby), que são números que já entram na galeria de clássicos do black metal. Imperdível aos fãs e aos novatos que têm interesse em adentrar o macabro mundo do Cradle of Filth. A oportunidade é agora. Existence is FutileAno de Lançamento: 2021Gravadora: Nuclear BlastGênero: Black Metal Sinfônico Faixas:1-The Fate of The World on Our Shoulders2-Existencial Terror3-Necromantic Fantasies4-Crawling Into Chaos5-Here Comes a Candle (Infernal Lullaby)6-Black Smoke Curling From The Lips of War7-Discourse Between A Man And His Soul8-The Dying of The Embers9-Ashen Mortality10-How Many Tears to Nurture a Rose?11-Suffer Our Dominion12-Us,Dark,Invincible13-Sisters of The Mist14-Unleash The Million
“Fiz uma mina chorar por uma mina que me fez chorar”: o que Coruja nos ensina sobre relacionamentos em Tarot?

Atenção, esse texto é uma percepção pessoal. ***** Sabe quando aquela música te pega e você se identifica muito? Então, foi o que aconteceu. O rapper Coruja BC1 lançou o álbum Brasil Futurista no último dia 18 de novembro e dentre as composições está a música Tarot. Tudo bem que ele já tinha lançado ela como single antes do álbum, em setembro, e eu fiquei encantada logo de cara, mas só agora consegui, ou seja, tive tempo de escrever. Mas vamos ao que interessa. Um verso me pegou de jeito. “Eu fiz uma mina chorar por uma mina que me fez chorar. Se pá ela ficou assim porque outro cara fez ela chorar. Pra se isentar de um erro, encontre alguém pra culpar…”. Coruja BC1- Tarot É isso! Primeiro que quando eu ouvi essa parte eu fiquei “é isso, alguém me entende”. Me fez refletir sobre relacionamentos, até porque pessoalmente me identifiquei com a letra. Me lembrou muito de um sentimento que eu tinha e de algumas situações que vivi. E aqui vai a minha visão. Coruja escancara algo que acontece muito na nossa geração, até porque nós temos a mesma idade. Muitas vezes transferimos erros/traumas/experiências de relações anteriores para as próximas. Adivinha? Vira um ciclo! Nós machucamos ou somos machucados por pessoas que amamos porque essa pessoa foi magoada ou porque fomos magoados anteriormente. É justo fazer alguém chorar por conta de outra pessoa que te fez chorar? Pessoalmente, já me senti nesse lugar. Sentia que eu não podia errar, não podia perder a cabeça na relação. Qualquer coisa que fizesse e fosse fora daquilo que a pessoa achava que era ideal era como se eu tivesse feito algo muito grave. O fato é que eu sabia que essa pessoa tinha sofrido muito no relacionamento anterior, então fazia de tudo para atender os altos padrões que essa pessoa procurava em outra. O que me fez ficar desgastada. Até refletir: por que me pressionei tanto para compensar algo que não fui eu a responsável? Atribuir a responsabilidade ao próximo, ou a culpa, como o próprio Coruja coloca, de lidar com a dor de um relacionamento anterior não é justo. Linha Tênue Sei que a nossa geração, a parte que tem acesso à informação, está mais consciente da importância de relacionamentos saudáveis. E nós temos mesmo que procurar por pessoas que nos valorizem e que querem crescer conosco. Mas para isso precisamos entender a linha tênue entre não aceitarmos menos do que merecemos e de atribuirmos ao outro a responsabilidade de compensar uma ferida que não foi feita pela pessoa atual e sim por um relacionamento passado. Nesse caso, a cura tem que vir da própria pessoa. E sabe de uma coisa? Caso isso não ocorra, geralmente o próximo relacionamento não dá certo. Você não está curado de um relacionamento passado e ainda machuca a pessoa do relacionamento atual. E essa pessoa pode encontrar outra pessoa para machucar por ter sido machucada… Enfim, o ciclo continua e todo mundo acha que o “amor morreu”, como diz o próprio Coruja na música. Mas não é verdade. Só precisamos estar curados para amar e encontrar alguém que também esteja. E precisamos fazer isso por nós mesmos, para nosso rancor não respingar e culpar uma pessoa (provavelmente a pessoa amada) que nem estava na sua vida quando você foi machucado (a). Escute o que a vida tem pra ensinar em Tarot Como diz o fim do verso “pra se isentar de um erro, encontre alguém pra culpar ou silencie a mente e escute o que a vida tem pra ensinar”. Nessas horas, eu prefiro silenciar minha mente e escutar o que aquele relacionamento que não deu certo teve para me ensinar. E é essa visão que queria compartilhar. Não sei se é só uma visão muito pessoal minha ou se mais pessoas se identificam. Mas precisava escrever. Obrigada Coruja por ter colocado essa letra no mundo.
Brilliant Adventure (1992 – 2001), quinto box digital de David Bowie, está entre nós

David Bowie está com mais um box digital disponível nas plataformas de streaming. Brilliant Adventure (1992 – 2001) é o quinto de uma série de boxes digitais que repassam sua carreira desde 1969. Em 7 de janeiro, um dia antes do aniversário de Bowie (completaria 75 anos de idade), o sexto box digital Toy (Toy:Box) será lançado. O mais recente de uma série de boxes digitais premiados e aclamados pela crítica, Brilliant Adventure (1992 – 2001) vem com um total de 131 músicas. Em resumo, inclui novas versões remasterizadas, com contribuições dos produtores e colaboradores originais de alguns dos materiais mais experimentais de Bowie. Aliás, a tracklist conta com Black Tie White Noise, The Buddha of Suburbia, Outside Earthling e Hours…, junto com o álbum expandido BBC Radio Theatre London, June 27, 2000, a compilação de versões alternativas / lados B e trilha sonora Re:Call 5, e o inédito Toy. Toy foi gravado após a performance triunfante de David em Glastonbury em 2000. Bowie entrou no estúdio com sua banda, Mark Plati, Sterling Campbell, Gail Ann Dorsey, Earl Slick, Mike Garson, Holly Palmer e Emm Gryner, para gravar novas interpretações de músicas gravadas entre 1964 a 1971. David planejou gravar o álbum de modo old school, com a banda tocando ao vivo, escolhendo as melhores versões e então lançá-lo o mais rápido possível. Infelizmente, em 2001, o conceito de lançamento surpresa de um álbum e a tecnologia para apoiar isso ainda demorava alguns anos, tornando impossível o lançamento imediato de Toy. Entretanto, David faria o que fez de melhor: prosseguiu para algo novo, que começou com um punhado de novas músicas das mesmas sessões de gravação que por fim acabaram se tornando o álbum Heathen, lançado em 2002 e considerado como uma das melhores fases de Bowie. Toy é momento de alegria em Brilliant Adventure Agora, vinte anos depois, o co-produtor Mark Plati afirma que “Toy é um momento no tempo capturado em um âmbar de alegria, fogo e energia. É o som de pessoas felizes em estarem tocando música. David revisitou e reexaminou seus trabalhos de décadas anteriores através de prismas de experiência e novas perspectivas – um paralelo que não passou despercebido por mim, pois agora o revisito vinte anos depois. Às vezes, ele dizia: ‘Mark, esse é o nosso álbum’. Acho que por saber que eu estava profundamente envolvido com ele naquela jornada. Estou feliz de finalmente poder dizer que agora o álbum pertence a todos nós”. As sementes de Toy foram plantadas pela primeira vez em 1999 durante a produção de um episódio de VH1 Storytellers. David queria performar algo de sua carreira pré-Space Oddity. Então ele voltou a 1966 e tirou o pó de Can’t Help Thinking About Me pela primeira vez em 30 anos. Por fim, a música permaneceu na setlist da curta turnê promocional do álbum hours… e, no início dos anos 2000, David e o produtor Mark Plati compilaram uma lista de algumas das primeiras músicas de Bowie para regravação.
Supercombo libera single Maremotos, segundo de álbum ao vivo

A Supercombo lançou o segundo single de seu registro ao vivo, inédito, intitulado Ao Vivo Quando a Terra Era Redonda. Maremotos é a canção escolhida para seguir com os trabalhos, iniciados com o lançamento de Bonsai, em outubro. “Maremotos é muito especial pra mim porque, quando a lançamos, estávamos num momento de muita energia e ansiedade pelo disco Adeus, Aurora, que estava por vir”, conta a baixista Carol Navarro. “É uma música que representa muita coisa pra gente e quando ela ‘deixa de ser nossa’ e passa a refletir também o sentimento de outras pessoas, é grandioso demais”, completa. Para aquecer o pré-lançamento, a atmosfera de mistério escolhida para o primeiro single deu lugar a uma homenagem aos fãs, que mandaram diversas mensagens para a banda através de uma ação de um fã clube: os cinco integrantes escreveram à mão algumas das frases recebidas, que contavam “o que a Supercombo já fez por você”, e divulgaram spoilers do vídeo original com as mensagens. O show Ao Vivo Quando a Terra Era Redonda está previsto para ser lançado na íntegra ainda em 2021. A apresentação foi gravada na Audio Club, casa localizada na Zona Oeste da capital paulista, e contou com a presença de mais de dois mil fãs, além de participações especiais de diversos artistas.
Rock in Rio confirma Guns n’ Roses, Måneskin e Djavan; confira datas

O Rock in Rio confirmou o retorno do Guns N’ Roses como headliner do Palco Mundo no dia 8 de setembro de 2022. Ainda no mesmo dia, o Måneskin estreia em solo brasileiro no mesmo palco. Já no dia 10, Djavan abre a noite do Palco Mundo, que já tem confirmado Coldplay como atração principal, além de Camila Cabello e Bastille. Marcado para os dias nos dias 2, 3, 4, 8, 9, 10 e 11 de setembro de 2022, o festival acontece no Parque Olímpico, no Rio de Janeiro. Parceiros de longa data do Rock in Rio, onde realizaram shows inesquecíveis, o Guns N’ Roses está de volta ao festival com seus hits épicos como Sweet Child O’ Mine e Welcome To The Jungle, e as recém-lançadas ABSUЯD e Hard Skool. A banda fecha a noite no Palco Mundo sob o comando do vocalista ícone da banda, Axl Rose, que será acompanhado por Slash na guitarra, Duff McKagan no baixo, Richard Fortus na guitarra, Frank Ferrer na bateria, e os tecladistas Dizzy Reed e Melissa Reese. Os italianos do Måneskin, uma das atrações mais pedidas pelos fãs da Cidade do Rock, que recentemente ganhou o prêmio de Melhor Grupo de Rock no MTV EMA, farão uma apresentação inédita no Brasil, também no Palco Mundo, logo antes do Guns N’ Roses. No setlist, o público pode esperar pela canção de sucesso Beggin, que já possui mais de 770 milhões de reproduções no Spotify e chegou ao topo das paradas de rádio nos Estados Unidos, além de seus últimos lançamentos como I Wanna Be Your Slave e Mammamia. Responsável por abrir a noite no Palco Mundo no dia 10 de setembro, o cantor Djavan, ícone da cena musical brasileira e que passa por diversos estilos musicais em seu repertório, entre eles o jazz, o blues, o pop, o samba e a música flamenca, vai encantar o público com os seus hits Sina, Flor de Lis, Se…, Eu Te Devoro, Oceano, Samurai e Meu Bem Querer, entre vários outros. Curiosamente, não será a estreia do cantor no festival. Embora a edição de 2022 marque a sua primeira apresentação exclusiva no evento, Djavan esteve no Rock in Rio em 1991, quando fez uma participação especial no show de Santana com Oceano e Soweto, ambas canções do artista brasileiro.
Entrevista | Zakk Wylde (Black Label Society) – “O mundo voltará ao normal”

O Black Label Society está de volta! Nesta sexta-feira (26), a banda de Zakk Wylde lançou o seu décimo primeiro álbum de estúdio, Doom Crew Inc. O sucessor de Grimmest Hits (2018) conta com 12 faixas, que soam como um tributo ao “primeiro a sangrar, o último a sair” da banda. E com guitarras ainda mais técnicas de Zakk. Em resumo, as canções são odes à celebração e luto, as trilhas sonoras de noites de júbilo e dias confusos, gravadas no estúdio caseiro de Zakk, o Vaticano Negro. Neste álbum, Zakk troca solos e partes de guitarras gêmeas com Dario Lorina, apoiado pelo estrondo do baixista de longa data, John “J.D.” DeServio, e o poderoso baterista Jeff Fabb. Zakk conversou com o Blog n’ Roll via Zoom e explicou mais sobre o conceito do álbum, além de algumas histórias curiosas de sua carreira. O quão diferente foi gravar Doom Crew Inc.? Como foi o processo de criação dessas canções? Não foi diferente de fazer qualquer um dos outros álbuns. Quero dizer, minha esposa me disse que teríamos cerca de um mês antes dos caras chegarem para a gravação, então simplesmente comecei a trabalhar. Fui para a academia, liguei meu amplificador, comecei a escrever… Quero dizer, basta você se inspirar e começar a escrever, sabe. Não foi diferente. Gosto de passear com os cachorros à noite e ouvir música. Enquanto estou andando com eles se eu ouvir algo suave e me inspirar, me sento atrás do piano, começo a escrever e então temos outra música. Algumas faixas surgiram assim na minha carreira, como Farewell Ballad. Essa escrevi quando estava trabalhando para uma revista de guitarras. Eu estava fazendo uma peça solo, então escrevi essa progressão, e isso se tornou a Farewell Ballad. Foi assim que as coisas aconteceram nesse álbum também. Mas, quero dizer, no que diz respeito à gravação do álbum, eu fiz todas as guitarras antes mesmo dos caras chegarem. Todas as guitarras que você ouve já estavam prontas antes mesmo dos caras colocarem a bateria e o baixo. Você chegou a declarar que o “novo álbum é um álbum de duas guitarras, guitarras gêmeas, algo como Allman Brothers ou Judas Priest”. Qual é o tamanho do peso dessas guitarras em Doom Crew Inc.? Só acho que dá outro sabor à sopa, sabe? E o Dario (Lorina) é demais. Ele é um guitarrista incrível e também toca piano … podemos dizer que ele lava pratos, ele lava roupa, ele na verdade faz uma batata com frango incrível, ele é demais. Set Your Free foi o primeiro single revelado por vocês do Doom Crew Inc. E o videoclipe é algo muito nonsense. Queria que você comentasse um pouco sobre essa produção. Qual foi a ideia da produção? Bem, Justin Rick, que é nosso diretor de vídeo, está conosco desde 2014. Ele é a base da banda, o diretor da Black Label Society, então eu disse: “sigam o Justin”. Eu só queria fazer um vídeo que capturasse meu baile de formatura, em 1985, na Jackson Memorial High School, em Nova Jersey. Então, basicamente foi isso. Estávamos vestidos como a banda, e a única coisa diferente foi que colocamos ela em preto e branco, mas no que diz respeito aos sais de banho e os caras rasgando os testículos no final do vídeo… aconteceu tudo isso, eu estava lá. Chorei da primeira vez, e quando vi esse vídeo, chorei de novo (risos). Doom Crew Inc. é a trilha para a retomada da vida após esse período de isolamento social? Oh, é isso. Ou algumas pessoas vão ouvi-lo e dizer: “este álbum é tão terrível que nem quero mais estar aqui. Só quero acabar com tudo” (risos). Não, quero dizer, porque as pessoas falam sobre a influência da pandemia ou sei lá o quê. Mas, para mim teve um lado bom. Finalmente tive a chance de passar um tempo de qualidade com minha família, sabe? Isso é o que eu recebi durante a pandemia. Passear com meus cachorros, passar tempo com minha família, pegar meu filho na escola e depois ir para suas aulas extras, e ser capaz de fazer coisas que normalmente não faço, porque estou na estrada o tempo todo, então quando estou em casa são as férias. Eu realmente aproveitei meu tempo em casa. Esperançosamente, em breve, o mundo voltará ao normal. Vamos chutar o traseiro e todo mundo vai se divertir, ir para shows e fazer coisas que amamos fazer. O que você escutou nesse período que ficou mais em casa? Escuto tudo. Ouço Allan Holdsworth, orquestra, Robin Trower… Eu também ouço estações de rádio, onde você conhece todos esses artistas incríveis que você nunca ouviria. Mas ouço de tudo, desde Flock of Seagulls à orquestra Maha Vishnu, Joe Pass, Scott Henderson, Steve Morris, The Drags… você sabe, apenas ouço um monte de coisas assim. E, claro, todos os meus discos de rock clássico que adoro, como Zeppelin, Sabbath e Elton John. Ouço quase tudo! Animado para voltar a estrada? Brasil está no radar do Black Label Society? Sim, sem dúvida, se pudermos tocar no Brasil será ótimo. Acabei de ver que o Guns n’Roses cancelou um monte de shows no México ou algo assim, então não sei como será. Mas se tudo estiver aberto, é claro que vamos tocar aí. Faremos o Hell Fest na Europa, isso é certo. Se as coisas não forem canceladas, nós vamos tocar, e estamos empolgados para isso. E como ficam seus projetos paralelos? Pretende retomar algum deles? Estou focado apenas na Black Label Society agora. Nós apenas fizemos este álbum e então fizemos vários vídeos para isso. Agora, estamos nos preparando para os ensaios da Black Label, acho que temos Paul Abdul vindo para trabalhar conosco em novos movimentos de dança para a nova turnê. Já temos shows marcados para 1 de outubro a 22 de novembro. E temos um de Natal, em 26 de dezembro, e outro na véspera de ano novo, no Arizona. Estou ansioso por tudo isso. Recentemente,
Entrevista | The Driver Era – “Música é só um reflexo do que está acontecendo”

Formado pelos irmãos Ross e Rocky Lynch, o duo The Driver Era lançou, recentemente, Girlfriend, seu aguardado segundo álbum de estúdio. Aliás, o sucessor do disco de estreia é mais experimental, passando por gêneros como o R&B e o pop. Ross, aliás, é conhecido também pelo seu trabalho como ator. Se destacou nas séries Austin & Ally (Disney) e O Mundo Sombrio de Sabrina (Netflix), onde interpretou Harvey Kinkle. The Driver Era, aliás, tem data agendada no Brasil. A dupla remarcou seu show para 21 de maio de 2022, no Cine Joia (Praça Carlos Gomes, 82 – Liberdade), em São Paulo. Os ingressos estão à venda e custam R$ 130,00 (meia) e R$ 260,00 (inteira), no site da Livepass. A dupla The Driver Era conversou com o Blog n’ Roll sobre o lançamento de Girlfriend e comentou como é trabalhar em família. Confira abaixo. Girlfriend é um álbum inteiramente produzido por vocês. Quais são as vantagens de trabalhar dessa forma? Se sentiram mais confiantes para fazer isso no segundo álbum? ROSS: Tem muitas vantagens… ROCKY: A principal vantagem é que, com certeza, você pode fazer o que você quiser. As possibilidades são infinitas. ROSS: É um ambiente completamente livre, obviamente nós trabalhamos juntos por tanto tempo, nós crescemos juntos e temos gostos e ideias parecidas sobre o que é o Driver Era. Então, realmente funciona bem para nós. ROCKY: Nós nos preparamos até o ponto de conseguirmos produzir o álbum inteiro sozinhos. Porque no último álbum nós produzimos a maioria dos últimos lançamentos, acho que foram cinco. Acho que foi um EP ou algo assim, e foi quase totalmente produzido por nós. Portanto, fomos chegando nisso aos poucos, até chegarmos ao ponto de nos sentirmos autossuficientes. Foi divertido fazer desse jeito. Nós podemos ir até Vancouver rapidinho e voltar… podemos fazer o que quisermos. ROSS: É um ótimo fluxo de trabalho, funciona muito bem. Como foi o processo de criação de Girlfriend? O que pesou na hora de compor? Qual mensagem que vocês querem passar com esse álbum? ROSS: O processo foi bem longo. Viemos trabalhando nesse álbum por um longo período. Para falar a verdade, começamos a trabalhar nele antes mesmo de saber se queríamos que fosse um álbum. Acho que no começo pensamos que íamos soltar singles, depois mais singles, porque é a maneira como as pessoas consomem música hoje em dia. Pela primeira vez nós tínhamos um monte de músicas quase prontas… nós ficamos muito animados e queríamos fazer um disco. É quase como um diário. A música para a gente é só um reflexo do que está acontecendo. Então chamamos de Girlfriend por um monte de motivos, mas um deles é porque nós temos namoradas e aprendemos muito com elas e sentimos que todos têm muito a aprender com elas também. ROCKY: É sobre descobertas. Esse é o tipo de tom sublinhado nas mensagens de muitas de nossas músicas. É apenas tentar encontrar um lugar mais preciso para todos os sentimentos e tentar apenas revelar o que está escondido em qualquer forma… Toda vez que eu escrevo uma música, sempre estou fazendo isso. Falando um pouco sobre as influências de Girlfriend, o que vocês escutam normalmente e pode ter tido alguma influência nesse trabalho do Driver Era? ROSS: Ultimamente eu tenho ouvido vários artistas. É que tem tantos grupos e artistas incríveis lançando música o tempo todo no Spotify. Então é difícil apontar uma influência ou inspiração específica. ROCKY: Eu acho que o nosso estilo de produzir é influenciado por tudo que já ouvimos desde os 6, 7 anos. Desde de muito jovem algo que ouvia foram os primeiros álbuns do Eminem. Acho que comecei a gostar por causa da produção. Ampla influência do R&B, hip hop, entre outros. Trabalhar com o irmão é mais fácil? Como separar o pessoal do profissional na hora de entrar no estúdio? É tranquilo? ROSS: Eu realmente gosto de trabalhar como irmãos. ROCKY: Eu realmente gosto deste cara! Risos. ROSS: É, funciona bem para nós. Veja é tudo música. Billie Eilish e Finneas (O’Connell). Kings of Leons são irmãos e primos, Jacksons Five, eu não consigo pensar em todas as grandes combinações de irmãos da música, mas definitivamente tem uma conexão aí para muitas pessoas, com a gente incluído, para a música e membros de uma família. Mas funciona super bem para a gente… nós moramos juntos, então podemos trabalhar nas nossas coisas o tempo todo. Somos bem parecidos e nos damos muito bem. Nós amamos isso! Às vezes mostrar as músicas para o resto da família é um pouco deprimente porque eles têm uma grande influência porque eles são importantes para nós, mas nem sempre compartilhamos o mesmo gosto (musical). Então às vezes isso é meio assustador para mim. Mas geralmente eles gostam. Vocês têm mais irmãos? ROSS: Sim. Somos eu e o Rocky e também moramos com o nosso irmão mais novo, Ryland. E a nossa irmã mais velha, Rydel vai tocar o teclado na nossa tour e o Riker, nosso irmão mais velho, toca baixo e ele também fez o nosso último vídeo clipe. Ele fez a direção. Seus pais também são músicos? ROSS: Não, eles só deram esse apoio desde o início. Ross tem uma carreira como ator e alguns trabalhos de destaque, como na série O Mundo Sombrio de Sabrina. Isso é algo que te anima também, Rocky? Ou seu tempo é todo para a música? ROCKY: No nosso último videoclipe tinham algumas cenas de ação. Eu pensei que incrível. Nós viemos para Los Angeles para fazer de tudo e mais tarde eu percebi que gostava muito de música. Mas nesse videoclipe estava me divertindo continuamente tentando falar frases simples da maneira mais natural possível. Não me vejo tentando ser ator neste momento, mas eu achei divertido… vamos ver. Como você faz para dividir seu tempo entre atuar e tocar, Ross? Tem mais alguma novidade por vir na sua carreira como ator? ROSS: Eu não tenho nenhum projeto agora. Eu tento fazer apenas as