El Negro aposta no electro rock em Você Dançou

O electro rock assume o controle na nova música do duo gaúcho El Negro, Você Dançou. É o quarto single do disco Como um raio silencioso que antecede o trovão, que sai em 2022 pelo selo Toca Discos. Você Dançou é a perfeita sinergia do seu habitual desert rock com a música eletrônica. Entre riffs e beats, o duo fala de percepções e viagens sobre a pista de dança. A produção é dirigida por Luís Floriano e Leonardo Savaris, em que a El Negro explora as pistas de diversas casas noturnas de Porto Alegre que estavam paradas durante o período mais crítico da pandemia. “A pista de dança é um disfarce para os problemas do mundo real. É um lugar onde a felicidade reina e que revela perspectivas sobre nós mesmos”, comentam Leandro Schirmer (bateria) e Mumu (vocal/guitarra). “Isso parece um sonho/Vejo nossas pegadas nas areias do tempo. É bom estar ao seu lado/Como se o vento soprasse no meu caminho”, cantam no refrão do single com letra em clima dylanesco, um convite para se entregar às batidas fortes entre guitarras lisérgicas e sutis teclados setentistas. “A gente queria fazer uma mistura que fosse um petardo sonoro, entre a música eletrônica e o rock. Algo que tivesse características do século 21, mas sem deixar de lado os riffs, afinações baixas e slides que são características da banda. Ter assistido o show dos ingleses do Kasabian, foi uma grande influência para que essa mistura acontecesse com todos esses elementos”, destacam Mumu e Leandro. Por fim, outra curiosidade é que a música tem quase sete minutos de duração, o que é uma característica das faixas eletrônicas.

Guinebissau mistura stoner, jazz e punk no EP de estreia

O duo paranaense Guinebissau, formado por Thiago Franzim e Douglas Labigalini, dois músicos das bandas Red Mess e Aminoacido, entre outras tantas, mistura do stoner ao jazz e do punk ao country nas cinco músicas do EP de estreia, Talvez pode ser quem sabe. O registro está disponível nas plataformas de streaming via Abraxas Records. Nascido sem muitas pretensões na casa da Dona Cida, o Guinebissau fez do porão da vó um estúdio improvisado. Em resumo, com microfones emprestados, bateria remendada, guitarra suando, calor de janeiro, ventilador no máximo. Durante três dias, em meio às fotos de família que vão dos anos 50 aos 90, surgiram os primeiros sons do que é o Guinebissau. Aliás, o duo se intitula um projeto stoned punk psycho smooth country jazz rock. A faixa título do EP ganhou videoclipe com direção de Gabriel Lemes.

Typhoons: Royal Blood finalmente anuncia detalhes de seu terceiro disco

O Royal Blood encerrou o mistério que rondava suas redes sociais nas últimas semanas ao anunciar o seu terceiro álbum em estúdio. Em resumo, o novo trabalho do duo britânico será apresentado no dia 30 de abril. Intitulado Typhoons, o disco terá 11 faixas. Vale lembrar que o primeiro single do trabalho já foi lançado. Trouble’s Coming foi o primeiro lançamento da banda em três anos. Aliás, a sexta-feira (22) também contou com a divulgação da faixa-título do projeto.

Royal Blood mostra novas inspirações em primeiro single de novo álbum

Com novas inspirações, o Royal Blood surpreendeu com Trouble’s Coming, seu mais novo single lançado nesta quinta-feira (24). A faixa é o primeiro registro do próximo álbum da dupla, que vai chegar em 2021. Em resumo, a faixa mantém a idéia do grupo de fazer um som bem pesado com apenas baixo e batéria, contudo, agora o conjunto também flerta com o groove. “Quando estouramos, havia apenas dois elementos na banda. Eu não tinha apenas que carregar a batida, eu tinha que colorir as mudanças. Ambos carregávamos muita carga, sonoramente. Mas este foi um desafio diferente; menos variado, talvez, mas tão satisfatório como baterista”, disse Ben Thatcher.

Duo 68 divulga data de lançamento do EP Love Is Ain’t Dead

O duo 68 trouxe diversas novidades, a primeira delas é que o grupo apresentará um novo EP nesta sexta-feira (4), intitulado Love Is Ain’t Dead. Em resumo, a dupla também trouxe um clipe da faixa Bad Bad Lambo. Ademais, esta é a primeira safra de novas canções do 68 desde o lançamento de Two Parts Viper (2017). “Scogin escreveu três novas canções e estava ansioso para gravá-las. Raskulinecz estava disponível e a banda gravou todas em uma semana. Não é um álbum, mas é mais legal do que uma parada normal”, disse Josh Scogin. Ainda foi confirmado que o novo projeto contará com 4 faixas inéditas.

Entrevista | 2DE1 – “Precisamos nos unir para construir uma rede de apoio”

O gêmeos do 2DE1 posam para foto.

A vida dos santistas Felipe e Fernando Soares se cruzou na barriga da mãe. Até o sétimo mês da gestação, ela acreditava que em seu ventre havia um único bebê. Os dois corações se sincronizavam, ecoando uma mesma batida. Com esta simbologia, surgiu assim o nome da dupla: 2DE1. A carreira começou no quadro infantil Novos Talentos, do programa televisivo de Raul Gil em 2007. Com 13 anos, os gêmeos cantaram a canção Que Nem Maré, de Jorge Vercillo. Retornaram ao programa com 15, fazendo várias aparições por um ano e meio e alcançando uma boa visibilidade. Posteriormente, em 2014, se lançaram como 2DE1 com um EP homônimo de seis faixas, que foi inserido na trilha sonora da websérie “O Lar de Todas as Cores”. Iniciaram seu som no black music e no R&B, mas foram se moldando com o tempo (e com os discos). Suas influências são Amy Winehouse, Silva, Tulipa Ruiz, The Weekend e Cauby Peixoto. Em seu perfil no Spotify, ainda criaram duas playlists recheadas de canções originais: Fazendo o secso com amorzinho e Lidando com a Ferida. No palco, os dois fazem uma bela apresentação performática. Fernando se torna a drag queen Triz e toca violão e sintetizador. Felipe também não deixa de lado a maquiagem e os figurinos exóticos, tocando vários intrumentos, como guitarra e piano. Ao lado de um baterista e backing vocals, o 2DE1 não desfoca o espetáculo visual. Transe Com o selo da produtora musical Freak, o disco de estreia foi lançado em 2017. Transe é composto por canções de autoaceitação, afeto, amor e liberdade, com um toque de eletrônica e pop. Sua divulgação foi criativa: a agência AKQA – SP, ao lado da dupla e da Freak, cuidou da identidade visual e da panfletagem de Transe. Nos folhetos, haviam trechos das canções do álbum e um link que levava o usuário a tirar uma selfie, podendo assim ouvir as canções e descobrir a fonte de inspiração para as frases da campanha. O sistema exibia uma imagem dividida com a foto de outro usuário que acessou a mesma mensagem. Para ressaltar o discurso do álbum, a ação atingia pessoas que se identificassem com o desejo de liberdade pessoal, incluindo no amor e no sexo. Como resultado, mostravam que independente de qual seja a sua orientação sexual, você nunca estará sozinho. Esqueça isso de que amor livre é putaria ou bacanal, a gente está falando da liberdade de amar, quem, como, quantas pessoas quiser. Liberdade de ser. 2DE1 Ferida Viva Influenciado ainda mais pelo R&B, o último álbum do 2DE1 foi lançado em 25 de outubro de 2019 e simboliza a nova fase da dupla. Com os sentimentos expostos, Ferida Viva traz mais do que nunca a conexão entre os irmãos. Suas canções abordam “do medo à ansiedade, dos romances à solidão”, sendo inteiramente produzido por Felipe. Já a direção criativa ficou por conta de Fernando. O disco conta com parcerias como Jup do Bairro na faixa Caju e Natália Noronha, vocalista da banda Plutão Já Foi Planeta, cantando na faixa Desencontro.  Em entrevista ao Blog n’ Roll, o 2DE1 comenta sua evolução musical, principais desafios da carreira e sua participação no Juntos Pela Vila Gilda. Mesmo parecidos fisicamente, isso ocorre nos gostos e personalidade também? Quais as principais distinções entre vocês? Nós temos muito mais similaridades do que diferenças. Morar juntos, trabalhar juntos, sair juntos e a forma de enxergar a vida fazem com que nos pareçamos muito. De qualquer forma, temos sim nossas diferença. O Fernando por exemplo é o letrista da banda, o Felipe o produtor musical, a gente acaba dividindo bem as funções no que cada um faz melhor. Ou até mesmo a diferença na orientação sexual, por exemplo. Fernando é gay, Felipe hétero. Sentiram alguma dificuldade em crescer musicalmente na Baixada Santista? Se sim, qual? Santos é nossa cidade natal, onde aprendemos muito e crescemos como artistas, mas ainda assim é uma cidade com menos recursos e mais distante de lugares que precisamos conviver no dia-a-dia para a construção da nossa carreira. Por isso estamos em São Paulo. Por ser uma capital, permite um maior volume de contatos. A menor distância de estúdios, produtoras e eventos facilita que a gente more aqui. Durante a pandemia, vocês lançaram o clipe de Beijo Grego e Vício Desmedido em parceria com Ton Alves. Além disso, como têm se reinventado nesta época? Confessamos que está bem complicado lidar com a pandemia, não conseguimos tirar muita inspiração desse momento que é definitivamente ruim. Então temos nos dado um tempo pra produzir as coisas com calma e paciência, respeitando nosso tempo de criação. Mas o fato é que estamos em casa, juntos, e disso acabam surgindo algumas ideias, como o clipe de Beijo Grego, ou a série #BrisaNossaSessão. Tudo isso pra tentar desafogar um pouco dessa sensação ruim que a pandemia e o isolamento social proporcionam. O 2DE1 irá participar do Juntos Pela Vila Gilda. Como vocês enxergam a importância de projetos beneficientes para a Baixada Santista? A gente acredita que a pandemia acaba por acentuar as situações de vulnerabilidade das pessoas, e precisamos nos unir para construir uma rede de apoio, como o projeto Juntos Pela Vila Gilda. Projetos como esse permitem uma ajuda paliativa para esses momentos de aprofundamento da crise. Queremos sim falar sobre o futuro próximo, sobre mudanças no sistema, que é o que a gente vem bradando e lutando para, mas pra falarmos sobre futuro é preciso também estarmos vivos. Por isso esses projetos são tão relevantes em momentos como esse.

Entrevista | Marcos Canduta – “O artista pode ajudar com seu trabalho”

Marcos Canduta

Marcos Canduta e Débora Gozzoli atuam na música há dez anos e são presença confirmada no Juntos Pela Vila Gilda. A dupla se consagrou na cena musical da Baixada Santista com seu Choro de Bolso, cheio de canções poéticas. Em destaque, assinam o álbum Canções de Amor Caiçara, com Manoel Herzog e participação de Chico Buarque e Zeca Baleiro, feito em homenagem a Santos. Atualmente, durante a pandemia, as apresentações do duo têm acontecido por meio de lives na conta oficial do Choro de Bolso. Elas acontecem sempre às sextas-feiras, às 18h30. Em entrevista ao Blog n’ Roll, Marcos Canduta fala sobre o início do projeto, trabalho com as plataformas digitais em tempos de pandemia e a importância de eventos sociais como o Juntos Pela Vila Gilda. Como surgiu o projeto Choro de Bolso? Trabalhando com música, lá se vão 38 anos, e o Choro de Bolso surgiu tem cerca de 17 anos, quando começamos a nos apresentar na livraria Realejo às sextas-feiras. Você é autor de vários discos, compositor e violinista. Em qual meio gosta mais de atuar? Na verdade gosto de tudo; adoro sentar e escrever arranjos, pra depois ouvir o resultado no disco ou no palco. Adoro compor, escrever música, coisa que faço quase todo dia. Gravar é outra  coisa sensacional. Tem muita gente que odeia gravar, pela tensão que gera, mas eu fico feliz cada vez que entro no estúdio e fico ali horas por uma música (risos). O palco talvez seja um dos lugares que eu mais goste de estar: quando você está num teatro, com um público bacana, é o paraíso na Terra. Nessa pandemia você tem feito lives frequentes nas redes sociais. Como as plataformas digitais tem ajudado seu trabalho? As lives se mostraram uma ferramente muito legal, tanto para os artistas quanto para o público. Estamos gostando muito do resultado delas. Aumentamos nosso público, com muitas pessoas de outras cidades, estados e até gente em outro países participando. Eles não teriam oportunidade de nos assistir tocando ao vivo. A ideia, inclusive, é continuar com as lives no pós-pandemia. O que você espera da participação no Juntos Pela Vila Gilda? Eu e Débora estamos muitos felizes em participar. Acho que esse tipo de ação deveria acontecer sempre. O artista, seja de qual área for, pode ajudar bastante com seu trabalho, como na Vila Gilda. O Choro de Bolso estará presente no dia 25, completando o lineup do primeiro dia de evento.