Entrevista | Edgar – “Minhas letras vêm do âmago”

Edgar Pereira da Silva é poesia pura. O rapper paulista nascido em Guarulhos tem uma aura de cidadão do mundo crescente, que torna seu rap ainda mais voraz. Em compromisso com a exposição da realidade, Edgar mescla sensações num material criativo, contemporâneo e colorido até nos sons. Seu álbum mais recente, Ultrassom (2018), trata de temas sociais vívidos. Com 10 faixas, todos os textos são sentidos à flor da pele. “Vem da minha vivência, dos lugares que passei, de tudo que vou atravessei. As letras vêm do âmago”. Apesar de cada letra ter uma entonação diferente, o artista não se vê fazendo essas escolhas. “Eu não sei explicar, não tenho uma técnica teatral, um nome específico, não estudei isso. É uma fita bem do autor, mesmo”. “Eu leio diversas vezes pra canalizar, decorar, e vou percebendo as coisas. Se é debochado, se tem raiva, é mais uma energia que tenho que transmitir pras pessoas se contagiarem do que uma dramaturgia”. Tento ser autêntico nisso, porque é uma parada de sentimento. A música pede e eu entrego Edgar sobre a entonação de suas letras Ideias interligadas As ideias fluem como nômades, sem um destino final. Cada tema abordado em Ultrassom, desde a morte de Marielle Franco até a problemática do plástico, tem caminho próprio. Assim como as músicas, cada performance leva rumo distinto. “Eu tenho percebido que as performances que tenho proposto abrangem mais o ecológico, o meio ambiente, mas ficam numa linha tênue do começar a ajudar logo. Elas têm um estágio de subir no palco e mudar isso”. “Eu estouro o plástico com a boca e peço pro público ajudar a tirar. ‘Tem uma hora que só a plateia pode ajudar o artista, preciso de vocês’, e eles vêm. A performance rompe essa linha entre palco e plateia, e é como se o show fosse no plateia”. A sinergia com o público é parte fundamental de sua performance, quebrando até mesmo as barreiras do diálogo. Esta ideia surgiu especialmente quando Edgar foi para a França, participar do Festival MaMA, em Paris, em outubro do ano de 2018. O toque, o tom e a performance “Quando eu fui pra França, as pessoas não entendiam o meu idioma, então eu tinha que achar uma forma deles entenderem que eu tava falando de plástico, de excesso, sem usar palavras. Era um jeito que conseguia trazer uma reação nas pessoas”. Esta foi a primeira experiência internacional do artista, que embarca em breve para o mesmo país. Cada local é uma nova sensação, assim como cada show forma uma apresentação diferente. “Se o lugar é mais intimista, a performance é mais potente. Quando é festival, tem uma pegada mais pra cima – boa noite, começo, meio e fim, pra fazer render. O Edgar solo é uma parada que me acompanha desde que eu nasci (risos), então é uma coisa natural”. Visual e som se misturam em tudo. Na verdade, a estética de Edgar é tão única que você escuta visualizando. Cada detalhe é estudado com precisão cirúrgica. “O visual gosto de estar alternando, no sentido de ter que ser cada vez mais uma puxada de diferentes roteiros. Dá pra fazer outras linguagens, que funcionam bem, dar uma fugida do padrão”. “Sonoramente a estética já é mais solidificada, a gente sabe o que quer. Na sonoridade não fica elegante mudar o tempo todo, como temos feito com esse som mais hi-tech, tecnológico, moderno”. Edgar e seus encontros musicais A projeção além do universo hip hop permitiu que Edgar fizesse trabalhos distintos. Entre eles, uma participação no álbum Deus é Mulher (2018), de Elza Soares. A canção escolhida foi Exu nas escolas, composta por Kiko Dinucci e agitada no rap de Edgar. “A Elza Soares, madrinha, é maravilhosa. Amo, quero, sou! Foi muito mágico!”, conta Edgar. Além da canção, Edgar foi convidado especial de Elza em sua apresentação no Rock in Rio. Subiu para cantar Blá Blá Blá, em meio ao protesto político onde bradou “o futuro é um presidente com medo de nós”, em alusão ao seu discurso em Plástico. Outra participação foi com Baiana System e Curumin, na faixa Sonar, em O Futuro Não Demora (2019). “Ali é família, galera é muito amor, fazer alguma coisa com eles foi maragnífico, de maravilhoso e magnífico mesmo, nossa”. A admiração é mútua, e Edgar arranca elogios. “Majestoso, né? Uma qualidade impecável de voz. Foi um convite muito honroso”. Lollapalooza 2020 “Não tenho dinheiro pra isso não (risos). Nunca nem fui, fora da minha realidade”. O convite para participar do Lolla traz a primeira oportunidade de estar no festival. “Preciso ver o local do show, é mais fácil de trabalhar o espetáculo. Se eles tiverem uma projeção simultânea igual do Rock in Rio, consigo fazer uma performance pra todo mundo ver”. As várias trocas de palco e escolhas de repertório ainda estão em pauta. Outra coisa que ainda não está certa é sobre os artistas que vai assistir. “É tanta gente que eu não consigo nem ver! Nem deu tempo de pensar. Tem que ser por partes”, brinca.
Kylie Minogue abre lineup do GRLS! Festival

A cantora australiana Kylie Minogue é a primeira atração confirmada do GRLS! Festival. Ela foi escolhida como headliner não só por sua música, como também pela incrível personalidade e representatividade. Em 2005, Kylie Minogue declarou ao mundo que foi diagnosticada com câncer de mama. Por meio de sua história, ela ajudou a conscientizar várias mulheres a fazerem exames preventivos, assim como serviu de apoio a vítimas da doença. Com 14 álbuns de estúdio lançados, Minogue é uma das artistas de maior sucesso do Reino Unido. A cantora recebeu uma Ordem do Império Britânico em 2008 da Rainha Elizabeth II, concedida por seus serviços pela música. Minogue ainda é detentora de inúmeros prêmios da indústria. A última vez da artista no Brasil foi em 2015, como parte do amFAR Inspiration Gala, em São Paulo. O evento beneficente arrecadava fundos em prol de vítimas da AIDS. Mesmo com a divulgação da cantora como parte do lineup, ainda não há mais detalhes sobre a programação, mas as informações serão divulgadas em breve. O GRLS! Festival é o primeiro evento nacional disposto a ser 100% por e para mulheres, evidenciando a importância de diálogos e reflexões. O festival acontece em 7 e 8 de março de 2020, no Memorial da América Latina, em São Paulo.
Lollapalooza 2020 tem lineup definido; confira!

Com Guns n’ Roses, The Strokes, Lana Del Rey e Travis Scott na linha de frente, o festival anunciou o lineup completo da edição 2020. Ao todo são 71 artistas na programação do Lollapalooza 2020. Entre as novidades, estão a banda punk britânica IDLES, Gwen Stefani, Rita Ora e o consagrado DJ Armin van Buuren. Kacey Musgraves, Martin Garrix, Yungblud e Lauv também estão entre os destaques da programação. O evento acontece entre os dias 3 e 5 de abril, no Autódromo de Interlagos, em São Paulo. Atualmente é o maior festival de música anual do Brasil. Dos nomes no topo do cartaz, vale destacar que Guns n’Roses e The Strokes podem vir com álbuns novos. Nas últimas semanas muito foi dito nesse sentido. Caso confirme, será portanto o primeiro disco de inéditas de Axl Rose e companhia desde o retorno de Slash e Duff McKagan, membros da formação original. Travis Scott, atualmente um dos nomes mais fortes do rap norte-americano, chega embalado pelo documentário Voando Alto, recém-lançado pela Netflix. Os últimos dias, no entanto, não foram tão felizes para o texano, que se separou da celebridade Kylie Jenner. Os ingressos já estão à venda e custam entre R$ 722,50 e R$ 1.700,00 pelos três dias. Mais informações pelo site do Lollapalooza. Confira o lineup completo do Lollapalooza 2020 abaixo:
Rock in Rio terá venda extraordinária de ingressos

Mais uma chance para os fãs de música curtirem o festival de pertinho. Hoje, às 19 horas, o Rock in Rio começa uma venda extraordinária de ingressos para todos os dias. O motivo da abertura vem dos boletos bancários em débito. Muitas das reservas feitas não foram finalizadas, portanto, sem os pagamentos efetuados, a organização colocou ingressos remanescentes à venda. Não há informações sobre a quantidade de ingressos. Mas para garantir essa última chance, é só ficar atento ao site do Rock in Rio via Ingresso.com. Não esqueça de conferir o melhor dia para ir na line-up do evento!
Santos Jazz Festival 2019 anuncia lineup completo

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Warped Tour: o maior festival itinerante de punk começa domingo

Punk Rock Bowling invade centro velho de Las Vegas

De casa nova, Epicenter tem Korn, Foo Fighters e Tool como headliners
