Morre João Vicenti, gaiteiro e tecladista da banda Nenhum de Nós

O músico João Vicenti Vieira dos Santos, gaiteiro e tecladista da banda gaúcha Nenhum de Nós, morreu na noite de terça-feira (26) aos 58 anos, vítima de câncer no rim. Ele estava internado no Hospital São Lucas, em Porto Alegre. A morte foi informada pela banda, por meio de nota oficial. “Este é um momento de profunda tristeza para todos nós”, diz o comunicado. Formada em 1986, a banda Nenhum de Nós é famosa pelos hits Camila Camila e Astronauta de Mármore, versão para Starman, de David Bowie. A agenda de abril do Nenhum de Nós tem shows marcados em cidades do Rio Grande do Sul e em Nagoya, no Japão, em um evento fechado. Para maio está prevista uma turnê nos Estados Unidos. O velório de Vicenti aconteceu nesta quarta-feira (27), das 10h às 18h, no Crematório Metropolitano, em Porto Alegre.

Wayne Kramer, fundador do MC5, morre aos 75 anos

O músico americano Wayne Kramer morreu nesta sexta-feira (3), aos 75 anos, devido a um câncer no pâncreas. A notícia de sua morte foi publicada em seu perfil no Instagram. “Ele será lembrado por iniciar uma revolução na música, na cultura e na bondade”, afirma a nota postada no Instagram do americano. Kramer foi um dos fundadores do MC5, grupo de rock no qual foi guitarrista entre as décadas de 1960 e 1970. A banda ficou conhecida como “proto punk”, por influenciar uma onda de artistas no estilo punk. Em 1975, Kramer chegou a ser preso por tráfico de drogas e ficou na detenção por dois anos. Depois, tocou com artistas e bandas como GG Allin, Was (Not Was) e Rage Against the Machine. Em 2005, veio ao Brasil com o MC5, para um show histórico no Fábrica Lapa, em São Paulo, dentro da programação do Campari Rock.

Morre Shane MacGowan, vocalista e compositor da banda The Pogues

Shane MacGowan, vocalista e compositor da banda The Pogues, morreu aos 65 anos. A informação foi divulgada pela família do músico nas redes sociais. A esposa de Shane MacGowan, Victoria Mary Clarke, lamentou a morte nesta quinta-feira (30). “Shane sempre será a luz que mantenho diante de mim, e a medida dos meus sonhos, e o amor da minha vida”. De acordo com o The Guardian, Shane foi hospitalizado em dezembro de 2022 com encefalite viral. Em 2023, ele precisou ficar meses em terapia intensiva. Nascido em Kent, Shane é filho de pais irlandeses. Ele foi o responsável por mudar a música na Irlanda, e incluí-la na cena do rock com o The Pogues. Uma das músicas mais famosas da carreira do artista é Fairytale of New York.

Hélio Mariano, baterista do Blow Up, morre em Santos

Baterista do Blow Up, uma das maiores bandas da história do rock santista, Hélio Mariano Ferreira, o Helinho, morreu aos 73 anos, nesta quinta-feira (2), em Santos. O músico estava internado na Santa Casa de Santos desde o dia 16 de outubro, quando precisou passar por uma cirurgia cardíaca. Desde então diversas campanhas por doação de sangue ocorreram nas redes sociais. A confirmação da morte veio através de postagem de Sérgio Dias, ex-colunista do Blog n’ Roll e amigo de Hélio. O velório do baterista terá início nesta quinta-feira (2), às 18h, no Salão Nobre A da Santa Casa. A despedida se mantém até 10h de sexta-feira (3), quando o corpo do músico será levado ao Cemitério Memorial de Santos. Desde os anos 1960 embalando os bailes da região, Hélio Mariano, do Blow Up, sempre foi conhecido por um estilo próprio de tocar bateria. “O fundamental para a minha longevidade na carreira foi a disciplina profissional e o amor à música. Sou muito feliz com a profissão. Com ela formei minha família, criei e formei meus filhos”, declarou ao Blog n’ Roll, em uma entrevista há oito anos. Blow Up, a banda do Hélio Mariano Quinta maior banda da história do rock santista, segundo lista feita por diversas personalidades do rock santista, em 2016, o Blow Up foi o primeiro grupo da região a emplacar uma música em trilha sonora de novela da Globo, foi com Rainbow, em Anjo Mau, em 1976. O Blow Up surgiu em 1965, no bairro do Macuco, como The Black Cats, formado pelos amigos Robson, Hélio, Tivo, Zé Luís, Nelson e Adalberto, como lembrado pelo site Cidade e Cultura. Sempre muito fiéis ao som que escutavam, principalmente os Beatles, os músicos covers dos discos que chegavam do exterior ao Porto de Santos. Na onda da Jovem Guarda, começaram a tocar em bares e clubes da região. A fama local levou os rapazes a se apresentarem no programa Almoço Musicado, de Hugo Santana, na extinta tevê Excelsior. Logo em seguida, conheceram o cantor e compositor mineiro Zegê (mais tarde conhecido por Zé Geraldo), que os convidou a acompanhá-lo em seus shows e gravaram dois compactos pelo selo Mocambo. Três anos depois, por já existir outro grupo com o nome Black Cats, mudaram para Blow Up, baseado em um filme homônimo do cineasta italiano Antonioni. Em 1969, assinaram contrato com a gravadora Caravelle, e gravaram o seu primeiro disco, chamado Blow Up. O álbum mesclava composições cantadas em português, com versões em inglês, como Time Of The Season, da banda Zombies, Let Me, de Paul Revere & The Raiders, My Special Angel da Vogues, entre outras. No ano seguinte foram convidados a participar do filme Se Meu Dólar Falasse, estrelado por Grande Otelo e Dercy Gonçalves. O segundo álbum veio em 1971, conhecido por Expresso 21. Lobão assume o vocal, em substituição a Zé Luís. Estes dois álbuns, hoje em dia, integram as listas dos mais procurados por colecionadores, inclusive internacionais, sendo que o segundo tem sua capa publicada no livro 1001 Records Collector Dreams, do pesquisador austríaco Hans Pokora. Em 1972, a banda lançou um compacto simples, chamado Quem Manda Nesse Mundo É o Dinheiro. O sucesso comercial veio quando o grupo assinou contrato com a Philips. A canção Rainbow, lançada em compacto pela nova gravadora, alcançou as paradas de sucesso, entrou na trilha sonora da novela Anjo Mau da Rede Globo e, com ela, o grupo obteve a primeira colocação no “Globo de Ouro”. A faixa também foi apresentada especialmente no programa Fantástico. Em 1977, gravaram mais um compacto, Pamela Poon Tang. A faixa desse single também faria parte da compilação Sua Paz Mundial — Volume 4. Com um público fiel, que lota todas as suas apresentações, a banda hoje executa — com perfeição — sucessos dos Beatles (sua especialidade) e de outros grandes artistas dos anos 1970, como Creedence Clearwater Revival, Elton John, America, Deep Purple, Bee Gees, e até de grupos mais recentes, como o R.E.M. Nas últimas três décadas e meia, o Blow Up voltou às origens, deixando o repertório autoral de lado e prestando homenagens aos grandes ídolos dos anos 1960 e 1970. Aliás, durante esse período, mas precisamente na segunda metade dos anos 1990, chegou a ter o seu próprio espaço, o Blow Up Club, na Rua Luís Suplicy, no Gonzaga, em Santos. Por lá, além de se apresentar semanalmente, o Blow Up também abriu a casa para bandas de punk rock, hardcore e metal, incluindo nessa lista nomes como White Frogs, Dread Full, Figment, The Bombers, Zenicodemus, Beach Lizards, Sonic Sex Panic, entre outros.

Morre Sixto Rodriguez, de Sugar Man, aos 81 anos

Sixto Rodriguez, famoso pela música Sugar Man, morreu nesta quarta-feira (9) aos 81 anos. Sua morte foi comunicada através de seu site oficial, que leva o nome da popular canção, e confirmada pela família do músico em suas redes sociais. Nascido em 1942 Detroit, nos Estados Unidos, Sixto era o sexto filho de imigrantes mexicanos, daí vem seu nome. Seus dois únicos álbuns, Cold Fact, de 1970, e Coming from Reality, de 1971, não fizeram grande sucesso nos Estados Unidos. As faixas de folk rock conquistaram fama na África do Sul, mas o cantor viria a largar a música para viver de bicos. Nos anos 1990, sua obra foi redescoberta através da internet e o passou a fazer shows e turnês. Em 2013, o sueco Malik Bendjelloul ganhou o Oscar com o documentário Procurando Sugar Man, que tornou Sixto verdadeiramente popular.