Black Pantera lança primeiro single de Ascensão; ouça Padrão é o Caralho

Primeiro single de Ascensão, o aguardado novo álbum do Black Pantera, Padrão é o Caralho é uma boa amostra do que vem pela frente. Com produção de Rafael Ramos e o som poderoso do trio mineiro, formado por Charles Gama (voz e guitarra), Chaene da Gama (baixo) e Rodrigo Augusto (bateria), a música traz como questionamento a ideia de haver um padrão de beleza e de tantas outras coisas. “Uma vez ouvi uma música antiga dizendo que ‘a coisa tá feia/a coisa tá preta’. Quem disse isso? Quem determina o que é feio ou bonito? Aí escrevi esse verso ‘a coisa tá linda/a coisa tá preta’. Não importa a sua cor, se você é gordo ou magro, se usa barba ou com quem você se relaciona. Na verdade não existe padrão”, comenta Chaene. “A ideia é questionar todo tipo de padrão, muito além da estética. Nós mesmos somos uma banda fora do padrão, pois não nos enquadramos em um único estilo musical e essa letra mesmo, num rock pesado, é fora do padrão”, finaliza o baixista. Aliás, a capa de Ascensão traz uma foto de Victor Balde feita na província de Meconta, localizada ao norte de Moçambique, e integra a coleção Lute Como Uma Moçambicana. Por fim, o álbum será lançado em março pela gravadora Deck.

Kiefer Sutherland lança álbum Bloor Street

O cantor e ator Kiefer Sutherland revelou nesta sexta-feira (21) seu aguardado terceiro álbum de estúdio, Bloor Street. Conforme indicado pelos singles recentes So Full Of Love, Two Stepping In Time‘ e a faixa-título, o álbum mostra Kiefer navegando em uma variedade de emoções, de romance à nostalgia e de mágoa a narrativas ficcionais imaginativas. Enquanto explora um espectro de humores e influências sonoras, é unido pela coragem, sentimento puro e autenticidade de sua voz, juntamente com suas composições consistentemente convincentes. O álbum foi produzido e mixado pelo vencedor de vários Grammy, Chris Lord-Alge (Keith Urban, Carrie Underwood), e gravado no PLYRZ Studios em Los Angeles. “Escrever e gravar este álbum foi uma experiência única, dada a pandemia e as restrições subsequentes que se seguiram. Encontrei-me, como tantos, com um bloco de tempo que nunca me foi concedido antes, o que me permitiu não apenas refletir sobre minha vida, mas também escrever sobre ela. A música sempre foi uma extensão pessoal da narrativa para mim. Eu não poderia estar mais animado para compartilhar essas novas músicas”, diz Sutherland. O músico impulsiona o lançamento do álbum, já que hoje também compartilha um novo vídeo para a música Chasing The Rain. Efetivamente uma carta de amor em música escrita para diminuir a distância com um ente querido durante a turnê, sua pungência é aumentada pela simplicidade do visual. Ele reúne imagens ao vivo emocionantes ao lado de clipes dos bastidores das aventuras de Kiefer na estrada. Sua enorme turnê no Reino Unido e na Europa em apoio a Bloor Street está atualmente em processo de remarcação. Aguarde as novas datas que serão anunciadas em breve. Enquanto isso, Kiefer está compartilhando uma série de performances acústicas solo de cada música do álbum, juntamente com suas reflexões sobre as experiências e histórias que inspiraram cada uma.

Jack White revela Love Is Selfish, single de Entering Heaven Alive

Após anunciar uma longa turnê com quase 60 datas para a América do Norte e Europa, Jack White explora a sonoridade de um de seus dois novos álbuns de estúdio previstos para ainda este ano com o single Love Is Selfish. A canção faz parte do repertório de Entering Heaven Alive, a ser lançado no dia 22 de julho. Ela se une a Taking Me Back e Taking Me Back (Gently) como faixas reveladas. Por fim, Love is Selfish também ganhou um clipe dirigido pelo próprio artista. Fear of the Dawn está previsto para 8 de abril e Entering Heaven Alive, para 22 de julho. Anteriormente, no início da semana, o clima dos shows foi antecipado em um registro ao vivo da enérgica Taking Me Back. Aliás, a faixa abre o primeiro disco, apresentando sua nova banda. Esses são lançamentos da Third Man Records disponíveis para pré-venda. Um dos artistas mais inquietos dos últimos 25 anos, Jack White se tornou sinônimo de um novo modelo de rockstar do século 21. Em resumo, foi assim com seu projeto solo, The White Stripes, The Dead Weather e The Raconteurs. Ademais, guitarrista com sonoridade icônica, White une os tons do rock de garagem com o espírito do começo do blues. Suas melodias são entoadas em coro tanto nos principais festivais de música quanto em estádios esportivos como cânticos de torcidas.

Entrevista | Fresno – “Se a gente não se sentisse livre, nós não faríamos”

Com uma linguagem totalmente diferente da já conhecida pelos fãs, a Fresno surgiu recentemente com o lançamento do nono álbum de carreira. Chamado de Vou Ter Que Me Virar, o disco conta com 11 canções e três participações especiais. O novo projeto mescla letras que são um verdadeiro desabafo, a uma sonoridade mais eletrônica e pop.  E não somente as músicas tiveram alterações. É perceptível uma mudança na linguagem visual da Fresno também. A capa do álbum e os videoclipes de Vou Ter Que Me Virar e Já Faz Tanto Tempo feat. Lulu Santos, têm o intuito de trazer esperança para o público e uma roupagem menos datada para o projeto.  Para falar mais sobre o lançamento deste novo disco, o Blog n’ Roll teve a oportunidade de conversar com a banda completa. O guitarrista Gustavo Mantovani, o vocalista Lucas Silveira e o baterista Thiago Guerra contaram mais sobre o processo de concepção do álbum (que teve 42 versões diferentes!), além de toda a expectativa para a volta aos palcos no próximo ano, isso com um integrante a menos, já que o tecladista Mario Camelo deixou a banda em agosto deste ano.  O que dá para adiantar, é que essa, é uma daquelas entrevistas que poderia durar um dia inteiro, tamanha a simpatia e sinceridade dos músicos acerca do trabalho. É nítido que esse álbum foi pensado por uma Fresno mais madura e que quer conquistar outros públicos, estando fora da própria zona de conforto. Vale conferir o projeto disponível nas plataformas de streaming como YouTube, Spotify, Deezer e YouTube Music. Até quem não curtia tanto o som da Fresno, provavelmente vai se surpreender e repensar.  O álbum está diferente de tudo o que já foi feito pela Fresno. A primeira dúvida que surge é: como foi o processo de concepção desse novo trabalho durante a pandemia? Lucas Silveira – A gente sentiu a dificuldade quando lançou o disco, porque não fizemos uma festa né? Ainda não estamos no clima para isso, mas em breve faremos. Falando sério, sobre fazer o álbum, apesar de sermos velhos (risos), somos muito modernos no sentido de saber produzir à distância e embora sejamos uma banda, tratamos cada música e cada disco como uma criação musical diferente, que nós, enquanto um grupo de pessoas que decide por fazer um novo trabalho, fazemos a obra em conjunto. Então, não necessariamente precisamos estar fisicamente juntos, pois se tu pegar historicamente, antigamente só tinha como se gravar as bandas fazendo um ao vivo. Então era ensaio, ensaio… Grava, grava. Mas isso foi mudando e hoje é muito diferente. Essa limitação de estar no mesmo espaço não temos mais, nos possibilitando fazer sons diferentes. Mas a gente se juntou em alguns momentos em que precisava tomar decisões e principalmente quando precisava gravar alguma bateria, por exemplo. O Guerra também tem um estúdio na casa dele, fomos nos juntando e acompanhando o processo todo. É um grande “grupão do zap” da banda que vai melhorando as músicas e cada um vai dando suas sugestões.  Gustavo Mantovani – E tem um detalhe né? Como originalmente algumas dessas músicas eram para ser de um projeto chamado Sua Alegria Foi Cancelada – Deluxe, que nunca acabou acontecendo, algumas delas foram gravadas antes da pandemia, como é o caso de Já Faz Tanto Tempo e Grave Acidente. Lucas Silveira – É verdade. Grave Acidente tem dois anos de composição. Me apareceu recentemente uma lembrança da gente tocando essa música aqui em casa.  Thiago Guerra – Isso é um sinal de que era na verdade um processo, que muita gente está entendendo agora, porque às vezes até a gente precisa sair um pouco desse tempo marcado para entender o que está acontecendo. Mas a gente já estava nesse processo, desde o último disco. É um trabalho que vem desde o disco Natureza Caos, na realidade.  Lucas Silveira – Tem música que nasceu e nem me lembro quando. Às vezes a gente ensaiava para show e a ideia surgia no próprio ensaio. Um dia eu estava na Twitch, que é o que faço quando estou sem nada para fazer, aí eu mostro pros fãs o que tem dentro das minhas pastas de músicas e composições, mas geralmente são só ideias. Se eu mexi muito na música eu sei qual que é aquela referência. Tanto que a do Lulu Santos, ela se chamava Pretenders na pasta (risos), porque era uma referência de Don’t Get Me Wrong da banda The Pretenders. E ficou… às vezes eu esqueço. Mas um dia abri a pasta e ‘cara, que música é essa?’ já que eu literalmente não lembrava dessa ideia. Aí eu mandei pro Guerra, ele devolveu e virou música depois sabe? Então, a gente é muito livre para criar. Se tiver que ir agora para um sítio e fazer um disco todos juntos como a moda antiga, faremos também, porque o divertido na história é se desafiar. Para ficarmos felizes com o processo do que estamos fazendo, temos que nos surpreender com nós mesmos. Não pode ser feijão com arroz… Aliás, é um feijão com arroz, mas a gente coloca um Ajinomoto assim… (risos). A gente não pode ficar no que já sabemos fazer, gosto de ampliar isso. Acaba que realmente fica um disco diferente do outro e propondo coisas. O próprio fã às vezes absorve na hora, mas outras vezes demora. Eu percebi que esse disco é o que mais pessoas me viram na rua e falaram ‘legal o disco novo hein?’. Por que normalmente o cara diz ‘legal, Fresno. Tira uma foto aqui’. Mas o pessoal falando literalmente que gostou… Eu percebo que deu muito certo com o fã e com pessoas que conheciam, mas não gostavam tanto assim. Foi um disco que a gente fez nesse pensamento de trazer de volta para a nossa sonoridade uma coisa mais pop. Thiago Guerra – É pop mesmo. Até porque até os rocks mais pesados do disco estão com uma sonoridade pop. E eu acho que isso é

Neil Young lança Barn, álbum em parceria com Crazy Horse

O novo álbum de Neil Young & Crazy Horse, Barn, já está disponível em todas as plataformas digitais pela Reprise Records – uma distribuição nacional Warner Music Brasil. Hoje, Crazy Horse tem como integrantes Ralph Molina na percussão, Billy Talbot no baixo elétrico e o multi-instrumentista Nils Lofgren. Lofgren, um dos fundadores da Horse, tocou em Tonight’s The Night, After The Gold Rush e Trans. As dez novas canções de Barn capturam o espírito idiossincrático do rock e a beleza lírica que traduzem a colaboração da clássica banda de Nova Iorque, Crazy Horse. Gravando nesse verão sob a lua cheia, em um galpão restaurado do século 19 no alto das montanhas, os músicos se sentiram em casa nas canções de amor deslumbrantes do álbum, assim como nas baladas reflexiva e nos rocks potentes. Produzido pelo The Volume Dealers – Neil Young e Niko Bolas, além das versões digital e CD físico, o álbum será lançado – apenas fora do Brasil – em vinil e cassete, incluindo o áudio em alta resolução no Neil Young Archives (NYA). Também haverá um edição deluxe que incluirá um LP, um CD e o Blu-ray com um filme recém anunciado. O filme de mesmo nome – Barn – capta a lendária banda em no habitat natural: selvagem, de humor fácil, com uma irmandade e humanidades característicos além de, claro, música ao vivo e gravada do jeito espontâneo pelo qual são conhecidos. O filme do é dirigido por Daryl Hannah.

Entrevista | Zakk Wylde (Black Label Society) – “O mundo voltará ao normal”

O Black Label Society está de volta! Nesta sexta-feira (26), a banda de Zakk Wylde lançou o seu décimo primeiro álbum de estúdio, Doom Crew Inc. O sucessor de Grimmest Hits (2018) conta com 12 faixas, que soam como um tributo ao “primeiro a sangrar, o último a sair” da banda. E com guitarras ainda mais técnicas de Zakk. Em resumo, as canções são odes à celebração e luto, as trilhas sonoras de noites de júbilo e dias confusos, gravadas no estúdio caseiro de Zakk, o Vaticano Negro. Neste álbum, Zakk troca solos e partes de guitarras gêmeas com Dario Lorina, apoiado pelo estrondo do baixista de longa data, John “J.D.” DeServio, e o poderoso baterista Jeff Fabb. Zakk conversou com o Blog n’ Roll via Zoom e explicou mais sobre o conceito do álbum, além de algumas histórias curiosas de sua carreira. O quão diferente foi gravar Doom Crew Inc.? Como foi o processo de criação dessas canções? Não foi diferente de fazer qualquer um dos outros álbuns. Quero dizer, minha esposa me disse que teríamos cerca de um mês antes dos caras chegarem para a gravação, então simplesmente comecei a trabalhar. Fui para a academia, liguei meu amplificador, comecei a escrever… Quero dizer, basta você se inspirar e começar a escrever, sabe. Não foi diferente. Gosto de passear com os cachorros à noite e ouvir música. Enquanto estou andando com eles se eu ouvir algo suave e me inspirar, me sento atrás do piano, começo a escrever e então temos outra música. Algumas faixas surgiram assim na minha carreira, como Farewell Ballad. Essa escrevi quando estava trabalhando para uma revista de guitarras. Eu estava fazendo uma peça solo, então escrevi essa progressão, e isso se tornou a Farewell Ballad. Foi assim que as coisas aconteceram nesse álbum também. Mas, quero dizer, no que diz respeito à gravação do álbum, eu fiz todas as guitarras antes mesmo dos caras chegarem. Todas as guitarras que você ouve já estavam prontas antes mesmo dos caras colocarem a bateria e o baixo. Você chegou a declarar que o “novo álbum é um álbum de duas guitarras, guitarras gêmeas, algo como Allman Brothers ou Judas Priest”. Qual é o tamanho do peso dessas guitarras em Doom Crew Inc.? Só acho que dá outro sabor à sopa, sabe? E o Dario (Lorina) é demais. Ele é um guitarrista incrível e também toca piano … podemos dizer que ele lava pratos, ele lava roupa, ele na verdade faz uma batata com frango incrível, ele é demais. Set Your Free foi o primeiro single revelado por vocês do Doom Crew Inc. E o videoclipe é algo muito nonsense. Queria que você comentasse um pouco sobre essa produção. Qual foi a ideia da produção? Bem, Justin Rick, que é nosso diretor de vídeo, está conosco desde 2014. Ele é a base da banda, o diretor da Black Label Society, então eu disse: “sigam o Justin”. Eu só queria fazer um vídeo que capturasse meu baile de formatura, em 1985, na Jackson Memorial High School, em Nova Jersey. Então, basicamente foi isso. Estávamos vestidos como a banda, e a única coisa diferente foi que colocamos ela em preto e branco, mas no que diz respeito aos sais de banho e os caras rasgando os testículos no final do vídeo… aconteceu tudo isso, eu estava lá. Chorei da primeira vez, e quando vi esse vídeo, chorei de novo (risos). Doom Crew Inc. é a trilha para a retomada da vida após esse período de isolamento social? Oh, é isso. Ou algumas pessoas vão ouvi-lo e dizer: “este álbum é tão terrível que nem quero mais estar aqui. Só quero acabar com tudo” (risos). Não, quero dizer, porque as pessoas falam sobre a influência da pandemia ou sei lá o quê. Mas, para mim teve um lado bom. Finalmente tive a chance de passar um tempo de qualidade com minha família, sabe? Isso é o que eu recebi durante a pandemia. Passear com meus cachorros, passar tempo com minha família, pegar meu filho na escola e depois ir para suas aulas extras, e ser capaz de fazer coisas que normalmente não faço, porque estou na estrada o tempo todo, então quando estou em casa são as férias. Eu realmente aproveitei meu tempo em casa. Esperançosamente, em breve, o mundo voltará ao normal. Vamos chutar o traseiro e todo mundo vai se divertir, ir para shows e fazer coisas que amamos fazer. O que você escutou nesse período que ficou mais em casa? Escuto tudo. Ouço Allan Holdsworth, orquestra, Robin Trower… Eu também ouço estações de rádio, onde você conhece todos esses artistas incríveis que você nunca ouviria. Mas ouço de tudo, desde Flock of Seagulls à orquestra Maha Vishnu, Joe Pass, Scott Henderson, Steve Morris, The Drags… você sabe, apenas ouço um monte de coisas assim. E, claro, todos os meus discos de rock clássico que adoro, como Zeppelin, Sabbath e Elton John. Ouço quase tudo! Animado para voltar a estrada? Brasil está no radar do Black Label Society? Sim, sem dúvida, se pudermos tocar no Brasil será ótimo. Acabei de ver que o Guns n’Roses cancelou um monte de shows no México ou algo assim, então não sei como será. Mas se tudo estiver aberto, é claro que vamos tocar aí. Faremos o Hell Fest na Europa, isso é certo. Se as coisas não forem canceladas, nós vamos tocar, e estamos empolgados para isso. E como ficam seus projetos paralelos? Pretende retomar algum deles? Estou focado apenas na Black Label Society agora. Nós apenas fizemos este álbum e então fizemos vários vídeos para isso. Agora, estamos nos preparando para os ensaios da Black Label, acho que temos Paul Abdul vindo para trabalhar conosco em novos movimentos de dança para a nova turnê. Já temos shows marcados para 1 de outubro a 22 de novembro. E temos um de Natal, em 26 de dezembro, e outro na véspera de ano novo, no Arizona. Estou ansioso por tudo isso. Recentemente,

WRY lança sétimo álbum de estúdio; ouça Reviver

Banda de Sorocaba (SP) com renome no cenário alternativo, WRY olha para o futuro com nostalgia. O álbum Reviver é o seu sétimo LP de estúdio e resgata uma seleção de faixas compostas ao longo dos anos com letras de temas bem particulares e que não tiveram espaço na já extensa discografia da banda. Agora, elas estão conectadas por um olhar renovado que amplia a sonoridade shoegaze e pós-punk do grupo. Depois de revelar o single power-pop solar Where I Stand, o WRY entrega um trabalho onde esta e outras nove composições surgem após um período de imersão no estúdio da banda, Deaf Haus, em Sorocaba (SP), de março a maio de 2021. Entre a familiaridade de habitar o repertório do grupo há anos e o ineditismo nas plataformas digitais, as canções encontram um novo olhar de um grupo que não cansa de se reinventar e auto desafiar. “Por mais que nos sentimos alienígenas, seja no Brasil como uma banda de rock ou na Inglaterra como uma banda brasileira de rock, sempre tivemos orgulho de nossa música. Ao longo dos anos, lançamos discos e EPs, porém um punhado de canções acabou não dialogando com alguns de nossos próprios momentos ou não tiveram a atenção devida. O objetivo do novo álbum é o resgate, a reciclagem da arte e mostrar o poder atemporal que a música pode ter”, resume Mário Bross (vocal, guitarra e synth). Além dele, o WRY conta com Luciano Marcello (guitarra e backing vocal), William Leonotti (baixo e backing vocal) e Ítalo Ribeiro (bateria e backing vocal). O novo disco vem para somar à trajetória de WRY, banda atuante na cena nacional e que já viveu em Londres entre 2002 e 2008, onde tocou com The Subways, The Cribs, Ash e The Joy Formidable. Também trabalhou com Tim Wheeler (Ash) e Gordon Raphael (The Strokes). No Brasil, tocaram com diversas bandas importantes como Make Up, Superchunk, Ira!, Inocentes, Jota Quest e Júpiter Maçã. Passaram por festivais como o goiano Bananada (2017) e o espanhol Primavera Sound (2015), fizeram uma mini turnê em Portugal, e também retornaram a Liverpool e Londres, tendo todos os ingressos vendidos no prestigiado The Lexington. Em 2020 lançaram o disco Noites Infinitas, o qual entrou em dezenas de listas de melhores do ano, top 10 de vários programas de rádios brasileiras e norte-americanas e levou o prêmio Dynamite de Melhor Lançamento Indie de 2020. Além do trabalho mais recente, os músicos trazem na discografia She Science (2009), National Indie Hits (2008), Flames in the Head (2005), Heart-Experience (2000) e Direct (1998), além de três EPs e diversos singles.

Eric Clapton lança The Lady In The Balcony, o seu segundo unplugged

O lendário Eric Clapton retornou com um notável lançamento, Eric Clapton – The Lady In The Balcony: Lockdown Sessions, disponível nas plataformas digitais. As 17 músicas encontram Clapton e os companheiros de banda de longa data, Nathan East (vocais e baixo), Steve Gadd (bateria) e Chris Stainton (teclados), produzindo interpretações acústicas que obedecem aos padrões Clapton, além de uma variedade de criações que passeiam pelo blues, country e trazem originais raros. Supervisionada pelo produtor de longa data de Clapton, Russ Titelman, e gravada ao vivo na Cowdray House, em West Sussex, Inglaterra, a performance traz Clapton e seus companheiros revisitando clássicos atemporais como After Midnight, Layla, Bell Bottom Blues, Tears in Heaven, Nobody Knows You When You’re Down And Out e Key to the Highway. Além de revisitar algumas das seleções mais queridas de Eric de seu extenso repertório, o cantor e sua equipe também oferecem novas execuções de músicas que tiveram um efeito profundo em sua carreira e nas de seus contemporâneos, incluindo as faixas de Peter Green, do Fleetwood Mac, Black Magic Woman e Man of the World. O projeto foi iniciado após o cancelamento forçado dos concertos de Eric Clapton, devido à pandemia, programados para maio de 2021, no Royal Albert Hall, em Londres. Procurando uma alternativa viável e esperando manter suas opções em aberto, ele se reuniu com sua banda no interior da Inglaterra e exibiu um show apenas para os próprios participantes na produção, enquanto deixava as câmeras rolarem. A esposa de Clapton, Melia, foi a única expectadora externa, fato que acabou inspirando o título do lançamento. Pensado como uma obra mais acústica, Sessions foi concebido para ser como um Eric Clapton Unplugged II, não fosse pelas três canções que são tocadas com guitarras elétricas. O resultado se tornou muito mais do que uma simples sequência de grandes sucessos. Ao contrário, é uma das performances mais intimistas e autênticas de toda a carreira do renomado artista, uma verdadeira oferta, carregada com a visão real de Clapton sobre a composição de seu catálogo inesquecível. Após seu tempo com o Yardbirds, em 1963, Eric Clapton iniciou sua carreira como músico profissional em inúmeras bandas, com abundância de álbuns, inúmeros shows esgotados em todo o mundo, uma gama impressionante de elogios, aclamação inabalável da crítica por sua consistente exibição de lendários trabalhos de guitarra.

Inspirado pelas paisagens da Islândia, Damon Albarn lança novo álbum

O segundo álbum solo de Damon Albarn, The Nearer The Fountain, More Pure The Stream Flows, chegou ao streaming na sexta-feira (12), via Transgressive Records. Originalmente concebido como uma peça orquestral inspirada nas paisagens da Islândia, The Nearer The Fountain, More Pure The Stream Flows evoluiu durante o lockdown para as 11 novas faixas incluídas no álbum. Anteriormente, o músico já havia revelado algumas canções do álbum. Em resumo, The Tower of Montevideo, Polaris e Particles foram algumas delas. Aliás, Albarn apresentou o disco na íntegra em shows esgotados durante todo o verão, com destaque para um show principal e transmissão ao vivo global do icônico Shakespeare’s Globe em setembro. Posteriormente, ele irá se apresentar em um número selecionado de datas com piano solo no Reino Unido pela primeira vez no próximo mês. Esta série de shows muito especiais, realizados em associação com lojas de discos locais, começará no dia 2 de dezembro em York Minster, antes de Norwich, Newcastle-upon-Tyne, Glasgow e Coventry. O set solo despojado contará com Albarn tocando faixas de seu novo álbum, bem como favoritas selecionadas de seu catálogo, para uma série de apresentações curtas e íntimas de piano. Em uma carreira de perpétuas mudanças musicais e exploração, este novo disco se revela ainda mais terreno, encontrando arranjos orquestrais expansivos aninhados com melodias íntimas, discordâncias roçando contra majestade contagiante; tudo pronto para algumas das performances vocais mais emocionantes de Albarn até hoje. Muito parecido com a beleza e o caos do mundo natural, sua trilha sonora, The Nearer The Fountain, More Pure The Stream Flows documenta vividamente o fluxo e refluxo emocional da condição humana, em todos os seus extremos, servindo como um documento enriquecedor da alma para nossos tempos.