Guitarrista do Television, Tom Verlaine morre aos 73 anos

O guitarrista Tom Verlaine, nome influente na cena punk de Nova York e mais conhecido membro da banda Television, morreu neste sábado (28) aos 73 anos.A informação foi anunciada por Jesse Paris Smith, filha de Patti Smith, que diz que sua morte acontece “após uma breve doença” e em Manhattan, nos Estados Unidos. Um dos artistas que emergiram da CBGB, clube noturno de Nova York, Verlaine ficou conhecido por improvisações experimentais na guitarra e letras poéticas na carreira, que teve como grande pilar o Television. Ele também atuava como vocalista e serviu de compositor na maioria das canções. O grupo se dissolveu depois de dois discos e, apesar de elogiado pela crítica, nunca foi um grande sucesso de vendas, mas foi o começo do músico como referência no mundo da música. Junto dos Ramones, do Blondie e do Talking Heads, o Television fundamentou uma nova geração da música. Nascido em Denville, Nova Jersey, e batizado Thomas Miller, ele estudou piano e saxofone na infância e se decidiu pela carreira musical depois de ouvir 19th Nervous Breakdown, dos Rolling Stones.A partir daí, ele adotou o nome Tom Verlaine como homenagem ao poeta francês Paul Verlaine. Suas influências ainda incluíam John Coltrane. Depois da banda, Verlaine perseguiu carreira solo, começando com o álbum Tom Verlaine em 1979. Foram dez discos lançados no total, com o último, “Around”, lançado em 2006. O artista também se reuniu em múltiplas ocasiões com os membros do grupo para shows -incluindo o Brasil, onde se apresentaram em múltiplas ocasiões. Ele ainda colaborou com Patti Smith em canções como Glitter in Their Eyes e Fireflies, bem como com o guitarrista James Iha, do Smashing Pumpkins, no disco “Look to the Sky”. Ele ainda fez parte do supergrupo Million Dollar Bashers, formado com Lee Ranaldo e Steve Shelley, do Sonic Youth, os guitarristas Nels Cline e Smokey Hormel, o baixista Tony Garnier e o tecladista John Medeski. *Com informações da Folhapress

Pistol, a história real por trás da produção sobre o Sex Pistols

Pistol é uma minissérie de seis episódios, produzida pela FX Productions, sobre uma revolução do rock’n’roll, que chegou exclusivamente no Star+ hoje (31). A intensa e furiosa tempestade no centro dessa revolução é a banda Sex Pistols, com o membro fundador e guitarrista Steve Jones como o protagonista da série. A engraçada, emotiva e, às vezes, desoladora jornada de Jones guia o público por meio de um relato caleidoscópico sobre os três anos mais épicos, caóticos e árduos da história da música. Baseada no livro de memórias de Jones, Lonely Boy: Tales From a Sex Pistol (2017), Pistol conta a história de um grupo de garotos da classe trabalhadora, bagunceiros e “sem futuro”, que abalou completamente a instituição monótona e corrupta, ameaçou derrubar o governo e mudou a música e a cultura para sempre. Dirigida pelo vencedor do Oscar Danny Boyle, a série foi criada e escrita por Craig Pearce e conta com a produção executiva de Boyle, Pearce, Tracey Seaward, Gail Lyon, Anita Camarata, Steve Jones, Paul Lee e Hope Hartman. Pistol é estrelada por Toby Wallace como Steve Jones, Jacob Slater como Paul Cook, Anson Boon como John Lydon, Christian Lees como Glen Matlock, Louis Partridge como Sid Vicious, Sydney Chandler como Chrissie Hynde, Talulah Riley como Vivienne Westwood, Maisie Williams como o icônico punk Jordan, Emma Appleton como Nancy Spungen e Thomas Brodie-Sangster como Malcolm McLaren. Como aquecimento para a estreia da série, o Star+ reuniu alguns fatos do Sex Pistols para o público conhecer mais sobre a banda. Início de tudo Tudo começou em Londres, com a banda The Strand, formada em 1972 por Steve Jones como vocalista, Paul Cook como baterista e Wally Nightingale como guitarrista. Após mudanças de nomes e integrantes, a banda Sex Pistols se consolidou no ano de 1975 com Johnny Rotten (vocal), Jones (guitarra), Cook (bateria) e Glen Matlock (baixo), este último substituído por Sid Vicious em 1977. A banda rompeu padrões pela forma como se vestiam, se portavam e faziam música. Considerados por muitos como uma das maiores bandas de punk rock da história, o Sex Pistols era composto por jovens com um desejo em comum: difundir a cultura punk pelo Reino Unido. Sex Pistols e o movimento punk Sex Pistols influenciou toda uma geração pelas ruas do Reino Unido. O estilo e atitude anárquica de Johnny Rotten moldou o gosto e o jeito de diversos jovens, principalmente em Londres. O movimento punk nesse momento veio como um contraposto ao criado pelas bandas progressistas da época. “Nós inventamos o punk. Nós dizemos como as coisas são”, chegou a declarar Rotten em 1996. Após a ascensão meteórica da banda, outros grupos como The Damned, The Stranglers, Siouxsie & The Banshees e Generation X surgiram na onda de Sex Pistols e conquistaram espaço na cena. Com a entrada de Sid Vicious em 1977, a fórmula da banda ficou pronta e a imagem que conhecemos dela foi consolidada. Sempre aprontando, usando drogas, bebendo e performando em cima do palco, Vicious virou um símbolo e seu primeiro ano na banda se tornou o ano do Punk. O fim de uma era e o adeus de um símbolo… O último show da banda aconteceu no dia 14 de janeiro de 1978 em São Francisco, nos Estados Unidos. Quatro dias depois, enquanto Sid Vicious estava internado após sofrer uma overdose, a banda encerrou suas atividades. Paul Cook e Steve Jones foram os dois responsáveis pela ideia de dar um ponto final à caminhada da banda. No mesmo ano, Vicious inicia sua carreira solo que é abruptamente interrompida após ele ser acusado do assassinato de sua então namorada Nancy Spungen, em 12 de outubro de 1978. Após ficar preso até fevereiro de 1979, o músico é libertado após o pagamento de sua fiança e em menos de 24 depois, no dia 2 daquele mês, Vicious sofreu uma overdose de heroína no banheiro da casa de sua mãe durante uma festa, morrendo aos 21 anos. A volta aos palcos No ano de 2007, Johnny Rotten, Steve Jones, Paul Cook e Glen Matlock anunciam a volta da banda para um show único no dia 8 de novembro, na Brixton Academy, em Londres, com o objetivo de comemorar os 30 anos do álbum Never Mind the Bollock Here’s the Sex Pistols, que foi – inclusive – relançado após o evento. Entretanto, essa não foi a última vez que a banda se apresentou. Em 2008, a banca tocou em Portugal, no Festival de Paredes de Coura.

Ganggorra desabafa e celebra a vida em Nada pra Provar

Com elogios e repercussão positiva do single de estreia (O que é bom pra mim?), o jovem quarteto paulistano punk rock Ganggorra retorna ainda com mais energia e atitude em Nada Pra Provar, uma faixa mais rápida do que a anterior. O lançamento é via Repetente Records, selo do Badauí, Ali Zaher Jr. e Phil Fargnoli do CPM 22. A música já está em todas as principais plataformas de streaming, com distribuição da Ditto Music. ‘Nada pra Provar é um pujante punk rock sobre desabafos e liberdade. Os riffs pegados e rápidos junto à batida frenética mostram quatro jovens que mergulham no universo da música para desabafar, agradecer pelas chances da vida e festejar. “É uma música de liberdade, que traz desabafos sobre a vida, mas ao mesmo tempo é sobre para vivenciar o rock e curtir cada momento que a música proporciona. Esta é uma faixa que representa muito a Ganggorra”, contam. A Ganggorra é Pedro Marks Pimentel (vocal/guitarra), Filippo Guizardi (guitarra), Gustavo Couto (baixo) e Caio Delafiori Frison (bateria), jovens entre 21 e 24 anos que há pouco menos de cinco anos decidiram que a diversão na garagem com instrumentos musicais tinha vigor para ser um projeto musical, enfim, uma banda.

Danilovers, banda de punk rock de Sampa, lança álbum “Para Poucos”

Para Poucos, primeiro trabalho completo dos Danilovers, enfim, chegou ao streaming. Em resumo, o álbum conta com dez faixas autorais que falam sobre a vida noturna, rolês, amores e amizade. Ele foi gravado em 2020 no Estúdio V8, por Denis Gomes, e mostra um amadurecimento da banda em relação aos seus lançamentos prévios. Trabalhando nos sons desde 2016, a banda conseguiu incorporar muitos elementos de outros estilos no seu som. Aliás, influências dos sons jamaicanos em Garota do Laptop Curte Ska, presente na primeira demo dos Danilovers e regravada com uma nova roupagem, inclusive, com a inserção de alguns metais. O disco conta também com a gravação da música Classe Média Falida, um som escrito por Fernando Hound para a banda paulista Fox Hound. A banda também teve a participação do guitarrista Adaílton “China”, da banda Demock PRS, que trouxe seus arranjos para a música Becos Escuros. Por fim, o disco encerra com a instrumental Osasco, que brinca com as histórias que a banda já teve na cidade da Grande São Paulo, lar do guitarrista Luca. Por fim, o lançamento faz um questionamento sobre a ideia de se produzir um álbum atualmente. Para Poucos além de estar disponível em todas as plataformas digitais, também sairá no formato físico, com um trabalho focado no encarte, que contará com artes do baterista Eduardo Vidiabos.

Velhas Virgens lança versão punk rock de Chico Buarque

O Velhas Virgens lançou uma regravação de uma canção de Chico Buarque de 1974 cheia de lendas ao seu redor. Jorge Maravilha foi gravada pelas Velhas em 1998, para o CD Sr Sucesso (lançado em 1999, nas bancas), mas acabou não entrando no disco. Então, o grupo recuperou a canção, remasterizou e, enfim, lançou. O que era um samba-rock na voz do Chico virou um punk rock cheio de guitarras com as Velhas. “A história da música já merecia um filme. Chico Buarque, para escapar da censura, assume o pseudônimo de Julinho da Adelaide, manda a letra da música, entre vários versos românticos, para a Polícia Federal. Com a aprovação e sem a obrigação de gravar tudo o que foi aprovado, escolheu o que queria da letra e, em 1974, saiu no projeto de Jads Macalé intitulado Banquete dos Mendigos, gravado no concerto em homenagem aos 25 anos da Declaração Universal dos Direitos Humanos”, justifica a banda. Alguns acreditavam que a música teria sido feita para filha do ex-presidente General Geisel por causa do verso “você não gosta de mim, mas sua filha gosta”. Chico, no entanto, deu sua versão dos fatos. “Aconteceu de eu ser detido por agentes de segurança (do Dops), e no elevador o cara pedir autógrafo para a filha dele. Claro que não era o delegado, mas aquele contínuo de delegado”. Versão bem própria Histórias a parte, a música virou um rock na versão das Velhas Virgens com interpretação bem pessoal e muito humor. Hoje sabemos que cometemos alguns erros na letra da música, mas acho que o Chico há de nos perdoar, no final dos anos 1980 não era tão fácil achar as letras corretas. Paulão, entretanto, insiste que não errou e sim mudou de propósito algumas palavras da letra original só para poder alardear que fez uma letra em parceria com Chico Buarque. E durma-se com um barulho destes. Os vocais agressivos e cheios de sarcasmos de Paulão de Carvalho dão o tom da música enquanto as guitarras fazem uma parede sonora punk rock. A batera e baixo fazem uma cozinha de linhas bem definidas, indo direto ao ponto. Um rock sem firulas, pra bater cabeça, que termina com uma citação ao AC/DC.

Piratas Siderais divulga single Até Quando com punk rock e música alternativa

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Até Quando. Esse é o novo single da banda Piratas Siderais. A faixa tem nuances de rock alternativo e punk rock, remetendo-se principalmente à sonoridade de bandas como Bad Religion e Pennywise. A letra, por sua vez, aborda a importância do caráter e dos princípios na sociedade.  A música é um lançamento do selo Musikorama Music Records. As sessões de gravação ocorreram de forma remota através do próprio estúdio online da gravadora. A produção ficou a cargo de Rodrigo D’Sales Monteiro, também conhecido pelo pseudônimo DIGAØ. O baterista da Piratas Siderais, Igor Casanova frisa que a negatividade pode influenciar diretamente no futuro de uma pessoa. “Retratamos esse sentimento e mostramos a forma como ele pode nos impedir de evoluir, trazendo um ciclo de derrotas e perdas. Isso acontece principalmente quando não há caráter”. Além de Igor, a banda é constituída pelos músicos Bruno Cacique Gomes (voz) e Vince (guitarra) e Marcelo Bodão (baixo). A banda está em atividade desde 2015. E com o single Até Quando, celebra o fim de um ciclo, despedindo-se do vocalista e do baixista, citados respectivamente acima.

Agonia do Silêncio entrega o punk rock do cancelamento

O grupo catarinense Agonia do Silêncio lançou o single Cancelado. Em resumo, trata da cultura do cancelamento, assunto amplamente discutido nos últimos meses e evidenciado no reality show Big Brother Brasil. “A música fala sobre o tribunal instaurado nas redes sociais, onde as pessoas podem julgar a seu bel prazer, como se nunca cometessem nenhuma falha. É um misto de ódio e hipocrisia das pessoas. E ao mesmo tempo, é sobre a saturação desse termo ou situação: Cancela, cansei, cansado!”, conta o vocalista Pio. Formada em 2018, em Brusque, a Agonia do Silêncio mistura punk rock com sarcasmo e referências do universo da publicidade. “Nossas letras são carregadas de crítica com humor, ironia, muita hipocrisia, deboche, e uma dose de sátira a termos e elementos publicitários. É uma mistura de punk rock com Publicidade e Propaganda”, revela Pio, que chama a atenção para a abreviação do nome da banda – ADS, termo para publicidade em inglês. Aliás, além do videoclipe, dirigido por Felipe KZ e editado por Sergio Caldas, o single produzido por Davi Pacote, contou ainda com uma ação de divulgação feita através de um filtro de Instagram com a tarja “cancelado”. Influenciada por bandas como Ramones, Descendents, Cólera, Blind Pigs, Bad Religion, Screeching Weasel e OFF!, o Agonia do Silêncio acredita na importância do posicionamento político. Anteriormente, debutou com o single O Melhor Alvejante, uma crítica ao governo Bolsonaro. Posteriormente, o grupo promete, através do mesmo projeto, lançar mais dez músicas inéditas, sendo uma por mês.

Blind Pigs de volta? Ouça Not Dead Yet, faixa inédita

Nesta terça-feira (26), a banda punk paulistana Blind Pigs, que encerrou suas atividades em 2016, divulgou um novo single. Not Dead Yet faz parte do álbum Lights Out, já em pré-venda em CD e vinil 10”, com lançamento previsto para 26 de fevereiro. Em resumo, Not Dead Yet traz o Blind Pigs de volta às origens com um som punk 77 composto pelo guitarrista Christian Targa, conhecido como Gordo. “É uma música com uma pegada bem experimental, estávamos nesse pique de variar tons e notas”, diz Gordo. A letra em inglês foi escrita pelo vocalista Henrike Baliú. “Curiosamente a letra de Not Dead Yet, cujo título pode ser traduzido livremente para Ainda Não Estamos Mortos, foi escrita em uma fase de amor e ódio pela banda. Naquela época o Blind Pigs era tudo para mim, mas as dores de cabeça começaram a ser mais frequentes que os momentos prazerosos. Hoje penso como é irônico que o ‘novo’ single do disco póstumo seja uma música com esse nome”, revela o vocalista. Além do single, o álbum Lights Out apresenta mais sete faixas. Henrike diz estar animado, uma vez que sempre quis ver essas músicas lançadas. “Espero que a Legião de Inconformados goste, porque esse disco é um tributo a eles, eles mereciam escutar o último testamento dos porcos cegos”, completa. Aliás, garanta a sua cópia de Lights Out em CD e vinil na pré-venda no site da HBB.