Monsters of Rock chega aos 30 anos com shows inesquecíveis em São Paulo

30 anos de Monsters Of Rock, um dos festivais mais consagrados do país. Trinta anos não são 30 dias. Basicamente, a história dos shows de rock e metal que aconteceram por aqui, passa diretamente por esse festival. A edição de 2025 rolou em São Paulo, no último sábado (19), reunindo bandas gigantes e consagradas da história do rock’n roll. Scorpions e Judas Priest foram os headliners, mas o evento também contou com os suecos do Europe e do Opeth, os finlandeses do Stratovarius, o Savatage, além do Queensryche, direto de Seattle, nos Estados Unidos. Porém, antes de prosseguir, eu preciso registrar o quanto o Monsters é importante e tem uma relevância bem forte no meu coração. Foi no Monsters Of Rock que vi pela primeira vez a banda da minha vida. O Aerosmith, na edição de 2013. Chorei feito uma criança por realizar o sonho de ver de perto a maior banda desse mundo! Foi no Monsters Of Rock que assisti o maior espetáculo (porque não dá pra chamar aquilo “só” de show) que já presenciei em toda minha vida. O Kiss, na edição de 2023, me fez sair extasiado do Allianz Parque tentando digerir tudo que havia presenciado naquele verdadeiro espetáculo de som e pirotecnia. Foi no Monsters Of Rock que eu vi o show mais surpreendente da minha vida. Aquele show que eu já esperava que seria bom, mas que superou todas as expectativas e me deixou boquiaberto. O Scorpions, também na edição de 2023, me fez chorar, pular, dançar e me fez ainda mais fã dessa banda tão histórica. Dito isso, obviamente eu não poderia ficar de fora dessa edição tão comemorativa e emblemática! O dia começou com os caras do Stratovarius, diretamente da Finlândia. Uma banda bastante relevante no universo do “power metal” desde a sua fundação em 1984, mas principalmente depois do disco Visions, lançado em 1997, que trouxe notoriedade, respeito e sucesso a nível mundial para a banda. O show dos caras pode ser definido com o termo intensidade. Basicamente o Stratovarius é uma potência sonora com músicos extremamente virtuosos. A performance foi impecável com bastante interação com o público brasileiro que chegou cedo para ver o show. Inclusive, em certo momento, o vocalista Timo Kotipelto fez algumas brincadeiras para desafiar os fãs brasileiros a gritarem mais alto em relação aos outros shows da banda na América Latina. >> CONFIRA ENTREVISTA COM STRATOVARIUS Logo em seguida, o Monsters Of Rock recebeu no palco os caras do Opeth, uma banda sueca que está em atividade desde 1990 misturando death metal com rock progressivo. E olha que essa mistura pode definir claramente o principal comentário que ouvi sobre o show dos caras. >> CONFIRA ENTREVISTA COM OPETH É impressionante como eles navegam com maestria entre o peso do death metal com a técnica absurda do rock progressivo. Carregando uma naturalidade que parece ser a coisa mais fácil do mundo. O vocalista e guitarrista, Mikael Åkerfeldt, entrega uma performance incrivelmente potente, além de uma serenidade invejável. O Queensrÿche foi a terceira banda a subir no palco do festival para entregar um show repleto de clássicos que contam a história da banda. Uma banda histórica, muito relevante pro cenário do metal e que declaradamente serviu de inspiração para outras bandas consagradas, como o Dream Theater e o Symphony X. O Queens trouxe um show que navegou entre todos os períodos da carreira da banda, com muito metal pesado, mas também com a excelente balada Silent Lucidity, principal sucesso da banda aqui no Brasil durante muito tempo. >> CONFIRA ENTREVISTA COM QUEENSRYCHE Logo em seguida foi a vez do Savatage. Os caras têm simplesmente 46 anos de heavy metal e uma legião apaixonada de fãs aqui no Brasil. Muita gente com a camiseta da banda e enlouquecida com o show dos caras. Mais uma performance repleta de virtuosismo, entrega, hits e muito peso! Não é à toa que o Savatage é uma das maiores bandas de heavy metal da história, os caras entregam todas as características necessárias de uma banda gigante. >> CONFIRA ENTREVISTA COM SAVATAGE Depois do Savatage, nós chegamos naquele que foi o meu show favorito do dia. Os também suecos do Europe subiram no palco do Monsters Of Rock para entregar um show que pode ser resumido na palavra energia! Do primeiro ao último acorde, o show do Europe foi marcado pelo bom e velho hard rock clássico. Cheio de riffs marcantes e love songs que fizeram o Allianz cantar a plenos pulmões. Com destaque para Carrie, que fez o estádio todo se iluminar, e obviamente The Final Countdown, o maior hit da banda e um dos maiores hits da história do rock. >> CONFIRA ENTREVISTA COM EUROPE Tudo foi impecável no show do Europe, mas vale destacar a excelente performance do vocalista Joey Tempest que soube controlar a multidão com maestria e elegância. E por fim chegamos nos dois headliners do festival. Judas Priest e Scorpions dispensam apresentações. Duas potências, basicamente lendas vivas do rock… O show do Judas Priest foi insano. Uma chuva de hits, uma tempestade performática e uma trovoada de carisma de Mr. Rob Halford e companhia. Os caras são deuses e o Rob faz jus ao apelido de “metal god”. No auge dos seus 73 anos, esbanjando saúde, performance, alcance vocal e maestria em controlar a plateia. Inclusive, o público foi um show à parte durante o Judas. >> CONFIRA ENTREVISTA COM JUDAS PRIEST A galera estava ensandecida, cantando tudo, interagindo muito e se entregando de corpo e alma aos clássicos da banda. Era uma espécie de culto acontecendo sob nossos olhos e ouvidos. O show do Judas Priest foi realmente impressionante. E pra fechar a noite da edição histórica de comemoração dos 30 anos do Monsters Of Rock, o Scorpions entregou mais um espetáculo! Estético, visual, sonoro e performático. Tem que ter um jeito de eternizar esses caras, tem que existir uma forma de trazê-los para sempre. O show do Scorpions é um presente pra todos que gostam de rock