André Rossi lança o single “Foda-se” e reflete sobre os desafios do rock independente

O rock nacional ganha um novo grito de liberdade com o lançamento de “Foda-se”, single de André Rossi que chegou nesta sexta-feira (26) em todas as plataformas digitais pelo selo Base Company. A faixa vem acompanhada de videoclipe dirigido por Lucca Mendonça e pelo próprio artista, gravado na BASE.CO, em São Paulo. Com apenas 25 anos, Rossi já é apontado como uma das novas apostas do gênero no Brasil. Nascido em Muzambinho, no interior de Minas Gerais, ele se mudou para São Paulo em busca de expandir horizontes e transformar em realidade o sonho de viver da música. “Eu sentia que já tinha explorado tudo na minha região, os mesmos bares, as mesmas pessoas. Vim para São Paulo porque aqui eu encontrei uma galera que me entende mais e porque o centro cultural do rock e do skate está aqui”, conta em entrevista ao Blog N’ Roll. O novo single é um manifesto contra pressões externas e julgamentos. “O refrão já diz: ‘Foda-se a sua intenção, me entrego de alma e coração’. É sobre se entregar pro teu sonho, não se prender a opiniões e não viver refém da validação dos outros. É um grito de liberdade”, explica o cantor. Com sonoridade explosiva que remete ao pop punk dos anos 2000, a música carrega influências de Blink-182, Sum 41 e Offspring. Desafios de um artista independente Apesar da energia da novidade, a caminhada de um artista independente não é simples. Rossi lembra que, mesmo com as plataformas digitais, a sustentabilidade da carreira exige criatividade e resiliência. “Hoje em dia o Spotify não banca a carreira do artista independente. O YouTube não banca a carreira do artista independente. E malemar as casas de show conseguem pagar. O maior desafio é o financeiro”, desabafa. A saída foi se reinventar. Antes de consolidar seu espaço na cena musical, o cantor trabalhou em produção de festivais como Lollapalooza e The Town, além de ter se formado em Publicidade e Propaganda para se manter em São Paulo. “Eu fazia trabalhos de design, de produção, tudo pra conseguir sustentar o sonho”, relembra. Ainda assim, Rossi acredita que as redes sociais abriram novas possibilidades. “Hoje a gente tem muito as redes a nosso favor. Mostrar a visão, as ideologias, é um caminho pra se conectar com o público. Mas como objetivo maior, acho que é abrir pra uma banda grande e depois ser headliner de um festival foda. Esse é o sonho”, afirma. Caminho para o primeiro álbum “Foda-se” é apenas o começo do próximo capítulo da trajetória de André Rossi. O cantor prepara o disco “Errado é Não Correr o Risco”, que trará 11 faixas inéditas. “O álbum fala sobre a minha luta de ter saído do interior e corrido atrás do meu sonho. Errado seria não tentar. É um trabalho que mistura pop punk, ska, hardcore, surf music, tudo que consumi na vida inteira. É um disco de rock no sentido mais amplo”, adianta. Animado com a nova fase, Rossi resume seu momento em uma frase: “Quero que a galera se sinta representada nesse grito de liberdade. Porque, no fim das contas, errar seria não correr o risco”.

Djavan lança “Um Brinde”, primeiro single de seu 26º álbum de estúdio

Djavan apresentou Um Brinde, primeiro single de Improviso, seu 26º álbum de estúdio. O projeto, com lançamento confirmado para 13 de novembro, reúne 12 faixas e marca um novo capítulo na trajetória do artista. A canção mistura pop e jazz, com o suingue característico do cantor alagoano, unindo poesia e sofisticação musical em versos como “Ir atrás do amor é um jazz / Mas se você quiser me seguir / Tudo é mais simples que beijar sem morder”. Gravada com um time de músicos de longa parceria, Um Brinde reúne Felipe Alves (bateria), Marcelo Mariano (baixo), João Castilho (guitarra), Paulo Calasans (piano), Renato Fonseca (teclado), Jessé Sadoc (trompete), Marcelo Martins (sax tenor) e Rafael Rocha (trombone), além do próprio Djavan em voz e violão. Como parte do lançamento,  o cantor apresentou no TikTok a ação “Improvise com Djavan”, no início deste mês. O artista liberou um trecho de um minuto de “Um Brinde”, cantado sem letra e convidou os fãs a criarem novas versões a partir da melodia inédita. A iniciativa, que antecipou o lançamento oficial da faixa, teve ótimo engajamento e aproximou ainda mais novas gerações de ouvintes à sua música. Com Improviso, Djavan segue explorando novas sonoridades e reafirmando seu lugar único na música brasileira, em plena atividade criativa, às vésperas de celebrar 50 anos de carreira em 2026.

Carla Mariani lança “Fool Blues”, single que mistura crítica política com potência sonora

LAETÍCIA BOURGEOIS A cantora e compositora santista Carla Mariani está de volta com um novo single. A música Fool Blues, lançada no YouTube na noite de segunda-feira (22) e disponível em todas as plataformas a partir de hoje (23), traz à tona um desabafo coletivo sobre a política brasileira, com uma sonoridade que mescla o blues com o rock pesado.  Com arranjos que variam entre guitarras marcantes e uma performance vigorosa, além de uma produção visual de alta carga simbólica, a faixa promete não apenas conquistar o público, mas também estimular reflexões sobre não esquecer sua verdadeira essência – mesmo vivendo em uma época em que muitos tentam apagá-la.   A canção, com letra marcante, relata o cenário político brasileiro desde 2018. “É um relato de tudo que tem acontecido em nosso país desde 2018. A música representa um grito por direitos, por querer se reconectar consigo mesmo, mesmo depois de rasteiras que a vida dá – principalmente vindas de quem deveria lutar com a gente: políticos. Quem assistir ao clipe vai perceber que ele é bem literal em relação ao que penso sobre a relação entre população e políticos”, explica Carla Mariani. Para a artista, a mensagem central de sua canção é a resiliência mesmo em tempos difíceis e a necessidade de nunca esquecer quem somos e onde queremos chegar. “Quero despertar, a princípio, indignação em quem escuta e, ao final, resistência em meio a uma época onde nossos direitos estão em risco”. O gênero único presente no single mistura a forma do blues com hard rock, com solos rápidos e voz alternando entre potência e suavidade. O estilo atraiu a cantora por ser uma junção perfeita de tudo o que a inspira e agrada. “Gosto muito de blues por toda sua história de resiliência e luta por igualdade e, sonoramente falando, sou fã do rock com guitarras pesadas. Então essa junção, para mim, é perfeita”.  Entre as inspirações e referências para este trabalho estão os cantores e compositores Etta James, Janis Joplin e Chuck Berry, além da banda de hard rock Van Halen. As guitarras pesadas do single são executadas pelo artista Luiz Oliveira. Segundo Carla, Fool Blues não é um lançamento isolado e fará parte de um álbum no futuro. A artista, que começou seus trabalhos autorais em 2017 – com o lançamento do EP Time – já lançou um álbum, dois EPs e diversos singles, tornando-se referência na cena musical da Baixada Santista e consolidando-se como uma das vozes mais expressivas do blues contemporâneo.

Sophia Chablau e Felipe Vaqueiro anunciam disco com single “Viciado em Carinho”

Sophia Chablau e Felipe Vaqueiro anunciaram o primeiro disco da parceria e adiantaram o single Viciado em Carinho, um lançamento selo RISCO (BR) em parceria com a Cuca Monga (PT). Eleger Viciado em Carinho como single foi uma escolha que se deu muito organicamente. Além da essência vibrante e dançante da faixa, ela se trata de uma das primeiras composições em parceria assinadas pela dupla Chablau e Vaqueiro. A faixa, chega com um videoclipe com os bastidores das gravações realizadas no Estúdio Canoa, em São Paulo e traz as participações dos músicos Biel Basile, que gravou a bateria e Marcelo Cabral, no baixo, além de Gui Jesus Toledo, dono do estúdio e um dos sócios do selo RISCO, Helena Ramos e a cachorra Pipa. Concebida e editada por Dora Vinci e Isabela Besen, o vídeo tem captação de imagem das duas e de Sophia, Vaqueiro e Gui Jesus. Escrita em março de 2024, a composição é fruto dos dias compartilhados em São Paulo, quando Felipe estava hospedado na casa de Sophia. Esse período durou cerca de três semanas e foi marcado por muitas tardes tocando, arranjando, compondo e ensaiando para o primeiro show que fariam juntos no Museu de Imagem e Som de São Paulo. Viciado em Carinho é o resultado material de uma dessas tardes na Vila Sônia em que, entre ensaios e conversas, os dois compositores foram escrevendo verso a verso, ali na hora, duelando e brincando com as palavras. “Esse momento foi importante pra gente, inclusive pra ganhar intimidade enquanto dupla que trabalha, projeta e ajusta junto uma ideia, que entende e respeita os limites, desejos e vontades um do outro. Essa intimidade foi um pré-requisito pra gente se lançar juntos nessa loucura que é fazer um álbum”, traz Felipe Vaqueiro. Sobre a gravação, Sophia afirma: “Adoro que é a gente tocando todos juntos ao vivo, acabei gostando das imperfeições desse take. É bem sincero e tem a ver com a gente tocando realmente, tem esse frescor do ao vivo e de como a música surgiu”. O single antecede o novo disco Handycam, de Sophia Chablau e Felipe Vaqueiro, que sai em outubro com 11 faixas inéditas.

Samwise inaugura nova fase com o single Medidas de Emergência

A Samwise lançou a música Medidas de Emergência, single que também marca um ponto de virada na trajetória da banda, com nova formação e um sonoridade ainda mais enérgica. Intensa e carregada de emoção, a música aborda o dilema universal de insistir em situações que já perderam o sentido, mas que ainda relutamos em deixar para trás. Medidas de Emergência, a música de número seis da trajetória da Samwise, resgata a base da banda, com sonoridade animada, com um refrão grudento. Foi gravada em 2025, com captação, mixagem e masterização no estúdio de Gabriel do Valle. A produção mescla peso e sutileza, resultando em uma sonoridade que pulsa urgência. Os vocais alternam entre a entrega frágil e a explosão de energia, enquanto os instrumentos constroem atmosferas que caminham do caos ao alívio, traduzindo musicalmente o conflito narrado pela letra. É ainda a música que marca a nova formação, com a entrada de Vinicius Rhein no baixo e Matheus Silvério na guitarra. Completam a formação Thiago Silva (vocal) e Thiago Quina (guitarra).

Yungblud e Aerosmith liberam primeiro single do EP One More Time; ouça My Only Angel

O primeiro single do EP colaborativo entre Yungblud e Aerosmith, One More Time, já está disponível nas plataformas de música digital. A faixa escolhida é My Only Angel, que antecipa o trabalho completo que será lançado em 21 de novembro. Produzido por Matt Schwartz, o EP traz quatro faixas originais coescritas pela banda e Yungblud (com ambos os vocalistas dividindo os vocais), além de uma versão explosiva do clássico Back In The Saddle. Ouça My Only Angel A canção abre com os vocais poderosos de Tyler a cappella, perguntando: “Will you cry, if I called you my angel? Would you leave me one more time? (Você choraria, se eu te chamasse de meu anjo? Você me deixaria mais uma vez?)”. Em seguida, entram guitarras com ecos suaves sobre uma batida firme, baixo pulsante e notas delicadas de piano. Yungblud e Tyler conduzem juntos o refrão hipnótico, até que um solo incendiário de Joe Perry assume, evidenciando a química entre duas gerações do rock. Yungblud (nome verdadeiro Dominic Harrison) conheceu a lendária banda quando gravaram juntos uma versão da faixa épica de nove minutos Hello Heaven, Hello. A química entre os artistas foi imediata. O que seria apenas uma participação especial acabou se transformando em uma sessão de composição que evoluiu para o EP de cinco faixas. Além do single principal, a coletânea mostra o espírito cru de Yungblud colidindo com a musicalidade lendária do Aerosmith: as guitarras de Perry e Whitford soam afiadas com a energia característica, o baixo de Hamilton ancora os arranjos, e a voz inconfundível de Tyler se entrelaça com a de Yungblud em todas as músicas. O baterista Matt Sorum (ex-Guns N’ Roses e Velvet Revolver), amigo de longa data da banda, também participa do EP.

The Lemonheads libera mais um single de Love Chant: Togetherness Is All I’m After

O quarto single de Love Chant, novo álbum do The Lemonheads, já está disponível nas plataformas digitais. O single Togetherness Is All I’m After começa com um impacto sonoro antes de se dissolver em um sussurro final e suplicante: “Baby, don’t blow it.” Entre sua introdução estrondosa e o desfecho dissonante, Evan Dando conduz uma melodia suave e familiar por uma espessa, densa e bela camada de guitarras, cujo impacto não fere, mas constrói a camada turva da faixa. Sua voz adquiriu uma sabedoria desde o último álbum dos Lemonheads, lançado há 20 anos, o que confere à entrega discreta e natural de Togetherness Is All I’m After uma gravidade especial. A faixa foi coescrita por Evan Dando com John Strohm, da banda Blake Babies. Após anos escrevendo, vagando e recomeçando, Evan Dando retorna com Love Chant, o primeiro álbum de estúdio dos Lemonheads em quase duas décadas. Desenvolvido ao longo de muito tempo e moldado por geografias em constante mudança e uma rede de colaboradores de confiança, o disco é uma reafirmação ousada e melódica de uma das vozes mais distintas do rock alternativo. Agora estabelecido no Brasil, onde grande parte do álbum foi gravada, a mudança de Dando nos últimos anos proporcionou uma mudança de perspectiva, uma chance de recomeçar, se reconectar e, finalmente, dar forma a essas canções. O resultado é um disco que soa ao mesmo tempo fresco e familiar: enraizado nas marcas registradas dos melhores trabalhos dos Lemonheads, mas ampliado por anos de vivência e novos cenários. Chegando neste outono juntamente com as memórias de Dando, Rumours Of My Demise (lançamento pela Faber em 6 de novembro), Love Chant, produzido pelo multi-instrumentista brasileiro Apollo Nove, reúne velhos amigos e novos aliados. J Mascis (Dinosaur Jr), Juliana Hatfield e Tom Morgan (como coautor de Deep End) retornam ao círculo, ao lado do produtor Bryce Goggin (Pavement), da artista de Nashville Erin Rae, de John Strohm dos Blake Babies, que coescreveu e tocou guitarra em Togetherness, e de Nick Saloman, da banda The Bevis Frond, compositor e intérprete da joia psicodélica folk Roky. Adam Green, do cultuado grupo nova-iorquino The Moldy Peaches, também contribui como coautor na descontraída incursão country Wild Thing. Nos últimos anos, a influência dos Lemonheads só se aprofundou. Artistas como MJ Lenderman, Courtney Barnett e Waxahatchee já fizeram covers das músicas de Dando, elogiando a clareza emocional, o instinto melódico e a intimidade irônica que definem sua escrita. Essa ressonância entre gerações faz de Love Chant mais do que um retorno — é um lembrete do que fez essa banda ser tão importante desde o início. Love Chant será lançado em 24 de outubro de 2025, via Fire Records. Este é o primeiro álbum de estúdio da banda em quase duas décadas. O disco foi, em grande parte, gravado no Brasil, onde o vocalista Evan Dando reside atualmente.

Adi Oasis transforma o caos em poder no single Silver Lining

A cantora, compositora e multi-instrumentista Adi Oasis lançou o single Silver Lining, em parceria com o produtor Carrtoons. A faixa é um hino funk cheio de groove sobre abraçar o caos e seguir em frente sem esperar o momento perfeito. A inspiração veio de um episódio inusitado: em um show, após perder a mala no aeroporto, Adi subiu ao palco vestindo apenas um roupão de hotel. O que poderia ser um desastre virou um momento histórico, viral nas redes, que mostrou sua autenticidade e resiliência. “Transformei limões em limonada – foi um dos melhores shows da minha vida”, relembra. Silver Lining traduz essa filosofia em música: otimismo reluzente com força e vulnerabilidade, embalado por beats cheios de energia e pela voz magnética de Adi. O single inaugura uma nova fase sonora da artista, mantendo seu DNA de neo-soul-funk, mas expandindo fronteiras criativas ao lado de Carrtoons. Após conquistar o mundo com o elogiado álbum Lotus Glow, Adi Oasis também explorou sua conexão com o Brasil em Cheirinho, colaboração com o duo YOÙN. Composta no Rio de Janeiro durante sua última turnê, a faixa celebra um amor puro e sincero e marcou a primeira vez em que a artista cantou em português, recebendo feedback caloroso das plataformas brasileiras.

“Nada Vai Durar” é o single de estreia da Fatigati, banda que ‘nasce sem pressa, mas com intensidade’

Formada em Poços de Caldas, Minas Gerais, pelo vocalista e guitarrista paulista Michel Angelo, a banda de hardcore melódico Fatigati lançou nesta segunda-feira (15) o single Nada Vai Durar. A música, que mistura elementos do punk e de post-hardcore marca a estreia da banda, composta ainda por Luciano “Shan” no baixo e Elvis Vitório na bateria. De acordo com Michel Angelo, Nada Vai Durar, assinada pelo selo independente Tapebox Records, é um mergulho no luto e na impermanência. “A faixa nasceu da morte repentina de um primo muito jovem e traduz em versos crus a dor de lembrar de quem não volta mais, a raiva diante da finitude e a crítica ao apego a divindades e promessas de salvação que tantas vezes revelam mais hipocrisia do que consolo”, revela o vocalista. “A música reflete a fragilidade da vida como um diálogo interno em colapso, vários eus tentando suportar a ideia de que no fim nada permanece. Ao mesmo tempo, deixa uma reflexão otimista: é justamente porque nada dura, seja dor, sofrimento, alegria, prazer, nascimento ou morte, que vale viver intensamente o agora”. Com mixagem e masterização de Anderson Kabula, da banda Ordinals, de Aracaju (SE), Nada Vai Durar foi produzida pelo próprio Michel Angelo no home studio da banda. Já as vozes foram registradas no Jam Studio com a colaboração de Christian Lago. O vocalista diz que a banda Fatigati nasce sem pressa, mas com intensidade. “A Fatigati não busca seguir fórmulas ou revolucionar a música, mas criar algo honesto, intenso e emocional. O objetivo não é buscar mercado ou números, e sim manter viva a chama da cena underground. Queremos tocar onde fizer sentido, mesmo que poucas vezes ou para poucas pessoas, lançar materiais físicos em pequena escala e inspirar novas bandas”. Confira o vídeo de Nada Vai Durar abaixo