No universo do cinema, uma das coisas mais comuns de se verem é cineastas que fazem vários projetos para idolatrarem o talento de suas cônjuges como protagonistas. E isso realmente está se aplicando em Dave Franco (irmão de James Franco), que em seu terceiro projeto como diretor, Alguém Que Eu Costumava Conhecer, coloca sua esposa Alison Brie como protagonista (embora ela também assine o roteiro com ele, aqui), e justamente em um papel com pitadas dramáticas (se você está esperando um romance, realmente isso não se aplica por aqui).
A história é centrada na viciada em trabalho Ally (Brie), que após retornar a sua cidade natal acaba esbarrando com seu ex-namorado Sean (Jay Ellis) que agora está noivo de Cassidy (Kiersey Clemons). A medida que ela começa a se relacionar com eles, ela vai começando a notar várias coisas em sua vida que realmente valem a pena.
Imagem: Amazon Studios (Divulgação)
Você começa a perceber a tonalidade de produção independente, no momento onde estamos falando de um filme redigido por um casal, dirigido pelo próprio marido, estrelado pela esposa e vários amigos da dupla atuam como coadjuvantes (como é o caso de Danny Pudi, que trabalhou com Brie na série “Community“).
Mas isso não significa que estamos falando de um filme relativamente bom, muito pelo contrário, ele se aplica exatamente no que foi dito no primeiro paragrafo: faz parte de uma reunião de amigos, com o intuito de vender que Alison Brie é uma boa atriz dramática (que realmente já foi comprovado em outras produções). Tudo mostrado aqui, já foi apresentado exaustivamente em varias outras produções, em diversos gêneros (até mesmo em filmes da Mavel/DC). E isso não se torna uma motivação suficiente para o espectador chegar ao final deste longa, sem resolver mudar para outra coisa no Prime Video.
“Alguém Que Eu Costumava Conhecer” termina sendo mais um projeto pessoal na filmografia de Dave Franco e Alison Brie, que acabará sendo esquecido pelo espectador segundos depois de seu término.