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Crítica | Certas Pessoas

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Desde que começaram a surgir os primeiros materiais de divulgação do longa “Certas Pessoas“, muitos se depararam com a curiosidade por se tratar de um projeto cômico estrelado por Eddie Murphy (que está fazendo poucos projetos nos últimos anos).

Com roteiro de Jonah Hill (que além desta função, atua como o protagonista) e Kenya Barris (que assina a direção também), temos a ligeira sensação que eles beberam demais da fórmula já mostrada exaustivamente em Hollywood, e aplicaram pautas polêmicas (como racismo e religião) de uma perspectiva que usuários do Twitter tratam (totalmente regadas a frases feitas e conflitos desnecessários). 

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Após ter confundido Amira (Lauren London) com uma motorista de Uber, o judeu Ezra (Hill) a chama para um passeio e logo iniciam um romance. Porém, eles não imaginavam que teriam de enfrentar diversos problemas com ambas as famílias, uma vez que enquanto os pais dela (Murphy e Nia Long) são militantes anti-racismo, os pais dele (Julia Louis-Dreyfus e David Duchovny) são dois judeus totalmente atrapalhados.

Imagem: Parrish Lewis/Netflix (Divulgação)

Com quase duas horas de projeção, fica complicado você torcer para o casal protagonista, muito menos se simpatizar na trama, devido a falta de interesse que eles transpõe.

Apesar de Murphy estar bem no papel do “sogro extremista” (embora em algumas cenas, ele esteja desconfortável), chega a ser triste vermos nomes como Dreyfus e Duchovny (este é basicamente um figurante) sendo totalmente desperdiçados e entregando cenas bizarras, de tão ruins.

A única sensação que temos é a falta de Hill e Barris terem saído na rua, para verem como funciona uma sociedade fora da bolha da indústria e das redes sociais (uma vez que várias coisas que são mostradas, dificilmente aconteceriam naquele contexto). 

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E este problema, que faz o espectador se cansar da história ainda na metade de sua projeção (mesmo ela estando como mais assistida, a grande maioria deve ter largado o mesmo antes do desfecho), que sequer explora a questão do judaísmo e racismo nos EUA (uma vez que várias sementes são plantadas e nada é brotado).

Certas Pessoas” termina sendo um mais do mesmo, onde o roteiro parece ter sido reciclado de uma discussão fútil do Twitter e com atores cumprindo acordos contratuais com a Netflix.

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