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Crítica | O Exorcista do Papa

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Há alguns anos o ator Russell Crowe não havia se aventurado em um projeto que lhe fosse tão impactante (uma vez que ele só estava pegando papéis como coadjuvante ou pequenas pontas), quanto este “O Exorcista do Papa“. Sob a direção de Julius Avery (“Operação Overlord”), temos um longa de horror que pode parecer clichê em um primeiro momento, só que devido ao trabalho deste na função e do roteiro de Michael Petroni e Evan Spiliotopoulos abre a oportunidade disso tudo ser exercido.

Baseado nos eventos reais que foram retratados no livro “An Exorcist Tells His Story’ and ‘An Exorcist: More Stories“, a história se passa em 1985 e é centrada no Padre Gabriel Amorth (Crowe) um dos mais respeitados exorcistas que residem no Vaticano. Colocado na função pelo próprio Papa, seu posto é colocado em cheque cada vez mais por conta de suas sessões nada ortodoxas e principalmente quando ele é escalado para auxiliar uma família, cujo filho Henry (Peter DeSouza-Feighoney) acaba sendo possuído por um espirito demoníaco.

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Imagem: Sony Pictures (Divulgação)

Começo enfatizando em um primeiro momento o principal nome que ajudou na qualidade positiva deste filme: Russell Crowe. Pela primeira vez estrelando um longa de horror, o veterano se mostra totalmente a vontade no papel, e inclusive coloca um estilo de Sherlock Holmes em sua interpretação (o que faz criarmos um certo carinho e proximidade com o próprio). Mesmo com um elenco de apoio contendo nomes desconhecidos, ele só é ofuscado pelo novato Peter DeSouza-Feighoney, que realmente rouba a cena e possui uma presença digna dentro deste contexto.

Quando a dupla está junta nas cenas de exorcismo, 60% do sucesso da mesma ocorre por conta deles (uma vez que Avery não usufrui de algo inovador ou até mesmo violento/assustador como vimos em “Operação Overlord“). Em contraponto, às cenas que englobam o contexto da trama não ficam enrolando demais ou exigindo muito do espectador. São sucintas e breves dentro do enredo (tanto que a metragem do longa ficou na casa dos 90 minutos), inclusive estamos falando de uma narrativa que se preocupa em contar uma história ao invés de pregar sucessos (como na franquia “Invocação do Mal”).

O Exorcista do Papa” consegue ser uma agradável surpresa positiva, em meio a uma época onde o gênero de terror está cada vez mais desgastado nos cinemas.

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