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Crítica | Órfã 2: A Origem

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Pensem em uma continuação que absolutamente ninguém pediu, e que o estúdio tem a brilhante ideia de colocar a atriz Isabelle Fuhrman mais uma vez vivendo a protagonista (que é uma psicopata, com uma síndrome que a deixe similar a uma menina de oito anos). Durante todo o processo de gravações, o estúdio e a própria atriz postaram várias fotos nos sets mostrando como eles fizeram para deixar a mesma similar a uma criança (seja com sapatos gigantes, até mesmo jogos de câmera). Mas isso não é suficiente para “Órfã 2: A Origem“, se tornar um filme convincente.

A história se passa em 2007 (dois anos antes do original), quando a psicopata Leena (Fuhrman) consegue fugir do hospital psiquiátrico onde se encontrava internada. Ciente que ela pode se passar como uma criança órfã, ela descobre que uma família teve sua pequena filha Esther, desaparecida há bastante tempo. Então, ela acaba assumindo a identidade desta.   

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Imagem: Diamond Films (Divulgação)

Em seus primeiros minutos de projeção, sentimos aquela atmosfera de um possível filme de suspense que poderá ser tão bom quanto o primeiro. Devido a primeira cena de Leena e uma psiquiatra (Gwendolyn Collins) ser regada a tensão, mas indiretamente vemos que ao mesmo tempo temos um ar clichê, pois o arco se passa na Russia e a fotografia de Karim Hussain nos jogar tons acinzentados e depressivos (que sempre representam o país, neste tipo de produção). Isso foi um sinal, para tamanha qualidade precária que estaríamos prestes a ver.

Logo após, existem várias situações que conseguimos ver o quão amador é o trabalho para transformar Fuhrman em uma criança, uma vez que não apenas os sapatos altos e jogos de câmera são usados, como também dublês infantis de corpo (com o rosto da atriz, sendo colocado por um CGI amador) e até mesmo bonecos mecatrônicos (que se assemelham ao boneco Chucky). Os fatores poderiam ter passado despercebido, se a edição de Josh Ethier não fosse tão porca (uma vez que os enquadramentos do diretor William Brent Bell, também fazem questão de enaltecer estes erros).

Isso porque ainda não entrei no problemático roteiro de David Coggeshall, que só falta taxar o seu espectador de “burro”, em momentos contínuos (princialmente que tudo poderia ser resolvido com uma atitude simples, nos minutos iniciais). E chega determinado arco, onde o terror é trocado pela comédia (inclusive, em vários momentos me peguei aos risos de tão esdruxula que estava sendo a retratação).

“Órfã 2: A Origem”, certamente é uma produção que foi concebida apenas devido a falta de originalidade na industria, e no aparente ganho financeiro que teria como retorno. Mas nos entrega um filme de horror tão precário, que vira uma comédia pastelão.

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