Crítica: Regras para repetir filme bom com Zumbilândia: Atire Duas Vezes

Crítica: Regras para repetir filme bom com Zumbilândia: Atire Duas Vezes

Os fãs de Zumbilândia, filme de comédia e terror de 2009, sabem que para sobreviver ao apocalipse zumbi é preciso seguir algumas regras de Columbus (Jesse Eisenberg), uma das figuras centrais da trama.

Agora, dez anos depois, o diretor da franquia Ruben Fleischer e os roteiristas Rhett Reese e Paul Wernick parecem ter seguido algumas regras para entregar um filme tão divertido quanto o primeiro. Zumbilândia: Atire Duas Vezes não traz nenhuma grande novidade, mas agrada com repeteco.

Manual de regras do Zumbilândia

1. Cardio

Algumas cenas dessa continuação são realmente de tirar o fôlego. O que dizer da disputa pela morte de zumbi do ano? A tradicional competição está de volta. Chamada de morte de zumbi da semana, agora ganhou outra dimensão. Tallahassee (Woody Harrelson) até tem um concorrente de peso.

Em um dos momentos mais divertidos, um matador italiano atrai um grupo de três zumbis para atacar uma família de “turistas” (manequins) na frente da Torre de Pisa. Os monstros, distraídos tentando comê-los, são esmagados pelo monumento que é implodido pelo responsável da armadilha.

Não darei spoiler, mas existem momentos mais impressionantes até a reta final do filme.

2. Não tenha medo de pedir ajuda

Se o elenco principal (Woody Harrelson, Jesse Eisenberg, Emma Stone e Abigail Breslin) dá conta do recado, imagina se eles contam com ajuda.

Aqui, o reforço vem com a badass Rosario Dawson (dona de um hotel temático de Elvis Presley em Graceland), Luke Wilson e Thomas Middleditch (quase clones de Columbus e Tallahassee), além do imbatível Bill Murray.

3. Aproveite as pequenas coisas

Apesar de não ser o grande mérito do filme, Zumbilândia: Atire Duas Vezes traz referências divertidas de filmes, músicos, séries e físico.

Vai do zumbi Homer (Simpsons), que não representa nenhuma ameaça, ao mortos vivos imbatíveis como o Terminator (Exterminador do Futuro). Isso sem falar nos inteligentes, como Stephen Hawking.

O namorado de Little Rock (Abigail Breslin) também é alvo de zueira. Além de enganar a mais jovem do grupo se apropriando de músicas clássicas de Bob Dylan, ele nasceu em Berkeley (Califórnia). E isso basta para o bullying de Tallahassee. Músico, hippie, pacifista é como o personagem de Harrelson rotula os moradores de Berkeley, berço revolucionário da Califórnia.

4. Cuidado com os banheiros

Se você não tem muita resistência para cenas grotescas, pode vir a recorrer ao banheiro. Ou mesmo se deparar com alguém chamando o Hugo.

5. Ter um parceiro casca grossa

Vale tanto para o elenco como os realizadores. Afinal, os dois roteiristas e o diretor parecem ter nascido um para os outros.

Poderia ficar o dia todo brincando de Columbus para falar sobre o filme a partir de regras, mas prefiro deixar as surpresas para os fãs nos cinemas.