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Crítica | Thor: Amor e Trovão

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Depois de “Vingadores Ultimato“, Thor (Chris Hemsworth) é o único personagem que continuou tendo sua história contada nos cinemas, com este “Thor: Amor e Trovão“. Como as gravações foram adiadas por umano, por conta do cenário global de 2020, o cineasta Taika Waititi (que também havia escrito e dirigido “Thor Ragnarok“) comentou que aproveitou a época de isolamento para mexer no roteiro e colocar algumas coisas “em ordem”. Só que durante a exibição deste filme, foi notado de tudo, menos esta organização.

A história começa exatamente onde a trajetória de Thor havia parado, com o mesmo viajando junto dos “Guardiões da Galáxia” e focado em salvar diversas populações à sua maneira. Mas ele acaba tendo seu caminho cruzado com sua ex-namorada Jane Foster (Natalie Portman), que agora voltou sob o manto de Poderosa Thor e empunhando seu antigo Mjölnir. Em meio às dúvidas de sentimentos, a dupla terá de enfrentar o misterioso vilão Gorr (Christian Bale).    

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Imagem: Marvel Studios (Divulgação)

Começo enfatizando que o cineasta Taika Waititi estava ciente que não iria fazer um filme, e sim um conjunto de esquetes do personagem Thor. Porque absolutamente nenhum arco nos faz sentir uma certa preocupação e até mesmo consegue criar uma atmosfera para nos importarmos com algum dos protagonistas, inclusive a própria Jane (cuja caracterização era necessária ter uma carga dramática melhor, e ela sequer parecia alguém em condição enferma). Tanto que a sensação é de que tudo poderia ter sido apresentado apenas como uma série de vídeos no Youtube, no canal da Marvel Studios.    

Agora, quando partimos para a caracterização do vilão Gorr, vemos que apesar de Christian Bale entregar uma boa performance, o mesmo acabou sendo totalmente desperdiçado. Não conseguimos sentir sua presença como ameaçadora, e sua motivação é totalmente genérica. Seus momentos de embate com Thor, não chegam a transpor emoção e inclusive, tudo é feito esporadicamente e jogado. Inclusive, este funciona perfeitamente com os “Guardiões da Galáxia” (cuja breve aparição é uma das melhores coisas do filme), e rende momentos divertidos.

Porém, como todo bom truque de Blockbuster a trilha sonora explora colocar músicas famosas do Guns ‘n Roses e outras bandas populares, com o intuito de fazer com que a mente do espectador faça ele ter uma sensação de estar gostando de tudo aquilo (enquanto no fundo, não deve). E os erros ainda não param, pois Waititi volta a resgatar piadas do terceiro filme (nem a piada envolvendo o teatro Asgardiano funciona) e do próprio “Vingadores Ultimato“, apenas por pura preguiça e falta de criatividade. Risos são trocados por bocejos, assim como as gritarias do público em cenas que tinham potencial (como o Zeus vivido por Russell Crowe, que estava bem no papel, inclusive), são trocadas por sensações fúnebres.

Thor: Amor e Trovão” se mostra como mais uma bomba da Marvel Studios, e como o estúdio está totalmente perdido em relação a continuar contando as histórias de seus icônicos protagonistas.

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