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Falando Série - Lucas Krempel

(Des)encanto traz piadas ácidas e várias referências pop

FERNANDA DURANTE

Matt Groening é conhecido por ser o criador das famosas séries Os Simpsons e Futurama. Agora, mais um título entra para sua lista: (Des)encanto. A nova produção, feita em parceria com a Netflix, conta com os mesmos traços característicos das duas anteriores, mas a história se passa na época medieval. A primeira parte, com dez episódios no total, mostra a trajetória de Bean (Abbi Jacobson), uma princesa do reino mágico de Dreamland.

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Mas, se engana quem pensa que ela segue o estilo princesinha da Disney. Bean é independente, despojada, rebelde, não quer aceitar o casamento arranjado pelo seu pai e adora passar o tempo bebendo muita cerveja.

A série também nos apresenta Elfo (Nat Faxon), um elfo que vive em um vilarejo feliz e cheio de doces. Cansado de viver em um lugar com tanta felicidade e com vontade de “chorar lágrimas salgadas”, Elfo abandona seus semelhantes para descobrir as “verdades amargas” do mundo real.

Completando o trio de protagonistas, chega Luci (Eric André), o pequeno demônio pessoal de Bean (que ela ganha de presente no dia de seu casamento). Ele representa aquela vozinha má dentro da cabeça da princesa, que dá diversos conselhos errados e coloca os outros personagens em confusões.

Apesar de ser uma criação de Matt Groening, não é aconselhável que os fãs de Os Simpsons e Futurama assistam a (Des)encanto com a expectativa de encontrar uma narrativa parecida. Os episódios têm arcos separados e que demoram para acrescentar algo a trama principal. É como se um episódio não tivesse uma grande ligação com o seguinte, o que pode ser um problema para algumas pessoas.

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O politicamente incorreto e as piadinhas ácidas também marcam presença na nova animação da Netflix. Muitas delas satirizam o próprio período medieval, falando da Peste e de guerras que duram anos, e rendem boas risadas. 

(Des)encanto tem boas referências (como Game of Thrones e Monty Python em Busca do Cálice Sagrado), questiona padrões da nossa sociedade, faz piadas que divertem, mas não entrega o seu melhor. A Netflix já encomendou a segunda parte, com mais dez episódios, que deve ajudar a série a caminhar mais.

https://www.youtube.com/watch?v=uSNuEK3G2xI

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