Adaptar uma série para os quadrinhos é sempre um desafio difícil. No caso de Walking Dead, quem já lia as histórias tinha como objetivo principal ver como seria a adaptação para as telinhas. Foi assim com as mortes de vários personagens queridos e vilões. Há tempos, no entanto, a produção exibida pela Fox passou a despencar na audiência norte-americana. É um recorde negativo atualizado por temporada. Temendo o pior, trocaram os principais cabeças da série (o criador, Robert Kirkman, deixou a AMC, responsável pela exibição nos Estados Unidos) e por aí vai.
Na última temporada, a oitava, acompanhamos os primeiros reflexos dessas mudanças no comando. Carl (Chandler Riggs), filho de Rick (Andrew Lincoln), o protagonista da produção, morreu após uma mordida de zumbi (sim, aqueles que não botavam mais medo em ninguém). Tirar de cena um personagem tão querido do público não me pareceu algo muito inteligente, visto que a audiência seguiu naufragando.
O problema é que quando resolveram seguir fiéis ao roteiro original, o resultado também foi bizarro. O combate entre Rick e o poderoso vilão Negan (Jeffrey Dean Morgan) não transmitiu emoção alguma para os fãs.
Conhecida por deixar muitos spoilers serem vazados (propositalmente ou não), Walking Dead inicia sua nona temporada, neste domingo, às 22h30, na Fox. E fazendo valer a máxima que a queda da audiência não está relacionada aos improvisos no roteiro, Rick parece ter o seu fim definido. Para quem não acompanha os quadrinhos, vale lembrar que Rick segue vivo e comandando a linha de frente.
Manter o protagonista vivo após uma chuva de spoilers seria uma bela sacada, mas isso não parece que vai acontecer. O ator já avisou inúmeras vezes que pretendia voltar para a Inglaterra, o que inviabilizaria a sua sequência. Ele prometeu voltar para dirigir um episódio. Vamos aguardar!