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Crítica: IT volta menos assustador, mas com atenção maior nos personagens

Em 2017, o remake de IT: A Coisa, clássico inspirado na obra do mestre do suspense Stephen King, alcançou o título de filme de terror com a maior bilheteria da história dos Estados Unidos, com US$ 266 milhões. Desbancou filmes como O Exorcista, Corra!, A Bruxa de Blair e Invocação do Mal. No mundo, a arrecadação alcançou espantosos US$ 700 milhões.

É cercado dessa expectativa que o Capítulo Dois chega aos cinemas hoje. Para os fãs de Stranger Things, o filme é um prato cheio. Cá entre nós, a série da Netflix bebeu muito nessa fonte. Escrevo isso justamente para tentar tirar a resistência que muitas pessoas têm com filmes de terror.

O segundo filme da nova fase de IT é menos assustador. Conquista mais pela consistência da história e a forma como os elencos infantil e adulto conseguem guardar tantas semelhanças.

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Vinte e sete anos depois do Clube dos Otários derrotar Pennywise, ele volta a aterrorizar a cidade de Derry mais uma vez. Agora adultos, os Otários há muito tempo seguiram caminhos separados.

No entanto, as crianças estão desaparecendo novamente. Então Mike (Isaiah Mustafa e Chosen Jacobs), o único do grupo a permanecer em sua cidade natal, chama os outros de volta para casa.

Traumatizados pelas experiências de seu passado, eles devem dominar seus medos mais profundos para destruir Pennywise (Bill Skarsgård) de uma vez por todas.

Quem acompanhou o primeiro filme conhece a história. Sabe que a maior arma para derrotar o Pennywise é não ter medo dele. Esses sete protagonistas sabem muito bem lidar com isso. Por isso a insistência de Mike.

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Transição do elenco de IT

E aí entram as curiosidades da transição dos elencos. Ben ( Jay Ryan e Jeremy Ray Taylor), que sofria muito com as piadas por conta do peso, virou arquiteto e galã da turma. Richie (Bill Hader e Finn Wolfhard) agora é uma estrela do stand-up comedy. E segue sendo um dos mais divertidos da turma.

Os demais também são bem sucedidos. Bill (James McAvoy e Jaeden Lieberher), o ex-líder da turma, virou escritor e casou com a estrela de cinema Audra Phillips. Beverly (Jessica Chastain e Sophia Lillis), a única menina do grupo, é uma designer de moda que sofre com o relacionamento abusivo com o marido.

Eddie (James Ransone e Jack Dylan Grazer), que desde pequeno era hipocondríaco, agora dirige uma empresa de limusine bem-sucedida em Nova York. Stanley (Andy Bean e Wyatt Oleff) tornou-se sócio de uma grande firma de contabilidade sediada em Atlanta.

Ao longo das 2h50 de filme, as cenas intercalam entre o momento atual, com o elenco adulto, e flashes da infância, com os atores do primeiro longa.

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Entretanto, mesmo com essa duração maior, o filme não é cansativo. Tem um bom andamento, intercalando boas cenas de tensão com momentos divertidos dos amigos.

É importante ressaltar, também, o cuidado que os realizadores tiveram em abordar até personagens secundários, como o sociopata Henry (Teach Grant e Nicholas Hamilton). Essa é uma característica muito importante nas obras de Stephen King. E o diretor argentino Andy Muschietti faz isso muito bem.

Um terceiro filme do IT está praticamente descartado. Não faz o menor sentido mesmo dar sequência nisso. Fechou bem o ciclo com o Capítulo Dois. Que venham mais adaptações de Stephen King.

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