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Válvula de Escape - Pablo Mello

Válvula de Escape #53 – A ansiedade pelo disco novo d’O Terno

O Terno é uma daquelas bandas que mora no coração de quase todo mundo que curte o indie brasileiro (se é que isso, de fato, existe né? – a nomenclatura, no caso). Eles já tinham certo destaque quando, em 2016, firmaram-se como queridinhos ao divulgar o álbum Melhor Do Que Parece. Um disco que trazia a banda para um viés mais pop, mas que ainda flertara com todo saudosismo setentista que pairava até nos timbres das canções.

Pode-se dizer ainda, que o primeiro álbum solo do vocalista Tim Bernades, intitulado Recomeçar e lançado em 2017, é uma especie de antítise lírica ao Melhor Do Que Parece. Digo isso porque ambos cruzam-se em termos de sonoridades e letras. O disco da banda é mais otimista e solar enquanto o trabalho solo de Tim soa melancólico.

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Essa grande junção de fatores naturalmente proporcionou uma incerteza demasiada sobre o que viria num possível álbum seguinte do trio. E pois bem, aparentemente obtemos uma espécie de casamento entre ambos os trabalhos citados anteriormente. Isto ficou com claro nos singles Nada/Tudo e Pegando Leve, que recentemente anunciaram que o disco atrás/além eera lançado no próximo dia 23 de abril.

O primeiro ganhou um lyric-video chamativo, onde os tons amarelos desfaziam-se até formar uma extensa faixa branca sob a tela – claramente significando a transição da banda para sua nova era. Pegando Leve, por sua vez, saiu já com videoclipe. E senhores.. que lindeza!

Apesar de ambientar-se apenas num barco e na sua passagem por Santos (SP),  todo o audiovisual expressa bem a nova cara da banda ao trazer uma fotografia nostálgica e simultaneamente atraente por todas suas cores e afins. Ou seja, O Terno segue saudosista como sempre foi. Porém, agora também é “atual”. Os seus timbres expressam isso. As melodias são menos “pops” que o disco anterior, é verdade. Mas hoje podemos ouvir a voz de Tim Bernades com muito mais clareza. As letras são outro ponto que ainda vale atenção devido a sua respectiva simplicidade, além das auto referências explicitas ao citar o baterista  “Bielzinho” e trechos de canções como Aí Ai Como Eu Me Iludo e Recomeçar.

  1. Resumindo, a ansiedade para ouvir este disco, já pulsa e muito por aqui.

 

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