Antes de qualquer coisa é preciso dar um recado: caso role uma identificação com os locais mostrados na série, saiba que sim, se trata de Santos. Não foi inteiramente gravada aqui, mas a produção da Netflix passou alguns dias na Cidade explorando o Centro Histórico, que segue encantando as produtoras. Tal como tantas outras novelas e séries de época.
Ambientada no final dos anos 1950, Coisa Mais Linda acompanha a história de Maria Luiza (Maria Casadevall), paulistana rica que se muda para o Rio de Janeiro para abrir um restaurante com o marido. Ao chegar, ela descobre que ele a abandonou e fugiu com todo o dinheiro.
Malu fica desesperada, mas se recupera e embarca em um novo sonho em meio à energia da cidade que assiste ao surgimento da bossa nova, muito provavelmente o maior acontecimento da história da música brasileira.
Em sua jornada, ela conta com três mulheres incríveis: a amiga de infância Lígia (Fernanda Vasconcellos), que tem uma bela voz; Adélia (Pathy Dejesus), uma carioca batalhadora e determinada; e Thereza (Mel Lisboa), uma escritora moderna e independente.
Se em alguns casos, a Netflix, por mais que se esforce não consegue montar uma série que seja atraente para o público internacional, Coisa Mais Linda vai totalmente de encontro com a proposta da gigante do streaming. Afinal, não podemos nos esquecer que se trata de uma plataforma que lança produções para 197 países, simultaneamente. Existe, inclusive, uma equipe formada por gringos, que avalia todo o material lançado e vê se alguns diálogos, por exemplo, fazem sentido em outros países.
Feminismo precoce, origem da bossa nova e sua ligação com o jazz, além de muita emoção garantem esse trunfo.