Depois de Micheque, Detonautas ataca falsos cristãos em Mala Cheia

O Detonautas Roque Clube segue extremamente crítico em suas letras novas. Após Fica Bem, Carta ao Futuro e Micheque, Tico Santa Cruz e companhia chegam com os dois pés no peito dos “falsos cristãos”. Em Mala Cheia, single lançado nesta sexta-feira (9), a porrada é bem direcionada. “Nem os crente te aguenta mais. Vê se deixa Jesus Cristo em paz. Tu é o próprio satanás. Casa com a Flordélis que é o melhor que você faz“, canta Tico em um dos trechos da faixa. Mala Cheia ganhou um videoclipe que dialoga com os últimos vídeos dos lançamentos anteriores. Realizado pela agência Seven Content, tem direção artística de Tico Santa Cruz e Victor Barão, que também assina a edição. A produção ficou com Fábio Masson e Bruno Alves. “Nosso objetivo é exaltar a figura e a palavra de Jesus Cristo, que pregava a paz, a união, o amor e a caridade. Não estamos contra nenhuma religião, mas nossa referência para Mala Cheia é a passagem de Lucas 19:45-48, que deve ser lembrada. Onde diz: “… Está escrito: A minha casa será casa de oração; mas vocês fizeram dela ‘um covil de ladrões“, reflete o vocalista. Confira o videoclipe de Mala Cheia abaixo.

Goldfinger surpreende fãs com single Wallflower; Ouça!

Após lançar uma série de vídeos de clássicos da banda, todos à distância, o Goldfinger surpreendeu os fãs com um single novo. John Feldmann e companhia divulgaram nesta sexta-feira (9) a faixa Wallflower. A canção é a primeira revelada do novo álbum do Goldfinger, que deve se chamar Don’t Look Back e será lançado pelo selo Big Noise. A previsão é que chegue ao streaming ainda este ano. Em resumo, Wallflower segue um caminho muito parecido com as canções de The Knife, último álbum da banda, lançado em julho de 2017. Em entrevista ao Alt Press, Feldmann disse que lançar o single de surpresa não foi nenhuma estratégia de marketing para divulgar o novo álbum. “Eu escrevo a música e quero que saia, quer dizer, é realmente básico. Eu sinto que somos um legado. Não estou tentando competir com o lançamento de Machine Gun Kelly (Tickets To My Downfall), que fez um álbum fantástico. Goldfinger não está mais naquela estratosfera, então isso é para os fãs. Acabamos de fazer isso para os fãs e espero que as pessoas gostem”. Sobre o último álbum, o vocalista do Goldfinger falou do impacto dele na carreira da banda. “The Knife foi um álbum muito importante para mim, porque foi realmente um álbum que fiz sozinho. Eu trabalho tão intimamente com Travis Barker em tantos projetos, e ele simplesmente me fez o maior favor tocando bateria nisso. Éramos realmente apenas eu e ele. Pelo menos a gênese do projeto era apenas eu e ele. E se tornou um dos meus, se não meu álbum favorito”.

Crítica | Where Only Gods May Tread – Ingested

Existem bandas que realmente parecem preocupadas em dar um passo adiante, sair de sua zona de conforto e tentar algo diferente, mesmo que o risco seja perder alguns fãs. Os ingleses do Ingested com certeza estão entre elas. Formados em 2006 com o propósito de executar o metal mais extremo possível, eles não se limitaram a copiar os clichês do death ou do black metal. Juntaram elementos desses dois estilos e ainda uma dose generosa de metal moderno, deathcore, slam, e tudo mais que o leitor possa imaginar. A lição chega ao seu quinto capítulo em 2020, com o lançamento de Where Only Gods May Tread. Mesmo que a banda possa desagradar aos mais puristas, devido ao som extremamente moderno e executado com precisão cirúrgica, é impossível tapar os olhos (e ouvidos) aos vocais incrivelmente agressivos de Jay Evans, às poderosas mãos direitas dos guitarristas de Sean Yates e Sean Hynes – que nem precisam de solos para mostrar o quão são habilidosos -, e às poderosas batidas de Lyn Jeffs, mesmo não soando tão orgânicas quanto os velhos trabalhos do estilo, a evolução é inevitável. E sobram mudanças de tempo, arranjos inusitados, breakdowns e muita violência e pancadaria sonora. Isso posto, ouça músicas realmente convincentes como Follow The Deceiver, Impeding Dominance, The List e a melhor faixa do álbum, Another Breath, que conta com a participação especialíssima de Kirk Windstein, do Crowbar. E o Ingested mostra que está preparado para o início da nova década. Where Only Gods May TreadAno de Lançamento: 2020Gravadora: Unique Leader RecordsGênero: Brutal Death Metal/Deathcore/Slam Faixas:1-Follow The Deceiver2-No Half Measures3-Impeding Dominance4-The List5-The Burden of Our Failures6-Dead Seraphic Forms7-Another Breath8-Black Pill9-Forsaken in Desolation10-Leap of The Faithless

Crítica | Padecer – Payback

Vem da boa e velha Belo Horizonte o quarteto Payback, que debutou no cenário nacional com o EP Toxic War, em 2012. Algumas mudanças na formação e a banda lança seu primeiro álbum completo, Padecer, em 2020. O time conta com Daniel Tulher (baixo e voz), Nicolas Evangelista e Igor Gustavo (guitarras) e Lilo William (bateria). Ao observamos a capa do álbum, o título das músicas, o logotipo da banda e o visual dos músicos, fica fácil adivinhar o estilo praticado pelos mineiros. Sim, é thrash metal, tradicional e puro, mas que não deixa de acenar para a modernidade, a exemplo do que fazem ( e bem) bandas como Power Trip e Municipal Waste. Outro fator positivo são as letras, muito bem escritas e que carregam consigo um engajamento social, algo que as bandas de thrash sempre foram craques. Padecer conta com trinta minutos de pancadaria, tempo mais do que suficiente para os thashers mineiros deixarem seu recado. Se alguém lembrou de vários clássicos do thrash que possuem a mesma duração, acertou. Alternando sons em inglês e em português, o álbum nos brinda com verdadeiros torpedos thrash, como Come Out And Play!, Drowned in Mud, Toxic War, Fake Theory (ambas retiradas do EP de estréia) e muita, muita adrenalina. Com influências que vão de grupos como Kreator, Nuclear Assault, Slayer, D.R.I e Sodom, Padecer é um trabalho que todo thrasher deve ouvir imediatamente. Porrada! PadecerAno de Lançamento: 2020Gravadora: Black Hole ProductionsGênero: Thrash Metal Faixas:1-Come Out to Play!2-A Dívida Eterna3-Drowned In Mud4-Gado de Abate5-Padecer6-Payback7-Toxic War8-Fake Theory

InVersions: Fontaines D.C toca Beach Boys, BENEE recria Amy Winehouse

Para apoiar artistas independentes que estão impossibilitados de fazer shows durante a pandemia, a Deezer lançou o projeto original InVersions : um novo álbum com dez nomes revolucionários da música independente de todo o mundo, interpretando sucessos icônicos em seu próprio estilo único. Entre eles está o incrível Fontaines D.C. InVersions é uma junção cultural na qual alguns dos mais emocionantes artistas alternativos do mundo cruzam gêneros, estilos e fronteiras de maneiras que você nunca ouviu antes. A estrela em ascensão Arlo Parks canta sua primeira música em francês, fazendo um cover de Ta Reine, de Angèle, de uma forma incrivelmente bela. A banda irlandesa Fontaines D.C também fez um retrabalho inesperadamente corajoso à sua desconstrução de Wouldn’t It Be Nice, dos Beach Boys. InVersions destaca também a próxima onda de descobertas indie globais, com o cover cativante do neozelandês BENEE de Back to Black, de Amy Winehouse. Ademais, a versão feita pelo rei do pop alternativo, Gus Dapperton, do clássico dos anos 80 de Bruce Springsteen I’m On Fire. Não menos importante tem o techno colombiano da produtora pop Ela Minus com Venus as a Boy, de Björk. Todos os artistas apresentados no InVersions gravaram seus covers durante a pandemia, mostrando aos fãs um outro lado de sua criatividade em um ano difícil. Em resumo, eles foram escolhidos pela Deezer por seu trabalho inovador na música alternativa e selecionaram suas próprias canções.

Marcelo Callado: ouça novo álbum e confira o faixa a faixa

Cantor, compositor e multi instrumentista, Marcelo Callado transformou isolamento e solidão em múltiplos encontros musicais em seu mais novo álbum, Saída (YB Music). Fruto de um momento de reclusão que inspirou uma série de composições, o quarto disco solo entrega um artista refletindo sobre questões humanas e universais, ao mesmo tempo que muito pessoais. Presença marcante na última década da cena carioca, Marcelo Callado é nome de referência na bateria. Anteriormente, ocupou a função em projetos como a Banda Cê ao lado de Caetano Veloso. Ademais, se apresentou com artistas como Ava Rocha, Alice Caymmi, Branco Mello, Kassin e Jorge Mautner. Abaixo, Marcelo Callado fala um pouco sobre cada uma das faixas de Saída. “Saída veio de um momento sensível e importante na minha vida. Ele foi feito dentro desse período de reclusão, um tempo único, sui generis, onde vários sentimentos diferentes afloraram, e pude ter contato, e muita conversa comigo mesmo. A feitura do disco foi a saída para que me mantivesse nos trilhos, seguindo em frente. Uma coisa curiosa no processo de feitura do álbum foi que apesar do isolamento, é meu disco com mais trocas musicais no processo de composição. Das 12 canções, 9 são parcerias, o que demonstra a importância dos amigos num momento tão delicado”, reflete Marcelo. Faixa a faixa do novo álbum de Marcelo Callado 1. Tudo é natureza A ideia da música, surgiu a partir da leitura do livro Ideias para adiar o fim do mundo do Ailton Krenak, presente da amiga e parceira Rosa Barroso. Inspirado por alguns pensamentos do autor, me pus a refletir e a escrever sobre a importância fundamental do exercício do diálogo em nossa existência, a fala e a escuta, de um modo geral, não só entre uma humanidade homogênea que somos instruídos a crer, mas sim entre tudo que constitui a natureza; nós (e nossas diferenças), a terra, os rios, as montanhas, as árvores, os bichos, o cosmos. 2. Verso vivo Estava assistindo a live do Gilberto Gil, quando no fim ele disse “como diz a mãe de Caetano, Dona Canô: – quem não morre, envelhece”. Me veio a inspiração de escrever algo a partir dessa ideia. Comecei a letra e fiz toda a melodia e harmonia, mas acabei empacando na parte B, não conseguia concluir a ideia. Liguei pra Ava Rocha e pedi ajuda pra terminar. Acho que no dia seguinte ela me mandou o complemento lindo e assim a canção foi finalizada. 3. Assis Bueno 37 É o endereço da casa de minha avó em Botafogo. Casa que já não existe mais fisicamente, mas sim em minha memória e na de meus familiares e amigos mais próximos. Foi uma homenagem a todos que viveram momentos por lá, um local de suma importância em minha vida, e o fato de tê-la escrito e ouvido repetidas vezes, serviu como um acalanto pra alma. 4. Toque de mãe Surgiu de um texto que o Daniel Gnattali, meu eterno cunhado, escreveu no instagram dele no dia das mães. Li o texto e já foi me vindo um ritmo e uma melodia na cabeça. Aí foi só sentar, tirar a harmonia e meter bronca. 5. Curtavida Uma das duas músicas que não foram compostas durante a pandemia. O Bruno di Lullo me pediu alguma letra para musicar há uns 3 anos atrás. Tinha esse poema feito, e mandei pra ele. No dia seguinte ele mandou a música pronta. 6. Borboletas Na mesma conversa que tive com a Ava Rocha, para resolver a letra de Verso vivo, acabamos trocando uma ideia sobre como estava a vida, o momento na pandemia e tal, e contei a ela sobre as dificuldades que estava passando devido ao término de meu relacionamento amoroso. Com uma sensibilidade acima do normal, Ava me mandou a letra inteira da música e o começo da melodia. Peguei o violão terminei a música e fiz apenas algumas inserções de algumas palavras pra acertar a letra na melodia. Amizade é tudo! 7. Agora Créu Numa conversa com o amigo Pedro Montenegro, acabamos constatando que tínhamos alguns versos escritos separadamente que poderíamos juntar numa letra de música só, e assim se deu. Juntei os versos dele com os meus e musiquei-os. 8. À prova Das parcerias pandêmicas, a mais recorrente foi com a Rosa. Acho que fizemos 4 músicas juntos, e trocamos muito sobre muita coisa. Uma delas, a segunda, eu acho, foi essa letra minha que Rosa lindamente musicou. 9. Simbora Outra música da Rosa Barroso a partir de uma letra minha. Nessa Rosa acabou complementando a letra também com a segunda parte dos versos. Numa conversa super informal pelo Instagram sobre outras coisas, acabei chamando a Silvia Machete pra dividir os vocais comigo nessa música. Ela topou e gravou. Adorei! 10. Conte Comigo Parceria com o Bem Gil. Junto com Curtavida, também foi feita anteriormente à pandemia, mais precisamente no fim de 2016. Bem fez a música e me mandou pra letrar, e assim o fiz. 11. O Horror Música triste. Gosto dela, pois além de ter um cello lindo gravado pelo Moreno Veloso, conseguiu juntar na letra a ideia do horror e da dor de uma forma geral com a situação mundial da pandemia, e do descaso do nosso (des)governo, com minha situação pessoal de solidão pós separação. 12. Se quiser que vá Parceria de letra e música com Pedro Sá. Essa é engraçada pois é bem antiga. Começou a ser feita numa passagem de som da turnê do Abraçaço em 2015, mas acabou sendo finalizada somente agora. Foi no tempo certo!

Deadman Dance encanta com EP na bateria, baixo e violino distorcido

Procurando por uma banda nova, autoral e com um trabalho original? Deadman Dance é um power trio paulista que mescla bateria, baixo e, fazendo as vezes de guitarra, um violino altamente distorcido. Do flerte com o grunge, stoner rock, punk e música brasileira, surge uma sonoridade única que pode ser conferida no EP de estreia do projeto, Ticking Clocks pode ser ouvido abaixo. Foi apenas questão de tempo para que o violinista Eduardo Geraissate visse seu trabalho solo, inicialmente instrumental, contar também com letras – inclusive a que originou o nome Deadman Dance -, a bateria de Rafaela Antonelli e, por fim, o baixo de Henrique Codonho. Mas a jornada de Deadman Dance começou bem antes. Eduardo teve seu início na música erudita aos 17 anos, tocando violino em orquestras, óperas e diversas formações dentro do estilo. Após integrar um trio de música instrumental brasileira, optou por seguir o caminho da música popular e a intensificar sua ligação com o rock. Deadman Dance erudito “Desde meu começo no violino e depois na faculdade de música, eu fiquei imerso na música clássica que é inerente do instrumento. E ao longo desse tempo todo, ouvi diversas coisas como ‘você começou a tocar muito velho’, ‘você não toca tão bem assim’, ‘já pensou em mudar de instrumento?’. Quando eu decidi por começar o projeto, era algo solo, para dar vazão à ideias que eu carregava dentro de mim, mas que não tinha pra onde jogar. Iniciei fazendo loops sozinho, melodias, harmonias, até que resolvi enfiar uma letra, retomando um hábito de escrever que eu tinha deixado pra trás, quando comecei a estudar música. Só que eu sempre gostei da energia do rock, da crueza, quase um tapa na cara”, conta Eduardo. De projeto solo a coletivo, Deadman Dance se consolidou na sua atual formação em 2018. A proposta do grupo é desconstruir o formato clássico de um trio de rock. Em resumo, isso acontece quando usa o contraste de sonoridades cruas com o caráter inovador do violino. “As nossas influências vem desde Nirvana, Queens of the Stone Age, Radiohead, Far From Alaska, Joy Division, quanto da música popular brasileira. O nosso som vai no contrário da música de orquestra, sendo direto, rápido e agressivo em boa parte das vezes. Aqui o violino abandona o conceito de instrumento melódico, cuidando na maioria das vezes da parte harmônica, com o baixo fazendo as melodias entremeadas. A bateria aparece e costura tudo com precisão, preenchendo as frestas que ficam em aberto e dando o ritmo das músicas”, entrega Geraissate.

Elogiado por Eddie Vedder, carioca Black Circle estreia com Mercury

Quando vejo uma banda cover deixar a homenagem de lado e apostar em um trabalho autoral de alto nível, a recepção não pode ser melhor. A carioca Black Circle ganhou notoriedade por tocar clássicos do Pearl Jam pelo Brasil todo. Agora, no entanto, investe pesado no álbum próprio, Mercury, o primeiro da carreira. São dez faixas que comprovam a qualidade dos integrantes, que já foram elogiados por Eddie Vedder, a esposa Jill e Mike McCready (guitarrista do Pearl Jam). “Vivemos um momento de experimentação. Fomos introduzindo música por música, temperando o show do tributo com as nossas composições. Fazíamos uma hora de Pearl Jam e, quando a plateia estava dentraço, tocávamos uma nossa. Nisso, percebemos que muitas pessoas desenvolveram um interesse genuíno pelos novos sons que mostrávamos”, rebobina o guitarrista Luiz Caetano. Black Circle na gringa Um pouco antes da pandemia, finalizar este disco virou a prioridade da banda. A nova realidade (que acomoda o virtual como nunca antes na história) fez com que eles gravassem as duas últimas faixas com cada músico de sua casa o que, de certa forma, abriu os horizontes. “Sempre pensávamos em direcionar o trabalho pra fora do Brasil, tanto que optamos por escrever em inglês. Durante a pandemia, nossa interação com fãs de outros países aumentou consideravelmente. Foi quando tivemos a certeza que a obra precisava ser universal”, conta o vocalista Lenny Prado. O álbum foi masterizado por Chris Hanszek, que já trabalhou com Soundgarden e Mudhoney e foi uma figura importante da cena grunge de Seattle dos anos 1980 e 1990. Dentre as autorais do Black Circle também há um cover de Love, reign o’er me, do The Who que, em 2008, ganhou uma releitura do Pearl Jam. “Decidimos fazer essa versão de um clássico de uma banda dos anos 1960 e 1970 porque também bebemos nessas fontes”, pontua Sérgio Filho. Aos fãs do tributo ao Pearl Jam, o Black Circle promete manter a homenagem nos shows. No entanto, as apresentações terão um plus do trabalho autoral dos cariocas. Que estreia incrível!

Cigana retoma nostálgico com EP Tudo Que Há de Novo

Desconstruir para se reconstruir. Essa foi a jornada da banda Cigana em seu novo EP, Tudo Que Há de Novo, que chegou nesta sexta-feira (9) às plataformas de streaming. As reflexões que aparecem nas composições – imersas em temas como o passar do tempo, a nostalgia e a existência humana -, se desdobram em nova sonoridade. Em resumo, a criação livre totalmente à distância deu lugar a canções guiadas por sensações. Sai o peso das guitarras, entra a sutileza dos beats. O som intenso construído no primeiro disco da Cigana, Todos os Nós, veio de jams, ensaios, criações coletivas sobre improvisos em grupo que resultaram em um som entre a música brasileira e a psicodelia. Agora, no entanto, com a banda totalmente dispersa e trabalhando individualmente de suas casas, foi uma oportunidade de buscar novos elementos sonoros com a ajuda do produtor FLOWERZ. “Nós produzimos esse trabalho de uma maneira totalmente diferente do que em nosso álbum Todos os Nós – enxergamos as músicas como beats, não nos limitamos ao formato clássico de banda para compor os arranjos das músicas e isso acrescentou muito. Prestamos mais atenção para grooves e construção de camadas”, reflete Matheus Pinheiro. Além dele, Cigana é formada por Caique Redondano, Pedro Baptistella, Victoria Groppo e Felipe Santos. O EP Tudo Que Há de Novo vem para somar à discografia da Cigana. Anteriormente, o grupo lançou o álbum Todos os Nós e os EPs Sinestesia (2014) e A Torre (2015). Ademais, divulgaram o single Natureza, pela Laboratório Fantasma dentro do projeto Original’s Studio.