Destaque da cena hip hop carioca, Daniel Shadow se reinventa no álbum “Cores e Cinzas”
Um dos grandes do rap nacional e nome histórico do hip hop carioca, Daniel Shadow faz de sua arte uma carta de respeito pelas ruas e pela cultura hip hop. Trabalhando o coletivo e a busca por conexões entre as pessoas e o real, ele lançou o álbum Cores e Cinzas, o primeiro solo desde o seminal Tudo ou Nada (2015) e chega com participações especiais de nomes como Buchecha, Mãolee e Menor do Chapa. “O álbum traz em cada faixa um pequeno universo, mas juntas elas falam da coletividade. Da importância de nos entendermos como parte do todo perante a vida. Cada um de nós somos um elo de uma corrente. Se um se romper, a corrente quebra por inteiro”, conta Daniel Shadow. Daniel Shadow iniciou sua carreira em 2007, fundando o Cartel MCs, um grupo que se tornou referência no underground nacional. Em 2010, foi um dos criadores das primeiras rodas de rima do Rio de Janeiro, movimento que se espalhou pelo Brasil e se tornou uma plataforma essencial para o novo rap nacional. No mesmo ano, fundou o selo independente Tudubom onde co-produziu e participou das TUDUBOM SESSIONS, série de 4 episódios que juntos ultrapassam 30 milhões de visualizações no YouTube. Além de produzir discos clássicos de De Leve e Filipe Ret. Com uma discografia rica de singles e parcerias, o artista traz uma versatilidade para o seu som, marcado pela influencia do boombap. O novo álbum começa com a união de fé e choque de realidade das ruas cariocas na dobradinha de “Agradeço” e “Coice de Fuzil”, em parceria com Xaga e Menor do Chapa. A cultura hip-hop ganha destaque no single “Sem Carona pra Jack”, com Scarp e Dalsin, e a música carioca é celebrada em “RJ Babilônia” mistura nostalgia e referências culturais com a participação de Buchecha e Ramonzin. Ao longo do álbum, Shadow reflete desde o autoconhecimento (“7 Sóis”), a história do hip hop (“Nova Vitória”) e passeia pela boemia carioca (na faixa-destaque “Sommellier de Buteco”). E essa jornada se encerra num clima bem ao estilo da TUDUBOM, em uma parceria com Nortragamus, em um beat co-produzido por Mãolee e LV Com 10 faixas inéditas, o álbum transcende o rap, propondo uma reflexão sobre a essência do hip hop como atitude que vai além da música. “Cores e Cinzas” está disponível em todas as plataformas de música.
Despedida de Nicko McBrain emociona em encerramento da tour do Iron Maiden
Horas antes do início do último show da The Future Past World Tour, no Allianz Parque, em São Paulo, o Iron Maiden fez um anúncio inesperado sobre a saída do baterista Nicko McBrain após mais de 40 anos na banda. Do início ao fim todos os holofotes estavam nele. Antes de iniciar The Writing on the Wall, terceira canção do set, Bruce Dickinson fez um discurso emocionante para o companheiro de longa jornada. “Esta noite é uma noite muito especial, como alguns de vocês — eu acho que provavelmente todos vocês — sabem, porque esta manhã nós anunciamos — Nicko anunciou que ele está se afastando das atividades de baterista ao vivo do Iron Maiden”, iniciou o vocalista. Logo depois, exaltou as conquistas de McBrain no grupo e deixou claro que a aposentadoria está restrita apenas aos shows. “Por 42 anos Nicko está nesta banda. Ele era baterista antes de eu ser cantor, ele era piloto antes de eu ser piloto. E agora ele não está deixando a banda. Mas ele simplesmente não está mais tocando ao vivo conosco”. Por fim, Dickinson deu a letra de quão especial seria o restante da noite. “Temos muita música para tocar esta noite e eu quero que o resto da noite seja uma celebração de Nicko, uma celebração da alegria que ele trouxe para todos ao redor do mundo, não apenas aqui no Brasil”. De fato, os detalhes foram muito emocionantes. Fosse com Dickinson interagindo com o amigo, os demais integrantes brincando com ele em vários momentos ou o público gritando o nome de Nicko diversas vezes, o que levou o vocalista a perguntar como era a pronúncia dos fãs. De forma sutil, antes de deixar o palco pela última vez, Eddie, o mascote da banda, fez reverências ao músico. Impossível não se emocionar com os detalhes dessa despedida. Da mesma forma, o baterista certamente ficou tocado com os gritos de 45 mil pessoas no Allianz Parque: “ole, ole, ole, ole, Nicko, Nicko”. McBrain estava enfrentando problemas de saúde há algum tempo, incluindo um AVC no ano anterior, o que gerou preocupações sobre seu futuro na música. Além disso, venceu um câncer na laringe em 2020. A Future Past World Tour tem um repertório inalterado com foco nos álbuns Somewhere In Time (1986) e Senjutsu (2021). Dessa forma, o público brasileiro pode ouvir as clássicas Caught Somewhere In Time (ignorada desde 1987), Stranger In A Strange Land (ausente desde 1999), além de Alexander The Great, que pela primeira vez entrou em uma tour do Maiden. O álbum mais recente do Maiden, Senjutsu, também teve suas estreias, com destaque para Days of Future Past, Death of the Celts, Hell on Earth e The Time Machine, todas já muito bem recebidas após três anos de seu lançamento. E mesmo que boa parte dos fãs já soubesse do repertório decorado e na ordem, alguns se surpreenderam na pista com a ausência de The Number of the Beast. Os mesmos que vibraram com mais entusiasmo em Fear of The Dark e Wasted Years, que encerrou o show. Na saída do palco, mais gritos efusivos para Nicko McBrain. “Nicko, o show é seu. Este é seu palco, esta é sua noite, use o tempo que quiser”, disse Dickinson antes deixar a cena. Nicko nada disse, apenas distribuiu seus acessórios e agradeceu com gestos o apoio vindo da plateia. Memorável! Horas depois, Simon Dawson, integrante do British Lion e ex-The Outfield, foi anunciado como substituto de Nicko. O debute no Brasil deve ocorrer em 2026, pelo menos foi o período que Dickinson prometeu voltar ao país. Vamos aguardar! Antes disso, a banda estreia em 27 de maio a turnê Run for Your Lives, que terá Budapeste, na Hungria, como primeira parada.
Volbeat ganha mais força no Brasil após show com Iron Maiden
Quase sete anos depois de sua estreia no Brasil, a banda dinamarquesa Volbeat retornou ao país como convidada especial dos dois shows finais da The Future Past World Tour, que o Iron Maiden fez no Allianz Parque, em São Paulo. No sábado (7), o Volbeat passou quase uma hora debaixo de chuva, mas não esfriou em nada a apresentação. Aliás, conseguiu um grande apoio dos fãs do Iron Maiden, mesmo que o som não seja muito parecido. A entrada dos integrantes ao som de Born to Raise Hell, do Motörhead, ajudou bastante no reconhecimento do público. O vocalista e guitarrista, Michael Poulsen, também teve muito mérito na boa recepção dos fãs. Conversou bastante com o público e comandou movimentos coreografados nas músicas. O set teve grande foco no álbum Seal the Deal & Let’s Boogie, de 2016, o maior sucesso comercial da banda. O Volbeat tocou os quatro singles do disco: The Devil’s Bleeding Crown, Black Rose, Seal the Deal e For Evigt. Antes de Sad Man’s Tongue, Poulsen falou da influência de Johnny Cash na faixa, algo muito perceptível, principalmente no início da faixa. Dead But Rising foi a única novidade no set na comparação com o show de sexta-feira. A música entrou no lugar de Shotgun Blues. Na reta final, com o público já na mão, Poulsen pediu apoio das luzes de celulares na balada For Evigt. Foi prontamente atendido. Still Counting, que já fecha os shows do Volbeat há anos, encerrou a apresentação, que deixou um gostinho de quero mais. Tomara que a banda retorne o quanto antes para um show solo. Queridinha dos festivais de verão na Europa, a Volbeat tem muito mais discografia para gastar por aqui.
No lineup do Lolla, Inhaler anuncia tracklist e libera single Open Wide
A banda Inhaler revelou oficialmente a tracklist completa do seu terceiro álbum, Open Wide, que tem lançamento previsto para o dia 27 de fevereiro de 2025. O anúncio também marca a chegada do single homônimo Open Wide, que foi produzido de Kid Harpoon (conhecido por trabalhos com Florence + The Machine e Harry Styles) e promete levar o som da banda a novos patamares. O terceiro disco da carreira da banda, que segue em alta, já está disponível para pré-venda na UMusic Store. Após uma turnê esgotada nos Estados Unidos, o lançamento do álbum é mais um marco na carreira da banda. Produzido por Kid Harpoon (conhecido por colaborações com Harry Styles e Florence & The Machine), Open Wide teve sua gravação no início deste ano em Londres, com a banda sendo encorajada a se desafiar e assumir mais controle criativo sobre seu som. Durante o processo de composição, o quarteto explorou uma ampla variedade de influências musicais, indo do techno até as sonoridades profundas de Nick Cave. Essa diversidade os atraiu para experimentar um som mais vibrante e atemporal, adicionando texturas únicas ao álbum. O resultado são 13 faixas que formam um disco de pop guiado por guitarras, independente de qualquer outro. Open Wide não apenas reforça a identidade do Inhaler, mas também solidifica seu lugar como uma das bandas jovens mais empolgantes da atualidade. Em março, a banda estará com o álbum fresquinho no Lollapalooza Brasil. Confira lineup.
No esquenta para o estádio, Bring Me The Horizon entrega show enérgico na Audio
The Vaccines transforma Cine Joia em forno com show empolgante
Após turnê com o Restart, Pe Lanza inaugura nova fase solo
O cantor e compositor Pe Lanza, vocalista da banda Restart, anunciou seus próximos passos na carreira solo após o sucesso da turnê comemorativa do grupo. Nesta segunda-feira (18) foi liberado nas plataformas digitais o novo single, Te Espero. Na sequência rolará um show especial no City Lights Music Hall, em São Paulo, nesta terça-feira (19), que marcará sua volta aos palcos – desta vez solo. Te Espero é uma música aguardada pelos fãs desde 2012 e simboliza um novo começo para Pe Lanza. A faixa mistura pop punk com reggae californiano e carrega uma mensagem de renovação e esperança, temas que refletem esta nova fase. “Esse som é muito especial, e lançá-lo neste momento da minha carreira, junto de quem sempre me acompanhou, tem um significado enorme. Essa música tem tudo a ver com o novo caminho que estou traçando, onde tudo é sobre recomeçar, acreditar e aproveitar cada chance”, comenta. O show no City Lights Music Hall será um espetáculo que promete mesclar nostalgia com inovação. O público poderá reviver sucessos da carreira solo do artista, como Fica Mais Um Pouco e Saudade, além de conhecer novas canções. O evento também contará com a participação especial da banda Nunna e da DJ Anne Duarte, esposa de Pe Lanza, que fechará a noite em uma batalha de DJs com Oska (TBM FUI EMO). O evento promete transformar o City Lights em uma festa memorável para antigos e novos fãs. Ingressos limitados e ação social Além de celebrar a nova fase da carreira de Pe Lanza, o evento terá uma ação social em parceria com o projeto Mãos Na Massa, que ajuda pessoas em vulnerabilidade social em São Paulo. Para quem adquirir o ingresso social, a organização pede a doação de 1kg de macarrão, que será utilizado na preparação de marmitas para a população de rua atendida pelo projeto.
swave lança single e clipe “egotrip”; assista
A banda swave está sempre produzindo alguma coisa nova. Depois do EP por enquanto é isso (Deck) e do single longe do fim, agora lançam egotrip, uma viagem pelas influências deles, que passam pelo garage, rock alternativo e powepop dos anos 90 e 00, “mas com o nosso jeitinho”, explica o guitarrista Murilo Benites “A música é um convite para refletir sobre o preço de ’15 segundos de adoração’, ou seja, a vontade de vender uma história que não é real a troco de nada e o vazio que fica quando esquecemos nossa verdade por uma ficção”. A letra narra a história de uma pessoa que se perdeu em seu próprio ego, acreditando em suas mentiras para justificar suas escolhas e se esquecendo de onde veio e de quem a ajudou. “Além disso questiona: ‘Quem é você?’, revelando a dificuldade de enxergar a verdade sobre nós mesmos quando estamos presos em medos e ilusões. A música nos lembra que o mundo não gira em torno de nós, e que tudo volta”, finaliza. A faixa também reflete sobre o impacto de viver em função da aprovação alheia, onde sonhos genuínos são trocados por uma realidade superficial e efêmera. O videoclipe, dirigido e filmado pela própria banda, é uma extensão desse questionamento, apresentando um personagem fictício que vive essa egotrip.
Bebé apresenta álbum Salve-se no Sesc Santos; veja data e preços
Depois de se apresentar no Festival Coala e no Se Rasgum, Bebé faz show no Sesc Santos com seu segundo álbum de estúdio, Salve-se (considerado pelo júri de música da APCA (Associação Paulista de Críticos de Arte) um dos 25 melhores álbuns de artistas brasileiros lançados no primeiro semestre de 2024. A apresentação será no próximo dia 20, às 19h, com participação de Dinho Almeida (Boogarins). O repertório, que se destaca pela expressividade emocional, é brilhantemente guiado pelo pop, indie, R&B, pagode, funk e trap. “Nesse disco, visualmente, mostro-me mais madura, contrastante e vibrante na imagem. Musicalmente, desejo estar presente nas pistas de dança, de alguma forma, conectando-me mais com o público da minha idade. Quis, nesse registro, incorporar elementos eletrônicos e acústicos, que fazem parte da minha pesquisa, de uma forma latina e híbrida, ainda mais comunicativa e menos experimental. Dou protagonismo para a minha voz e a percebo como um instrumento em toda instância. Sem dúvidas, o ponto de partida desse trabalho foi o desejo de trazer um pouco mais do Brasil para o som que eu faço, além de pontuar o quanto esses sentimentos todos que nos cercam – de maneira individual, mas também coletiva – podem ser vistos de uma perspectiva serena e confiante”. SERVIÇO Bebé no Sesc Santos 20 de novembro, quarta-feira, 19h Classificação: Livre Ingressos: R$ 50 (inteira), R$ 25 (meia-entrada), R$ 15 (credencial plena) À venda no portal sescsp.org.br e nas bilheteiras das unidades. Endereço: Rua Conselheiro Ribas, 136 – Aparecida – Santos/São Paulo – 11040-900