Bad Bunny confirma show em São Paulo

O cantor Bad Bunny fará show em São Paulo, no dia 20 de fevereiro de 2026, no Allianz Parque. A venda de ingressos está prevista para começar na quarta-feira (7) para clientes Santander Private e Select e sexta-feira (9) para o público geral, por meio da Ticketmaster. Os preços variam entre R$ 267,50 (meia/cadeira superior) e R$ 1.075,00 (inteira/pit). Bad Bunny, que tem pouco mais de 10 anos de carreira, se tornou o cantor mais ouvido da América Latina em 2024. No mundo, ele só fica atrás de Taylor Swift. A turnê mundial DeBÍ TIRAR MáS FOToS dará vida ao álbum, imergindo totalmente o público em seu mundo e celebrando a essência e a cultura das raízes porto-riquenhas do artista. Esta turnê marca o retorno de Bad Bunny à Europa pela primeira vez desde 2019, à América Latina pela primeira vez desde que se tornou o principal artista em turnê em 2022 com sua World’s Hottest Tour e a países como Austrália, Brasil, Japão e mais pela primeira vez em sua carreira. * BAD BUNNY EM SÃO PAULOAllianz Parque – av. Francisco Matarazzo, 1.705, Água Branca, região oesteDia 20 de fevereiro de 2026A partir de R$ 535 em ticketmaster

Simple Minds encanta com nostalgia em show mergulhado nos anos 1980

Redescoberta pelas novas gerações com os superhits oitentistas Don’t You (Forget About Me) e Alive and Kicking, a banda escocesa Simple Minds voltou ao Brasil após 12 anos para um show único no Espaço Unimed, em São Paulo, no último domingo (4). Com a casa cheia, mas não lotada, Jim Kerr, Charlie Burchill e companhia brindaram o público com um set de 1h40 de duração, 17 músicas e com um foco maior no auge do grupo (1982 – 1995). Apenas duas faixas foram da fase seguinte, mas sem nenhuma inclusão do álbum mais recente, Direction of the Heart (2022). Estranhamente a primeira parte do show teve uma recepção morna do público, contrastando com a imagem que os artistas têm dos fãs brasileiros. Nas primeiras seis músicas, nada de muita euforia. Aos 65 anos, Jim Kerr não reduziu sua intensidade no palco. Dança, anda de um lado para o outro, mexe com o público o tempo todo. É o grande líder, apesar do guitarrista original, Charlie Burchill, também arrancar muitos aplausos. Mas a virada de chave do público começou com She’s a River, com a backing vocal Sarah Brown soltando o vozeirão, enquanto a baterista Cherisse Osei emendou um solo de bateria que arrancou aplausos e gritos dos fãs. Com o palco pavimentado, as coisas ficaram mais fáceis para Jim Kerr brilhar ainda mais. See the Lights e Once Upon a Time vieram em sequência, garantindo um retorno mais efusivo dos fãs. Mergulhando de cabeça no maior sucesso da carreira, o álbum Once Upon a Time (o único a alcançar um top 10 fora do Reino Unido), de 1985, o Simple Minds não tirou mais o pé do acelerador. Acabava uma música e engatava outra: I Wish You Were Here, All the Things She Said, Don’t You (Forget About Me) e Ghost Dancing. Dessa sequência arrebatadora, a única que não pertence ao discão dos escoceses é o super hit Don’t You (Forget About Me), que tem uma história curiosa na trajetória da banda. Composta pelo produtor musical Keith Forsey e o guitarrista Steve Schiff para o filme Clube dos Cinco (1985), a música foi oferecida para diversos artistas, mas todos recusaram. Os artistas a consideraram bobinha demais ou não tinham tempo para investir nela, caso de Bryan Ferry, do Roxy Music. O próprio Jim Kerr chegou a declarar que não estava interessado em uma composição sobre adolescentes norte-americanos. Felizmente, sua esposa na época, Chrissie Hynde, vocalista do The Pretenders, o convenceu de gravar a canção. O sucesso foi imediato! Don’t You (Forget About Me) entrou no início e fim do filme de John Hughes. O Simple Minds deixou de ser uma banda queridinha apenas no Reino Unido e se tornou um fenômeno mundial, incluindo anos depois o Brasil em sua rota pela primeira vez, quando se apresentou no Hollywood Rock 1988. A banda conseguiu aproveitar o hype até meados dos anos 1990, quando passou a perder força em meio ao surgimento de uma nova era do britpop, com nomes como Oasis, Blur, Pulp, entre outros. Mas a curiosidade é que a banda nunca encerrou as atividades. Fez algumas pausas curtas sem turnês, mas se manteve ativa. O sumiço não foi algo notado apenas por brasileiros. Em entrevista ao The Independent, em 2023, Jim Kerr falou sobre esse “isolamento não forçado”. “As pessoas me perguntavam: ‘a banda ainda está na ativa? Você ainda está na banda?’”. No entanto, as coisas mudaram após a pandemia. No ano passado, eles deram início à maior turnê desde os anos 1980, com shows esgotados na Inglaterra, Escócia, Estados Unidos, Canadá, além da participação em festivais até chegar à América do Sul. Voltando para o show em São Paulo, mais nostalgia na reta final. O Simple Minds incluiu mais três canções de Once Upon a Time: Ghost Dancing, que foi a deixa para o público pedir bis, o outro superhit Alive and Kicking, além de Sanctify Yourself, fechando o show. Confira setlist Waterfront The Signal and the Noise Speed Your Love to Me Big Sleep Hypnotised This Fear of Gods She’s a River (Drum solo) See the Lights Once Upon a Time I Wish You Were Here All the Things She Said Don’t You (Forget About Me) Ghost Dancing BIS Dolphins Someone Somewhere in Summertime Alive and Kicking Sanctify Yourself

Entrevista | Dope Lemon – “Sinto que Golden Wolf parece realmente meio ensolarado e divertido”

O músico australiano Angus Stone está de volta com um novo capítulo de seu alter ego sonoro, o Dope Lemon. Em entrevista exclusiva ao Blog n’ Roll, Stone falou sobre o lançamento do álbum Golden Wolf, uma obra que marca não apenas uma evolução musical, mas também uma nova fase estética e conceitual do projeto. Gravado em seu recém-inaugurado estúdio Sugarcane Mountain Studios, uma mansão dos anos 70 com vista para campos de cana-de-açúcar, o álbum reflete um mergulho ainda mais profundo em atmosferas cinematográficas e existenciais. A faixa-título, Golden Wolf, foi o ponto de partida criativo do disco e, segundo ele, é uma meditação sobre mortalidade, legados e o que levamos, ou deixamos, ao fim da vida. O contraste entre grooves ensolarados e atmosferas mais introspectivas, marca registrada do Dope Lemon, permanece presente, mas agora com uma nova maturidade lírica e sonora. E para os fãs brasileiros, há boas notícias: o Dope Lemon pretende incluir o país na próxima turnê. “Já estive no Rio de Janeiro quando tinha 16 anos e foi mágico. Espero voltar em breve. Me digam pra onde devemos voar, porque queremos estar aí.” Confira entrevista com Dope Lemon na íntegra Como você definiria essa nova fase sonora e estética do projeto?  É um trabalho de amor e cada disco é algo que você está constantemente aprendendo e crescendo. E esse disco para mim é isso. Parece apenas o próximo nível em que você está refinando seu conjunto de habilidades e as letras para mim são meu foco principal. Acabei de adquirir um novo estúdio de gravação aqui na Austrália chamado Sugarcane Mountain Studios. É uma mansão grande e linda dos anos 70 com vista para os campos de cana-de-açúcar. Parece que você está entrando em uma cápsula do tempo. E algo sobre isso para mim é ter um espaço onde parece que você está entrando em outro mundo, é como o que a música faz por mim. E imagino o que ela faz por outras pessoas quando você ouve uma música. Espero que ela te leve para longe e este espaço, faz isso por mim. Como foi o processo criativo de Sugarcat? Essa música surgiu antes ou depois do conceito de Golden Wolf? Tudo começou com Golden Wolf. Acho que essa música foi o catalisador para o que esse disco se tornou e se abriu para esse grande e lindo projeto que continuei e me certifiquei de ver até o fim. Seu álbum anterior, Kimosabè, refletia muito sobre sua juventude. Como foi essa transição de olhar para o passado para agora focar no futuro? Golden Wolf é sobre mortalidade e como eventualmente toda a nossa vida chegará ao fim. E acho que a música em si é sobre o que você faz quando chega lá e as coisas que você levará com você para o outro lado, quem é que o levará até lá, o que você deixará para trás. Para mim, é sobre essa transição para tentar fazer o melhor desta vida que podemos. E sim, espero que a próxima também.  Seu projeto solo tem uma identidade visual bem definida. Qual é o papel da estética e dos videoclipes na construção do universo do Dope Lemon? Quando era mais jovem, sonoramente, fui inspirado por um certo artista e isso afetou minha música. Mas mais agora, me tornei mais uma pessoa visual de certa forma. Quando escrevo, parece que estou caindo em um filme, sendo o protagonista. É tudo sobre filmes agora. Quando assisto algo, sou inspirado por cair naquele universo do que alguém criou visualmente. Você pensa em fazer um filme? Às vezes fazemos esses videoclipes realmente divertidos e a qualidade deles é realmente muito especial. E às vezes, obviamente, você tem apenas três minutos e meio a quatro minutos para contar uma história e geralmente você apenas se diverte com isso. Mas às vezes penso sobre como seria superdivertido talvez contar uma história que seja um longa-metragem. Ao longo da sua carreira, você trabalhou com nomes como Winston Surfshirt, Will Ferrell e Adam McKay. Existe alguma colaboração dos sonhos que ainda deseja realizar?  As colaborações têm sido uma jornada tão divertida. Toquei com Post Malone e Dua Lipa duas noites atrás. Ela me convidou para subir no palco e não sei, sinto que tem sido tão legal, que a música tem essa maneira linda de conectar as pessoas. E quando você é convidado para dividir o palco e colaborar com pessoas assim, isso realmente muda. Parece que o mundo é menor do que você pode imaginar e estamos todos conectados e a música tem uma maneira linda de unir as pessoas. O Dope Lemon sempre transitou entre um som mais ensolarado e grooves noturnos. Como você encontra esse equilíbrio dentro dos álbuns? Acho que cada disco muda de gênero, o clima também. Eles podem mudar bastante dramaticamente e também sutilmente, mas sinto que este parece realmente meio ensolarado e divertido. Isso me dá uma emoção quando o ouço. Seus fãs parecem ter uma conexão forte com o universo que você cria. Como você percebe essa relação e a maneira como sua música impacta as pessoas?  É muito legal quando alguém se aproxima de você na rua, um estranho, e ele te conta sobre como a música o afetou. É muito lindo para alguém compartilhar o que passou, seja triste ou cheio de alegria. Acho que é outro daqueles momentos em que você percebe o quão especial é que todos nós podemos nos conectar em uma coisa, que é a música. É uma espécie de linguagem universal que une todo mundo. Há planos para uma turnê internacional com esse novo álbum? O Brasil pode esperar uma visita em breve?  Sim, com certeza. Nós voamos ao redor do mundo no mês passado e fizemos alguns shows secretos. Agora estamos marcando datas para todos os lugares restantes. Espero que possamos ir para a América do Sul e outros lugares que já viajamos antes. Julia e eu já viajamos para lá antes e adoraríamos receber um

Polo & Pan anuncia show em São Paulo com a turnê Americas Tour 2025

Aclamada dupla francesa de música eletrônica, Polo & Pan retorna ao Brasil em 2025 com sua nova turnê, Americas Tour. O show acontece em São Paulo, no dia 12 de novembro, na Audio, prometendo uma noite de ritmos tropicais, sintetizadores retrô e uma imensa pista de dança com uma abordagem lúdica e refinada de house, disco e electro com o inconfundível toque francês. Formada por Paul Armand-Delille (Polo) e Alexandre Grynszpan (Pan), a dupla é conhecida por criar atmosferas contagiantes. Faixas como Canopée e Dorothy já se tornaram hinos essenciais em qualquer festa. Mas é nas apresentações ao vivo que a dupla realmente brilha e se conecta com o público em uma energia vibrante e mágica. Em março passado, Polo & Pan lançaram seu terceiro álbum, 22:22, pelos selos Hamburger Records e Ekler’o’shock. Sucessor dos elogiados Caravelle e Cyclorama, o disco traz 12 faixas imersas na estética French Touch, com colaborações especiais de Joseph Mount (Metronomy), Beth Ditto, Kids Return, PawPaw Rod e Arthur Teboul. Gravado majoritariamente em fita analógica no estúdio da dupla em Paris e com uso extensivo de instrumentos ao vivo, o projeto aposta em uma sonoridade atemporal, lúdica e refinada. Uma colisão elegante entre disco, pop e house. POLO & PAN – AMERICAS TOUR 2025 Realização: T4F Data: 12 de novembro (quarta-feira) Local: Audio (Av. Francisco Matarazzo, 694 – Água Branca, São Paulo – SP, 05001-100) Abertura da casa: 19h Início dos shows: 21h Classificação etária: 10 a 15 anos acompanhado dos responsáveis legais e a partir de 16 anos, desacompanhado. Menores de 10 anos não entram. Ingressos – De R$190,00 (meia-entrada pista lote promocional) a R$ 450,00 (inteira camarote). Pré-venda exclusiva “Polo & Pan”: de 30/4, às 10h, até 1/5, às 10h Venda Geral: 1/5, às 10h

Ira! fará dois shows na Vibra São Paulo em maio

Celebrando 20 poderosos anos do lançamento do clássico álbum Acústico MTV, o Ira! está na estrada com turnê especial em que revive o repertório deste trabalho, que vendeu praticamente 1 milhão de cópias. Nos dias 9 e 10 de maio, a banda formada por Nasi (voz), Edgard Scandurra (violão), Johnny Boy (teclados), Evaristo Pádua (bateria), Daniel Scandurra (baixolão), Jonas Moncaio (tchello) e Juba Carvalho (percussão) se apresenta, no palco da Vibra São Paulo, a partir das 22h. A primeira data será em formato pista. Já o segundo show, será no formato mesa, e conta com o setor O Girassol, em que cada ingresso dá direito a um kit exclusivo (pôster autografado, DVD Ira! Folk, Girassol, voucher do restaurante Praça São Lourenço e sacola personalizada). Os últimos ingressos estão à venda pela plataforma Uhuu.com e nas bilheterias da Vibra São Paulo, Teatro Bradesco e Teatro Sabesp Frei Caneca. Em 2004, o Ira! tomou o mercado da música do Brasil com o lançamento de seu meteórico álbum Acústico MTV, figurando entre os cinco projetos mais bem-sucedidos comercialmente do projeto no Brasil, de todos os tempos. Neste show revigorado, diversos hits do Acústico MTV serão executados como O Girassol, Eu Quero Sempre Mais e Tarde Vazia. Essas composições estouraram o projeto e alavancaram a banda para um sucesso que fez com que a turnê rodasse todo o país durasse quase três anos. O projeto também apresenta os grandes clássicos como Envelheço na Cidade, Dias de Luta, Flores em Você, Nucleo Base, 15 Anos, dentre outras como Flerte Fatal, Ciganos, Poço de Sensibilidade, Por Amor – composição do saudoso Zé Rodrix – e Pra Ficar Comigo, versão do Ira! para Train in Vain (Stand By Me), do The Clash, que a banda acabou incorporando até hoje em seu show elétrico.

Último show de Gilberto Gil em São Paulo tem encontro emocionante com a filha

Em tempos de setlists decorados e repetitivos, o fator surpresa sempre garante um momento único e especial para artistas e público. Se a surpresa emociona, o resultado é ainda maior. Dificilmente choro durante um show, mas o encontro de Gilberto Gil com a filha, Preta Gil, no Allianz Parque, na noite do último sábado (26), foi memorável, genuíno e, imediatamente, a emoção tomou conta de mim e boa parte do público. A escolha da música também não poderia ser mais acertada, Drão, que foi feita para a mãe de Preta, Sandra Gadelha, logo após a separação dos dois.  Preta entrou amparada por uma das irmãs, Nara Gil, que também é backing vocal do pai. Visivelmente emocionada, logo foi aclamada pelo público, que bradou forte: “Preta! Preta! Preta!”. A demonstração de carinho também mexeu bastante com Gilberto Gil. O icônico artista, de 82 anos, precisou secar as lágrimas após a saída da filha. Preta Gil estava internada desde o dia 1º de abril no Hospital Copa Star, no Rio de Janeiro, e foi transferida para o Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo, onde recebeu alta no último dia 16. Recentemente, Gilberto Gil disse que a ida de Preta para os EUA para fazer o tratamento experimental não está definida. Ver essa foto no Instagram Uma publicação compartilhada por Gilberto Gil – Última Turnê (@giltemporei) Além de Preta, Gil também recebeu Nando Reis, que cantou A Gente Precisa Ver o Luar. As participações especiais na turnê Tempo Rei são frequentes. Até o momento, Arnaldo Antunes, Flor Gil, Sandy, MC Hariel, Liniker, Anitta, Russo Passapusso, Margareth Menezes, entre outros. Mas, além do momento emocionante com Preta e a participação de Nando Reis, Gil encanta com a disposição. Não dá sinais algum de sentir o tal “peso da idade”. Longe disso! Ele dança, canta, emociona, brinca com o público. Tem disposição que muito artista novo não tem. Felizmente, nos últimos 30 anos, consegui acompanhar muito da carreira de Gil. Dos shows no ginásio do Sesc Santos à visita na casa dele, em pleno o Carnaval de Salvador, quando ele recebeu uma comitiva com jovens do Instituto Arte no Dique, de Santos, da qual fiz parte. Gil também veio ao instituto, que desenvolve um trabalho impecável em uma das maiores favelas sobre palafitas do Brasil, além de ter participado da maior ação social do Blog n’ Roll, o Juntos Pela Vila Gilda, quando gravou dois sons durante a pandemia da covid. Diante disso, assistir Gil em cena, tão motivado e enérgico, traz lembranças afetivas. Aprender sobre Gil começou em casa, com meus pais, mas tive uma “pós-graduação” com José Virgílio, presidente do Arte no Dique e amigo desse gigante artista e melhor ministro da Cultura que o Brasil já teve. O cancioneiro imenso dele está quase todo presente na apresentação. Durante 2h30 de show, Gil passeou por quase todos os álbuns do período 1965 até 1984. E a apresentação não perde força em nenhum momento. Começa com Palco, Banda Um e Tempo Rei, tem um recheio com Refazenda e Refavela, finalizando com Aquele Abraço, Esperando na Janela e Toda Menina Baiana. Dentre os momentos de destaque da apresentação também estão Cálice, clássico anticensura de Gil e Chico Buarque, que veio acompanhado de um vídeo explicativo (necessário nos dias atuais) do coautor da canção. Durante a exibição do vídeo, o público bradou: “sem anistia!”. Hinos como Esotérico, Expresso 2222, Se Eu Quiser Falar com Deus e Punk da Periferia também mexeram bastante com os fãs, que cantaram a plenos pulmões cada estrofe dessas faixas. Se é uma despedida de fato, como foi anunciado antes da tour começar, só o tempo dirá. Mas o tempo caminha junto com Gil e isso fica evidente do início ao fim. Não será estranho se uma continuação nos palcos for confirmada. Gil ainda está muito firme, forte e atual. Mas enquanto não temos essa confirmação, vale se programar. A turnê Tempo Rei tem mais 11 datas até o fim do ano, passando por Rio de Janeiro, Brasília, Belo Horizonte, Curitiba, Belém, Porto Alegre, Fortaleza e Recife. Confira as datas e compre os ingressos aqui. Reparação histórica Sei que pode soar repetitivo isso, mas o trabalho que a 30e vem desenvolvendo com os artistas nacionais é de tirar o chapéu. A produtora simplesmente está por trás de quase todas as grandes turnês nacionais por estádios. Dessa forma, ForFun, Natiruts, NX Zero, Ney Matogrosso, Jão, Gilberto Gil e Titãs puderam se apresentar nos principais palcos do Brasil, algo que parecia restrito aos artistas internacionais nas últimas décadas. Quando poderíamos imaginar assistir QUATRO shows esgotados de Gil no Allianz Parque, o melhor palco do Brasil? São praticamente 200 mil pessoas somente na Capital. Titãs e Natiruts também com sequências grandes. Esperamos poder ter mais turnês incríveis com essa estrutura de show internacional por aqui. Artistas em potencial temos de sobra: Chico Buarque, Jorge Ben Jor, Skank (retorno?), Barão Vermelho (com Frejat?), Los Hermanos, entre muitos outros.

Entrevista | Machine Girl – “Estamos vivendo uma época muito distópica”

O duo novaiorquino Machine Girl se apresenta pela primeira vez no Brasil neste sábado (26), a partir das 18h, no Hangar 110, em São Paulo. Liderado por Matt Stephenson, o grupo promete um show intenso e caótico, que reflete sua sonoridade explosiva e difícil de categorizar. Ainda há ingressos disponíveis para a apresentação. Em entrevista ao Blog n’ Roll, Matt Stephenson contou que prefere não criar expectativas sobre a estreia em solo brasileiro. “Sempre que vamos para uma cidade nova como esta, é emocionante para nós estar em um lugar novo. Tento não ter expectativas porque cada show pode ser muito diferente”, explicou. O Machine Girl surgiu como um projeto pessoal paralelo enquanto Matt Stephenson ainda fazia parte de outra banda. Após a dissolução do grupo, o projeto tomou forma e se expandiu, mas sem perder sua essência independente. “Sempre houve uma hesitação em deixar mais pessoas participarem, mas também é um alívio envolver mais gente e ter mais ajuda”, comentou. A estética sonora do Machine Girl mistura punk, hardcore eletrônico, breakcore, noise e metal, criando uma identidade única. Stephenson descreve o processo criativo como algo natural: “Gosto de encontrar onde me sinto dentro desses gêneros que às vezes se sobrepõem e tentar fazer algo novo e único”. O álbum MG Ultra, trabalho mais recente do duo, reflete o caos da sociedade contemporânea e busca, mais do que denunciar, traduzir sensações. “Não tentei fazer os sons refletirem temas específicos, mas o caos presente em nossas músicas é um reflexo da cultura do TDAH nas redes sociais”, comentou Stephenson. Durante a entrevista, Matt Stephenson também revelou sua admiração pelo funk brasileiro, que chegou com força aos Estados Unidos. “A música fica tão distorcida que beira o noise, e ainda assim é algo mainstream no Brasil”. Confira a entrevista completa abaixo. Como estão as expectativas para o show?  É emocionante para nós estar em um lugar novo. E, além disso, tento não ter nenhuma expectativa de como será o show, porque pode ser tão diferente de um lugar para outro.  O Machine Girl surgiu como um projeto profundamente pessoal, quase como uma hiperfixação. Como esse impulso inicial evoluiu ao longo dos anos até se tornar esse universo sonoro tão expansivo e coletivo? Sim, começou só comigo e foi quase um projeto paralelo meu enquanto estava em outra banda. Quando essa banda acabou, Machine Girl se tornou meu projeto principal. Mas sempre quis expandi-lo para onde está agora.  No entanto, queria meio que levar meu tempo fazendo isso e, em vez de me apressar para adicionar mais duas pessoas ao grupo, ir mais devagar.  Como você disse, é definitivamente um projeto pessoal, sempre houve um pouco de hesitação da minha parte em deixar mais pessoas participarem, mas também é meio libertador. De certa forma, é um alívio envolver mais pessoas e ter mais ajuda e tudo mais.  Vocês trabalham com uma estética sonora que desafia classificações. Como é o processo de criar algo tão caótico e, ao mesmo tempo, tão coeso? Acho que tudo vem do mesmo lugar para mim, e gosto de encontrar onde me sinto, embora alguns desses gêneros se sobreponham, e aprimorar esses elementos e tentar fazer algo novo e único é o objetivo.  A cultura DIY parece estar no DNA do Machine Girl. De que forma esse espírito “faça você mesmo” ainda guia suas escolhas criativas e de produção? Fui influenciado por muitos artistas de subculturas “faça você mesmo” que vieram antes da Machine Girl. E isso me inspirou a sentir que não preciso esperar por uma gravadora ou por alguém que venha me ajudar a concretizar minha visão. Acredito que com o poder do seu laptop, você pode fazer praticamente qualquer coisa agora. Isso tem sido basicamente verdade nos últimos 15 anos, mais ou menos, quando comecei a mexer com música eletrônica. “Faça você mesmo” nem era uma escolha. Era simplesmente a única opção para começar a fazer música.  MG Ultra é descrito como uma “antítese surrealista” da sociedade atual. Como vocês traduzem essas ideias complexas, como tecno-feudalismo, vida algorítmica ou pós-verdade, para o som? Essa é uma boa pergunta. Não diria que necessariamente tentei fazer os sons em si refletirem esses temas específicos, além talvez do caos que isso envolve, como algumas das músicas do MG Ultra, que são loucas e confusas.  Acho que é um reflexo da cultura do TDAH nas redes sociais à qual todos estamos sujeitos. Em algum nível, como alguém que tem TDAH, no geral, foi meio fácil para mim fazer música muito louca e caótica. O álbum novo tem um lado quase distópico, mas também soa como uma forma de resistência ou catarse. Você enxerga a música de vocês como uma espécie de “arma” contra o colapso mental e social do presente? Não sei se a descreveria como uma arma. Mas acho que definitivamente não é um remédio, mas algo que pode aliviar alguns dos sintomas de viver. Estamos vivendo uma época muito distópica, cada vez mais distópica. Acho que, no mínimo, esse era meu objetivo.  Estava um pouco hesitante em fazer algo totalmente específico como o Rage Against the Machine, com exatamente os problemas que tinha e como lidar com eles, como uma espécie de apelo à ação.  Estava mais tentando pintar um quadro e criar um sentimento que acho que a maioria das pessoas tem no momento. Mesmo seis meses depois que o disco foi lançado, as coisas ficaram ainda mais loucas. Nem sei se o MG Ultra está à altura ou a par de como, pelo menos na América, as coisas estão meio sombrias atualmente.  O Machine Girl parece operar como um portal de universos paralelos, palavras discretas onde é possível escapar da vigilância e do controle. Como você visualiza esse mundo na prática? Você quer dizer como se um mundo melhor fosse possível? Espero que sim. Não sei se haverá um longo período de dificuldades antes de chegarmos a esse momento melhor, mas parece que muito do que está acontecendo no mundo é um ataque a velhas

Com álbum novo no forno, Kaleo testa novos singles para público apaixonado em São Paulo

O lineup do Lollapalooza é, provavelmente, uma das coisas mais detonadas pelos fãs de músicas anualmente. É muito comum ver pessoas reclamando da quantidade de artistas desconhecidos ou “irrelevantes”. E os comentários costumam partir justamente daqueles que reclamam que não tem renovação na música. A banda islandesa Kaleo já foi uma dessas vítimas, quando tocou no festival em 2018. Agora, sete anos após sua estreia no Brasil, Jökull Júlíusson, o JJ, e sua banda extremamente técnica, retornaram ao país para dois shows da Payback Tour, um no Rio de Janeiro e outro em São Paulo. Na capital paulista, o local escolhido foi a Audio, que recebeu um ótimo público, principalmente para uma terça pós feriadão e com frio na rua. A base do repertório foi o álbum A/B, que reúne os principais hits da banda, e teve dez canções incluídas no setlist. Mas o Kaleo aproveitou a oportunidade para testar quatro canções do novo álbum, Mixed Emotions, que será lançado em 9 de maio. Backdoor, Lonely Cowboy, USA Today e Rock ‘n’ Roller, por sinal, foram muito bem recebidas. USA Today abriu o show e conquistou o público logo de cara, que já tinha a letra na ponta da língua. Aliás, por falar em sing along, o Kaleo consegue essa proeza em 16 das 17 músicas do show. É o público cantando tão alto que muitas vezes não dava nem para ouvir JJ direito. A única exceção foi Vor í Vaglaskógi, toda cantada em islandês, que deixou os fãs em um momento de contemplação apenas. Variando em um blues rock com um indie folk, o Kaleo construiu uma boa base de fãs no Brasil, principalmente por sua participação no Lollapalooza e o super hit Way Down We Go, com mais de um bilhão de streams só no Spotify.  Mas é inegável que o repertório se sustenta de uma forma impecável, sem a dependência do hit para ter um grande show. Os músicos interagem o tempo todo entre eles, promovendo pequenas jams enquanto JJ puxa o set caprichado. Hot Blood, No Good, Skinny e Save Yourself foram alguns dos pontos altos da apresentação. Que venha logo o novo álbum do Kaleo e um retorno breve ao Brasil. Abertura da noite A banda paulistana Ginger and The Peppers foi quem abriu a noite na Audio. Com um set curto, aproximadamente 30 minutos, o grupo soube aproveitar o pouco tempo para aquecer os fãs de Kaleo. Com um ótimo cartão de visitas, a banda mostrou ter muita energia no palco, com destaque para a vocalista Julia Dillon, que transborda carisma, além de ter uma linda voz. Edit this setlist | More Kaleo setlists

Spiritbox tem o show mais quente do momento e precisa voltar logo ao Brasil; veja como foi em NY

Nova York é uma cidade que exala eventos musicais e esportivos por todos os cantos, isso sem falar nos inúmeros cenários de filmes e séries, além dos famosos musicais da Broadway, atualmente com George Clooney, Denzel Washington, entre outros grandes atores em cartaz. E mesmo com essa infinidade de atividades, ninguém conseguiu despertar tanta atenção como a banda canadense Spiritbox na última semana. Queridinha do público brasileiro após o show de abertura do Bring Me The Horizon, no fim do ano passado, no Allianz Parque, a banda de Courtney LaPlante vem em uma crescente absurda no hemisfério norte. Participa de tudo que é programa de TV, viraliza no Grammy, é citada por grandes nomes do rock. Vive um momento de ouro. No último dia 18, a banda simplesmente lotou o Hammerstein Ballroom, ao lado do Madison Square Garden, o qual parece ser uma questão de tempo para ser o próximo palco do Spiritbox em Nova York. A receita de sucesso do Spiritbox é infalível: cozinha instrumental de alto nível, frontwoman com alcance vocal absurdo e carisma de sobra, além de influências que passam por Machine Head, Linkin Park e Evanescence. Atualmente em turnê para divulgar o álbum Tsunami Sea, lançado em março passado, o Spiritbox vive um momento especial. Quem se impressionou com a apresentação no Allianz Parque certamente ficará ainda mais boquiaberto com a tour atual. O novo show do Spiritbox contempla os fãs com telões incríveis de alta definição, com lindas imagens de natureza, mesclando com alguns momentos da apresentação. Tsunami Sea tem oito de suas 11 músicas no setlist, que ainda é completado por três faixas do debut, Eternal Blue (2021), além de canções dos EPs Rotoscope (três) e The Fear of Fear (duas). Courtney LaPlante foi a grande estrela no Hammerstein Ballroom. E sabe que está sendo observada por todos. Após a aparição no show de Megan Thee Stallion no Coachella no primeiro fim de semana, a moral estava ainda mais elevada. Composta por Courtney LaPlante, seu marido, o guitarrista Mike Stringer, o baterista Zev Rose e o baixista Josh Gilbert, a banda canadense está em atividade há quase uma década, mas vive o melhor momento agora. A reta final do show do Spiritbox rendeu algumas boas surpresas, com três feats inesperados: Soft Spine (com Emma Boster, do Dying Wish, que abriu a noite no Hammerstein, junto com o Loathe), No Loss, No Love (com Andrew Dijorio, da banda punk Stray from the Path) e Crystal Roses (com o saxofonista Saxl Rose). No meio dessa sequência de feats, o show ainda teve espaço para duas das canções mais poderosas do Spirtibox: Holy Roller, do Eternal Blue, e Ride the Wave, single mais pessoal e forte de Tsunami Sea. A atual turnê do Spiritbox merece um lugar especial no Brasil. E como headliner, sem participação em festival. Confira o show completo abaixo