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Uma cara mais roqueira e instrumental para a obra do Bituca

Algumas obras da música popular brasileira são consideradas intocáveis. Quem ousa mexer nelas precisa ter em mente que um erro pode ser fatal. Mas em seu segundo disco como artista solo, o guitarrista Fabio Rizental passou facilmente por essa prova de fogo.

Noite de Minas, como foi batizado o trabalho do carioca, conta com dez faixas de Milton Nascimento e Clube da Esquina, todas com uma roupagem instrumental e mais roqueira, mas sem deixar as influências do jazz, blues e música caribenha de lado.

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“O instrumento musical não tem tanta limitação como a voz humana. Dependendo do cantor, possivelmente não poderia alcançar a extensão vocal do Milton. Com a guitarra ou outros instrumentos, você consegue ser mais fiel. Fiquei pensando no que ficaria legal na minha guitarra. Acho que daria para fazer uns três álbuns duplos com essas releituras. Mas procurei faixas que tenham algum significado sentimental para mim. Não são necessariamente os sucessos, como Coração de Estudante, que tocou em várias rádios”.

Rizental conta que ainda não conseguiu falar com Milton Nascimento sobre esse trabalho, mas encontrou outro membro do Clube da Esquina. “O Wagner Tiso e eu desenvolvemos uma amizade nesse período. Ele gravou uma música comigo (Um Gosto de Sol), tocamos no Rio também. Foi maravilhoso. A nossa intenção é, para shows maiores, fazermos algo juntos”.

A dificuldade de chegar em Milton Nascimento está relacionada ao momento mais recluso do artista. “Mandei o CD pronto para o Bituca (apelido de Milton), mas ainda não tive retorno. Esse encontro vai acontecer uma hora ou outra. Não é possível ter essa repercussão toda que o disco vem tendo e não nos encontrarmos. Ou ele vai ouvir e achar que destruí a obra dele ou vai achar genial”.

Influências
O guitarrista conta que o caldeirão de influências que carrega em seu novo trabalho é um apanhado de tudo que sempre escutou. “Quando eu era pequeno, na minha casa tocava muito Milton Nascimento, Chico Buarque, Djavan e Tom Jobim. Depois passei a ouvir Beatles. Todos compositores com qualidade que é possível migrar para o erudito. Não à toa temos o Beatles sinfônico e outros projetos interessantes”.

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Quem escuta Noites de Minas pode observar um certo peso nas guitarras, mas eles são resultado das influências que vieram na sequência, garante o carioca.

“Depois dos Beatles, fui ouvir Yes e Rush. Ouvindo o progressivo com o rock mais pesado cheguei aos guitarristas de blues rock, como Eric Clapton, Jeff Beck, Eddie Van Halen, Jimi Hendrix, Angus Young, todos esses guitarristas que tinham uma personalidade muito forte”.

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