Crítica | Um Dia Cinco Estrelas

Engenharia do Cinema Não é novidade que o cineasta Hsu Chien sempre procurou mirar em cenários atuais, para colocar em suas obras cinematográficas. “Me Tira da Mira” foi a questão dos blogueiros imbecis (apesar de ser uma sátira na pegada de “Corra Que a Polícia Vem Aí“), “Desapega” foi sobre os gastos excessivos dos brasileiros, e agora em “Um Dia Cinco Estrelas“, ele retrata um dia da vida de um cidadão que se vê obrigado a trabalhar como Uber, para completar sua renda. E apesar de ser vendido como uma comédia, a produção nos faz mais refletir, do que rir. Após o telhado de sua casa ter uma infiltração, suas contas não fecharem e ainda ter de realizar uma festa de aniversário para sua mãe (Nany People), Pedro Paulo (Estevam Nabote) se vê obrigado a trabalhar como Uber para conseguir arcar com as despesas. Só que ele não esperava vivenciar várias situações inusitadas. Imagem: Paris Filmes (Divulgação) Nos primeiros minutos iniciais, atire a primeira pedra qual brasileiro de classe média para baixo, não passou situações degradantes com relação a chuvas fortes, problemas salariais e contratempos com filhos. E em meio a este cenário, os aplicativos acabaram sendo uma das grandes saídas para a maioria dos cidadãos ao redor do globo. E isso coincide com o carisma absoluto de Estevam Nabote (que vem de esquetes do Youtube), que com seu carisma e feições, consegue cativar o espectador facilmente. Em contraponto, temos sua mãe, vivida por Nany People, que nitidamente estava se divertindo no projeto, uma vez que ela interpreta uma personagem que se casa com sua personalidade. Ocorrem algumas participações especiais de nomes como Ed Gama e Danielle Winits, que conseguem se divertir brevemente (embora acabem viajando um pouco, dentro do contexto do enredo). E para fechar o pacote, ainda acompanhamos um dia na rotina do trabalho da esposa de Pedro, Manuela (Aline Campos). Isso mostra realmente algumas situações inusitadas que os vendedores enfrentam no mercado, em meio a cenários complicados. “Um Dia Cinco Estrelas” consegue ser uma divertida produção, que nos faz refletir o quão o brasileiro consegue ser criativo e dar a volta por cima, até nas piores situações.
Crítica | Ninguém é de Ninguém

Engenharia do Cinema Não é novidade que o cinema espirita no Brasil, é quase sempre o mesmo padrão de qualidade em sua maioria. Vemos roteiros simples, atuações às vezes medonhas e uma direção totalmente errada (beirando as famosas simulações de esquetes em programas de auditório). Inspirado na obra de Zibia Gaspareto (que há alguns meses já teve seu livro “Nada é Por Acaso”, também adaptado para os cinemas), “Ninguém é de Ninguém” é um dos mais famosos e rentáveis livros da própria, desde seu lançamento em 2003. A história é focada no casal Gabriela (Carol Castro) e Roberto (Dalton Mello), onde este possui uma imensa possessão e ciúmes pela sua esposa, inclusive acreditando que esta está lhe traindo com seu chefe Renato (Rocco Pitanga). Em meio suas crises de ira, ele acaba alertando a esposa deste, Gioconda (Paloma Bernardi), fazendo com que a situação piore à cada dia. Imagem: Sony Pictures (Divulgação) Dirigido e roteirizado por Wagner de Assis (que já comandou filmes da temática como “Nosso Lar” e “Kardec”), o próprio já demonstrou para qual tipo de público ele faz seus longas desta temática: pessoas que não possuem o hábito de ir ao cinema, muito menos ler livros espíritas (entre outras palavras, são os menos exigentes). Consequentemente, somos brindados a um jogo de “pobreza” narrativa, como enquadramentos sensacionalistas, regados a uma trilha sonora que transmite um sentimento óbvio (como na cena onde Renato coloca a mão na cintura de Gabriela, cortando para um olhar canastrão de Roberto). Sim, realmente estamos falando de um filme que extrapola neste quesito. Isso porque não falei sobre as cenas de ambos os casais em suas casas, que se assemelham a uma família em uma propaganda de margarina (fugindo totalmente dos padrões de uma casa normal de brasileiros). Fora os diálogos que quando não são ditas frases de efeito ao rodo, o linguajar foge totalmente do que ocorre no dia a dia (em outras palavras, faltou um contato de realismo por parte dos envolvidos). Porém, por incrível que pareça, o mesmo não pode ser dito da atuação de Carol Castro e Dalton Mello (que também são produtores do filme), que realmente são uma das únicas coisas boas nesta produção nacional. A desconstrução de ambos personagens ficam nitidamente bem representadas por conta da emoção transposta pela dupla (com exceção da maquiagem lhes imposta, que parece ter saído do primeiro “Evil Dead”), além deles possuírem uma boa química em cena. “Ninguém é de Ninguém” termina sendo mais um fraco filme de nicho, feito totalmente para pessoas adeptas ao espiritismo e nada mais além disso.
Crítica – Cidade Invisível (2ª Temporada)

Engenharia do Cinema Depois de dois anos, finalmente a Netflix lançou sua segunda temporada da aclamada série “Cidade Invisível“. O sucesso da atração se deu pela originalidade, ao retratar várias lendas do folclore brasileiro, pelos quais nunca haviam tido tamanha abordagem e tinha de tudo para ser algo realmente excelente. Porém, após algumas críticas em relação à “apropriação cultural” na abordagem dos indígenas, esse ano é focado apenas nos problemas destes, e acaba sendo mais uma produção genérica do assunto. A história começa algum tempo depois do término da temporada anterior, com Inês (Alessandra Negrini) e Luna (Manuela Dieguez) indo procurar Eric (Marcos Pigossi), que está em uma fauna totalmente desconhecida. Ao mesmo tempo, o trio acaba se envolvendo em uma complexa trama de garimpeiros que planejam prejudicar a Floresta Amazônica, além claro, de novas criaturas misteriosas. Imagem: Netflix (Divulgação) Dividida em cinco episódios, a sensação é que o roteiro desta nova temporada sofreu várias e várias vezes com o fator dele ter sido reescrito por conta dos problemas citados no primeiro parágrafo. A consequência acabou sendo aparições pífias dos novos personagens Teresa/Matinta Perê (Letícia Spiller, totalmente irreconhecível e em excelente atuação), Simone/Mula Sem Cabeça (Simone Spoladore, bem canastrona), o Lobisomem mirim Bento (Tomás de França, em péssima atuação que parece não ter ensaiado absolutamente nada, se resumindo em um sotaque forçado) e o Padre Venâncio (Rodrigo dos Santos, outra atuação canastrona). Isso porque ainda não entrei no mérito da produção técnica, que parece ter sido mais barata o possível e mesmo nitidamente terem ido aos locais mostrados da Floresta da Amazônia, a sensação é estarmos vendo mais uma produção clichê sobre indígenas (que anualmente possuem mais de 500 produções do mesmo assunto, sempre na mesma maneira). E com direito a frases clichês (algumas parecem ter sido tiradas do Twitter do “Quebrando Tabu”) e situações constrangedoras que transformam os episódios em uma verdadeira tortura (e olha que são apenas cinco). E o trio protagonista? Enquanto Negrini fica totalmente deixada de lado (ela aparece pouco, e realmente não tem aquela presença gratificante), Dieguez parece ter desaprendido como atuar (deixando mais enfatizado que seu texto foi mudado várias e várias vezes) e Pigossi não passa aquela segurança/mistério que ele sempre carregada (independente do contexto que ele estava). Uma pena, pois eles eram para ser o foco da atração, ao invés de Débora/a cobra Boiuna (Zahy Guajajara, que acredita no fato de atuar se resume a cara de enfezada) e a policial Telma (Kay Sara, outra bem canastrona). A segunda temporada de “Cidade Invisível” é mais uma prova que a Netflix consegue ter a proeza de estragar quaisquer de suas produções, independente de sua índole ou nacionalidade.
Crítica | Eike, Tudo ou Nada

Engenharia do Cinema Não precisa ser assíduo nos telejornais e notícias para conhecer Eike Batista. Sendo um dos homens mais ricos do país na última década, o mesmo enfrentou dezenas de escândalos de corrupção por conta de envolvimentos com os governos Lula, Dilma e vários outros empresários brasileiros, para conseguir fazer com que sua empresa se estabelecesse no ramo petrolífero. Baseado no livro de Malu Gaspar, “Tudo ou Nada: Eike Batista e a Verdadeira História do Grupo X“, “Eike, Tudo ou Nada” não procura focar na sua trajetória desde seu principio, mas apenas um recorte de quando acrescentou em suas empresas do grupo X, uma área petrolífera. Sendo interpretado por Nelson Freitas (que realmente se parece e muito com ele), vemos a ascensão e queda de um dos mais respeitados nomes do Brasil. Imagem: Paris Filmes (Divulgação) Bebendo até demais de uma fonte chamada “O Lobo de Wall Street” (que tinha três horas de duração), o longa da dupla Dida Andrade e Andradina Azevedo (que também assinaram o roteiro) resolve condensar fatos vividos pelo empresário durante anos, em menos de 100 minutos de projeção. Para contar a vida de uma personalidade como Eike (ainda mais em uma passagem como esta retratada no longa), era necessário no minimo ter uma produção com cerca de 150 minutos. Com intermédio de momentos infames (como uma cena que mostra ele mastigando em um jantar com outros executivos, para representar que ele estava sendo mais poderoso que todos), diálogos vergonhosos e falta de nexo em algumas cenas (uma vez que muitas passagens são resumidas em cenas aleatórias como seu casamento com Luma de Oliveira, vivida por Carol Castro, que aparece em menos de dois minutos). Embora Freitas nitidamente esteja bem a vontade no papel, faltou ter em mãos um roteiro mais ácido e que colocasse o espectador mais dentro daquele cenário. Faltou mostrar mais de sua trajetória, seus grandes objetivos (já que tudo isso ficou resumido àdiálogos pastelões) e até mesmo quando foi descoberto seu envolvimento em grandes situações de corrupção, durante a Operação Lava Jato (que também ficou literalmente jogado, de maneira porca). “Eike, Tudo ou Nada” é exatamente como seu próprio título pressupõe, pois ele tenta contar tudo que podia e acaba sendo absolutamente nada de relevante. Certamente esta história voltará a ser contada de outra perspectiva, em um futuro próximo.
Crítica | Nada é Por Acaso

Engenharia do Cinema Um fato que sempre vai ser citado no cinema nacional, é que qualquer filme sobre a doutrina espírita e que tenha ligação com nomes como Chico Xavier, Divaldo e outras pessoas importantes para a mesma, sempre serão um sucesso de público e bilheteria (na maioria das vezes). Inspirado no famoso livro de Zíbia Gasparetto, “Nada É Por Acaso” se encaixa perfeitamente nestes parâmetros, porém estamos falando de um filme cujo público (pelo menos uma grande parcela dele), não possui o hábito de ir muito ao cinemas e só está interessado em saber na mensagem mostrada no mesmo. E isso obviamente acabou resultando em um filme totalmente amador. O filme mostra a história de duas mulheres distintas, Maria Eugênia (Mika Guluzian) e Marina (Giovanna Lancellotti). Enquanto a primeira recebe um misterioso telefonema de um homem (Fernando Alves Pinto) que poderá prejudicar sua vida, a segunda volta de viagem para sua casa com cinco milhões de reais em sua conta, um carro novo e o emprego dos sonhos. Porém, ambas possuem uma ligação espiritual que vai fazendo sentido aos poucos. Imagem: Imagem Filmes (Divulgação) Chega a ser engraçado ver que este filme é uma verdadeira propaganda da doutrina espirita, em diversos sentidos. O diretor Márcio Trigo certamente foi direcionado para sempre dar enfoque para livros (cuja sequência na livraria, sempre destacava alguns livros da temática e acabava causando interesse no público que segue o assunto), locais, atitudes e até mesmo algumas marcas (como o selo Coco Bambu, que é um dos patrocinadores do filme). O recurso poderia ser um incomodo, se a ideia do próprio não fosse fazer exatamente isso. Isso porque não entrei no mérito das atuações, que realmente parecem ter saído de uma novela mexicana (de tão forçadas que algumas são, em alguns momentos). Consequentemente, alguns breves momentos acabaram causando risos. Embora o diretor de elenco tenha se aproveitado de alguns atores que sempre fazem o mesmo tipo de papel como Fernando Alves Pinto (o europeu com toques brasileiros), Giovanna Lancellotti (a mulher meiga e que consegue agradar a todos) e Werner Schünemann (o “investigador/advogado” da trama). “Nada É Por Acaso” é mais uma produção nacional, que serve como verdadeiro álibi para o público entender mais sobre como a doutrina espírita age e funciona.
Crítica | Papai é Pop

Engenharia do Cinema Apesar de resolverem ter lançado nos cinemas em plena época do dia dos pais, e quando os atores Lázaro Ramos e Paolla Oliveira estão em alta, “Papai é Pop” sofre do principal problema que vários outros projetos do cinema nacionais sofrem: bons filmes, que acabam sendo boicotados pela maioria do público, devido ao marketing escasso não ter conseguido atingir fora da bolha cinéfila. Inspirado no livro de Marcos Piangers, a história tem início com Tom (Ramos) e Eliza (Oliveira) que são pais de primeira viagem e começam a enfrentar diversos problemas por conta do fato de o primeiro não conseguir mudar seu estilo de vida, em prol da paternidade. Enquanto a segunda começa a se deteriorar aos poucos, por conta do trabalho excessivo em torno da criança. Imagem: Galeria Distribuidora (Divulgação) Sim, por incrível que pareça não estou falando de uma comédia pastelão ou uma produção brasileira genérica. Estamos falando de um projeto que nos coloca dentro de um cenário real, embora tenha pitadas de formas caricatas em partes. E digo isso, pois o diretor Caito Ortiz sabe dosar quando entramos no contexto dramático e cômico do filme, uma vez que estamos falando de alguns assuntos delicados (como o arco envolvendo o porteiro do prédio onde o casal vive, que cuida de seu filho sozinho, devido a sua esposa ter falecido o parto). Agora partindo para o quesito de atuações, apesar de Ramos estar bem à vontade no papel, o show decai em cima de Paolla Oliveira, que visivelmente se entregou ao papel e realmente se assemelha com uma mãe que acabou de ter um filho. Inclusive, o trabalho de maquiagem em algumas cenas chega a ser assustador de tão realista. Faço também uma menção honrosa à veterana Elisa Lucinda (que interpreta Gladys, mãe de Tom), pois serve como a verdadeira adição homeopática na trama. “Papai é Pop” é um dos raros casos onde o próprio marketing em cima da qualidade do projeto, acaba ofuscando sua verdadeira ideia e sentimentos em prol ao público. Certamente irá fazer algum sucesso quando estiver na Netflix.
Crítica | Quatro Amigas Numa Fria

Engenharia do Cinema Realmente o cinema nacional nos últimos anos está se tornando uma piada pronta, no quesito de “programar suas estreias”. Depois de “Medida Provisória” ter sido lançado junto do terceiro “Animais Fantásticos“, a Disney literalmente programou a comédia “Quatro Amigas Numa Fria” para o mesmo fim de semana de “Top Gun: Maverick“. Com a maioria das salas destinadas para este, provavelmente este longa será visto e comentado apenas quando chegar no Star+. Lembrando que este filme está pronto desde 2019, ou seja, tempo para ser lançado não faltou (e isso é um péssimo sinal). A história gira em torno das amigas Daniela (Maria Flor), Karen (Fernanda Paes Leme), Ludmila (Micheli Machado) e Josie (Pri Assum), que decidem tirar uma temporada de férias em Bariloche. Só que elas não imaginariam os imprevistos que iriam viver no local, e que eles afetariam suas vidas como um todo. Imagem: Buena Vista Internacional (Divulgação) Certamente estamos falando de uma comédia que aparentemente sofreu demais na sala de pré-produção, pois o roteiro de Paulo Cursino (constante colaborador do diretor Roberto Santucci), Caio Gullane, Gabriel Lacerda, Taísa Lima, Juliana Soares e Sergio Virgilio (para uma comédia com menos de 90 minutos, não havia necessidade de tantos envolvidos na função), parece ter sido concebido com vários ponto de vistas diferentes. Enquanto alguns apresentam piadas geniais como o fato de Josie parecer o Kenny do “South Park” (que me tirou gargalhadas no cinema), outros já miram em mensagens feministas e de empoderamento (pelas quais acabam surgindo de forma jocosa). Este quesito não nos faz criar uma familiaridade com o quarteto, mas sim um péssimo entendimento de onde este filme quer chegar. Tudo acaba beirando para uma bagunça total, e chegamos até a mentalizar que o quarteto protagonista, está interpretando uma versão satírica de seus próprios ideais (basta olhar às redes sociais delas, para notar). Embora o escopo tenha claramente se inspirado na comédia “Missão Madrinha de Casamento” (que inclusive, foi indicada ao Oscar de roteiro original), não sentimos aquela “mão” ideal nesta roupagem. “Quatro Amigas Numa Fria” termina como uma comédia que há pouca graça e mais lições de moral, com embasamento em personagens pouco interessantes.
Crítica | Me Tira da Mira

Engenharia do Cinema Este é mais um daqueles casos onde a distribuidora vende o filme de forma totalmente errada, mas isso não transformará Me Tira da Mira em um longa nacional sensacional. Conferindo o material promocional e trailer (que fazem questão de enaltecer a quantidade de nomes presentes em uma trama “nonsense”), pensamos que se trata de uma produção ruim demais. Só que a produção assinada pelo diretor Hsu Chien Hsin (Quem Vai Ficar com Mário?), é mais uma ação com doses homeopáticas de comédia. Após o assassinato misterioso da atriz Antuérpia Fox (Vera Fischer), a investigadora Roberta (Cleo) se propõe a assumir a investigação com seu parceiro Lucas (Fiuk), mesmo que seu Pai super controlador, Jorge (Fábio Jr.) e chefe, permita. Imagem: Imagem Filmes (Divulgação) Já deixo avisado de antemão que o roteiro de Beatriz Rhaddour e Claudio Simões consegue tirar boas piadas quando estamos em momentos de interação entre Cleo, Fiuk e Fábio Jr. (cujas linhas de diálogo remetendo suas músicas, acabam sendo realmente bem engraçadas). Agora ele peca ao tentar criar algumas sub-tramas cômicas, como da atriz cancelada Nathasha (Júlia Rabello, em performance totalmente forçada e sem graça) e da recepcionista Amanda (Viih Tube). Se tivessem ficado apenas explorando o trio citado, certamente a diversão seria maior. Isso sem citar quando Hsin tenta criar uma atmosfera de suspense e ação, porém acaba descartando o recurso quando corta para outra cena totalmente sem sentido e até mesmo para algum alívio cômico (como beijo no meio de um tiroteio). Nos primeiros 20 minutos, ele realmente consegue tirar graça nisso, pois se enquadra no padrão nonsense (lembrando até a franquia Corra Que A Policia Vem Ai!). Mas depois, vira galhofa. Me Tira da Mira é uma produção nacional que parece ter sido feita para reunir velhos amigos e parentes, para se divertirem e realmente esqueceram de avisar aos mesmos que estava sendo feito um filme para os cinemas.
Cinema nacional invade Amazon Prime Video com estreias

O cinema nacional ganha força no Amazon Prime Video. Durante o mês serão quatro estreias exclusivas: No Gogó do Paulinho, Os Espetaculares, Carlinhos e Carlão e A Gruta. Para os fãs de terror, A Gruta traz no elenco Carolina Ferraz, Nayara Justino, Arthur Vinciprova, Fábio Soares, Luciene Martes e Jhenifer Emmerick. O filme, já disponível na plataforma, foi escrito e dirigido por Arthur Vinciprova, e conta a história de um grave acidente em uma gruta interditada, onde um rapaz se torna o único sobrevivente. Quatro corpos foram encontrados no local e a perícia indica que esse mesmo jovem assassinou brutalmente seus amigos, esposa e a guia de turismo. Em estado grave, ele nega os assassinatos e recusa-se a colaborar com a polícia. Certo de que sua esposa foi possuída por uma força demoníaca, pede ajuda a uma freira. Os Espetaculares Da mesma produtora de Vai que Dá Certo e do diretor de Minha Mãe é uma Peça, André Pellenz, Os Espetaculares, também disponível no Prime, é estrelado por Paulo Mathias Jr. O filme segue a história de Ed Lima (Paulo Mathias Jr), um comediante de stand up egocêntrico que decide participar de um concurso de trio cômico para escapar da prisão e voltar aos palcos. Para tal, se junta a um lunático, uma nerd e a um sonhador. Rafael Portugal, Luísa Perissé e Victor Meyniel fazem parte do elenco. Carlinhos e Carlão Carlinhos e Carlão é protagonizado por Luis Lobianco e estreia em 12 de novembro. Carlão (Lobianco) trabalha em uma concessionária, acha que sabe tudo de mecânica e futebol e está sempre no bar com os amigos, em meio a conversas machistas e piadas homofóbicas. A compra de um armário, vendido por Evaristo (Luis Miranda), muda sua rotina e o transforma. A partir daí, surgem dois personagens: de dia, o machão Carlão, à noite, Carlinhos, simpático, talentoso e divertido. Com direção de Pedro Amorim e Thiago Rodrigues, fazem parte do elenco Suzy Brasil, Marcelo Flores, Pedro Monteiro e Thati Lopes. No Gogó do Paulinho Estrelada por Maurício Manfrini, a comédia inédita No Gogó do Paulinho chega ao serviço em 19 de novembro. No filme, Paulinho Gogó (Maurício Manfrini) narra suas histórias em um banco de praça enquanto aguarda a chegada da sua amada Nega Juju (Cacau Protásio). Ele relembra a infância pobre; os bicos que fez na vida, inclusive no jogo do bicho; o tempo no Exército; as confusões em que conheceu seus amigos Chico Virilha, Biricotico, Helinho Gastrite e Celso Bigorna; e, claro, as idas e vindas no relacionamento com Juju.