Gravação inédita de Elza Soares com Negra Li chega aos apps de música

Em comemoração ao Dia da Consciência Negra, chegou em todas as plataformas digitais uma das últimas músicas que Elza Soares, lenda da música brasileira falecida em 20 de janeiro de 2022, gravou em estúdio: Preciso Me Encontrar. A faixa, composta por Candeia e gravada originalmente por Cartola em 1976, conta com a participação da cantora e compositora Negra Li nos vocais, produção e arranjo vocal de Diego Timbó, produção de Lucas Vaz e Nave Beat e mixagem de Gabriel Guper. Gravada como parte da trilha sonora do longa-metragem Me Tira da Mira, lançado em março de 2022 (com distribuição da Imagem filmes, direção de Hsu Chien e protagonizada por Cleo, Fábio Jr, Silvero Pereira e Sérgio Guizé), a música não foi lançada devido ao falecimento de Elza. Os produtores optaram por aguardar um momento mais oportuno para disponibilizar a faixa nas plataformas como forma de homenagem à artista. A trilha sonora do filme reuniu 27 artistas, entre nomes consagrados e representantes da nova geração de artistas, como Thiaguinho, Pabllo Vittar, Dilsinho e Johnny Hooker. Além da icônica letra escrita por Candeia, Preciso Me Encontrar ganhou uma citação composta por Diego Timbó, King, Jamé e Jenni Mosello, nomes jovens, porém recorrentes nos créditos musicais de alguns dos maiores hits do pop brasileiro dos últimos anos e que veem em Elza Soares uma grande inspiração. A parte citada é interpretada pela cantora Negra Li, ícone do rap brasileiro. O lançamento marca o mês da Consciência Negra e simboliza uma homenagem às vozes de cantoras negras, que no Brasil encontram sua maior representante em Elza e perpetuam-se através do trabalho de cantoras como Negra Li, que há anos ocupa o cenário musical tornando-se referência para muitas meninas que querem seguir carreira na música.  “Elza Soares me deu a possibilidade de sonhar e acreditar que um dia eu poderia, que eu seria. Simples assim. É a tal da representatividade”, afirmou a artista durante uma entrevista em maio deste ano. A capa do single foi concebida pelo colagista e artista visual independente Astronauta de Mármore, de Feira de Santana, Bahia, e a foto de Elza Soares foi feita por Rodolfo Magalhães. O conceito do projeto traz Negra Li como reflexo e perpetuação do legado de Elza. Preciso Me Encontrar na voz de Elza Soares tem a marca de sucesso do importante produtor vocal e artístico Diego Timbó, responsável pela mistura de talentos que compõem a faixa. Com suas origens na música, o produtor sempre teve Elza como uma grande inspiração. Nas palavras de Timbó, “Elza é um presente para a eternidade”. Ele completa: “Esta faixa é a celebração de sua obra, e a perpetuação do seu legado que é responsabilidade de todos nós. Viva Elza e Negra Li, viva candeia, Cartola e a música brasileira.”

Último show de Elza Soares é exibido por TNT e HBO Max

Dois dias antes de seu falecimento, aos 91 anos, Elza Soares, uma mulher negra que passou anos de sua vida enfrentando o preconceito e a discriminação, realizou o sonho de eternizar a sua música no Theatro Municipal de São Paulo. No dia 5 de novembro, às 20h30, a TNT e a HBO Max exibirão o último show da cantora, o documentário musical inédito Especial Elza Ao Vivo no Municipal, que contém 15 das suas mais icônicas faixas. Do subúrbio do Rio de Janeiro ao sucesso mundial, os registros realizados nos dias 17 e 18 de janeiro de 2022 foram transformados no álbum Elza ao vivo no Municipal, lançado no dia 13 de maio de 2022, Dia de Preto Velho na umbanda e também de resistência ao racismo e abusos cometidos em mais de 300 anos de escravidão no Brasil. A exibição chega à TNT e HBO Max como parte da programação especial do mês da Consciência Negra para relembrar e celebrar a luta contra a opressão. No Especial Elza Ao Vivo no Municipal, foram selecionadas 15 faixas que contam as passagens de sua vida e como ela enxergava o mundo no auge de seus 91 anos. A música Meu Guri, que abre o disco, ganhou clipe inédito com depoimentos da cantora em relação ao corpo, performance, músicas, vestes e adereços. Se Acaso você chegasse, A Carne e Maria da Vila Matilde, entre outras, são gravados em uma mistura de ritmos, repertórios latinos e denunciam o racismo presente na sociedade brasileira. A canções refletem os desafios enfrentados pela cantora conhecida por sua voz rouca e potente. Com linguagem e estilo de documentário musical, o Especial Elza Ao Vivo no Municipal traz uma curadoria de áudios e imagens inéditos de momentos importantes da vida da cantora, o que também evidencia o caráter documental da obra. Gravado durante a pandemia e, por isso, com apenas cinquenta pessoas na plateia, o show tem direção musical de Rafael Ramos, além de roteiro e direção cinematográfica de Cassius Cordeiro.

Apadrinhado por Elza Soares, Caio Prado lança single “Reconciliar”

O cantor e compositor Caio Prado vem chamando atenção desde que começou sua carreira, alguns anos atrás, mas depois que a cantora Elza Soares gravou sua música Não Recomendado, um hino contra a homofobia, ele passou a ser mais conhecido, se tornando um dos nomes mais relevantes de uma geração que usa a arte contra a intolerância e a favor da democracia. A voz da “cantora do milênio” foi divisor de águas na carreira do artista, que participou do espetáculo musical Elzas, na Cidade das Artes em 2021, do documentário Elza Infinita (2021) e da homenagem a Elza no Rock in Rio 2022. Depois dos singles Não sou teu negro, lançado em áudio e vídeo no Dia da Consciência Negra em 2020, que tornou-se música tema do especial Falas Negras 2021, na TV Globo, e foi regravada por Alcione com a participação de Caio, veio Baobá, parceria com Verônica Bonfim e com clipe assinado pela Meduzza Filmes, que lhe rendeu o título de “fenômeno vocal da Neo MPB” pela imprensa internacional. A música entrou na trilha sonora do jogo de videogame FIFA 22 (da franquia de games EA Sports). Grande aposta da cena musical independente brasileira, Caio Prado assinou contrato com a gravadora Deck em junho e Reconciliar é a primeira canção da nova fase do artista. “Essa é uma música com muitos tons e camadas, que fala de um amor universal e necessário, que se reconcilia, que é mais tolerante, que se estende dos relacionamentos à vida social e política. Nela, me reconcilio também com as minhas raízes, com um auto-amor que tem, inclusive, mais liberdade para encontrar o outro. O outro é uma língua que a gente precisa aprender”, explica ele. A música, produzida por Marcelo Delamare e Theo Zagrae, é o single de estreia do Caio na gravadora, anunciando os caminhos para o próximo disco. Além da canção, ele também lança o clipe, que tem direção de Rodrigo França.

Elza Soares será celebrada no Festival Sarará, em agosto

Elza Soares - Blog n' Roll

O nome de Elza Soares foi um dos primeiros a ser confirmado na edição de retomada do Festival Sarará, marcada para o dia 27 de agosto, na Esplanada do Mineirão, em Belo Horizonte. Para os organizadores, A Mulher do Fim do Mundo trazia – por meio da sua obra e potência – a personificação da mensagem que pretendem passar com a realização do evento. Elza Soares fez a sua passagem em janeiro de 2022 e, agora, o Sarará homenageia e celebra a sua existência. Para isso, o festival, que é realizado pela produtora A Macaco, convidou as cantoras Teresa Cristina, Luedji Luna, Paula Lima, Nath Rodrigues e Julia Tizumba para subirem ao palco em um tributo no qual irão mergulhar no cancioneiro da artista. Anteriormente escalada para participar do show de Elza Soares, Rebecca passa a integrar o line-up com uma apresentação própria. Os ingressos podem ser adquiridos pela plataforma Sympla. “Enxergo a contribuição de Elza para além da música, estamos falando sobre a maior de todos os tempos, a artista do milênio. Ela é a representação e a referência do que o Sarará quer compartilhar e evidenciar sobre as mulheres nesta edição”, declara Carol de Amar, diretora artística do festival. “A homenagem, na verdade, será o show inédito que Elza idealizou para o DVD em comemoração de seus mais de 70 anos de carreira, porém interpretado por outras vozes. Eu e Mônica Brandão, minha parceira na curadoria do Sarará, buscamos levantar nomes que representassem um pouco de Elza em diferentes formas”. Carol de Amar, diretora artística do festival Teresa Cristina entende que esse tributo carrega uma simbologia muito importante. “Cabe a nós enaltecer o que essa mulher fez em vida e o legado que ela deixou para a gente que continua aqui lutando, principalmente para que as gerações futuras não esqueçam quem ela foi”, afirma. Outro nome escolhido para a homenagem é a cantora mineira Nath Rodrigues, que define Elza como um foguete que atravessou diferentes épocas musicais. “É muito bonito ver várias artistas que constroem cada uma a sua narrativa sendo conectadas por esse ícone que é a Elza Soares”, pontua. Até o momento, o Festival Sarará 2022 já anunciou: Zeca Pagodinho, Gloria Groove, Pabllo Vittar, Karol Conká, Marina Sena, Gilsons, BaianaSystem convida Margareth Menezes e Black Alien, Emicida convida Cynthia Luz, BK’ e Orochi. Mais atrações e novidades serão reveladas em breve. ServiçoFestival Sarará 2022Data: 27 de agosto de 2022 (sábado)Horário: 12 horasOnde: Esplanada do Mineirão (Av. Presidente Carlos Luz – São Luiz, Belo Horizonte – MG)Ingressos: Vendas abertas via Sympla (acesse aqui).

Nobat lança single com Elza Soares e participação de BNegão

Me Deixa Sambar, novo single de Nobat, une três vivências repletas de identidade e potência. O cantor e compositor mineiro tem a companhia luxuosa de Elza Soares e BNegão neste novo trabalho, segundo capítulo de uma trilogia que atravessa vários Brasis de diferentes perspectivas, para então celebrar um dos principais gêneros musicais nacionais, o samba. As gravações foram feitas em março de 2021, alguns meses antes da passagem de Elza, sendo um dos seus últimos registros fonográficos. Trata-se do segundo single do próximo disco do artista, MESTIÇO, previsto para junho. Me Deixa Sambar vem acompanhada de um videoclipe que enaltece a beleza de Belo Horizonte, a força da dança e dedica uma delicada homenagem à Elza. A presença de um nome como de Elza Soares em um trabalho como este toca profundamente no imaginário popular brasileiro, por tudo que representou a vida e obra da Mulher do Fim do Mundo. “Na noite em que ela gravou a canção, nós nos falamos por telefone e foi uma das experiências mais incríveis da minha vida. Ouvi-la dizer meu nome já foi uma das maiores emoções que vivi, mas mais fabuloso ainda foi poder ouvir seu olhar sobre a música, sobre nosso povo, nosso país”, relata Nobat, que destaca uma fala entre as que foram trocadas com Elza: “o Brasil sempre vence no final”. “Não tenho muitos ídolos, mas Elza certamente era, é e permanecerá como uma das únicas da minha vida e carreira”, complementa. Como um grito pela liberdade, a escolha por homenagear o samba passa pelo histórico do gênero sempre ligado às classes trabalhadoras, com visões politizadas e ainda assim, muitas vezes, esperançosas. Por conta de suas visões social e política, e de uma história que atravessa o samba em diversos momentos, BNegão foi essencial como uma das vozes da música. “Ele é um artista que pautou o pensamento e comportamento de uma geração, um cara que sempre elaborou muito bem sua visão sobre seu tempo e nosso povo. É para mim motivo de muito orgulho tê-lo nesse trabalho e foi fundamental sua participação nessa faixa”, conta o mineiro sobre a parceria com o carioca. Dirigido por Natacha Vassou e Lucas Espeto, o videoclipe da faixa foi gravado na capital mineira em março deste ano. A performance da dançarina Raquel Cabeneco emite uma mensagem de protesto: “‘me deixa sambar’, como quem diz, ‘me deixa viver!’”, reflete Nobat sobre o registro audiovisual. Carregado de emoção, o conjunto da obra exprime a grandeza de Elza e a falta que a mesma deixa. “Senti muita emoção e acredito que foi ali, ao ouvir sua voz cantando enquanto rodamos o clipe, que me caiu a última ficha de que, ao mesmo tempo, realizei esse sonho incrível de trabalhar com uma das maiores cantoras da história da MPB, mas que também a perdemos.

Lenda da música brasileira, Elza Soares morre aos 91 anos

Elza Soares lançará show de Planeta Fome no Balaclava Fest

A cantora Elza Soares morreu nesta quinta-feira (20) aos 91 anos. A informação foi anunciada pelos perfis dela nas redes sociais. “É com muita tristeza e pesar que informamos o falecimento da cantora e compositora Elza Soares, aos 91 anos, às 15 horas e 45 minutos em sua casa, no Rio de Janeiro, por causas naturais. Ícone da música brasileira, considerada uma das maiores artistas do mundo, a cantora eleita como a Voz do Milênio teve uma vida apoteótica, intensa, que emocionou o mundo com sua voz, sua força e sua determinação. A amada e eterna Elza descansou, mas estará para sempre na história da música e em nossos corações e dos milhares fãs por todo mundo. Feita a vontade de Elza Soares, ela cantou até o fim”, diz a postagem.

Deck disponibiliza no streaming cinco álbuns raros de Elza Soares

Elza Soares se une ao Baiana System em single Libertação

A gravadora Deck disponibilizou no streaming os álbuns de Elza Soares lançados originalmente pela gravadora Tapecar nos anos 1970 que estavam fora de catálogo. Em resumo, os discos são Elza Soares, Nos Braços do Samba, Lição de Vida, Pilão + Raça = Elza e Grandes Sucessos de Elza Soares. A data foi escolhida pela própria Elza, devota de São Jorge. Em Elza Soares (1974), a cantora gravou músicas inéditas incluindo uma de sua própria autoria Louvei Maria e Deusa do Rio Niger. Nos Braços do Samba (1975) traz o registro de Saudade Minha Inimiga e Quem É Bom Já Nasce Feito. No álbum Lição de Vida (1976), Elza lançou Jorge Aragão e também registrou uma canção de Dona Ivone Lara, Samba, Minha Raiz. Em resumo, a faixa Curumbandê era expressão legítima dos ritmos africanos, também evidenciada em Rainha dos Sete Mares, uma homenagem ao orixá Iemanjá. Elza Soares lançou Pilão + Raça = Elza (1977). Aliás, veio acompanhada de excelentes músicos como Gilson Peranzzetta, Paschoal Perrota, Rildo Hora, Golden Boys e as Gatas no coro. Aliás, o disco traz três músicas de sua autoria: Perdão, Vila Isabel, Língua de Pilão e Enredo de Pirraça, trilha sonora da novela O Astro. Ademais, a Tapecar ainda lançou a coletânea Grandes Sucessos de Elza Soares (1978), que incluía Salve a Mocidade (Luís Reis), antes só encontrado em compacto. Presentão da Deck.

MC Rebecca e Elza Soares lançam A Coisa Tá Preta; ouça!

Rebecca e Elza Soares

“Quem não sabe de onde veio, não sabe para onde vai”. Com esse verso, Rebecca abre sua nova canção, A Coisa Tá Preta, em parceria com a indescritível Elza Soares. Nesse feat de respeito, as duas cantoras dividem os vocais em uma faixa carregada de simbolismos. O foco está na ancestralidade do povo negro e a reflexão sobre sua história. A musicalidade é ampla, explorando instrumentos diversos e sonoridades típicas da cultura afro-brasileira. Ademais, é um som quase místico de tanto ritmo e poder que carrega em suas batidas. O resultado é um samba rock ácido, crítico e cheio de mensagens importantes. A faixa marca uma nova era na carreira de Rebecca, que aposta em versatilidade com sua música. Ouça A Coisa Tá Preta: