Apnea retorna com o EP Beyond City Limits; ouça!

A banda santista Apnea está de volta com o EP Beyond City Limits, gravado no Dissenso Studio em São Paulo. Para esse disco, os integrantes fizeram questão de trabalhar com uma mulher na produção, convidando Muriel Curi, que produziu e mixou as quatro músicas do EP. Já a masterização foi feita pelo Fernando Sanchez. O baterista Maurício Boka conta como foi o processo de composição e o trabalho com Muriel Curi. “Tínhamos os 4 sons já bem prontos como comentei antes, então quando pensamos em fazer um EP, queríamos gravar em um estúdio diferente e com uma capacidade de recurso mais abrangente. Também procuramos uma produtora. Pensamos que uma mulher teria uma leitura e uma visão diferente do que a gente pensa de música, outra sensibilidade. Quando apareceu o nome da Muriel Curi que comanda o estúdio Dissenso, não tivemos dúvida e o resultado foi maravilhoso”. Beyond City Limits representa um amadurecimento tanto em termos de composição e execução das músicas, como na produção, na qualidade de tudo. “Somos uma banda que ensaia com bastante frequência e compomos constantemente. Com as quatro músicas já bem resolvidas, entendemos que um EP após o álbum de estreia seria uma boa ideia. Em termos de discografia, pensamos que com um compacto, um álbum e um EP lançados ‘completaria’ todos os tipos de formatos convencionais de lançamento dentro da nossa trajetória até o presente momento”, conta Maurício Boka. Este trabalho é o mais pesado da banda, mostrando sua evolução e fincando sua identidade no cenário nacional. Com proposta de apresentar um som influenciado pela música dos anos 70 e 90, mesclando grunge, heavy metal e stoner rock, Apnea construiu seu som com diversas influências. “O som ficou mais pesado e mais ‘rockão’ do que no álbum”, conta Maurício Boka. “E as letras são bastante subjetivas. Elas abordam temas como o meio ambiente, a luta de classes, o cotidiano, a cidade de Santos, etc, porém de uma maneira indireta e meio psicodélica. Acho que somente lendo algumas letras, fica difícil entender a mensagem diretamente, podendo soar como uma ‘viagem’ total. Também queremos que as pessoas conheçam e entendam o som. Gostaríamos de expandir nossa música para o mais longe possível. A qualidade da produção e das composições refletem um novo momento, um degrau acima”. O show de lançamento de Beyond City Limits será no Sesc Santos, no dia 27 de agosto. O show será gratuito com retirada de ingressos 1h antes do espetáculo.

Faca Preta avança com seu street punk de combate no EP Fogo no Sistema

O Faca Preta, banda paulistana na ativa desde 2013, avança com seu street punk de combate no autoexplicativo EP Fogo no Sistema, com três sons de críticas sociais. O lançamento é via Repetente Records. Fogo no Sistema foi gravado este ano no concorrido Estudio Costella, produzido por Capileh, um dos mais experts do ofício no país. É um registro enérgico e direto, que carrega e destaca a verve do Faca Preta. Como explica a banda, estas músicas falam de um cotidiano em que pessoas vivem rodeadas de fascismo por conta da polícia, por conta do sistema. Esse é, aliás, o enredo exato da faixa que dá título ao EP. A letra é sobre um sistema cruel que nos coloca em posição desfavorável para perdemos nosso caráter e desviar nossa conduta por facilidades na vida, tanto pelo oportunismo ou por dinheiro. “Um sistema que acaba nos convencendo que o desvio de caráter não traz resultados e sim as consequências por se vender a algo errado”, eles explicam. Já Não pedimos pra nascer fala sobre o massacre que vivemos por conta de trabalho escravo, patrão lucrando sempre em cima da mão de obra do trabalhador e o sofrimento da sociedade devido à desigualdade salarial e baixa no mundo capitalista. Ouça Fogo no Sistema, do Faca Preta

Com Falamansa e Macucos, Alma Djem lança EP Harmonia; ouça!

O Alma Djem lançou a terceira parte do Acústico em São Paulo: o EP Harmonia dá continuidade ao projeto iniciado com os EPs Luz e Liberdade. Gravado na capital paulistana em julho de 2024, o trabalho reforça a fusão de estilos e a valorização da diversidade musical brasileira. Nesta etapa, a banda selecionou cinco faixas que passeiam por temas como amizade, fé, amor, diversidade e, até mesmo, a necessidade de reflexão sobre o impacto humano no planeta. Entre os convidados estão nomes como Falamansa e a banda capixaba Macucos. A escolha do nome do EP ecoa mais do que melodias: carrega uma mensagem urgente sobre a necessidade de equilíbrio entre progresso e preservação. Em tempos de crise climática, a sustentabilidade deixa de ser escolha e torna-se um dever coletivo.  A faixa de abertura traz a releitura de Sobradinho, clássico de Sá & Guarabyra, eternizado nos anos 1970 como crônica da construção da hidrelétrica de mesmo nome no norte da Bahia. A canção ganha nova vida nas vozes de Marcelo Mira (Alma Djem) e Tato (Falamansa), celebrando uma amizade iniciada em 2005, quando as duas bandas jogaram juntas no campeonato Rock Gol da MTV. Desde então, a parceria rendeu frutos como a regravação de Teu Lugar pelo Falamansa, além de colaborações anteriores no DVD Ao Vivo no Lago Paranoá. Mira e Tato também dividem a autoria de Rede no Coqueiro (com participação do Falamansa) e de Perfeitinha, ambas presentes no projeto acústico. A relação entre os dois ultrapassa a amizade e consolida-se em uma trajetória de composições assinadas para artistas como Jorge & Mateus, Marcos & Belutti, Ivo Mozart, Planta & Raiz e sucessos do próprio Falamansa, como Um Pouco Mais de Fé e Respeite a Maré. A segunda faixa, Abre Caminho,  traz uma mensagem de fé, solidariedade e empatia, propondo uma visão de mundo mais colaborativa. “E quando chegar tenta puxar alguém pra perto de você / Abre caminho que de um jeito todo mundo vai caber / O importante é ter fé, o importante é viver”, diz o refrão. Já Amar Novamente, representa um marco na história do Alma Djem. Primeira composição de Marcelo Mira, a música integra o álbum de estreia da banda, Grito de Liberdade (1999), e se tornou hino afetivo para milhares de fãs e casais ao longo dos anos. Na quarta faixa, Flor e Tangerina, o Alma Djem se une à banda Macucos, do Espírito Santo. A ligação com o estado é antiga: foi lá que a banda realizou seus primeiros shows fora do Distrito Federal, ainda em 1999. Mira tem laços familiares com a região, e divide com Fred Nery (Macucos) e Armandinho o projeto paralelo Praia Trio. Uma das canções desse projeto, Beira do Mar, foi recentemente lançada por Armandinho em seu novo álbum. Encerrando o EP, Manga Rosa e Guaraná é uma colaboração entre Mira, Filipe Toca e o rapper baiano Lord Natri. A faixa aborda a importância da aceitação das diferenças em tempos polarizados, exaltando o amor como ponte entre mundos distintos. “Obrigado vida, pelas diferenças casuais / Nós não precisamos ser iguais / Pra amar e ser feliz da vida”, diz o trecho final do refrão. Harmonia é uma obra que convida à reflexão sobre o impacto humano no planeta e propõe um reencontro com valores essenciais. Em cada faixa, uma lembrança de que viver em harmonia é também cuidar do mundo que habitamos. O projeto Acústico em São Paulo O repertório do show foi completo e tomado de hits: 31 faixas e uma noite inesquecível, já que a banda sempre sonhou em fazer um projeto nesse estilo. Mais do que especial, o espetáculo contou com amigos de longa data para comemorar mais do que nunca. Entre os convidados estavam a banda Maneva, o músico Vitor Kley, Tato (do Falamansa), Macucos, Chimarruts e muitos outros. O show trouxe como destaque as músicas escritas pelo vocalista do Alma Djem, Marcelo Mira, co-autor de hits de artistas consagrados como Ricky Martin, Claudia Leitte, Wanessa Camargo e Jorge & Mateus. A direção de vídeo é de Rodrigo Pysi, um dos maiores diretores de videoclipes da atualidade e um velho parceiro de gravações com o Alma Djem. Pysi também já assinou trabalhos com Maneva, Sérgio Britto (Titãs), Planta & Raiz, Patrícia Marx, Badi Assad, entre outros. A produção musical do DVD é de Juninho Sarpa. Conhecido no meio sertanejo, trabalhou com nomes como Paula Fernandes, Marcos & Belutti e João Neto & Frederico. Além disso, é líder da banda de reggae Patuáh, de Campinas, e produtor de bandas de reggae do interior de São Paulo há mais de 20 anos. “Foi um ano intenso de produção musical, arranjos, escolha de repertório com o Sarpa, mistura de sonoridades, instrumentos, ritmos e levadas. E o resultado ficou incrível. Uma mistura de reggae com reggaeton, samba, rap, MPB, forró, pop… ficou incrível. Na parte visual, um cenário especial do mestre Zé Carratu trouxe elementos africanos e urbanos misturados, lembrando essa mistura que é São Paulo. Com isso, provamos que é possível, sim, gravar um álbum acústico de reggae na cidade mais cosmopolita e agitada da América Latina”, encerrou Marcelo Mira.

Day Limns transforma sua travessia urbana em poesia pop no EP A Beleza do Caos

Com sonoridade arrojada, lirismo afiado e sensibilidade à flor da pele, Day Limns apresentou o EP A Beleza do Caos, um projeto com quatro faixas inéditas que traduzem sua vivência na cidade – e dentro de si mesma – em uma obra musical intensa, pop e espiritual. Produzido por Los Brasileros (vencedores do Grammy) e DMAX, o EP combina pop alternativo, trap, R&B melancólico e hyperpop com uma narrativa sólida, que reflete a jornada de um eu-lírico em meio ao caos da vida moderna. A Beleza do Caos não é apenas um título — é uma provocação existencial. Day parte de uma ideia poderosa: “Se o caos veio antes da luz, então é em nós que ela nasce.” Nesse universo, o caos não é confusão: é a origem. É força criativa, linguagem ancestral. Inspirado pela mitologia grega (Hesíodo), o EP trata o caos como matéria-prima da criação e convida quem ouve a se reconhecer como parte dele — não vítimas, mas criadores do próprio mundo. A cidade de São Paulo é cenário e metáfora. Cada faixa é uma rua, um farol, um tropeço ou descoberta. O urbano é simbólico: buzinas, semáforos, curvas e colisões se tornam espelhos das emoções humanas. É nessa travessia entre luz e sombra que a beleza do caos se revela.

Entrevista | Di Ferrero – “Esse é só o início dessa nova fase mesmo”

Di Ferrero

Sete é mais do que apenas um número. Para o cantor e compositor Di Ferrero, o 7 representa ciclos, transições e renascimentos e, agora, é o fio condutor de seu novo EP, 7, que chegou ao streaming nesta segunda-feira (7), às sete da noite, acompanhado de um lindo trabalho audiovisual.  “O fim do dia e o começo da noite, essa hora azul, me inspira muito. É como uma mudança de fase. E esse EP é justamente isso: um novo começo pra mim”, contou o vocalista do NX Zero ao Blog n’ Roll, que optou por lançar três faixas conectadas por um conceito mais subjetivo, reflexivo e visual. Com uma estética musical mais orgânica e crua, o EP 7 surgiu de forma espontânea, quase despretensiosa, de acordo com Di Ferrero. “Dessa vez, não fui buscar sons, eles simplesmente vieram. O EP é mais tocado, mais cru, mais transparente, como eu tô me sentindo agora”, revela.  A produção ficou por conta de Felipe Vassão, com co-produção e composição de Bruno Genz (ex-Cine), um dos grandes parceiros do artista nessa nova fase. Projeto novo de Di Ferrero terá sequência Acompanhando as músicas, o cantor lançou três visualizers especiais, gravados em plano-sequência, que juntam as três canções em uma só – compondo uma trilogia. Bruno Bock (Som da Desilusão) e César Ovalle (Além do Fim e Universo Paralelo) assinam a direção. “A trilogia é uma sequência do EP, como se ele nunca parasse. Tudo começa em um sonho lúdico, o Som da Desilusão, trazendo um pouco do conceito da capa. Depois, encaminhamos para a virada, chegando nas sete horas, no horário e na cor do EP. Na sequência, em Além do Fim, retratamos um lugar onde apareço isolado, em outro mundo. Por fim, entramos no Universo Paralelo, onde temos vários Di’s com personalidade diferentes, cada um com seus próprios questionamentos”, explica Di Ferrero, revelando também a participação de nomes como Maurício Meirelles, Patrick Maia, Luccas Carlos, Day, Hodari, entre outros. Apesar de 7 ser um EP, ele não é um trabalho isolado. “Esse é só o primeiro episódio dessa nova série minha que vai começar. Já tem mais músicas prontas, e esse ano ainda vem mais lançamento. Eu tô me identificando com esse som, tô feliz e quero mostrar isso pras pessoas”. Confira a entrevista completa abaixo. O número 7 carrega muitos significados simbólicos. Em que momento da sua vida você percebeu que ele seria o fio condutor desse EP? Realmente é um novo momento pra mim. O 7 traz isso, aquela coisa que você vem pra esse mundo, até os seus sete anos, você não entende direito o que está pegando. Dos sete aos 14, você já vai tendo suas experiências que marcam sua vida na adolescência. Até os 21, seu corpo para de crescer. Depois, até os 28, tem toda aquela mudança. Mas o principal que me deu o lance de colocar o nome de 7 foi a hora do dia. Porque o fim do dia e o começo da noite, essa hora (7) me traz uma reflexão muito louca. Amo esse momento do dia, me dá inspiração. É um momento que você para, é uma mudança. O claro para o escuro. Aquele momento dessa mudança, o azul, que não é nem o amarelo do sol, nem o escuro da noite, é aquele azul. Aquela fase, aquela hora azul. Aquilo ali foi a ideia que vai ser o fio condutor do EP. E o sete é mais ou menos umas sete horas, junto com toda a simbologia desse número. E é um começo de ciclo para mim. É só o primeiro episódio dessa série nova minha que vai começar.  Você falou de uma nova série. Até queria então emendar uma pergunta a respeito. Ele é um EP que vai ser seguido de outros EPs? Ou é algo que vai preparar para um álbum cheio?  Ele tem sim uma continuação, posso dizer assim. Ele é o começo de um momento da minha vida. Estou há um tempo sem lançar músicas inéditas. Um ano, solo, lancei algumas coisas, mas mais pontuais. A gravação que fiz do Paralamas, que foi muito bem, por exemplo.  E aí, agora sim, com essa nova fase, já tenho bastante músicas. Estou  amarrando isso tudo muito com cuidado para passar da melhor forma possível para as pessoas. Venho me identificando muito com esses sons do EP. Mas posso dizer que esse ano ainda vai ter mais lançamento, mais coisas que têm a ver com essa nova fase. Esse é só o início dessa nova fase mesmo. A sonoridade de 7 é descrita como mais orgânica e musical. O que mudou no seu processo de criação em relação aos seus trabalhos anteriores? Foi muito louco porque fico buscando sons, mas nesse caso foi sem buscar mesmo, foi despretensioso. Tanto é que ele está bem orgânico mesmo. São canções que depois coloco sintetizadores e várias coisas legais junto com o Vassão, o produtor do EP. Ele é um cara que admiro, um produtor incrível.  Como ele também é muito sensível, vai tirando várias coisas de mim. Esse trabalho é mais tocado, mais orgânico, mais cru. E é como estou agora, mais transparente. É um pouco uns passos pra trás, no bom sentido, de tocar junto e tal.  Quem te acompanhou nesse processo? Tem alguém que foi a voz da consciência ou o braço direito?  Tenho sorte de ter muitos amigos, pessoas que confio. É louco que na vida a gente vai peneirando nossas amizades, ideias, as pessoas que vão se aproximando. O cara que compôs comigo o EP foi o Bruno Gens, que toca baixo comigo, ele era do Cine. Ele é um produtor sensível, o cara produz muito também. Ele é co-produtor junto com o Vassão. Por serem pessoas próximas, conversamos muito sobre a vida. E falar sobre vida pra mim é a mesma coisa que falar sobre música, é a verdade que vivo. E aí a gente foi achando esse caminho.  Por exemplo, a música O Som da Desilusão

Com show em São Paulo nesta sexta, Last Dinosaurs lança EP

Recém-saídos de uma bem-sucedida turnê como headliners por Cingapura, Japão, China, Malásia e Indonésia, além de vários shows esgotados na América do Norte, o enérgico trio de indie rock Last Dinosaurs está se preparando para sua estreia como headliner na América Latina, incluindo o Brasil. Para celebrar essas datas inaugurais e o relançamento em vinil de seu querido álbum de 2018, Yumeno Garden, os Dinos estão empolgados em compartilhar o EP Yumeno Garden (Alternate Versions). Esse lançamento especial traz colaborações emocionantes com alguns de seus artistas favoritos da América Latina e do Sudeste Asiático, oferecendo novas interpretações de canções clássicas. Desde os queridinhos do indie indonésio Grrrl Gang em Eleven até os psicodélicos argentinos Isla De Caras em Italo Disco, o Last Dinosaurs apresenta versões reinventadas de suas faixas favoritas do setlist, agora com um toque global. Os garotos iniciam sua turnê pela América Latina na Cidade do México, no Foro Indie Rocks!, diante de um público com ingressos esgotados! Em seguida, seguem para Lima, Peru, no Teatro Legua; Buenos Aires, Argentina, no Club Central Bula; São Paulo, Brasil, no Jai Club; e Santiago, Chile, no Club Ambar. TURNÊ 29/03  – Mexico City, Mexico @ Foro Indie Rocks! – ESGOTADO 01/04 – Lima, Peru @ Teatro Legua 03/04 – Buenos Aires, Argentina @ Bula 04/04 – São Paulo, Brasil @ Jai Club 05/04 – Santiago, Chile @ Club Ambar

Com Maneva e Maskavo, Alma Djem lança primeira amostra do DVD Acústico em São Paulo

Uma das bandas referência no reggae brasileiro, o Alma Djem acaba de lançar a primeira amostra do DVD Acústico em São Paulo: o EP com seis faixas traz a música de trabalho Aeroporto, que conta com a participação do Maneva, outra grande expoente da cena. Escrita por Marcelo Mira, Filipe Toca e Guga Fernandes, Aeroporto fala sobre o medo de viver um grande amor, um sentimento presente na vida de muitas pessoas que preferem se esquivar de um relacionamento a vivê-lo plenamente, mesmo tendo muito amor envolvido. A gravação de estúdio dessa música, lançada em 2023, também contou com a participação da banda Maneva e atingiu o primeiro lugar nas rádios de todo o Brasil no segmento reggae. A direção de vídeo é de Rodrigo Pysi, um dos maiores diretores de videoclipes da atualidade e um velho parceiro de gravação com o Alma Djem. Além disso, já assinou trabalhos com Maneva, Sérgio Britto (Titãs), Planta & Raiz, Patrícia Marx, Badi Assad, entre outros. Quem assina a produção musical do DVD é Juninho Sarpa, bastante conhecido na cena da música sertaneja. Já produziu numerosos DVDs do gênero e trabalhados com nomes como Paula Fernandes, Marcos & Belutti e João Neto & Frederico. Além disso, é líder da banda de reggae Patuáh, de Campinas, e produtor de bandas de reggae do interior de São Paulo há mais de 20 anos. “Foi um ano intenso de produção musical, arranjos, escolha de repertório com o Sarpa, mistura de sonoridades, instrumentos, ritmos e levadas. E o resultado ficou incrível. Uma mistura de reggae com reggaeton, samba, rap, MPB, forró, pop… ficou incrível. Na parte visual, um cenário especial do mestre Zé Carratu trouxe elementos africanos e urbanos misturados, lembrando essa mistura que é São Paulo. Com isso, provamos que é possível, sim, um álbum acústico de reggae na cidade mais cosmopolita e agitada da América Latina”, explica o vocalista Marcelo Mira.

Às vésperas de abrir show de Amyl and the Sniffers, Klitoria lança EP; ouça!

A Klitoria reverbera seu garage rock com verve punk e nuances de alternativo com o EP Entre o Chão e o Assoalho, que acaba de chegar nas plataformas de streaming. São quatro faixas em que o quarteto de Niteroi (Rio de Janeiro) expande os limites emocionais e sonoros com energia visceral e criatividade única. Todas as músicas do EP foram gravadas ao vivo no estúdio Da Salvação, em Niterói, no Rio de Janeiro. A Klitoria é nome para se prestar atenção: hoje (6), no Cine Joia (São Paulo), será banda de abertura do sideshow dos australianos do Amyl and the Sniffers (que toca ao lado de Sublime, Rise Against, The Damned e The Warning). Já no sábado (8), participa do NDP Fest, evento que celebra um ano da New Direction Productions com nomes gigantes do hardcore estadunidense, Zulu e Earth Crisis, além de grandes representantes do hardcore nacional: Point of No Return, Black Pantera, Clava e Hardgainer. Entre o Chão e o Assoalho, o segundo EP da carreira, explora diversas referências sonoras e escancara a maturidade da Klitoria, hoje formada por Malu (bateria e vocal), Brayner (guitarra), Aline (baixo) e Giovanna (teclado). O registro trabalho apresenta uma dualidade marcante: de um lado, um lado mais melódico e emotivo, influenciado pelo emo, explorando experiências familiares, frustrações e dores de berço; do outro, a já conhecida intensidade raivosa da Klitoria, canalizando indignação e força. Intenções e Reações é a faixa que abre o EP. Apresenta todo este contexto de personalidade forte e coragem de experimentar novas possibilidades da Klitoria. Tem mais peso, mas também tem sujeira e dedos em feridas. O single tem reflexões pessoais dos integrantes sobre sentimentos tão latentes em todo ser humano. Também fala sobre a frustração da quebra da esperança da mudança, das lembranças suaves da infância e da ingenuidade deste espectro passado. Outra música do EP é Durona, que aborda a fragilidade que o tempo trás ao indivíduo. A diferença de olhar o mundo mais velha e sentir-se cansada de ver as mesmas desgraças, as mesmas misérias e sentir saudade de uma época que éramos mais duronas ou melhor, que tínhamos mais tempo pra perder com várias lutas mundanas, mas também olha pro lugar do foco em si, de não se deixar abalar e trilhar nosso caminho sem se distrair porque o mundo sempre tenta nos testar, mas estaremos olhando pra frente. Tem também Minha sorte, que fala sobre confiar no instinto, de ser assertivo em ditar qual caminho seguir e ter confiança de onde viemos, onde estamos e para onde queremos ir. Todo Homem Foi Feito pra Dar foi o primeiro single do EP. “Essa música é sobre realizar sonhos apesar de ser subestimada por homens medíocres”, destaca a banda.

Véu Sublime mantém espírito jovem do rock no ótimo EP de estreia

A alma do rock segue jovem e energética. É o que a história da música vem reforçar sempre que uma nova banda do gênero surge, cheia de sinceridade e, mais ainda, cheia de vontade. Nessa toada, o trio sorocabano Véu Sublime, com pouco mais de um ano de existência, mostra seu EP de estreia, Não É Nenhum Segredo. Surgida durante uma passagem de som que parecia ser apenas mais um ensaio para o projeto solo de Bruno RK, o Véu Sublime foi se compondo organicamente. “Foi ali que eu e Yago Amaral, entre uma pausa e outra, compusemos juntos pela primeira vez. O resultado foi tão natural que logo surgiu a ideia de formar um duo de rock alternativo com nuances psicodélicas”, conta Bruno. Os meses que se seguiram trouxeram certo esfriamento ao projeto, até que Dion Castro foi convidado para fazer um som. A química entre os três foi instantânea e o projeto encontrou sua formação definitiva: um trio que mistura a intensidade do groove e do funk, o psicodelismo sessentista, a melancolia etérea do shoegaze e a autenticidade da música brasileira. Essa união criativa ganha vida em Não É Nenhum Segredo, que condensa em cinco faixas, e uma vinheta, toda a energia, o peso e a sensibilidade do trio. O conceito do trabalho reflete o ciclo da vida, simbolizado pelo dia, o sol e sua intensidade. Cada faixa representa um momento de confronto emocional, representados pelas melodias pesadas, ora embebidas em lisergia, ora dançantes, regatas ao groove. “A ideia aqui é ser um EP pra se ouvir em diferentes estados de espírito, contextos e momentos da vida. A estética sonora é puxada pros anos 70, sim, mas somos artistas contemporâneos, fazendo o trabalho atual”, comenta Yago. As letras mergulham em temas universais que ecoam com os jovens adultos: a raiva, os desdobramentos de um término de relacionamento, as dúvidas irreverentes e os tropeços inevitáveis em uma busca por pertencimento. Tudo entre arranjos texturizados, alternando a audição entre passagens pesadas e etéreas. O EP foi gravado entre setembro e dezembro de 2024 e produzido, mixado e masterizado por Well Mendes no Estúdio Matagal – “ele teve papel crucial no arranjo final das músicas e contribuiu com ideias, dando toda a liberdade que a banda precisava para a finalização da composição e a gravação”, complementa Dion. Não É Nenhum Segredo é o primeiro trabalho da banda e é pra eles mais do que apenas uma estreia; é um convite para enfrentar as contradições da vida adulta. A cada faixa, o trio entrega não só suas influências musicais, mas também uma visão própria de como a arte pode traduzir os altos e baixos da vida.