Luz: Canzone traz mensagem de esperança em novo álbum

Todos passam por momentos turbulentos e difíceis em algum momento da vida. E para enfrentá-los, é preciso ter força e esperança. Este é o tema do segundo álbum da Canzone. Intitulado Luz, o disco conta com oito faixas que se remetem principalmente à sonoridade do emocore. O repertório inclui as canções Verde, Fantasista, Aposta, Naufrágio, Ir, Interferências e Claridade, além de uma faixa instrumental de abertura. Anteriormente, em 2016, a banda lançou o disco Labirinto com uma veia mais ácida no que diz respeito ao instrumental, que trazia elementos de hardcore. Agora, o duo que é atualmente formado pelo vocalista e guitarrista Lucas Arruda e pelo baterista Otávio Dutra amadurece à medida que também se inspira em nomes como The 1975, The Japanese House e American Football. As sessões de gravação ocorreram no Studio Digital, em Bagé (RS). Lucas e Otávio produziram o álbum com o suporte do produtor Roger Dutra e dos ex-membros Augusto Dutra e Marcos Pereira, que respectivamente gravaram linhas de guitarra e baixo. Na oportunidade, ainda contaram com o tecladista de apoio, Igor Sousa. A mixagem e a masterização ficaram a cargo de Elias Sodré. Para o vocalista, Luz é uma espécie de mensagem de apoio para as pessoas. “É sobre caminhar em direção daquilo que nos faz vibrar e lutar pelos nossos sonhos. Todas as canções, de alguma forma, falam sobre o quanto precisamos ter isso em mente para enfrentar os períodos sombrios”, frisou Lucas.
Bayside Kings inicia nova fase em português; ouça Existência

A banda santista Bayside Kings inicia uma nova etapa da carreira com o single Existência, que chega às plataformas digitais nesta sexta-feira (25). Aliás, a faixa é um lançamento da Olga Music, braço de distribuição da Warner Music. Esta é a primeira música com letra em português da BSK. Mais do que uma mudança no idioma, o objetivo é levar a mensagem de resistência e autoconhecimento de uma forma ainda mais direta e clara. Existência é sobre ter voz e um rosto, é sobre mostrar ao indivíduo que ele existe e faz parte de um grupo ou de uma ideia. Também aponta que todas as ações devem e trazem impacto na sua própria vida e das pessoas próximas. O vocalista Milton Aguiar amplia o contexto de Existência. “Existência é o tempo do agora – o ontem já passou e o amanhã não chegou. Por isso, precisamos sentir, fazer valer e perpetuar o aqui e o agora, dar o nosso melhor no momento para existir, como um tributo ao ontem e um pavimento ao amanhã”. A mudança a partir de Existência O cenário sócio-político nacional de 2018, conta Milton, foi o ponto de partida para a mudança na forma de levar a mensagem do Bayside Kings. “O agora e o futuro daquele tempo demandava à banda atingir nosso público e ir além de quem já nos conhece, e com uma mensagem uniforme”. As letras em português, portanto, são uma forma de conversa com outros públicos, outras culturas, além de estreitar a relação com os fãs. “Queremos abrir novos campos de diálogo”, revela o vocalista, que estudou as métricas do português para adequar a sua forma de cantar – bandas como Colligere e Mais que Palavras são algumas referências para este processo. O resultado está em Existência, em que cada palavra da música é entendida. “Um recomeço, com a experiência e maturidade de 10 anos. “Queremos coisas novas e esse é o momento ideal”, completa Milton.
Colligere volta após 14 anos com Lugar Algum

O último show da turnê do álbum Palavra definitivamente não era o fim do Colligere, que retorna após 14 anos com o single Lugar Algum. A nova música reúne todos os elementos que fizeram – e fazem – desta banda curitibana ser alçada à referência no punk/hardcore sul-americano. Em resumo, velocidade, peso e intensidade, com letras desconcertantes e inteligentes. Ademais, Lugar Algum é plural em ideias e também na sonoridade, escolhida como primeiro single do próximo registro de estúdio (o quinto da carreira) por representar com fidelidade a nova etapa do Colligere. Uma natural e honesta continuidade do álbum Palavra, mas de uma forma mais madura e coesa. Em síntese, é uma música de detalhes, cada fragmento bem encaixado e pautada pela surpresa da pouca repetição, uma música sem começo, meio e fim. Aliás, Lugar Algum tem energia e nuances de agressividade entre melodias, tudo com muita precisão e cuidado. Formação A banda é hoje formada por Brunno Covello (guitarra), Gabriel Covello (baixo), Artur Roman (guitarra), Rodrigo Ponce (vocal) e agora com Tiago Barbosa na bateria. Juntos, iniciaram ainda em janeiro de 2020 a produção das novas canções em São Paulo, no Estúdio Costella com os produtores Gabriel Zander (Zander e Radical Karma) e Cyro Sampaio (Menores Atos). A supervisão e olhar clínico de Gabriel e Cyro foram fundamentais para o que o Colligere apresenta em Lugar Algum e que apresentará nas próximas músicas – mais dois singles estão confirmados para sair em maio e junho. Uma curiosidade: a primeira versão deste single abria com o habitual hardcore rápido da banda, mas um riff mais melódico foi encaixado ali nos primeiros momentos, um toque refinado dos produtores. “A banda deu um passo a diante, além do limite e fizemos algo diferente. Tivemos tempo de compor, o que nos possibilitou explorar detalhes nos instrumentos e vozes”, comenta o Colligere sobre Lugar Algum.
Fábio Figueiredo, ex-vocal do John Wayne, morre aos 34, vítima da covid-19

Fábio Figueiredo, ex-vocalista da banda paulistana John Wayne, morreu neste domingo, aos 34 anos, vítima de complicações da covid-19. Em suma, o músico, que sofria de diabetes, foi infectado pelo vírus recentemente. Posteriormente, a situação evoluiu para um quadro de pneumonia e tuberculose. No entanto, apesar do momento delicado, o ex-integrante do John Wayne, um das bandas mais festejadas do underground nacional, chegou a ter alta do hospital, após uma forte melhora. Logo em seguida, de volta ao trabalho, ele voltou a sentir sintomas e não resistiu. Nas redes sociais, o perfil da banda John Wayne colocou uma linda nota de despedida. Nota oficial: é com imensa tristeza e dor que comunicamos, que o Fah, nosso amigo, primeiro vocalista e eterno irmão… Publicado por JohnWayne em Domingo, 31 de janeiro de 2021
Supergrupo Apnea revela terceiro single: Cruel

Pouco mais de um mês após sua estreia, a banda santista Apnea revelou seu terceiro single. Cruel é a bola da vez, sucedendo Star King e In Search of Peace. As três mostram o grupo bebendo em fontes dos anos 1990, principalmente pelo instrumental bem stoner. O Apnea é um supergrupo do rock santista. Reúne em sua formação Boka (Ratos de Porão), Marcus Vinicius (ex-Bayside Kings), Nando Zambeli (ex-Garage Fuzz) e Gabriel Imakawa (Jerseys). Além disso, o trabalho da banda vem sendo gravado todo no Electro Sound Studio, do Marcão Britto (Charlie Brown Jr e Bula), com produção de André Freitas (Bula). Aliás, os três sons lançados até aqui estarão em um compacto de vinil a ser lançado pela Monstro Discos no início de 2021. Ademais, a banda também trabalha em composições para seu primeiro álbum.
Cannon of Hate mete o pé na porta com Democracia de Plástico

Não é de hoje que aponto o Cannon of Hate como uma das bandas mais explosivas do cenário punk e hardcore da Baixada Santista. Contudo, eles seguem comprovando o status. A banda divulgou o single Democracia de Plástico, que veio acompanhada de um belo videoclipe. Em resumo, Democracia de Plástico é uma das dez faixas que estarão presentes no álbum de estreia do Cannon of Hate. Mesmo sem revelar qual é o nome da canção, a banda promete mais um single para dezembro. “Em dezembro vamos lançar uma vaquinha para arrecadar fundos para terminarmos a gravação e lançar apenas virtualmente a princípio”, comenta o vocalista, Sandro Turco. Em suma, a canção foi gravada por Lucas Souza, enquanto o videoclipe tem a direção de Marcela Sanches.
Entrevista | Surra – “Tem muito mais shopping e balada do que espaço para bandas de rock”

Sem shows por conta da pandemia, o Surra decidiu passar grande parte do ano no estúdio. Dessa experiência surgiram várias ideias. A primeira delas é o EP 100% Surra – Expropriando Sua Fábrica, com homenagens às bandas da Baixada Santista, local de origem do Surra. São quatro faixas com significados marcantes para os integrantes: Little Boy (Sociedade Armada), Laje (Summersaco), Simpatia Pela Vingança (Larusso) e Total Destruição (Vulcano). O que os integrantes do Surra disseram sobre as escolhas? Little Boy – Sociedade Armada “A primeira escolhida foi a música Little Boy, do Sociedade Armada, banda icônica do hardcore praiano, com letras muito contundentes que, inclusive, servem de grande inspiração para nós. Nesse caso aqui, a música trata do maior atentado terrorista da história, as bombas atômicas lançadas contra o Japão no final da Segunda Guerra Mundial”. Laje – Summersaco “Em seguida temos Laje, do conjunto de Praia Grande Summersaco. Poucos sabem, mas essa cidade vizinha de Santos já teve algumas das melhores bandas do cenário extremo. Além do Summersaco tivemos também o Entendeu? E graças a esse pessoal, nós tocamos nossos primeiros shows fora de Santos e abrimos nossa cabeça para sons e ideias diferentes. Mais ainda, fica aqui nossa homenagem para o nosso amigo Itzac, guitarra e vocal da Summersaco, falecido em 2019″. Simpatia Pela Vingança – Larusso “Não poderíamos deixar de destacar também o Larusso, banda que foi muito influente para nós no começo de nossa trajetória no underground. Na época em que éramos adolescentes e começamos a tocar thrash, o Larusso era uma referência no crossover santista, com várias pessoas que depois iriam se tornar grandes amigas e parceiras na formação da banda. Em um período de pouco público, eventos com cotas de ingressos e o auge do “pop punk”, esse pessoal nos mostrou qual era o caminho”. Total Destruição – Vulcano “Para arrematar, temos um tributo ao grande Vulcano, uma das principais bandas que já saíram da Baixada para o mundo. Total Destruição é um hino do metal brasileiro e, para nos ajudar a afiar esse AÇO, nós tivemos o auxílio de Mauricio Nogueira (ex-Krisiun, Torture Squad e Matanza) nos solos de guitarra e do vocal da destruidora Cacau Pinheiro”. Qual é a principal característica do hardcore/punk na Baixada Santista? E por que seguimos com bandas expressivas ininterruptamente desde o fim dos anos 1980? Victor: Acredito que, por mais que sejam estilos e concepções diferentes, a Baixada Santista sempre teve bandas que deram a cara a tapa e saíram tocando por aí. Acho que a formação de músicos na cidade sempre foi um fator muito importante, e essa “passada de bastão” de geração para geração, mesmo que informalmente. Uma banda sempre serviu de exemplo para outra. Eu me preocupo com a situação atual. Não temos mais espaços para som ao vivo na cidade e acredito que essa renovação está correndo sério perigo de parar por aqui… Leeo: A Baixada Santista, principalmente Santos, mudou muito nos anos 2000 e 2010. Tem muito mais shopping e balada do que espaço para bandas de rock. Faz uns anos que a gente vem improvisando com shows em botecos que cedem um espacinho para os eventos ou nos próprios estúdios de ensaio. Nos últimos anos, apesar das bandas seguirem representando bem a região, o cenário ficou mais esvaziado. O que mudou? O que pode ser feito para melhorar? Victor: Como disse, acho que o fato de não ter um “rolê”, um espaço de convivência para as bandas tocarem e conviverem juntas atrapalha bastante. Outro fator, acredito que seja uma característica da própria cidade. É muito difícil os jovens que se formam nas escolas ficarem em Santos, por pura falta de perspectiva. As pessoas vão embora e nunca mais voltam… Falando da curadoria dos homenageados no EP, podemos dizer que essas são as bandas que mais influenciaram o Surra, dentre os nomes da região? Victor: Acho que as influências das bandas daqui são muitas, essas são algumas delas. Na nossa geração nós tivemos lugares importantes como o Praia Sport Bar, o Studio G, e a própria existência da Enseada FM nos anos 1990, que impulsionou muito a cena das bandas daqui. Inclusive ainda temos a ideia de fazer outras edições dessa ideia, com mais covers. Guilherme: Infelizmente muitas bandas que curtimos e gostaríamos de homenagear ficaram de fora. Quem sabe não cabe até uma segunda edição desse EP com outras influências. O Surra já tem outros planos em mente. O que você pode adiantar sobre isso? Guilherme: O que podemos adiantar é que ainda esse ano liberaremos um EP com cinco faixas inéditas. Leeo: Sim! E esse EP vai ser lançado num formato físico especial! Lives, drive-in ou só shows presenciais com a vacina? Qual é a relação da Surra nesse sentido? Victor: Nós estamos esperando chegar a vacina para poder voltar para a estrada. Por enquanto, estamos enfurnados no estúdio gravando o máximo de material possível. Guilherme: Acho que pelo estilo do Surra e pela interação com o público ser, hoje, algo que faz parte do show, não faz muito sentido para nós esses formatos adaptados de show.
Aglio e Olio, o EP punk hardcore do Beastie Boys no streaming

Escombro traz sonoridade encorpada no EP Cicatrizes

O quarteto Escombro divulgou nesta sexta-feira (7), o EP Cicatrizes. Em resumo, o lançamento conta com cinco faixas inéditas produzidas pela banda. Com sonoridade encorpada, moderna e letras desafiadoras, mas também contestadoras e otimistas, a banda de São Paulo traz muitos riffs, coros e breakdowns. “Não deixe que as dores, feridas e cicatrizes tomem conta de você, elas têm que servir de aprendizado, te construir como pessoa. São marcas que te fazem crescer e chegar ao lugar onde se encontra hoje”, disse o vocalisa Jota, sobre o título do EP. Segundo o Escombro, a sonoridade do projeto é o que o grupo focará para suas próximas produções.