Novos ares no indie brasileiro: 4 artistas para acompanhar!

indie brasileiro

Não sei se é apenas impressão, mas apesar da quarentena, muitos artistas e bandas independentes tem lançado material novo. Bem, pelo menos isso preenche um tanto a nossa saudade de sair de casa pra dançar ou curtir shows e afins. Tendo isso em vista, resolvi trazer uma breve listinha pra vocês. Fechou? Pedro Lucca – Noite de Chuva Violão ala Vitor Kley é o espírito por aqui. Um pitada de romantismo, outra de pop acústico. E assim temos o single Noite de Chuva. Influenciado pela nova leva da MPP (Lagum, Lorena Chaves, Anavitória), Pedro Lucca deve lançar o seu segundo álbum de estúdio ainda neste ano. O álbum inclui o single, lançado na última sexta-feira (24) Tagua Tagua – Mesmo Lugar Soul music e indie. É com essa proposta que o produtor Felipe Puperi, que encabeça o projeto Tagua Tagua, disponibiliza o single Mesmo Lugar. A faixa é lançada via Natura Musical e antecipa o disco Inteiro Metade. Segundo o músico, essa é uma faixa que embala e faz o corpo dançar. “Com certeza, uma das mais animadas do disco. Foi a primeira a ser composta quando imaginei ter um álbum completo, pois flerta bastante com o soul, gênero que eu gosto muito. Isso é bem notável na levada da bateria e também nas frases de sopros”. The Walts – 1954 The Walts, por sua vez, se faz uma boa pedida para quem curte algo mais voltado pro rock e que até remete ao rock alternativo dos anos 1990 (principalmente Pixies, diga-se de passagem). O novo single 1954 é bem interessante para quem curte essa pegada de som do power-trio. MASM (feat. Tolentino) – Cachorro do Ano No universo eletrônico, temos o single Cachorro do Ano, de MASM em parceria com Tolentino. A faixa é perfeita pra quem curte “fritar” em meio as batidas. A letra da música delineia uma relação de entrega completa – seja de um cão para seu dono, seja de um amante para outro.

Nenhum Caetano volta à ativa com single Arpoador, ouça!

capa do single arpoador

A quarentena está mudando a forma como pensamos e consumimos música, fazendo com que repensemos, inclusive, o papel dela em nossas vidas. Exemplo disso é o trio vicentino de post-punk, dream pop e shoegaze, Nenhum Caetano que, em meio ao isolamento social, resolveu voltar à ativa e lançar seu novo single, Arpoador, nas plataformas digitais. Há cerca de um ano, Luiz Kelevra, João Pedro e Luiz Fernando decidiram encerrar as atividades do grupo. Motivos? Problemas pessoais e profissionais. Mas meses depois sentiram o vazio deixado pela banda e voltaram a se reunir, começando tudo do zero. Foi assim que surgiu o single Arpoador, lançado oficialmente em 4 de abril, que marca o retorno definitivo do trio. Está nos planos da banda a produção e finalização de um novo disco ainda para este ano. O EP Acontece Sempre Isso, de 2017, está disponível para download gratuito no bandcamp. Luiz Kelevra afirma que a pandemia do novo coronavírus pegou a banda de surpresa e que isso pode atrasar o lançamento do disco. Porém, sabem que tudo isso é por um bem maior. “O single estava planejado pra sair mais ou menos nesse período”, conta. “Confesso que fiquei um pouco receoso de lançar o single nesse momento, mas acabou excedendo a nossa expectativa e as pessoas gostaram muito de Arpoador, estamos muito felizes com esse feedback positivo”. Influências Quem gosta de bandas como Title Fight, Slowdive e Nirvana, pode encontrar elementos familiares do post-punk e do shoegaze. Entre os sons que mais inspiram o trabalho da banda estão o disco White Pony, do Deftones, In Utero, do Nirvana, e Loveless, do My Bloody Valentine. Além deste último, Kelevra ressalta o disco Souvlaki, dos ingleses da Slowdive. “Foram elas as responsáveis pela Nenhum Caetano ter um pezinho no dream pop e shoegaze como influência”. Ouça abaixo o single Arpoador

Hinds retornam em clipe vintage com Riding Solo

Hinds

As espanholas do Hinds lançaram sua primeira música do ano. Riding Solo já veio com um clipe cheio de cores, em um cenário bem vintage. Esta é a primeira canção da banda desde I Don’t Run, álbum lançado em 2018. Diferente de seus primeiros singles, a canção é mais vibrante. Mesmo que fale sobre solidão, a música traz um pouco da experiência humana com o estar só, mesmo que esta seja, na realidade, uma experiência coletiva. Ela também reflete como na vida de artista, lidar com a solidão não fica mais fácil. Segundo a banda, “sua vida inteira como músico está constantemente se movendo. A única coisa que sobra é você mesmo, e lidar com você mesmo”. “Riding Solo é sobre isso, sobre nós perpetuamente estarmos em movimento, estar em todo lugar e em um lugar nenhum ao mesmo tempo. Cercados por estranhos a maior parte do dia, ficar nove horas de diferença das pessoas e do que chamamos de lar, viver e morrer por e para a música”. Confira o vídeo de Riding Solo: O quarteto se prepara para participar de alguns festivais no ano que vem. Aparentemente, uma parada no Bilbao BBK Live já está garantida.