Entrevista | Gabi Doti – “Eu queria buscar um novo horizonte”

Apesar das mudanças repentinas, o ano de 2020 está sendo produtivo para a cantora Gabi Doti. Nascida em Montevidéu, no Uruguai, a artista veio para o Brasil ainda criança. Portanto, a cantora e o seu trabalho são compostos por duas raízes latino-americanas. Por falar em trabalho, recentemente Gabi lançou o seu novo álbum, Outra Razão. Em resumo, o processo criativo começou lá em 2018 e integra dez faixas inéditas. A princípio, o disco foi gravado no lendário estúdio EastWest Recording, em Los Angeles. Além disso, alguns singles como Otra Razón já ganharam videoclipes. “Foi extremamente intenso! Foi maravilhoso fazer esse projeto, me dediquei de cabeça, mergulhei. Tem que ter cuidado, dedicação e muito empenho. Tem que dar o melhor de si! Eu senti que eu estava pronta para isso e que eu precisava e queria amadurecer. Eu queria buscar um novo horizonte e não é à toa que o disco acabou recebendo o nome Oura Razão”, comenta Gabi. Em entrevista exclusiva ao Blog n’ Roll, a cantora contou sobre esta nova fase, repleta de mudanças. Novo álbum Recentemente, Gabi Doti lançou o seu mais novo álbum: Outra Razão. Em suma, o trabalho deu os primeiros passos ainda em 2018 após encontrar Moogie Canazio. O produtor carioca radicado há quatro décadas em Los Angeles já trabalhou com nomes como João Gilberto, Maria Bethânia, Caetano Veloso, Rita Lee, entre outros. Gabi demonstra um imenso carinho ao falar sobre o produtor. “Experiência surreal Ele é uma pessoa maravilhosa! Muito straight to the point e ao mesmo tempo uma pessoa simples. Um coração generoso e que prima pela qualidade e excelência musical Ele tem muitas histórias e carrega muita experiência”. Vale lembrar que Outra Razão foi criado por um time de peso! Além de Daniel Baker nos teclados, o trabalho conta com Tim Pierce (guitarrista em discos e shows de Michael Jackson, Roger Waters e Phil Collins), Jamie Wollam (atual baterista do Tears For Fears, que já passou por grupos de Michael Jackson e David Crosby) e Sean Hurley (baixista de John Mayer, também presente em gravações de Ringo Starr, Annie Lennox e Alanis Morissette). Em cinco faixas, o percussionista cubano Rafael Padilla (que já trabalhou com Shakira, Gloria Estefan, Thomas Dolby, Diana Ross, Matt Bianco) reforça o sotaque latino-americano. Além disso, há também participações pontuais que completam a paleta sonora do álbum: o percussionista Felipe Fraga (curitibano radicado em Los Angeles) botou pandeiro e repique em Silêncio Capital; os irmãos cariocas Felipe e Viny Melanio fazem backing vocals em Nonsense e Iguais; enquanto as canções Nosso Jeito e Iguais contaram com a Orquestra de Saint Petersburg (sob a direção do maestro Kleber Augusto, a partir de arranjo de Daniel Baker). Otra Razón Lançado recentemente, o videoclipe Otra Razón é uma mensagem que precisava ser reportada. “As músicas também são muito visuais pra mim. E Otra Razón é a única música espanhol do disco que eu não tinha a menor dúvida que precisava ter todo um cuidado lúdico com a questão da imagem e da mensagem que estava sendo passada. É a respeito de uma história de alguém que sofre da síndrome de Alzheimer. É uma pessoa muito próxima, eu queria retratar de uma forma muito lúdica e cuidadosa, o que acontece com a mente de uma pessoa”. Além disso, Gabi Doti também contou um pouco sobreo processo criativo do trabalho, que desdobra uma história em sinergia. “Junto com o Rodrigo Cardoso – que é o diretor do vídeo – a gente sabia que para retratar esse processo tinha alguns elementos, como aridez, água e também uma espécie de lugar abandonado, onde a gente pudesse capturar da forma visual. A gente gravou nas ruínas da UnB em Brasília, que é um lugar que reúne um pouco dessas questões”. “Já sobre a água, nós reforçamos na reserva ambiental que é do Parque Nacional de Brasília, famoso parque da água mineral. A gente quis tratar visualmente, portanto precisavam ser uns lugares meio personagens. E ao mesmo tempo, no meu lugar tanto de cantora, como fazendo o papel da mente, buscando tentar mostrar um pouco das questões dos lapsos de memória e todo o processo que o Alzheimer provoca, com todo o cuidado e carinho”. Videoclipes Além de Otra Razón, o disco novo já rendeu outros dois videoclipes. “Eu já tenho um clipe de estúdio, que mostra um pouquinho dos bastidores de como foi a gravação em Los Angeles, da música Silêncio Capital, em outro videoclipe que já está no meu canal do YouTube e também no Apple Music e no Tidal. E a música Eco, que foi gravada nos famosos cobogós de Brasília. É uma música que fala sobre você se reconstruir; terminar um relacionamento de forma tranquila e ir para uma nova etapa da tua vida. Esse videoclipe também foi dirigido pelo Rodrigo Cardoso”, explica a cantora. Posteriormente, Gabi Doti revelou que já existem novos trabalhos a caminho. “Além disso, tem um mini documentário a onde eu abordo um pouquinho do ambiente de Los Angeles e do contexto todo de como foi feito o disco. Tem a participação do Moogie, o Daniel Backer é entrevistado e tem entrevista minha contando um pouco de como foi o processo. Também está disponível do meu canal do YouTube. E já estou trabalhando no próximo videoclipe do disco, não vou falar a música ainda, é uma surpresa, mas vai ser algo muito legal, muito bacana!” Gabi Doti é tri-eclética Gabi nasceu no Uruguai, viveu um bom tempo no Brasil e visitou uma porção de países ao redor do mundo. Ou seja, esse repertório cultural faz parte dos seus gostos musicais e reflete também na sua arte. “Tanto pelas minhas raízes uruguaias, como pelo tempo em que eu morei no Brasil, pelas viagens que eu já fiz ao redor do mundo, a gente vai se transformando. Eu sempre me interesso muito em ouvir as músicas dos lugares por onde eu passo. Tanto as músicas de origem, como os folclores, quanto as músicas que são contemporâneas. Então é um caldeirão
Entrevista | Autoramas – “A gente está sempre em fase de adaptação”

O Autoramas está bastante ativo na quarentena! Esta semana, a banda lançou o videoclipe de Sofas, Armchairs And Chairs. Além disso, o canal no YouTube foi alimentado com muito conteúdo novo para a alegria dos fãs. E claro, as lives semanais também fazem parte da rotina do grupo, assim como a maioria dos artistas nesse período. Em entrevista ao Blog n’ Roll, o vocalista Gabriel Thomaz nos contou mais detalhes a respeito do novo trabalho. Ademais, o artista comentou sobre como o Autoramas tem feito para lidar com a quarentena, quais são as expectativas pós pandemia e a participação do grupo no Juntos Pela Vila Gilda. Novo videoclipe O mês de julho começou repleto de novidades para o Autoramas. Na quarta-feira (1), a banda divulgou o videoclipe de Sofas, Armchairs And Chairs. Em resumo, o trabalho é composto por imagens em preto e branco e carrega uma estética dos anos 1960. Nos takes, diversas pessoas dançam, ao passo que a música acompanha uma batida alegre. “O Sofas, Armchairs and Chairs é uma música que originalmente saiu no nosso último álbum, Libido. A gente lançou um álbum virtual, chamado Studio Sessions, que reunia programas, shows em estúdio e coisas que a gente fez durante o lançamento do Libido. E daí essa versão da música é desse álbum”, explica Thomaz. Posteriormente, o vocalista complementa sobre a composição do vídeo. “E a gente teve a ideia de juntar imagens de shows nossos que são bem dançantes, divertidas e agitadas com imagens de pessoas dançando, sabe? Anos 1960 e tal. E combinou bastante, ficou bem legal. A gente gosta muito dessa coisa anos 1960: texturas, características da época, roupas, danças músicas… Então acho que combinou perfeitamente”. Muitas lives Assim como a maioria dos artistas, o Autoramas precisou renovar nesta quarentena. Mesmo isolados, os integrantes têm produzido bastante. Além disso, o grupo aproveitou para realizar atividades que até então não haviam sido concluídas. “A gente aproveitou a quarentena para trabalhar bastante. Fizemos muita coisa que estávamos sem tempo de fazer. Em nosso canal do YouTube eu subi mais de 100 vídeos nessa quarentena. A gente tá fazendo lives tocando, que são mais pontuais. Essa semana mesmo a gente fez uma [live] para arrecadar dinheiro para a nossa equipe que está parada e foi um sucesso total! Foi muito legal, muita gente colou e contribuiu”, comenta o vocalista. A banda tem um encontro semanal – e certamente virtual – com os fãs. Aliás, a próxima live promete muitas novidades. “Todo sábado a gente tá fazendo a festa do Autoramas aqui em casa. Tá um barato! O tema da próxima festa vai ser o rock feminino brasileiro. A gente sempre faz um especial na última meia hora; no total são duas horas de live. Teve uma que durou duas horas e quarentena e dois minutos. Tem muita coisa rolando. A gente não consegue parar, o pessoal vai comentando, rola correio elegante, piada, a gente canta parabéns para os aniversariantes, etc.” Thomaz também comentou a respeito das apresentações virtuais anteriores. “A gente também fez umas lives contando a história do Autoramas álbum por álbum. São oito álbuns no total e nós fizemos de todos, essa fase já acabou, era às segundas-feiras. E a gente vai anunciar outras lives com a gente tocando ao vivo. Em julho vai ter bastante coisa”, afirma. Aprendizados No bate-papo o artista também comentou sobre as lições aprendidas durante o isolamento social. “Para a gente, a grande lição é que a gente pôde focar mais nessas coisas da rede, da internet. Nós somos uma banda muito analógica, sabe? A gente está sempre tocando ao vivo, indo nos lugares, aparecendo de verdade, em carne e osso.” Thomaz também abriu o jogo sobre esta nova fase, na qual a banda precisou se reinventar. “A gente viveu em uma época que não tinha internet. Então a gente está sempre em fase de adaptação. E agora a quarentena nos obrigou a focar mais nisso. Já tivemos ideias boas, que foram elogiadas pelas pessoas que trabalham com a gente e que sempre nos cobravam em relação à internet. E agora o jogo virou, não é mesmo? (risos). É muito legal que agora a gente conseguir acertar nessas ações”. Novo EP do Autoramas a caminho Antes da pandemia do novo coronavírus, o Autoramas estava se preparando para lançar um novo EP. Porém, o trabalho foi protelado para setembro. “A gente gravou algumas músicas antes da pandemia, que acabaram ficando prontas agora, mixadas e masterizadas durante a quarentena. Vamos lançar um EP que vai sair por um selo europeu em setembro. Além disso, tem mais outras coisinhas que a gente está decidindo como vai lançar”, comenta Thomaz. No entanto, durante a quarentena o grupo realizou algumas produções bem recebidas pelo público. “A gente lançou um single que foi composto e gravado no celular mesmo, bem low-fi. E a Erika editou um vídeo durante a quarentena, que se chama Eu Tive Mais Visão. Ela é nossa segunda música mais ouvida no Spotify. E ficou bem legal! A gente pensa em regravá-la com a banda toda no futuro. Também penso muito em um disco novo. Tem muitas coisas novas e legais rolando. A gente não para! Criar e compor são um hábito, quase um vício. É uma coisa boa. A gente está sempre com a cabeça borbulhando de ideias e de músicas e de como fazer as coisas”. Bandas estrangeiras e pandemia O Autoramas é uma banda que viaja muito pelo mundo e tem muitas bandas amigas espalhadas por aí. “Nós nos comunicamos muito com a galera dos outros países. Ontem mesmo na live, metade da galera era de fora do Brasil. A gente ia fazendo live e falando em espanhol, inglês. A Erika sabe falar alemão, então é muito legal isso, sabe? Eles engajam bastante nessas coisas que a gente faz. No diálogo, Thomaz também comentou sobre a sua percepção acerca das diferentes vivências neste mesmo momento. “A gente se comunica com eles sobre isso. Ficamos até admirados que eles já
Entrevista | Dope Times – “É nosso dever ajudar, independente de pandemia”

No ano passado, a banda de ska punk Dope Times lançou seu primeiro álbum de estúdio. Em resumo, Life Is A Mess é composto por 12 faixas, incluindo Wasted Ways, que inclusive ganhou um videoclipe. Apesar do grupo ter nascido em 2018, os integrantes já são veteranos na música. Após o fim do Marginal Attack, Rafael Jales (guitarra e voz) e Paulinho Greg (bateria) decidiram que iriam continuar produzindo música juntos. Posteriormente, os músicos chamaram o baixista Maniac Biffs, do Spitfire Demons. E por fim, o ex-guitarrista do Ketamina, Fábio Gomes, chegou para integrar a Dope Times. A princípio, a banda seguiu trancafiada em estúdio sem realizar nenhum show, até iniciar a gravação do primeiro trabalho, em junho de 2019. Em conversa com o Blog n’ Roll, o vocalista Rafael Jales contou mais detalhes sobre os primeiros passos do grupo. Além disso, o artista também comentou sobre os planos para o futuro e a participação do Dope Times no Juntos Pela Vila Gilda. Por que a música Wasted Ways foi a escolhida para ser representada em um videoclipe? E como foi o processo de gravação? O dia que comecei a rabiscar Wasted Ways, eu sabia que seria com ela que gostaria de apresentar o Dope. Ela combina com a proposta da banda de fazer ska punk. Os versos dançantes, o refrão com mais peso, então a mescla seria perfeita. Eu não queria nem algo somente ska ou algo somente punk rock. Nós mantemos os ensaios durante quase um ano sem falar ou especular nada para ninguém, mas sabíamos que quando a banda fosse lançada precisaria de um videoclipe. E aí para fazer tudo certinho, não tinha como não escolher nosso amigo Christian Targa aka Gordo. O processo foi muito legal, desde as primeira conversas, até de fato chegar no clipe, e também o pós. Foi um domingo muito intenso e bem trabalhoso, que começou umas 10h e acabou por volta das 19h. Foi gravado na Fenda dos nossos amigos em parceria com a Sabot. Além disso, envolveu mais ou menos umas 20 pessoas que nos ajudaram e algumas cenas, como por exemplo das garotas cantando o refrão, foi totalmente improvisada no momento. Tenho boas recordações, foi um ótimo dia. Quanto ao álbum Life Is a Mess, como foram as etapas do trabalho? Todas as faixas de bateria foram gravadas em uma noite no estúdio Blackbox. O que mais me lembro desse dia, foi que o Biffs derrubou uma lata de cerveja dentro da sala técnica e caiu cerveja para tudo quanto é lugar e quase a gravação acabou por ali mesmo porque o dono, nosso amigo Markão, queria matar o Biffs (risos). Brincadeiras à parte, o Paulinho gravou super rápido e foi sensacional. A sequência dos instrumentos de corda gravamos na casa do Biffs em três tardes. As vozes gravamos no estúdio Gas do nosso amigão Rafael Braga e do querido Fausto. Foram diversas sessões e o Rafa sempre nos ajudou e desde o primeiro dia nos entendeu bem. Acho que tivemos muita sorte em ter achado o time. Mas tudo isso só deu certo, porque quem nos coproduziu, mixou, masterizou e nos ajudou em tudo, até mesmo nas indicações dos estúdios, foi nosso grande amigo Gab Scatolin. Além de ser super talentoso, ele teve uma grande paciência e gravou tudo que foi adicional no álbum, como o Hammond. Sem ele, tenho certeza que o álbum não seria metade do que é. Mais uma vez, tivemos muita sorte no time que arrumamos! De que forma a banda tem se reinventado durante essa quarentena? Nós estamos tentando estar presentes em lives como a grande maioria. Então, pelo menos uma vez por mês tentamos aparecer. Já fizemos lives musicais, entrevistas, gastronômicas e por aí vai. Além disso, estamos sempre participando de alguma contribuição em vídeo caseiro, tocando algum som. Acho muito importante se manter presente nesses tempos de quarentena, pois está muito mais fácil cair do que permanecer em pé em dias atuais. E quais são os planos após este período? Single, videoclipe, EP ou álbum a caminho? Não temos certeza ainda, provavelmente um EP para o próximo ano. Acho que videoclipe ainda é cedo para se pensar, já que lançamos Dope Times em março. Talvez um lyric vídeo ou algo assim. Estávamos no meio da mini tour Life Is A Mess, em apresentação do álbum quando fomos interrompidos com a pandemia. Não consigo pensar em nada agora, a não ser continuar de onde paramos. Tocar, tocar, tocar! Muitos fãs se incomodam quando integrantes de bandas de punk rock se posicionam politicamente, sobretudo quando há críticas ao Governo Bolsonaro. Essa parcela de fãs afirma que nem todo punk é de esquerda ou, necessariamente, contra a direita. Como vocês analisam a situação? Acho que o cara que curte punk rock se incomodar quando alguém de uma banda de punk rock se posiciona contra a direita, é porque essa pessoa não entendeu nada de punk rock. O Dope Times é uma banda de ska punk que não tem letras de protesto por exemplo, mas não quer dizer que não somos contra qualquer tipo de preconceito. Muito pelo o contrário. Então acho que se identificar com punk e direita, não faz sentido algum. O Dope Times participará da ação social Juntos Pela Vila Gilda, promovida pelo Blog n’ Roll. Para a banda, qual é a importância de integrar um evento como este? Principalmente em tempos atuais é de extrema importância. Qualquer ação é sempre bem-vinda, mesmo ela sendo uma divulgação, já que a situação não está fácil para ninguém. Muita gente perdeu emprego, muita gente não está conseguindo trabalhar, as contas não pararam de vir. Mas tem muita gente que está pior. Acredito que é nosso dever ajudar, independente de pandemia ou não. O governo não está nem aí para ninguém, a não ser para eles mesmo, se nós não fizermos, quem fará?
Entrevista | Johnny Monster – “As certezas estão na moda”

Recentemente, o cantor e compositor Johnny Monster lançou um novo single. O Nosso Lugar é uma música que promove uma reflexão sobre o tempo, ao passo que aborda as inúmeras transformações que atravessamos durante a vida. A princípio, o personagem retratado na canção filosofa o tempo inteiro sobre a sua própria permanência na terra, incluindo as inúmeras incertezas. Além disso, o single remete ao rock alternativo da década de 1980, com timbres e paisagens de The Durutti Column e Joy Division. No entanto, o artista não deixa a sonoridade moderna de lado, que o acompanha em todos os seus trabalhos, por inspiração de bandas como Future Islands. Em resumo, O Nosso Lugar integra o seu próximo EP, chamado Abrigo em Fase de Construção. O trabalho será lançando no dia 17 de julho, por meio da ForMusic. A obra apresentará um protagonista que está se reencontrando e sobretudo se reconectando, em busca de um abrigo. Além disso, o EP será composto por um conteúdo lírico que resgata às raízes, remetendo ao conforto. Em conversa com o Blog n’ Roll, Johnny Monster falou sobre o single e também comentou sobre Abrigo em Fase de Construção. No diálogo, o cantor também fala o que tem feito durante a quarentena e quais são os seus planos para o futuro. Como surgiu a inspiração para compor a música O Nosso Lugar? A inspiração pra essa canção foi o “tempo”. Do quão efêmero e ilusório é o passar do tempo nas nossas vidas. Num segundo temos tudo sob controle, no seguinte tudo muda. Como foi o processo de gravação? Um processo maravilhoso, com o jovem e excelente produtor Paulo Grassia, que me trouxe dezenas de novas referências, mas que também resgatou o que eu tinha em mente para esse single, e para o EP, uma sonoridade 80’s, sem soar datado. O Nosso Lugar fala sobre mudanças. Como ter coragem para mudar em um mundo repleto de pseudo certezas? Ótima pergunta, as certezas estão na moda, a internet deu vazão a essas certezas, somos todos artistas, temos páginas, achamos que sabemos de tudo… Eu prefiro sempre a dúvida, o questionamento, acho que as mudanças só ocorrem se nos questionamos o tempo todo, até que surja uma pseudo certeza (risos). Podemos aguardar um videoclipe da canção? Ou de algum outro single recente, como Getting Out? Eu quero muito, creio que O Nosso Lugar tem imagens ali muito interessantes…. pretendo fazer! No momento ainda estou trabalhando um clipe que saiu recentemente, da Canção do Desapego, dirigido pelo Eduardo S. Menin, tem repercutido super bem! O que você pode adiantar sobre o EP Abrigo em Fase de Construção? A recepção dos singles tem sido calorosa, estou muito feliz! Eu espero apenas que as pessoas, os fãs, gostem do resultado final. Afinal, tudo foi feito com todo cuidado, a música, a estética e as capas, feitas pelo mestre Rodrigo Akiti. Então, é aguardar 17 de julho, que ele estará em todas as plataformas de streaming, via For Music, minha gravadora. Ao longo da quarentena, o que você tem feito para se reinventar como artista? Muitas e muitas lives, todas com uma produção bacana, luz, cenário, e temas, artistas diferentes, além das minhas canções. Tem algumas no Johnny Monster Oficial, meu canal no YouTube, confiram! Quando tudo isso passar, o que pretende fazer? Quais são os seus planos? Continuar lançando material novo, já estou preparando meu novo álbum, pra 2021. Voltar a me apresentar com minha banda, meus projetos, e seguir fazendo parcerias musicais com outros artistas, tenho feito bastante isso também. Você participará da ação social Juntos Pela Vila Gilda, promovida pelo Blog n’ Roll. Como artista, qual a importância de integrar um evento como este? Máxima importância, o mínimo que posso fazer como artista e cidadão, é fazer parte de ações como essa. Espero seja muito bem sucedida! Faço ações dessa maneira com Os Pitais, grupo de músicos que leva shows para asilos, abrigos, comunidades carentes e é sempre incrível, faz um bem danado para nós mesmos, inclusive.
Entrevista | Playmoboys – “Foi o melhor lançamento da nossa carreira”

Recentemente, a banda de indie rock carioca Playmoboys lançou o single Na Praia. Ao mesmo tempo, a canção é leve, romântica, alegre e acompanha uma batida dançante. A música saiu pelo selo Caravela, inaugurando a parceria com a Warner Music, gravadora responsável pela distribuição. Em entrevista ao Blog n’ Roll, o vocalista Conrado Muylaert conta detalhes sobre o novo trabalho da banda. Além disso, o papo também se estende para a trajetória do grupo e planos para o futuro. Single Antes de tudo, Na Praia foi composta por Conrado e lançada no mês passado. “Foi algo um tanto inesperado. A gente lançou um álbum em meados de janeiro, e se preparava para fazer shows focados neste trabalho. Com a pandemia, a banda deu um tempo nos planos. Cada um focado na sua família, em ficar em casa. Após alguns dias em isolamento, tive essa vontade de lançar algo bem alto astral, pra tentar passar uma boa energia para as pessoas”. Ademais, a música sobre a vontade de rever um amor marcado pela ingenuidade das paixões que acontecem e terminam na estação mais quente do ano. “Acredito que muitos, como eu, sentiram bastante nostalgia nesse período, e foi assim que pensei em falar de amores, praias, momentos inesquecíveis. Pra fazer a mente viajar, e lembrar que as coisas vão voltar para seu lugar. Pela primeira vez, eu criei a batida antes da música. Queria algo dançante. Com a batida pronta, gravei um violão com muita referência da nova MPB e encaixei a letra ali”. Lyric vídeo O vocalista ainda compartilha o bom alcance da canção. “Foi o melhor lançamento da nossa carreira nos streamings, conseguindo 20 mil plays somados no Facebook, Spotify e Youtube. Como não havia a possibilidade de um vídeo da banda, fiz um lyric vídeo com fotos, que saiu junto com a música. Em seguida, a vontade de fazer um vídeo foi aumentando, e decidi fazer algo em casa mesmo”. Vale lembrar que a faixa Na Praia será lançada também na versão acústica e um remix. Além disso, Conrado também falou sobre o processo criativo para o lyric vídeo. “Eu e minha namorada usamos a câmera do celular para criar umas cenas divertidas que combinassem com a música. Tudo feito em casa, filmagem e edição. De cara, não achei que fosse dar certo. Mas, após editar – ainda pegamos imagens de praia que tínhamos guardadas – o resultado me alegrou muito. É um vídeo que dá uma vontade de viver, traz uma positividade. Combina com a música”, explica. Trajetória Há mais de dez anos na estrada, o Playmoboys vivenciou diversas fases. Conrado relembra os primeiros passos. “A gente teve um bom início, numa época que ainda havia um movimento bom para o rock, mas durou pouco. Nosso primeiro álbum foi produzido por Marcelo Sussekind e Vinicius Rosa, e ali a gente teve um bom contato com cenário. Chegamos a fazer temporadas de shows bem sucedidos para aquele álbum. Havia um público legal no Rio de Janeiro. Em 2009 tivemos um ano incrível, com música nas rádios grandes, aparições nas TVs, etc.” No entanto, o cenário musical brasileiro mudou. “A partir de 2010, a cena carioca rock caminhou para o underground. Não havia mais espaço para bandas independentes, nessa tendência que segue até hoje. Foram anos difíceis e de pouca produção para nós. Até que em 2013, uma música que lançamos nos colocou de volta na mídia. Baby There’s no End foi lançada com um clipe muito bem produzido, e entrou em várias emissoras do Brasil e algumas gringas. Ultrapassou meio milhão de views no Youtube, tocou em rádios, e voltamos para a estrada. Meses após o lançamento da canção, surgiu a oportunidade do encontro com os ingleses do Libertines”, revela Conrado. O vocalista ainda compartilhou as referências do Playmoboys. “O indie rock é nosso estilo, apesar do gosto musical dos integrantes ser bastante diverso. Então, o som da banda segue a referência dos nossos ídolos do indie rock, e pegamos um pouco de cada. Posso citar por exemplo, Velvet Underground, Clash, Cure e Smiths. A música brasileira acrescenta muita coisa no nosso som, e vez ou outra, torna-se protagonista. Inclusive, após alguns álbuns em inglês, definimos que este ano só faremos músicas em português”. Playmoboys e The Libertines Em 2013, a banda teve a oportunidade de dividir o palco com a banda inglesa The Libertines. Em resumo, após ouvir a música Baby There’s No End, os europeus realizaram uma apresentação conjunta ao lado dos cariocas, para um pouco mais de 100 pessoas, em Campos dos Goytacazes. “Foi algo realmente mágico”, relembra Conrado. “Libertines, para nós, não era apenas uma banda que gostávamos. Era nossa maior referência. Eu, particularmente, tinha eles como meus maiores ídolos. Ouvia todos os dias seus discos, já havia feito muito esforço para assistir a vários shows, entre outras coisas de super fã”. O artista ainda comenta sobre o destaque que o grupo recebeu, após a parceria. “Por obra do destino, em junho de 2013, estávamos no mesmo palco tocando as músicas que marcaram nossa vida. Até hoje é difícil acreditar que aconteceu. Além do sonho realizado, ganhamos muita exposição com tudo isso, e foi determinante para uma nova guinada na nossa carreira”. Quarentena A princípio, apesar do isolamento social, a banda segue trabalhando em novos materiais. “Estamos mantendo o contato quase diariamente, com muita saudade dos encontros. Tentando manter a energia e tirar algo de positivo disso tudo. A produção continua. E mês que vem já teremos novo lançamento de música feita durante o isolamento.” Conrado ainda fala sobre os planos da Playmoboys após a pandemia. “Direto pra praia mesmo [risos]. Depois disso, nossa maior vontade mesmo é tocar. Voltar a nos encontrar e sair fazendo shows. Ver gente. Até lá, vamos lançando música e mantendo o otimismo. Por ora, torcemos para que esta pandemia tenha o lado positivo de enraizar a solidariedade nos nossos corações, e que saibamos sentir gratidão pelas coisas boas que a vida tem, mesmo quando tudo isso passar.
Entrevista | Supla – “Compor em português e em inglês tirou muito a minha energia”

Antes de iniciar a entrevista, peço desculpas ao Supla por conta dos barulhos da minha rua, afinal, eu moro em uma cidade movimentada. “Fica tranquila, eu tô cozinhando aqui. Bora lá!”, responde o cantor via ligação por celular. Ao longo do nosso diálogo, ouço Supla mexendo nas panelas. Ao mesmo tempo, ele continuava a conversa sem perder a maestria. Suas respostas são solícitas, bem humoradas e firmes. Enquanto anoto suas falas no bloquinho, sinto vontade de perguntar o que ele preparava para o almoço. No entanto, me limito às perguntas já programadas. Fiquei sem saber o prato do dia, mas sem problemas. O champs Papito compartilhou diversas novidades ao Blog n’ Roll. Dentre elas, o seu novo programa no YouTube, que estreia nessa quarta-feira (24). C’mon, kids! Novo álbum Nos últimos meses, Supla compartilhou alguns singles como Fall To The Ground, Delírio Tropical, Embaixo da Unha e Meu Próprio Mundo, lançada no mês passado. “Essas músicas fazem parte do meu novo álbum, não posso falar muito sobre o trabalho. Ele já estava pronto, mas devido ao coronavírus precisou ser interrompido.” Ainda sem nome definido, o próximo álbum do artista contará com diversas participações especiais. Victoria Wells é uma delas, que inclusive fez featuring em Fall To The Ground. Ademais, no ano passado a dupla lançou o projeto S&V. “Tenho músicas no meu novo álbum com ela. Como é um som eletrônico, é um pouco diferente para mim e eu nunca parei com a minha banda”. O artista ainda comenta sobre a dificuldade causada pelo isolamento social. “Com o coronavírus acaba dificultando um pouco também, afinal ela está em Nova York e eu, aqui.” Outra novidade, é que desta vez o álbum não será composto por músicas em português e em inglês, como em Illegal. “Não manterei o formato. Compor em português e em inglês tirou muito a minha energia e também a energia da música. No entanto, foi uma experiência muito boa. Fall To The Ground, por exemplo, será mantida apenas em inglês”. Supla no Youtube Nesta quarta-feira (24), o roqueiro estreará um programa semanal no seu canal do Youtube. Em formato de live, Esses Humanos será composto por entrevistas e claro, muita música! “O interesse surgiu porque muita gente que eu converso não assiste mais TV, apenas conteúdo na internet. Também assisti muitas lives interessantes nessa quarentena, então decidi fazer. Pretendo fazer o programa toda quarta-feira com muitos convidados legais”. E para o lançamento do programa, a primeira convidada será a atriz, diretora e produtora Barbara Paz. “Faz muito tempo que não nos falamos, por isso vai ser bem interessante. Falaremos sobre a vivência artística dela, como o filme Babenco, que foi premiado no Festival Internacional de Cinema de Veneza. Além disso, também falaremos sobre o reality (A Casa dos Artistas, no qual ambos participaram em 2001 e viveram um romance relâmpago)”. Quarentena Supla também comentou sobre o que tem feito para se reinventar nesta quarentena, enquanto artista. “Além do meu novo programa no YouTube e do álbum que será lançado, consegui fazer um videoclipe aqui em casa, da música Meu Próprio Mundo. Esse momento é muito difícil, pois além de cantor, eu sou performer, acima de tudo”. Totalmente produzido durante o isolamento, o videoclipe de Meu Próprio Mundo trouxe um pouco de cor, psicodelia e nostalgia neste período. Juntos Pela Vila Gilda contará com apresentação de Supla Supla estará presente no Juntos Pela Vila Gilda. A ação social de iniciativa do Blog n’ Roll vai reunir mais de 100 artistas no dia 25 julho. Em resumo, as obras irão arrecadar fundos para a compra de cestas básicas para os moradores da comunidade do Dique da Vila Gilda. “Eu não conheço a instituição, mas tudo o que puder fazer para ajudar, farei”. Além disso, ele também comenta sobre a importância de pensarmos no coletivo, sobretudo neste período delicado. “Confio na galera. Nesse momento, temos que esquecer a individualidade e, do jeito que estão as coisas, espero ajudar. Tô aí pra somar”, finaliza.
Entrevista | Gustavito – “Estaremos cada vez mais fortes e conscientes”

Autoconhecimento, reflexão e acolhimento são os principais elementos do novo single de Gustavito. Composto em parceria com Luiz Gabriel Lopes e Chicó do Céu, Lembrete é uma carta entre amigos que promove esperança. Ao mesmo tempo a música faz uma imersão no passado e no futuro, tornando-se potente no momento em que atravessamos. Em resumo, o single foi gravado por Chico Neves no Estúdio 304 e conta com a participação dos músicos Rafael Martini (teclados), Paulim Sartori (baixo elétrico) e Yuri Vellasco (bateria). Ademais, Lembrete é composta por mixagem e a masterização de Rafael Dutra, do Estúdio Motor, que está localizado na região de Belo Horizonte (MG). Já o videoclipe foi gravado em São Paulo, com produção da Boralá e fotografia de Nadja Kouchi. Com uma pegada minimalista, o trabalho transmite leveza, tranquilidade e afeto. Completando dez anos de carreira, Gustavo Amaral, conhecido como Gustavito, estava em São Paulo para produzir o seu quinto álbum. No entanto, com a pandemia do novo coronavírus, o músico retornou a sua terra natal, Minas Gerais. Em entrevista ao Blog n’ Roll, Gustavito fala sobre Lembrete, futuros projetos e mundo pós pandemia. Como foi o processo de composição de Lembrete? Ao todo, quanto tempo durou? Foi um processo bem interessante. A composição foi feita por três cabeças: eu, Luiz Gabriel Lopes e Chicó do Céu. Ela foi sendo criada por partes, durante alguns dias que passamos juntos. A cada vez íamos tendo novas ideias de letra e harmonia e a mensagem da letra foi se formando a medida em que ia sendo escrita, não foi algo pré-determinado. Sabíamos desde o início que era uma espécie de carta, mensagem direcionada a um amigo imaginário que poderia ser nós mesmos no futuro. Quanto ao clipe, da onde surgiu a inspiração? Como foi o processo criativo? Inicialmente nasceu da vontade de inaugurar um novo momento em minha carreira onde eu esteja me expressando mais através da linguagem audiovisual. Apesar de já ter quatro álbuns solo lançados, antes de Lembrete apenas duas faixas minhas tinham ganhado videoclipe. Quando conheci a fotógrafa Nadja Kouchi em São Paulo no início desse ano, conversamos sobre possibilidades de fazer um material onde eu expressasse a mensagem da letra através de gestos, expressões e alguns poucos objetos significativos. Em seguida, ela me apresentou pros meninos da Boralá Produtora e montamos o roteiro juntos. Como será o despertar para uma nova travessia? Acredito que o despertar virá da auto observação e da reflexão. Também do debate construtivo, da troca saudável de ideias onde se esteja aberto pra entender o lado do outro. O respeito a todas as formas de vida é a tônica para despertar uma relação mais harmônica com a natureza e entre as pessoas. A calma, a consciência de que estamos no mesmo barco, mas que cada um tem seu caminho, despertará uma vida sem tanta comparação e vaidade, sem tanto ódio e preconceito, onde cada um possa ser livre pra ser o que é. O despertar é aberto para o novo e tem a leveza da alegria inocente de uma criança, e ao mesmo tempo a sabedoria de uma anciã que não deixa esquecer o propósito e sabe que tudo o que ficou no passado tem seu valor e seu aprendizado. O despertar deve ser sobretudo para a valorização crescente da sensibilidade, da arte, do afeto e da comunhão. Estaremos cada vez mais fortes e conscientes. Em tempos de pandemia, como você tem se reinventado, enquanto artista? Tenho realizado apresentações virtuais no formato de lives, e também dado aulas de música online. Nesse momento estou em imersão criativa com a cantora e compositora Laura Catarina, junto a quem estou lançando o projeto SEIVA, que traz músicas que conectam com a natureza e a espiritualidade. Estamos gravando um material audiovisual e vamos lançar com um concerto ao vivo na internet no próximo mês. Acompanhem pelo Instagram @seivadaluz! Ao longo desses dez anos de carreira, quais foram as mudanças pelas quais você atravessou musicalmente? O que sempre me fascinou na MPB é a multiplicidade de estilos e ritmos e gêneros musicais que podem ser enquadrados dentro deste mesmo rótulo. Sou muito simpático a essa característica pela liberdade criativa que ela possibilita, e que eu trago desde o início em minhas composições e gravações. Certamente ocorre um amadurecimento durante todo esse tempo, tanto em relação à firmeza da performance ao vivo, mas também da consistência conceitual das canções. A forma de música que mais tem feito sentido para mim atualmente é aquela que conecta com o divino que há em tudo. Com isso me refiro a que em uma sociedade onde as pessoas estão desconectadas umas das outras, desconectadas do meio ambiente e desconectadas até de si mesmas, conectar com o Divino é reconectar com tudo isso. Nesse sentido, as letras de minhas canções tem se encaminhado para temáticas do sagrado e do autoconhecimento, com uma mensagem mais focada do que no início de minha carreira quando falava de assuntos mais dispersos. Quais são as suas inspirações musicais? Gilberto Gil, Milton Nascimento, Caetano, Elis Regina, Chico, Tom Jobim, Tom Zé e toda MPB clássica; Sergio Santos, Luisa Brina, Sergio Perere, Luiz Gabriel Lopes, Raphael Sales, Alexandre Andrés e tantos contemporâneos da minha geração e adjacências da música mineira; Bob Marley; Raul Seixas, Beatles, Punk Rock, Stravinsky, Bach, Debussy, Xangai, cantigas e ritmos da cultura popular brasileira, do carnaval da Bahia, da Umbanda, dos povos originários da Amazônia, dos xamãs andinos, capoeira, samba, forró; mantras orientais; sons da natureza etc, etc, etc. O que você pode adiantar sobre o seu quinto álbum, interrompido por conta da quarentena? Nesse momento não posso dizer muito, pois a efervescência artística de um aquariano está sempre em transformação (risos). O que posso dizer é que estou produzindo em situação bem diversa da que estaria sem a quarentena, mas que está sendo uma feliz experiência retomar a produção mais caseira e autônoma. Tenho feito experimentos e algum resultado ainda será lançado este ano, mas não posso dizer ainda se
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